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3º trabalho de bioética declaração de helsinki e código de Nuremberg

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O Código de Nuremberg foi um código criado por juízes americanos no ano de 1947, este código serviu para julgar médicos nazistas acusados. Este julgamento culminou na elaboração de preceitos éticos para a pesquisa clínica, sendo assim formado o código de Nuremberg. Logo após a declaração de Helsinki foi criada para reforçar os princípios éticos na prática médica, tendo em vista que o papel do médico na sociedade é salvaguardar seus pacientes.
 Por vinte anos da existência de documento não foi o suficiente para que houvesse a sensibilização dos médicos, a respeito do uso de seres humanos em pesquisas clínicas. Os deslizes éticos eram registrados anteriormente ao código de Nuremberg, entretanto, mesmo após a sua criação ainda são registrados infrações éticas, como é o caso dos campos de concentrações que marcou o sofrimento de muitos judeus. 
 Constituído de 10 tópicos, o Código de Nuremberg traz:
 Trata o consentimento humano essencial para qualquer experimento, logo, para um experimento estas pessoas devem ser legalmente capazes de consentir sem interferência de qualquer intervenção seja de força, como de fraude, mentira, coação, astúcia, ou alguma forma de restrição posterior. Além disso, devem ter conhecimento acerca do assunto em estudo para consentir. Logo, os experimentos devem ser explicados a todos os detalhes como, natureza, duração e propósito. Orientando acerca dos riscos, inconveniências e os efeitos sobre a saúde ou sobre a pessoa do participante que possam ocorrer devido à participação no experimento.
 O experimento deve ter objetivo de produzir resultados vantajosos para sociedade, sendo necessários realmente e maneira que não possam ser buscados por outros métodos de estudo.
 Deve ter base em resultados de experimentação em animais, com resultados já conhecidos justificando assim a condição do experimento, com clareza acerca de problemas em estudo e no conhecimento da evolução da doença.
 O experimento deve sobretudo evitar sofrimentos, sendo conduzidos de tal forma para evitar qualquer tipo de dano material ou físico.
 A suspeita qualquer suspeita que o experimento pode levar à morte ou invalidez, este não deve ser conduzido. Com exceção se o próprio médico pesquisador tiver interesse em se submeter ao experimento.
 O risco deve compensar a importância do problema proposto à resolução.
 Para proteção de qualquer dano, invalidez ou morte devem tomar cuidados especiais.
 Apenas pessoas cientificamente qualificadas devem conduzir o experimento
 A liberdade de se retirar deve ser possível no decorrer do experimento
A qualquer estágio os procedimentos experimentais podem ser suspensos, logo, cabe ao pesquisador estar preparado, caso note que a continuação do experimento trará algum dano, morte ou invalidez aos participantes.
 Mesmo após o código de Nuremberg, as crueldades aconteciam com a realização de pesquisas que feriam princípios éticos fundamentais. Em 1964, foi criada a declaração de Helsinki na Finlândia. Esta é dividida em princípios básicos e pesquisas médicas justamente de cuidados profissionais e uma pesquisa biomédica não-terapêutica envolvendo seres humanos. Logo, a Associação Médica Mundial elaborou recomendações que servem como guia na pesquisa biomédica envolvendo humanos e que deve servir a todo médico. Seus princípios básicos consistem em 5, são eles:
 Os princípios morais e científicos devem ser adaptados a pesquisa clínica. Estes devem justificar a pesquisa médica com base em experiências com animais em laboratórios ou em outros fatos determinados cientificamente.
 Apenas pessoas cientificamente qualificadas e sob supervisão de alguém medicamente qualificado é que deve ser conduzida a pesquisa clínica.
 A importância do objetivo deve ser proporcional ao risco oferecido às pessoas, logo apenas sob isso pode ser desenvolvida legitimamente a pesquisa.
Os riscos inerentes devem ser avaliados e comparados aos benefícios em todo o projeto de pesquisa.
 Ao realizar a pesquisa clínica na qual a personalidade da pessoa exposta pode ser alterada por drogas ou pelo procedimento, deve-se ocorrer uma precaução especial.
 Destaca-se a importante função tanto do Código de Nuremberg, quanto da declaração de Helsinki para a sociedade. Este, orienta os limites e princípios éticos delimitando até onde vai o direito do paciente e o dever do médico. Principalmente diante uma sociedade cada vez mais individualista. Logo vale-se lembrar a importância da autorização do paciente para pesquisas médicas, ou em no caso em que o paciente esteja impossibilitado cabe ao responsável legal consentir os procedimentos. 
 
 Recife, 14/04/18
III.Trabalho de Bioética
Tamyres Yasmin Goes e Sà
3 º Período
Universidade de Pernambuco

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