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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
NUTRIÇÃO
REGIÃO NORTE, SUA GASTRONOMIA E SEUS ASPECTOS CULTURAIS.
APS FUNDAMENTOS DA NUTRIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2018.
REGIÃO NORTE, SUA GASTRONOMIA E SEUS ASPECTOS CULTURAIS.
APS FUNDAMENTOS DA NUTRIÇÃO
Pesquisa Supervisionada apresentada pelo Curso de Nutrição do Centro Universitário Augusto Motta, a ser utilizado para manufatura da APS do primeiro bimestre.
RIO DE JANEIRO
2018.
SUMÁRIO
Introdução
A região formada pelos estados do Amazonas (AM), Acre (AC), Roraima (RR), Rondônia (RO), Pará (PA), Amapá (AP) e Tocantins (TO) abriga uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Cerca de 80% da região é ocupada pela Floresta Amazônica, é a maior em extensão e corresponde a 42% de todo o território nacional. Com 15 milhões de habitantes, essa região é uma das mais miscigenadas no país. É por ela que passa o rio Amazonas, o maior do mundo em vazão de água, e seus numerosos afluentes. Assim, peixes de rio tem presença marcante no cardápio regional.
 A forte presença indígena mesclada com a imigração europeia diferencia a gastronomia do Norte de qualquer outra encontrada no país. É considerada por muitos o maior exemplo de culinária tipicamente nacional. Apesar de suas raízes amazônicas, a cozinha regional sofreu influência forte de imigrantes portugueses, logo no início da colonização. Depois, com o ciclo da borracha, outros povos chegaram e deixaram seus traços na culinária, como é o caso de libaneses, japoneses, italianos e até mesmo os próprios nordestinos que migraram para a região nesse mesmo período.
Pratos e Ingredientes Típicos de Cada Estado
Amazonas
 os principais pratos possuem grande influência indígena. Devido a existência de mais de duas mil espécies de peixes nos rios Amazonas, a culinária amazonense valoriza o pescado. As principais espécies consumidas são Tambaqui, Tucunaré, Pirarucu, jaraqui, Pacu e Matrinchã, que são transformados em pratos típicos, servidos cozidos, assados ou fritos. Destacando assim, alguns pratos, como: Parmediana de Pirarucu e caldeirada de Tambaqui. Frutas como o Piquiá (dá origem ao licor de Pequi), Cupuaçu, bacuri, Pupunha e Castanha-do-Pará também são bem consumidas. 
Cupuaçu: fruta típica da Amazônia brasileira, usada em sucos, vitaminas, sorvetes, além de compotas e geleias.
Açaí: o maior produtor do fruto é o estado do Pará. Na Amazônia, ele pode ser consumido com farinha de mandioca ou tapioca, ou ainda servir de base para um pirão que acompanha pratos com peixe. Mas também são feitos sucos e polpas.
Pirarucu: um dos maiores peixes de água doce do país, também é conhecido como o “bacalhau da Amazônia”.
Tucunaré: peixe amazônico que serve de base para vários pratos locais.
Urucum: o fruto nativo da América tropical tem uma semente vermelha a partir da qual são feitos temperos e corantes.
Jambu: erva muito usada na culinária de toda a região, é conhecida por deixar os apreciadores com a boca dormente. Suas folhas têm uma substância levemente anestésica e que provoca a salivação.
Guaraná: o fruto nativo da Amazônia é usado na fabricação de refrigerantes, xaropes, sucos e pó. Conhecido por ter propriedades estimulantes.
Castanha do Pará: a semente é consumida ao natural, torrada, ou ainda como farinha, em doces ou em sorvetes.
Caldeirada de peixe: Essa receita é muito comum na região amazônica, é uma espécie de ensopado com pescados. Pode ser preparada com diversos tipos de peixes temperados com ervas da região, como, por exemplo, o tucunaré e o tambaqui. Normalmente os pratos cozidos são servidos com um pirão.
Caldo de tambaqui: Feito com um dos peixes mais comuns na região, esse caldo é uma das receitas típicas e em sua produção leva o tucupi. O caldo é temperado com sal, pimenta e um toque de limão, além de ervas locais, como o jambu.
Pirarucu frito: O pirarucu é um peixe muito consumido no estado, mas esse prato também pode ser feito com diversas outras espécies de pescado, como o jaraqui e pacu. Os pratos de peixes fritos são normalmente servidos com a farinha de Uarini e o baião de dois, composto por arroz, feijão e cheiro-verde.
