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COMPLEXO DENTINO PULPAR Nomes: Leonardo Freitas Rami Khaled Curso de Odontologia - ULBRA POLPA A polpa é o tecido conjuntivo que ocupa a parte central do dente, cuja função principal é manter a vitalidade da dentina, e consequentemente do dente. A polpa e a dentina formam um único complexo, pois estão intimamente relacionados morfo e fisiologicamente POLPA A localização anatômica do tecido pulpar influencia suas reações fisiológicas, por estar circundado por dentina mineralizada. A polpa convive assim, com momentos críticos, pois apresenta limitada capacidade de se expandir durante a vasodilatação. Considerando que o substrato nutricional provém da vascularização, que atravessa os pequenos forames e foraminas, o tecido pulpar encontra-se num ambiente de baixa tolerância. 3 DENTINA A dentina é a porção de tecido duro do complexo dentina-polpa e constitui o maior volume do dente. Seu componente inorgânico consiste, principalmente, em hidroxiapatita, e a fase orgânica em colágeno tipo I com inclusões fracionais de glicoproteínas, proteoglicanos e fosfoproteínas. Caracteriza-se pela presença de múltiplos túbulos dentinários atravessando toda a sua estrutura e contendo extensões citoplasmáticas dos odontoblastos DENTINA A dentina é a Principal responsável pela cor amarelada dos dentes. É constituída por uma estrutura tubular, o que lhe garante certa resiliência e elasticidade; TRANSMISSÃO DA DOR: A qualquer estímulo a polpa reage com dor. As sensações de pressão são devidas ao periodonto. O mecanismo de transmissão da dor no complexo polpa-dentina ainda é assunto de discussão. A dificuldade é de se explicar como as fibrilas nervosas da polpa são estimuladas. TEORIAS: Hidrodinâmica: o rápido movimentos de fluidos no interior dos canalículos resulta em distorção de terminações nervosas, iniciando um impulso e a sensação de dor. Atualmente é a teoria mais aceita. Odontoblastos como receptores: os prolongamento de Tomes transmitem os estímulos para o corpo dos odontoblastos, e estes para as fibrilas nervosas do plexo sub-odontoblástico. Direta inervação: a presença de nervos, principalmente no terço interno da dentina, seria responsável pela transmissão da dor. ALTERAÇÕES PULPARES: A principal causa das alterações pulpares é a cárie, e a resposta mais evidente é a dor. Na pulpite deve-se considerar o envolvimento físico da polpa por tecidos duros, e as modificações estruturais da polpa com a idade. Classicamente aceita-se que em um dente com cárie, a inflamação pulpar se inicia por resposta de baixo grau e de natureza crônica, e a medida que a cárie avança, uma resposta aguda sobrepõe-se aos elementos crônicos. ALTERAÇÕES PULPARES: O desenvolvimento da reação inflamatória na polpa precisa ser melhor estabelecido, como a participação dos mastócitos, fibras nervosas e a influência de fatores sistêmicos, como a imunosupressão. REAÇÕES PULPARES FRENTE AO AGENTE AGRESSOR As alterações do complexo dentino-pulpar frente aos diferentes agentes agressores (microbianos, químicos, físicos e outros), determinam graus variados de respostas. A polpa dentária tenta promover o bloqueio a essas agressões por meio de respostas como: esclerose dentinária, dentina terciária e inflamação pulpar. A polpa é capaz, no primeiro momento, quando da presença de processos odontoblásticos, de reagir diminuindo a permeabilidade dentinária com o objetivo de minimizar a agressão das toxinas microbianas, através da esclerose dentinária, preenchendo os túbulos com íons cálcio REAÇÕES PULPARES FRENTE AO AGENTE AGRESSOR Outra tentativa de barrar o avanço da cárie dentária é a formação da dentina terciária na câmara coronária, sendo proporcional à quantidade de destruição da dentina primária. Quando ocorre agressão mais intensa à polpa, ocorre a destruição dos prolongamentos dos odontoblastos, permitindo alta permeabilidade dentinária e formação de tratos mortos DENTINA DE REPARAÇÃO É formada na superfície interna da dentina, quando há destruição, geralmente por cárie, da dentina superficial, sem necrose dos odontoblastos. A dentina de reparação acompanha os canalículos lesados, e a quantidade formada corresponde a que foi destruída POLPA E TRAUMA OCLUSAL Na polpa não causa alterações significativas, exceto formação de dentina de reparação. Estudos com ratos mostrou que a polpa e o periodonto, logo após um ajuste oclusal, voltam a normalidade. ESTU 13 Polpa e preparo de cavidades Se não feito com os devidos cuidados técnicos um preparo cavitário pode provocar alterações da polpa. Os pontos a serem considerados são a espessura da dentina restante, a temperatura durante o preparo e a pressão exercida. Se houver acúmulo localizado de leucócitos, o processo é reversível. É importante que não haja infecção da polpa Polpa e preparo de cavidades Quando há formação de microabscesso as chances de resolução do processo são menores. A reversibilidade também é menor nos preparos cavitários de dentes cariados, onde há alterações preexistentes. REAÇOES PULPARES A PENETRAÇÃO DE SUBSTANCIAS Embora o microrganismo não possa penetrar imediatamente na dentina, nos casos de cáries, a dentina cariada ou produtos da placa dental, quando colocados sobre a dentina, podem causar severa reação pulpar. A diferença entre esses extremos (sem inflamação x abscesso) é muito importante, provavelmente, devido às diferenças na concentração pulpar dessas substâncias injuriosas Considerações finais É um desafio, através dos sintomas dolorosos, diagnosticar clinicamente inflamação pulpar reversível e irreversível, necrose pulpar e localizar a origem de uma dor referida. Evidentemente a inflamação não é o único fator causador da dor de origem pulpar e os mecanismos que envolvem este processo são dinâmicos e complexos, sendo ainda a maioria deles desconhecida. Considerações finais A compreensão da fisiopatologia pulpar é essencial para que um maior número de informações seja obtido, uma vez que a indicação de tratamento depende de um diagnóstico correto REFERÊNCIAS ESTRELA, C. Ciência Endodôntica. São Paulo: Artes Médicas, 2007. 1010p. SMULSON, M.H.; SIERASKI, S.M. Complexo Dentina- Polpa.In: TEN CATE, A.R. Histologia Bucal: desenvolvimento, estrutura e função. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. cap. 9, p. 143-184. SMULSON, M.H.; SIERASKI, S.M. Histofisiologia e doenças da polpa dentária. In: WEINE, F.S. Tratamento endodôntico. 1ª edição. São Paulo: Santos, 1998, cap. 3, p.119-120.
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