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CAVIDADE ORAL FARINGE RELAXAMENTO DO ESFINCTER ESOFAGIANO SUPERIOR ESÔFAGO PERISTALSE ESFINCTER ESOFAGIANO INFERIOR ESTÔMAGO Deglutição DISFAGIA ATRESIA DE ESÔFAGO ACALASIA DRGE e ESOFAGITE HÉRNIA DE HIATO ESTENOSE DE ESÔFAGO CÂNCER DO ESÔFAGO ÚLCERAS Desordem (dificuldade) na deglutição com prejuízos na segurança, eficiência e na qualidade de comer e beber. Pode resultar em desnutrição e desidratação A disfagia orofaríngea : caracteriza-se por alteração das fases oral e faríngea da deglutição, geralmente causadas por doenças neurológicas. A causa mais comum de disfagia é o acidente vascular cerebral. Disfagia esofágica: obstrução mecânica (a passagem de alimentos ou líquidos é dificultada ou bloqueada). Conduta dietoterápica Modificação na textura, se necessário Indicação de suplementos nutricionais A utilização de modificadores de consistência, além de favorecer a deglutição, aumenta o aporte calórico e diminui o risco de aspiração Adaptação da dieta visa Atingir as necessidades calórico-proteicas Minimizar os sintomas e dor e/ou desconforto Objetivos da dietoterapia Prevenir a aspiração e sufocação Facilitar uma alimentação e deglutição segura e independente Melhorar e/ou manter o estado nutricional e a hidratação A textura é modificada de acordo com o grau de disfagia Grau 1 Grau 2 Grau 3 Normal Grau de purê: Purê Preparações homogêneas Pudins Grau de alteração mecânica: Semi-sólidos Frutas macias Vegetais cozidos Grau de maciez: Sólidos macios, Carnes Frutas macias Vegetais cozidos Qualquer alimento de textura sólida Doença esofágica + Desnutrição Perda ponderal >10% do peso habitual Período: < 6 meses Associação de outras vias de administração de nutrientes e calorias (sondas nasoentéricas ou ostomias) Anomalia congênita. Ocorre estreitamento ou completa obstrução do lúmen esofágico. O esôfago superior não se conecta ao esôfago inferior e estômago. Pode haver fístula. Distúrbio de motilidade do esfíncter esofagiano inferior que não consegue relaxar, acarretando obstrução funcional do esôfago e DISFAGIA (sólidos e líquidos). A acalasia caracteriza-se por um esofâgo grosseiramente contorcido e dilatado (megaesôfago) Acúmulo de alimentos no esôfago Distensão e dilatação do esôfago Retardo no Esvaziamento Destruição do plexo de Auerbach (neurônios que coordenam as contrações no trato gastrintestinal) A diminuição da inervação colinérgica Não relaxamento do EEI Sintomas: disfagia, regurgitação, pirose, dor, aspiração, perda de peso (leve), pneumonia (Trypanossoma cruzi – Doença de Chagas) Caracteriza-se por: 1.Déficit de relaxamento do EEI durante a deglutição 2.Hipertonia do EEI 3.Substituição da peristalse normal do corpo esofagiano por contrações anormais •Dilatação pneumática ou hidrostática •Índice de perfuração variável •Toxina botulínica (alto custo, aplicações semestrais) Tratamento clínico (não duradouro) Nitrato (relaxantes da musculatura lisa), bloqueadores canais cálcio Cirurgia Esofagomiotomia Esofagectomia. Tratamento endoscópico: Interrupção da camada circular da musculatura lisa dentro da área do esfíncter esofagiano inferior. Esofagectomia substitutiva CIRURGIA Operação que transpõe o cólon, em substituição ao esôfago, para levar os alimentos ao estômago. CIRURGIA Esofagocoloplastia Conduta Nutricional •Desnutrição não é tão grave: geralmente pacientes não necessitam de terapia nutricional no pré-operatório; uso de SNG é eventual. Normo (25-30 kcal/kg) ou hipercalórica (>30 kcak/kg); hiperproteica. Adequar a consistência ao grau de disfagia •Preparo pré-operatório: dieta zero no dia anterior •Início precoce da dieta; evolução nutricional pós- operatória normal. CAUSAS Por refluxo Vírus: Herpes e Citomegalovírus Intubação