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Semiologia – Professora Amanda Bruna de Oliveira Bicalho – FAMINAS BH Os sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura e dor) fornecem informações críticas iniciais que frequentemente influenciam o tempo e direção da avaliação do paciente. A ordem ideal para aferição dos dados vitais é a seguinte: 1. Aferir a pressão arterial. 2. Aferir a frequência cardíaca palpando o pulso radial. 3. Continuar palpando o pulso radial para verificação da frequência respiratória sem alertar o paciente. 4. Aferir a temperatura corporal. PRESSÃO ARTERIAL Antes de iniciar a técnica para aferição da pressão arterial, deve-se manter o paciente em repouso por 5 a 10 minutos em ambiente calmo. SEMIOTÉCNICA 1. Manter o paciente sentado, com as pernas descruzadas e o braço na altura do coração e a palma da mão viradas para cima. 2. Se assegurar que o paciente não fez uso de tabaco, cafeína ou praticou exercícios físicos 30 minutos antes da aferição. 3. Colocar o manguito 2 a 3 cm acima da fossa cubital, com a seta sobre a artéria braquial. 4. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até o desaparecimento do pulso (para estimar a pressão sistólica). 5. Desinflar rapidamente e esperar 1 minuto para tornar a inflar. 6. Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, na fossa cubital. 7. Inflar o manguito 20 a 30 mmHg acima da PA sistólica e desinflar lentamente. 8. Observar a pressão sistólica (quando os batimentos voltam a aparecer) e a diastólica (quando os batimentos cessam). 9. Continuar auscultando cerca de 20 a 30 mmHg após a PA diastólica para confirmar o desaparecimento dos batimentos e depois desinflar completamente. VALORES DE REFERÊNCIA PA (DIRETRIZ 2016) PAD (mm Hg) PAS (mm Hg) Normal < ou = 80 < ou = 120 Pré-hipertensão 81 – 89 121 – 139 Hipertensão estágio 1 90 – 99 140 – 159 Hipertensão estágio 2 100 – 109 160 – 179 Hipertensão estágio 3 > ou = 110 > ou = 180 Semiologia – Sinais Vitais Semiologia – Professora Amanda Bruna de Oliveira Bicalho – FAMINAS BH REGISTRO DOS VALORES Não registrar os valores da pressão arterial com valores abreviados. Por exemplo: registrar 120 x 80 mmHg e não 12 x 8 mmHg. Além dos valores, registrar a posição do paciente no momento da aferição (sentado, deitado). FREQUÊNCIA CARDÍACA - FC SEMIOTÉCNICA 1. Se posicionar de frente para o paciente e segurar o punho com a mão livre. 2. Comprimir a artéria radial com os dedos indicador e médio. 3. Verificar as características do pulso: a) Ritmo: verificar se ele é regular ou irregular. b) Frequência: caso o pulso seja regular, verificar por 30 segundos e multiplicar por 2. Se o pulso estiver irregular, verificar por 60 segundos. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - FR SEMIOTÉCNICA 1. O paciente não deve perceber que está sendo aferida a FR, por isso deve-se avalia-la logo após a aferição do pulso, simulando estar contando a FC. 2. Contar os movimentos respiratórios por 15 segundos e multiplicar por 4. Na dúvida ou em ritmos acelerados e irregulares, deve-se contar por 60 segundos. TEMPERATURA CORPORAL É importante ressaltar que febre e hipertermia não são termos sinônimos. FEBRE A febre é causada por um ajuste da temperatura pelo hipotálamo, que produz mecanismos que aumentam o calor (calafrios, aumento da atividade metabólica) e que conservam o calor corporal (vasoconstrição periférica). Na maior parte das vezes (mas não sempre) a febre é gerada como um mecanismo de defesa contra agentes patógenos. A febre responde à fármacos antipiréticos. HIPERTERMIA A hipertermia ocorre devido a uma falha nos mecanismos de controle da temperatura, o que faz com que a produção de calor seja maior que a dissipação térmica (perda de calor). A hipertermia é caracterizada por um aumento da temperatura sustentado e não responde à fármacos antipiréticos. VALORES REFERÊNCIA PARA FC - ADULTOS < 60 bpm Bradicardia 60 – 100 bpm Normocardia ou Eucardia > 100 bpm Taquicardia VALORES REFERÊNCIA PARA FR - ADULTOS 0 rpm Apneia < 12 rpm Bradipneia 12 – 20 rpm Normopneia ou Eupneia > 20 rpm Taquipneia VALORES REFERÊNCIA PARA TEMPERATURA AXILAR < 35,5ºC Hipotermia 35,5ºC a 37,5ºC Normal > 37,5ºC Febre e Hipertermia PA: 120 X 80 mmHg – Paciente sentado Semiologia – Professora Amanda Bruna de Oliveira Bicalho – FAMINAS BH DOR A Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor descrevem a dor como o quinto sinal vital que deve sempre ser registrado ao mesmo tempo e no mesmo ambiente clínico em que também são avaliados os outros sinais vitais. Diversas formas podem ser utilizadas para classificar a dor do paciente. Uma forma muito comum é a utilização das escalas de dor: PRESSÃO ARTERIAL SEMIOTÉCNICA REGISTRO DOS VALORES FREQUÊNCIA CARDÍACA - FC SEMIOTÉCNICA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - FR SEMIOTÉCNICA temperatura corporal FEBRE HIPERTERMIA dor
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