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Resenha Justiça Michael Sandel (Capítulo 5)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES
CURSO DE DIREITO
ADRIANA MARIA MACIEL BATISTA
LÍVIA MARÍLIA MELO SANTOS
MATHEUS VINÍCIUS OLIVEIRA DOS SANTOS
RAISSA PADILHA BRANDÃO
SILVANO LEITE VASCONCELOS ALBUQUERQUE
VITÓRIA LAÍS NASCIMENTO JAMBO
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO JUSTIÇA: O QUE É FAZER A COISA CERTA?
Maceió
2018
ADRIANA MARIA MACIEL BATISTA
LÍVIA MARÍLIA MELO SANTOS
MATHEUS VINÍCIUS OLIVEIRA DOS SANTOS
RAISSA PADILHA BRANDÃO
SILVANO LEITE VASCONCELOS ALBUQUERQUE
VITÓRIA LAÍS NASCIMENTO JAMBO
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO JUSTIÇA: O QUE É FAZER A COISA CERTA?
Trabalho acadêmico referente a Atividade Prática Supervisionada da disciplina “Introdução ao estudo de direito” do curso de direito, com finalidade de obtenção de nota.
Professor(a): Robiane Karoline Menezes de Lima Santos
Maceió
2018
SUMÁRIO
1 RESUMO	4
2 RESENHA	5
3 REFERÊNCIAS	9
RESUMO
No livro “Justiça: O que é fazer a coisa certa?”, Michael Sandel disserta sobre diversas vertentes e definições de justiça distintas, utilizando exemplos reais e pautando cada capítulo em uma figura ilustre que se relacione com o tema discutido. A resenha será feita com ênfase no capítulo V, em que o autor propõe uma análise acerca dos direitos humanos universais, baseando-se na ideologia de justiça de Immanuel Kant, um filósofo prussiano aclamado. Este, por sua vez, começa citando três correntes: a utilitária; a libertária e a moral, mas concorda apenas com a segunda. Utilizando-se de exemplos a cada tópico para facilitar a visualização e compreensão das ideias, o autor inclina-se à terceira definição do que seria justiça, em que a virtude e o bem comum devem ser o norte do dever humano. Isso contraria a ideia de Kant, que diz que por maior que seja a parte da sociedade beneficiada por certa ação, isso não significa que fazê-la seja o certo ou que essa ação possua valor moral. Para Kant, o ser humano deve ser tratado com singularidade e respeito, por possuir direito á dignidade e liberdade e esses direitos serem invioláveis.
Palavras-Chave: Justiça, ética, moralidade, liberdade, razão, Kant, direitos humanos, ONU, ação, filosofia.
RESENHA
Immanuel Kant foi um filósofo prussiano, filho de artesões, que nasceu em 1724, na cidade de Konigsberg, onde morreu aos 79 anos. Entrou na Universidade de Konigsberg e lá foi se destacando como um palestrante acadêmico, foi um grande autor de obras sobre costumes, moral, liberdade, dentre outros temas nos quais faz sucesso até nos dias atuais e sempre um crítico ao utilitarismo, que consiste nos fundamentos dos direitos humanos universais. 
O conceito de Immanuel Kant sem dúvidas influencia a questão dos direitos humanos contemporâneos. Sua tese se baseia em três preceitos básicos: A moralidade; a liberdade e a razão. Dissertando sobre estes e com alguns aspectos usados ou refutados das correntes utilitarista, libertária e moral (senso comum), ele cria seu próprio esquema do que seriam direitos e deveres. 
A ONU conceitua os direitos humanos como “garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana”. No início do capítulo, desenvolve-se a ideia de que se determinado indivíduo entende que esses direitos são de suma importância, possivelmente intensificaria ou aumentaria a felicidade da sociedade em geral, conduzindo assim uma melhoria que pudesse abranger o maior número de pessoas. Kant se coloca contrário a duas abordagens de justiça, sendo três abordadas pelo autor: a primeira delas refere-se ao utilitarismo, que tem como principal linha de pensamento o princípio do bem-estar; a segunda procura congregar justiça a liberdade; e a terceira a valorização da virtude. Apenas a segunda é defendida pelo filósofo.