e uso de sondas Irradiação Irritantes: álcool, térmicos, ácidos, fármacos Candidíase Quadro clínico Pirose Disfagia Regurgitações Dor na região epigástrica e subesternal Espasmos esofagianos Pigarro ESOFAGITE DE REFLUXO Ocorre em indivíduos saudáveis 7 – 8% da população apresentam azia diária Fatores causais Hérnia hiatal Hormônios relacionados à gravidez Anticoncepcionais orais (progesterona) Obesidade Úlcera péptica (H. Pylori) Antiinflamatórios não esteroides ESOFAGITE DE REFLUXO DOENÇA PROLONGADA Erosão, ulceração, hemorragia, perfuração, estenose e disfagia Esôfago de Barret Células que recobrem a parte distal do esôfago Se tornam anormais e pré-malignas Adenocarcinoma de esôfago Esôfago de Barrett Reepitelização da mucosa escamosa descamada (erosada), trocada por epitélio colunar com células caliciformes CAUSAS AGUDA Hérnia hiatal Pressão reduzida do EEI Esvaziamento gástrico retardado Vômitos recorrentes Infecção viral Ingestão de substâncias irritantes/ corrosivas Uso de sonda (intubação) Radiação CRÔNICA •Modificação comportamental •CUIDADOS NUTRICIONAIS (tratamento não farmacológico) •Manejo clínico / cirúrgico • Não Deitar após as refeições • Refeições ricas em gorduras • Fazer as refeições até 3 horas antes de dormir • Usar roupas apertadas • Atividades vigorosas após as refeições • Café, tabagismo e bebidas alcoólicas • Alimentos ácidos e condimentados, quando houver inflamação • Perda de peso • Permanecer em pé • Consumo de dieta nutricionalmente completa, saudável e com quantidade adequada de fibras Estimular Modificação comportamental • Dieta líquida (esvaziamento gástrico rápido) • Evitar alimentos que possam obstruir o esôfago ou causar a perfuração (ex. biscoitos tipo chips, biscoitos crocantes, espinhas) • Evitar refrigerantes, condimentos apimentados: pimentas, alimentos industrializados Cuidados nutricionais OBJETIVOS 1. Prevenir a dor e irritação da mucosa esofágica inflamada durante a fase aguda Evitar alimentos que podem reduzir a pressão no EEI Cuidados nutricionais OBJETIVOS 2. Evitar o refluxo esofágico • Gorduras da dieta, álcool, café e carminativos (hortelã e menta) 3. Reduzir a capacidade erosiva ou acidez das secreções gástricas • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja, vinho) e refrigerantes, chocolate, café • Evitar refeições em grande quantidade • Preparações gordurosas retardam o esvaziamento gástrico Cuidados nutricionais OBJETIVOS Cuidados nutricionais Obesidade fator de risco para DRGE erosiva Perda de peso Melhora do refluxo pós-prandial IMC> 25 Fator de risco Risco para DRGE erosiva Tabagismo Risco para DRGE erosiva Álcool Risco para DRGE erosiva Café Cuidados nutricionais Dieta Frutas e fibras Efeito protetor Consumo excessivo de alimentos DRGE Alimentação tardia Quanto mais tardia, maior índice de refluxo Cuidados nutricionais Fatores ambientais Exercício físico PARECE ter efeito protetor na DRGE Estresse e fadiga Desencadeiam DRGE Trabalhar em posição inclinada Risco para DRGE Uso de bloqueadores de receptor de histamina-2 Inibidores da bomba de prótons Antiácidos Reduzem secreção ácida Aumentam o pH Anticolinérgicos Aumentam a pressão do EEI Agentes pró-cinéticosAumentam velocidade de esvaziamento gástrico Fundoplicatura Procedimento cirúrgico no qual o fundo gástrico é passado ao redor da porção distal do esôfago para se limitar o refluxo Fundoplicatura Evitar distensão, desconforto, aumento da pressão intra-abdominal e estimulação do ácido gástrico FRACIONAMENTO Aumentado VOLUME Reduzido TEMPERATURA Normal CONSISTÊNCIA ANP Evitar extremas Líquida a branda VET ANP LIPÍDIO Hipolipídica ↓CCK →↓pressão no EEI CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL Consistência da dieta Líquida a pastosa (adequada ao