Tapioca de Tacumã: A tapioca é um prato comum em muitas partes do Norte e do Nordeste, porém no Amazonas essa receita leva um toque especial. O tucumã é uma das frutas típicas da região, e é bem normal comer uma tapioca recheada com a fruta e um pouco de queijo coalho.
X-caboquinho: Um outro prato bem comum nos cafés da manhã do amazonense é esse sanduíche feito com pão francês e o bom tucumã com queijo coalho. É uma receita simples, e normalmente é consumida acompanhada de um café com leite.
Acre
o estado do Acre possui uma grande mistura cultural de povos brasileiros, principalmente indígenas e nordestinos, além de também ter influência boliviana. Essa mistura pode ser percebida na culinária, com temperos e receitas típicas do Nordeste, mas também muito do sabor e ingredientes típicos da região do Norte. Destaca-se então, alguns dos pratos típicos: Tucunaré recheado, Pirarucu á casaca, Quibes de arroz e mandioca, Saltenha, Tambaqui acreano, Beiju de folha, Bolo de Pupunha e Torta de Cupuaçu.
Tucunaré recheado: Esta receita utiliza um dos peixes comuns na bacia hidrográfica amazônica. O tucunaré é aberto pelo lombo e tem suas tripas retiradas, depois é recheado com legumes cozidos e/ou batata doce, temperado com limão e pimenta-do-reino, e depois posto para assar. Um ponto importante para deixar o peixe suculento é colocá-lo para marinar na vinha d’alho, que é basicamente vinho e alho.
Pirarucu à casaca: Este prato é muito comum no estado do Amazonas, principalmente em Manaus, porém é muito apreciado também no Acre. O pirarucu à cascata também leva farinha de mandioca, que é conhecida na região como farinha d’água. Os ingredientes são todos montados em camadas.
Quibes de arroz e mandioca: Estas receitas são de influência árabe. O quibe é muito popular nos países árabes, porém já se tornou parte da culinária acreana. Apesar de ser normalmente feito com farinha tabule e carne moída, os acreanos têm receitas diferentes, com arroz e mandioca.
Saltenha: A origem deste salgado é boliviana, e vale lembrar que a Bolívia detinha a posse do território que hoje corresponde ao Acre. A saltenha tornou-se um dos principais salgados do estado acreano, podendo ser encontrada em quase qualquer barraca ou lanchonete. Apesar de normalmente ser frita, também pode ser assada.
Tambaqui acreano: Os peixes são o carro forte da culinária acreana. São diversas as receitas com carne branca que encontramos não só no Acre, mas em toda a Região Norte. A receita do tambaqui acreano já foi premiada e usa as costelas do peixe.
Beiju de folha: A cultura acreana tem muita influência nordestina, por conta dos migrantes que chegaram ao Acre para tentar ganhar a vida com a borracha. Esse reflexo na culinária é bem óbvio na mistura da típica tapioca com um jeito especial acreano, envolvido em folha de bananeira.
Bolo de pupunha: A pupunha é uma árvore típica do nosso continente, e muito comum na área amazônica. Assim como se faz bolo de frutas mais comuns, como laranja, no Acre existe uma receita que utiliza o fruto da pupunha.
Torta de Cupuaçu: O cupuaçu é uma fruta típica da região de floresta amazônica, e isso inclui o Acre. Na região não é feita apenas tortas com essa fruta, mas diversos tipos de doces. Além de bombons, também é comum ver picolés e sorvetes, não só na região Norte, mas em todo o País.
Amapá
Assim como em outros lugares da Amazônia, os pratos da gastronomia amapaense são marcados por nomes estranhos, ingredientes típicos da região e sabores pra lá de exóticos.O pirarucu ao leite de castanha e o tucunaré, um dos peixes mais típicos das águas amazonenses, feito em caldeirada ou na nata são os principais. A mandioca também está sempre presente em pratos como a maniçoba, o tacacá, e a rosquinha de carimã.Acredita-se que o Amapá tenha o maior banco de camarões do mundo.E para quem prefereaves, uma boa pedida é o pato no tucupi, outra especialidade da região.os sabores mais peculiares ficam por conta das frutas. Na região pode encontrar, por exemplo, cupuaçu, açaí, pupunha, bucuri, uxi, mari, taperabá, tucumã e macajá.
Pescada de gurijuba: É muito comum o uso de peixes como ingrediente em pratos típicos da região amazônica, uma vez que eles são abundantes por ali. No caso da gurijuba, embora esse peixe possa ser encontrado em quase qualquer rio da região, a receita da pescada está firmada no Amapá.
