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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER GILVANIA MONIQUE DA ROCHA RAMOS – RU1808060 PORTFÓLIO UTA DIVERSIDADE MÓDULO A - FASE I NATAL/RN 2018 A LEI DE INCLUSÃO NA ESCOLA: INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS Realizei uma visita a Escola Municipal Maria Antonieta Pereira Varela, Bairro São Geraldo, Rua Olinto José Meira N° 346 em Ceará Mirim RN, onde foram matriculados nos anos iniciais 467 alunos, e 42 funcionários, na intenção de observar e analisar o dia a dia dessa escola, para saber se a lei de inclusão era aplicada ou não. Logo na chegada, observei a falta de rampas de acesso e corrimões, mas havia banheiros adequado à alunos com mobilidade reduzida, uma amostra de que a escola tinha evoluído muito pouco ainda no sentido de incluir. No decorrer da analise observei nas salas de aula, que tinha crianças com necessidades especiais, e sempre havia outra professora como apoio, para ficar com aquela criança especificamente, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial, e que tinha também uma sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializados (AEE), então pude perceber que a Secretaria Municipal de Educação dava ênfase as suas diretrizes, favorecendo às diferenças, reconhecendo e garantindo o direito incondicional de todos os estudantes com deficiência à inclusão escolar. Através de uma conversa com a direção fui informada, que faltava profissionais qualificados nessa área, e o incentivo da Prefeitura Municipal era bastante distante, do que tinha que ser na realidade, de acordo com que diz a lei do direito a educação de n° 13.146 de 2015, art. 28 inciso XI. XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio; Na rede pública ainda é difícil superar obstáculos de acessibilidade pedagógica, de comunicação e também de atitudes em relação às pessoas com necessidades especiais. Percebi tamanha preocupação dos profissionais envolvidos, pois falaram que a cada dia ficava mais difícil trabalhar sem uma estrutura adequada para esses fins. A escola, a família e os alunos ainda sofrem com a falta da aplicabilidade da lei de inclusão. Ouvi relatos que havia vários alunos com necessidades especiais que frequentavam a escola como autista, TDAH, transtorno bipolar, deficiência mental, e muitos outros casos que a família não aceitava, casos não diagnosticados. Observando o atendimento a um aluno com deficiência mental, tive a sensação de que havia muito caminho a ser percorrido, para tratar e lidar com naturalidade mesmo com suas dificuldades. No primeiro ano do ensino fundamental conheci um menino chamado João Victor, com 9 anos e diagnosticado com deficiência mental, possuindo laudo médico e tomando medicação, a cuidadora sem nenhuma experiência, não sabia lidar com aquela situação, e colocava atividades sem direcionamento para o aluno, onde a professora teve que intervir na situação, para ele poder ter um resultado mais eficaz. Me relatou que no decorrer do ano letivo que o aluno conseguiu fazer uma produção textual através de desenhos, onde o mesmo contava a própria história que tinha produzido, e foi visto um grande avanço apenas estabelecendo atividades direcionadas para o aluno desenvolver. Em outra situação tinha um aluno chamado Daniel, com 8 anos que não era diagnosticado, mas tinha todas a características de hiperatividade, ele não conseguia ficar parado um só minuto, não se concentrava e tirava a atenção de todos os colegas da sala. Na situação desse aluno não houve muito avanço pois teria que ter um acompanhamento com a psicopedagoga e com um psicológico e a escola não tinha esse atendimento. É nessa hora que podemos ver o descaso com a escola inclusiva, sendo um direito da criança, mas muito pouco sai do papel. Questionei a professora: Que acompanhamento é dado a estes estudantes? Que Habilidades são utilizadas para trabalhar com alunos especiais? A resposta foi que os professores buscam estudar cada caso para melhor atendê-los, que cada aluno tem uma necessidade especial diferenciada, no entanto há também um plano de ensino diferenciado para melhor êxito em seu desenvolvimento, como rege o artigo 27 do direito a educação. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Pude absorver o esforço e dedicação de cada professor naquilo que fazia, apesar de toda situação contraria e precária, percebíamos a parte humana por parte dos profissionais para cada aluno especial, onde infelizmente ainda dava para perceber o preconceito por grande parte dos demais. A inclusão não é uma tarefa fácil, muito pelo contrário, é uma tarefa extremamente difícil, porque depende de toda uma conscientização, todo um aparato envolvendo, governo, escola e família. Ainda é uma tarefa muito difícil, onde há muitos contratempos, conflitos, interesses políticos, sociais e econômicos em relação à amplitude desta causa. A lei é aplicada em partes, na medida do possível, tem muito a ser alcançado ainda como contar com um Psicopedagogo, Psicólogo, com professores com formação em educação especial, fonoaudiólogos, entre outros. Precisa-se principalmente de investimento e apoio de órgãos públicos municipais e estaduais para haver a aplicabilidade de fato nas escolas. Portanto é louvável o trabalho desses profissionais da escola, embora precária, mas inclusiva, dando o melhor para esses alunos, mesmo com a falta de estrutura, mas com a satisfação de dever cumprido. REFERENCIAS Entrevista com profissionais de uma escola pública municipal. http://ensinandoeaprendendoemsaladerecursos.blogspot.com.br/2015/07/capitulo-iv-do-direito-educacao-lei-n.html Acesso em: 09/04/2018
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