 De acordo com Kant, as pessoas não devem ser usadas como instrumentos para obtenção do bem-estar de outrem, mesmo que se trate de uma maioria massiva. Todo ser humano é dono de si mesmo, seu trabalho e vida, porém isso não significa que não devem existir leis e princípios que cerquem essa relação humano-humano. Tem que se haver limites que permitam a convivência, e estes se dão através da moralidade, liberdade e razão. 
No que se diz respeito à liberdade, Kant atenta que o conceito da maioria das pessoas para o que seria a liberdade é equivocado: o poder da escolha entre alternativas pré-determinadas não configura real liberdade, pois só de existir alternativas de escolha já existe influência externa na sua decisão, deturpando então sua liberdade. A real liberdade é agir com autonomia, decidir por si só, sem nenhuma influência ou alternativa prévia, fazer algo por fazer. Em concordância com sua concepção de defender a liberdade, ela vai muito além da liberdade de escolha que praticamos quando compramos ou vendemos mercadorias no mercado, segundo Kant isso não é a verdadeira liberdade pois envolve a satisfação de desejo que não escolhemos. A questão do desejo é tratada detalhadamente pelo autor, que não considera liberta a ação praticada com finalidade de suprir um desejo, já que este desejo pode estar alheio ao que o indivíduo realmente anseia ou precisa, ou ainda, que esteja recebendo influência externa para desejar algo, como o consumismo em cadeia, por exemplo. 
Tomemos como exemplo um adolescente que frequenta festas e faz parte de um grupo social composto por outros adolescentes. Certo dia, um dos componentes do grupo apareceu na festa da semana usando um tênis novo, que está em evidência na mídia e é visto como trendy stuff pelos influenciadores digitais que os adolescentes costumam seguir. Neste dia, o adolescente com o tênis novo se tornou o centro das atenções, causando desejo de posse do seu tênis pelos demais adolescentes do grupo. Esse desejo por indução é mero consumismo, e um adolescente compra-lo porque o deseja, não configura real liberdade, segundo Kant. 
 Outra questão dissertada por Kant se trata da Moralidade, ele diz que a moralidade é imprescindível para a justiça, assim como essencial para delimitar as fronteiras dos direitos humanos. Mas como saber o que é moral? Para Kant, uma ação só tem valor moral se for feito o certo e pelo motivo certo. A ação boa tem que partir do dever moral de fazer a coisa certa, e não do altruísmo ou por medo ou vontade de atingir alguma coisa. A ação pensada na consequência não possui valor moral, pois está sendo feita com determinado objetivo e não simplesmente por fazer o bem porque é o certo. Distinguindo uma ação moral de uma ação não-moral através de dois parâmetros, o autor deixa claro que uma ação moral é aquela que é cumprida por dever, obedecendo a um princípio interno (autônomo); já na ação não-moral, são obedecidas conforme ao dever e o princípio que as regem são por motivações externas (heteronômica). 
	As motivações externas, desse modo, dividem-se em duas: intenção egoísta (exemplificada no livro pelo comerciante que faz a coisa certa, porém pelo motivo errado) e inclinação imediata (exemplificada no livro por afivelar o cinto de segurança, nesse caso, se faz porque é certo, mesmo não sendo agradável).
Segundo Kant, a moral está integrada com a razão, com o motivo de fazer certa coisa. O indivíduo estará agindo com moral quando está fazendo a coisa certa porque simplesmente é a coisa certa e não por outro motivo exterior, “quando avaliamos o valor da ação levamos em conta o motivo que nos fez praticar essa ação e não as consequências posteriores”.
Para Kant, a razão pode comandar à vontade por meio de duas maneiras: dois tipos de imperativos. Um chamado de categórico, que é sempre incondicional e a outro chamado de hipotético, que é condicional e faz uso da razão instrumental.
Ele defende que o imperativo categórico é decisivo, não deixando assim margem para interpretações e que se um ato for bom apenas para atingir determinado objetivo, esse imperativoserá hipotético. Esse imperativo comanda de forma categórica, ele não tem relações entre o objetivo da ação feita e seus supostos resultados, mas sim com a forma e o princípio pelo qual partiu, e tem como favorável à disposição mental pela ação feita, independente das consequências. Sendo assim, podemos resumir o imperativo categórico na disseminada expressão: “faça para com os outros o que gostaria que outros fizessem para você mesmo”.
