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Introdução As secções cônicas representam uma parte muito específica dentro do estudo da Matemática. Suas definições, equações e gráficos são empregados em vários conteúdos do Cálculo Integral, além de serem muitas as aplicações das cônicas na vida das sociedades. Desde que o matemático grego Apolônio escreveu o primeiro trabalho sobre as secções Cônicas, vários matemáticos de renome cooperaram de maneira expressiva no entendimento dessas curvas e suas aplicações nos mais distintos assuntos. Este trabalho tem por objetivo abordar suas definições, equações, propriedades de reflexão e caracterizações. Desenvolvimento As secções cônicas começaram a ser estudadas no século III a.C, na Grécia Antiga. O seu interesse inicial residia no contributo que a sua utilização poderia dar para a resolução dos três problemas clássicos: trissectar um ângulo, quadrar um círculo e duplicar um cubo. Euclides escreveu um tratado sobre as cônica, que se perdeu. A Apolônio, matemática grega, devem-se os nomes que ainda hoje utilizamos para a elipse, a hipérbole e a parábola. Os desenvolvimentos a volta das secções cônicas efetuadas nessa altura vieram a estar na base da formulação de várias teorias sobre curvas no séc. XVII. Por exemplo, Kepler usou a elipse para descrever as trajetórias dos planetas e Galileu a parábola para representar o movimento de projeteis na terra. Uma secção cônica é uma curva que resulta da interseção entre um plano e uma superfície cônica assente numa base circular, que se estende indefinidamente através do seu vértice em ambas as direções. Existem cinco tipos possíveis de secções cônicas: a elipse, a hipérbole, a parábola, a circunferência, e um par de retas concorrentes. Estes dois últimos são casos particulares da elipse e da hipérbole, respectivamente. Elipse Considerando, num plano , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número real maior que a distância entre F1 e F2, chamamos de elipse o conjunto dos pontos do plano tais que a soma das distâncias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a. Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 < 2a, temos: A figura obtida é uma elipse. Observações: 1ª) A Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do sol, que é um dos focos dessa trajetória. A lua em torno da terra e os demais satélites em relação a seus respectivos planetas também apresentam esse comportamento. 2ª) O cometa de Halley segue uma órbita elíptica, tendo o Sol como um dos focos. 3ª) As elipses são chamadas cônicas porque ficam configuradas pelo corte feito em um cone circular reto por um plano oblíquo em relação à sua base. Elementos Observe a elipse a seguir. Nela, consideramos os seguintes elementos: focos : os pontos F1 e F2 centro: o ponto O, que é o ponto médio de semi-eixo maior: a semi-eixo menor: b semidistância focal: c vértices: os pontos A1, A2, B1, B2 eixo maior: eixo menor: distância focal: Relação fundamental Na figura acima, aplicando o Teorema de Pitágoras ao tri6angulo OF2B2 , retângulo em O, podemos escrever a seguinte relação fundamental: a²= b²+c² Excentricidade Chamamos de excentricidade o número real e tal que: E= Pela definição de elipse, 2c < 2a, então c < a e, consequentemente, 0 < e < 1. Observação: Quando os focos são muito próximos, ou seja, c é muito pequeno, a elipse se aproxima de uma circunferência. Equações Vamos considerar os seguintes casos: a) elipse com centro na origem e eixo maior horizontal Sendo c a semidistância focal, os focos da elipse são F1(-c, 0) e F2(c, 0): Aplicando a definição de elipse , obtemos a equação da elipse: b) elipse com centro na origem e eixo maior vertical Nessas condições, a equação da elipse é: Vamos determinar as equações das seguintes elipses: a) a² = b² + c² a² = 6² + 8² a² = 36 + 64 a² = 100 a = 10 Equação: b) a² = b² + c² a² = 5² + 12² a² = 25 + 144 a² = 169 a = 13 Hipérbole Considerando, num plano , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número real menor que a distância entre F1 e F2 , chamamos de hipérbole o conjunto dos pontos do plano tais que o módulo da diferença das distâncias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a. Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 = 2c, temos: A figura obtida é uma hipérbole. Observação: os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice: Excentricidade Chamamos de excentricidade o número real e tal que: Como c > a, temos e> 1 . Equações Vamos considerar os seguintes casos: hipérbole com centro na origem e focos no eixo Ox F1 (-c, 0) F2 ( c, 0) Aplicando a definição de hipérbole: Obtemos a equação da hipérbole: b) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Oy Nessas condições, a equação da hipérbole é: Determinar a equação da hipérbole de focos F1(-3,0) e F2(3,0), cujo o eixo real mede 4. Parábola Dados uma reta d e um ponto F , de um plano , chamamos de parábola o conjunto de pontos do plano eqüidistantes de F e d Assim, sendo, por exemplo, F, P, Q e R pontos de um plano e d uma reta desse mesmo plano, de modo que nenhum ponto pertença a d, temos: Observações: 1ª) A parábola é obtida seccionando-se obliquamente um cone circular reto: 2ª) Os telescópios refletores mais simples têm espelhos com secções planas parabólicas. 3ª) As trajetórias de alguns cometas são parábolas, sendo que o Sol ocupa o foco. 4ª) A superfície de um líquido contido em um cilindro que gira em torno de seu eixo com velocidade constante é parabólica. Equações Vamos considerar os seguintes casos: parábola com vértice na origem, concavidade para a direita e eixo de simetria horizontal Como a reta d tem equação e na parábola temos: ; y2 = 2px P(x, y); dPF = dPd ( definição); obtemos, então, a equação da parábola: b) parábola com vértice na origem, concavidade para a esquerda e eixo de simetria horizontal Nessas condições, a equação da parábola é: y2 = -2px 1 - Qual a equação da parábola de foco no ponto F(2,0) e vértice na origem? Solução: Temos p/2 = 2 \ p = 4 Daí, por substituição direta, vem: y2 = 2.4.x \ y2 = 8x ou y2 - 8x = 0. 2 - Qual a equação da parábola de foco no ponto F(4,0) e vértice no ponto V(2,0)? Solução: Como já sabemos que VF = p/2, vem, 2 = p/2 \ p = 4. Logo, (y - 0)2 = 2.4(x - 2)2\ y2 = 8(x-2) \ y2 - 8x + 16 = 0, que é a equação da parábola. Conclusão Neste trabalho pode-se alargar nossos conhecimentos a respeito das seções cônicas, conhecer melhor as cônicas, como por exemplo Elipse (São figuras geométricas fechadas, formadas por segmentos de reta); Hipérbola, Local geométrico de todos os pontos para as quais a diferença das distâncias a dois pontos fixos, chamados focos é constante. Uma parábola é uma linha que pode ser ajustado, em um espaço bidimensional e em relação a sistema de coordenadas ortonormales, com o relacionamento e=a.x²+b, ou a aplicação de uma transformação que represente um giro, a dita relacionamento. Referências http://www.somatematica.com.br/emedio/conicas/conicas5.php http://www.profcardy.com/exercicios/home.php?id=808 http://classroom.orange.com/pt/secoes-conicas_1.html http://www.dmm.im.ufrj.br/projeto/rived/modulo_hiperbole/q2.htm
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