paciente) Fracionamento Aumentado (6-8 refeições/dia) Volume Diminuído e concentrado Temperatura Normal a morna, evitando extremos VET ANP (se necessário, promover perda de peso) Lipídios Hipolipídica (<20% da calorias totais) Proteínas Hiperproteica (↑ gastrina → ↑ pressão do EEI) Carboidratos Normoglicídica (cuidado com alimentos que fermentam → desconforto) Vitaminas e minerais ANP Excluir alimentos que Diminuem a pressão do EEI: gorduras, álcool e carminativos (hortelã e menta), refeições grandes e de alto teor de gordura Irritantes de mucosa: frutas cítricas, refrigerantes, condimentos (pimenta) – Mais raros: batatas fritas e bolachas crocantes Estimulam secreção ácida: café, bebidas alcóolicas, chocolates, refeições volumosas, alimentos com alto teor de purinas (carnes) CARACTERÍSTICAS RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL Excluir alimentos que Acentuam o refluxo: álcool, café, chocolate, chá mate ou preto, bebidas alcóolicas, menta, hortelã , alimentos e preparações gordurosas Modificação comportamental Evitar deitar após as refeições (3h antes) Elevar cabeceira para dormir (10 – 15cm) Evitar usar roupas apertadas Evitar tabagismo (reduz pressão do EEI) Evitar excesso de peso Evitar atividade física vigorosa após alimentar-se Manter horários regulares da alimentação Tratamento clínico Antagonista do receptor de histamina-2 Inibidor da bomba de prótons Antiácidos Agentes pró-cinéticos (para retardo do esvaziamento gástrico) Tratamento cirúrgico Fundo plicatura (sem resposta ao tratamento clínico após 3 – 6 meses) • Hiato Orifício no diafragma para passagem do esôfago • Hérnia de hiato Contribui para DRGE e esofagite Protusão de parte do estômago sobre o músculo diafragmático Causando alargamento da abertura diafragmática Dificuldade de inspiração profunda quando em decúbito dorsal Desconforto epigástrico após refeições altamente calóricas e volumosas Refluxo - nem sempre presente, porém acompanhado de azia, dor retroesternal e disfagia. Sintomas Conduta Nutricional Pode durar até 3 meses pós-operatório (cirurgia) Edema Disfagia transitória ou permanente Antes da cirurgia Dieta para esofagite Pós-operatório Líquida restrita – Início 1° PO Conduta Nutricional Dieta líquida/ semi-líquida 7 – 14 dias PO Evoluir progressivamente a consistência Ressaltar a importância da mastigação Aumentar fracionamento e pequenas quantidades Aumentar densidade calórica (volume diminuído) Dieta normo (limite inferior)/hipolipídica Não fazer refeições antes de deitar Pacientes com câncer de esôfago Disfagia progressiva e persistente Desnutrição Problemas nutricionais já existentes e dificuldades para alimentação causada pela massa tumoral, obstrução, infecção e ulceração oral, ou alcoolismo Ressecção cirúrgica Irradiação regional Quimioterapia • Mastigação • Deglutição • salivação • Acuidade gustativa • Cáries dentárias • Queda excessiva de dentes • Infecções locais Complicações comuns Pré-cirúrgicas Pós-cirúrgicas • Deiscência de sutura • Fístula esofágica • Estenose da anastomose • Retardo do esvaziamento gástrico (vagotomia) • Dieta líquida ou pastosa (fácil mastigação e deglutição) • Alta densidade calórica • Fracionamento aumentado • Volume diminuído • Carboidratos • Esteatorréia • Mucosite Cuidados nutricionais Quando possível Via Oral Preferir os complexos TCM (esteatorréia) Bochecho com solução salina Cuidados nutricionais Quando possível Via Oral Caso seja inviável o uso da VO: SNE Em situações mais graves: gastrostomia ou jejunostomia Na impossibilidade do uso do TGI NPT Recomenda-se sempre que possível, a inclusão da gastrostomia ou jejunostomia no ato cirúrgico OBS: Medicações podem deixar sabor metálico Comprometimento da alimentação
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