Imperativo categórico I: Universalização da máxima
Para Kant, a máxima é quando o preceito propicia a ação de máxima de uma pessoa. Ou seja, só devemos agir de acordo com os princípios que podemos universalizar sem entrar em contradição. E levantando assim uma questão moral, pois é uma forma de verificar se o que estamos colocando nossos interesses e situações especiais acima de qualquer outra pessoa.
Imperativo categórico II: Trate as pessoas como fins em si mesmas
Tem como fim a concepção humana, não podendo assim formular ou fundamentar lei moral em interesses, propósitos ou objetivos particulares. Kant acredita que o respeito ao outro é um dever que temos que ter, independente de quem for. Existindo assim uma diferença entre respeitos e as outras formas de ligação humana. Sendo o respeito como uma forma de respeito pela humanidade em si, já o amor, a empatia, a solidariedade e companheirismo são sentimentos morais que nos aproximam mais das pessoas. 
 Já o imperativo hipotético não dá margem a interpretação, ele fundamenta-se na razão instrumental. Ele te diz o que fazer a fim de alcançar um objetivo especial. 
Já em relação à razão, Kant acredita na formulação de um contrato social invisível, o qual irá nortear a conduta do ser em prol da bonança. Este contrato é chamado por ele de lei autodeterminada, pois deve ser formulada por cada indivíduo, para o mesmo seguir. Este contrato deve ser formulado e seguido por cada um porque se fosse feito por outra pessoa, violaria o direito de todo ser humano à autonomia. 
O filósofo também argumentou sobre o seu repúdio ao sexo casual, pois considerou que a pessoa que se submete a isso não está agindo com o pensamento na finalidade e sim tratando a pessoa como um mero meio de satisfazer suas vontades sexuais, mesmo que ambas as pessoas estejam sentindo prazer por fazer isso, uma está usando a outra como objeto. Entretanto, atentando-se pelo lado que o sexo acontece entre pessoas casadas, se estiver acontecendo só para satisfazer o outro, vai continuar sendo repudiado por Kant, porque para o mesmo o certo é quando acontece como algo que vai além do prazer físico, relacionando-o com a dignidade humana. “Não deveríamos impor os outros — ou a nós mesmos — situações em que passássemos a ser considerados meros objetos”.
Depois de várias explicações a respeito do que é a verdadeira moral, Immanuel Kant impõe frente a frente a moral e a mentira, já que a mentira é o principal comportamento imoral. Mesmo em situações extremas (de vida ou morte por exemplo) Kant diz que deve-se contar a verdade até para indicar um assassino que ele mate alguém, pelo simples fato de que a verdade tem que prevalecer independente do que esteja acontecendo, entretanto a verdade deve ser dita a quem merece recebe-la, então obviamente uma pessoa que procura outra para matá-la não deve receber a informação de onde ela se encontra. Quando ele fala que não se deve mentir, é porque a mentira corrompe a honestidade do ser, contudo ele visualiza o lado de uma pessoa que está querendo cometer algo ruim e não a preservação da vida alheia.
Podemos também observar a diferença em mentir e dissimular, a princípio podemos dizer que é uma questão de moral, quando uma pessoa chega a planejar uma resposta inteligente para desviar a finalidade de uma pergunta ela está agindo moralmente, diferente se estivesse mentindo. Para Kant o que importa é a intenção que o indivíduo teve, o motivo, então se ao invés de mentir que seja feito um fingimento, para Kant é considerado um ato moralista por estar preservando a verdade.
É clara a influência que Kant teve sobre a definição dos direitos humanos atuais, resguardados pela ONU, visto que suas ideias na construção do que seria a justiça universal, são aclamados e bem-vistos. Além de possuírem detalhes que impedem interpretação diferente da proposta do autor.
REFERÊNCIAS
SANDEL, Michael. Justiça: O que é fazer a coisa certa? Rio de Janeiro. Editora Civilização Brasileira, 2009.
MENEZES, Perseu Frazão. Resenha Destaque de Fevereiro. Maceió, 2018. Disponível em: <https://blogs.gazetaonline.com.br/lideres/2017/04/03/resenha-destaque-do-mes-de-fevereiro-justica-o-que-e-fazer-a-coisa-certa/>. Acesso em 23/03/18.
FRAZÃO, Dilva. Biografia de Immanuel Kant. Maceió, 2018. Disponível em: < https://www.ebiografia.com/immanuel_kant/>. Acesso em 18/03/2018

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