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➝ As habilidades necessárias ao exame físico são: - inspeção: visão (processo de observação); - palpação: tato (por meio de tato ou pressão); - percussão: audição (identificar vibrações específicas); - ausculta: audição (ouvir sons produzidos pelo corpo). ➝ Semiotécnica: poucas dificuldades existem na técnica da inspeção, recomendando-se a observância de algumas normas como: - dispor de iluminação adequada; - exposição adequado da região a ser impressionada; - ter em mente as características normais da área a ser examinada; - uso ocasional de determinados instrumentos (lupa, lanterna, otoscópio, oftalmoscópio e outros) para melhorar o campo de visão. ➝ A inspeção e a palpação são dois procedimentos que quase sempre andam juntos, um complementando o outro; ➝ A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão sobre as mais profundas; TÉCNICAS BÁSICAS DO EXAME FÍSICO P3 SEMIOLOGIA Aula teorica ➝ Através da palpação percebem-se modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistências, sensibilidades, volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibrações, pulsação e verificação da presença de edema; ➝ Semiotécnica: recomenda-se que o examinador aqueça as mãos, friccionando uma contra a outra antes de iniciar qualquer palpação. A posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas do paciente e do segmento corporal a ser palpado. ➝ Semiotécnica: esse procedimento apresenta muitas variantes, podendo ser realizada das seguintes maneiras: - palpação com a mão espalmada, em que se usa toda a palma de uma só mão ou de ambas as mãos; - palpação com uma das mãos suspendendo- se a outra; - palpação com a mão espalmada, em que se usam apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos; - palpação usando-se o polegar e o indicador, em que se forma uma “pinça”; - palpação com o dorso dos dedos ou das mãos. Este procedimento é especifico para verificação de temperatura; - digitopressão, realizada com a polpa do polegar ou do indicador. Consiste na compreensão de área com diferentes objetivos: pesquisar a existência de dor, avaliar circulação cutânea, detectar a presença de edema; - puntipressão, que consiste em comprimir com um objetivo pontiagudo em um ponto do corpo. É usada para avaliar a sensibilidade dolorosa e para analisar telangiectasias tipo aranha vascular; - vitropressão, realizada com o auxílio de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele, analisando-se a área através da própria lâmina. Sua principal aplicação é na distinção entre eritema de purpura (no caso de eritema, a vitropressão provoca o apagamento da vermelhidão e, no de púrpura, permanece a mancha); - fricção com algodão, em que, com um pedaço de algodão passa levemente em um segmento cutâneo, procurando ver como o paciente o sente. É utilizada para avaliar sensibilidade cutânea; - pesquisa de flutuação: aplica o dedo indicador da mão esquerda sobre um lado da tumefação, enquanto o da outra mão, colocado no lado oposto, exerce sucessivas compressões, havendo liquido a pressão determina um leve rechaço do dedo da mão esquerda, ao que se denomina de flutuação. - palpação bimanual: se faz no exame das glândulas salivares, o dedo indicador da mão direita é introduzido na boca, enquanto as polpas digitais dos outros dedos “exceto o polegar”, com a outra mão faz a palpação externa na área de projeção da glândula; ➝ Se baseia no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do organismo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade, na dependência da estrutura anatômica percutida; ➝ Ao se fazer a percussão observa-se nao só o som obtido mas também a resistência oferecida pela região golpeada. - percussão direta: é realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo. Os dedos imitam a forma de um martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. - percussão dígito-digta: se executa golpeando com a borda ungeal do dedo médio da mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou o indicador da outra mão. O dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro; ➝ A mão que percute pode adotar duas posições, ou seja: - todos os dedos, exceto o dedo médio, que procura imitar a forma de um martelo, ficam estendidos sem nenhum esforço; - o polegar e o indicador semi-estendidos e o anular e o mínimo de tal forma que se aproximem da palma da mão; - A movimentação da mão é apenas do punho e o cotovelo permanece fixo, fletido em um ângulo de 90° com o braço em semiabdução; OBS: - é impossível de ser realizado por alguém com unhas longas; - a intensidade do golpe é variável, pois em uma criança quando se trata do tórax, o golpe é mais leve. Já no adulto com uma certa força, pois as paredes torácicas são mais espessas; - é recomendado executar dois golpes seguidos, secos e rápidos; - em órgãos simétricos é conveniente a percussão comparada dos dois lados; - as posições do paciente e do médico variam de acordo com a região a ser percutida. ➝ punhopercussão, mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região em estudo e averigua-se se a manobra desperta sensação dolorosa; ➝ Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada com a borda ulnar, procurando ver alguma sensação dolorosa; ➝ Punho-percussão é a percussão com a borda da mão. É utilizada com o objetivo de verificar a sensação dolorosa nos rins. Os golpes são dados na área de projeção desse órgão, nas regiões lombares. ➝ Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando-se contra a parede abdominal. Percussão por piparote: é utilizada para pesquisar ascite. ➝ Som maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar (músculo, fígado, coração, no braço e na coxa); ➝ Som submaciço: constitui uma variação do som maciço, a presença de ar em quantidade restrita lhe dá característica peculiar. Ele é produzido em regiões com quantidade restrita de ar, como a região localizada entre o parênquima pulmonar e um órgão sólido; ➝ Som timpânico: é o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível; ➝ Som claro pulmonar: é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende da presença de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. ➝ A ausculta pulmonar: realizada com o objetivo de ouvir os ruídos respiratórios; ➝ A ausculta no exame do coração: para ausculta das bulhas cardíacas normais e suas alterações e reconhecer sopros e outros ruídos no exame de qualquer vaso (artéria ou veia) onde se podem originar sopros; ➝ A ausculta no exame do abdome: para detectar os chamados ruídos hidroaéreos. ➝ Semiotécnica: - ambiente de ausculta; - posição do paciente e do examinador; - orientação do paciente; - escolha do receptor adequado; - aplicação correta do receptor;
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