Tucunaré na brasa: O tucunaré possui receitas em diversos estados da região Norte. Assim como no Acre o tucunaré recheado é um prato típico, no Amapá é mais comum comer o tucunaré na brasa, com um tempero bem leve, apenas limão sal e pimenta do reino. Uma outra receita comum é a caldeirada de tucunaré.
Tacacá: Preparado com tucupi (que é o sumo retirado da raiz da mandioca brava), goma de mandioca e camarão. Seu tempero leva pimenta de cheiro, alho, sal e jambu, um tipo de erva típica da região.
Camarão no Bafo: O Amapá é um dos estados nortistas que é banhado pelo Oceano Atlântico, e por possuir um litoral, frutos do mar também fazem parte da sua culinária. Um desses ingredientes é o camarão, e a receita típica preparada com ele é o camarão no bafo, que leva um pouco de cachaça de alambique, pimenta dedo de moça, cebola e tomate.
Doces, sucos e sorvetes de frutas típicas
Com as frutas do Amapá são produzidos sucos, doces, sorvetes e picolés. Algumas frutas são muito exóticas e mal se tem conhecimento delas fora da região Norte: uxi, mari, taperebá e tucumã são algumas delas. Outras frutas são mais comuns, como cupuaçu e açaí, por exemplo.
Roraima
A gastronomia desse estado apresenta uma forte mistura de cardápios por possuir influência de várias raças e costumes. No entanto, é fácil perceber a predominância da culinária indígena no estado. Dentre os pratos mais conhecidos destacam-se: Caldeirada de peixe, Galinha Caipira, Carne de sol regional, Mugica de peixe, bolo de macaxeira, bolo de tapioca, tapioca, Suco de açaí, Bacaba e Suco de Cupuaçu. Dentre os pratos mais conhecidos destacam-se:
Paçoca com banana – Carne assada batida no pilão com farinha e servida com banana
 Caldeirada de peixe – Azeite de Oliva, cheiro verde, cebola,tomate e sal, água e peixe cortado em postas.
 Galinha caipira – Cheiro verde, pimentão cortado, em pedaços pequenos, guisada ao molho pardo;
Mugica de peixe – Peixe assado no forno com todos os temperos para peixe, desfiado, mugicado (cozido) com farinha branca e azeite;
Picadinho de carne de sol na nata do leite com legumes - Corta-se a carne de sol, escalda-se para tirar o excesso de sal, cozinha com bastante água e legumes, por fim coloca-se a nata;
Torta de carne de sol (Mal assada) – carne de sol cozida, batida, temperada e recheadas com a clara de ovos batidas em neve;
Damurida - Caldo de carne de boi, de caça ou de peixe com molho de pimenta e verdura. É servida com beiju e farinha;
Carne de sol regional – carne de sol desfiada e assado na chapa com cebola e manteiga;
Torta de peixe bodó (cascudo) – carne de peixe cozida, temperada e recheada com claras de ovos batidas em neve; 
Bolo de macaxeira, Bolo de cupuaçu, Farinha de Tapioca, Bolo de Tapioca, Tapioca, Tapioca de coco, pé-de-moleque, castanha.
Bebidas:
Suco de Buriti, vinho de Buriti, Suco de Açaí, Pajuarú, Caxiri, Aluá, Bacaba, Suco de Cupuaçu.
Rondônia
A gastronomia de Rondônia, assim como a de seus vizinhos, é feita à base de peixes e frutos do mar. Entre os temperos usados na cozinha dos rondonienses estão o cheiro verde, a chicória e a cebolinha. Algumas comidas típicas muito comuns: 
Tapioca com coco
Bolo de tapioca
Doce de Cupuaçu 
Caldeirada de tambaqui
Pirarucu a casaca
Caruru – é um prato a base de camarão seco e quiabo, azeite de dendê e famosa farinha de mandioca.
Maniçoba – Este prato leva 7 dias para ser preparado e é feito com folhas da Maniva, planta da Mandioca, carne seca, orelha de porco, mocotó, toucinho e linguiça.
Caldeirada de Tucunaré – Peixe tucunaré cozido e muito cheiro-verde, cebolas, pimentão, pimentas de cheiro, coentro, alho, e demais temperos escolhidos ao gosto de quem o faz e acompanhado do pirão escaldado preparado com farinha e o caldo do tucunaré.
Pará
Gastronomia do Pará apresenta como maior destaque a cultura indígena com nítida influência portuguesa e africana. É considerada a mais autêntica do Brasil, justamente pelas suas características regionalíssimas.
O TUCUPI E O JAMBU
TUCUPI: Essa é a essência da culinária paraense e está presente nos mais variados pratos. Ele é um líquido amarelo de gosto ácido retirado da raiz da mandioca brava. Um dos grandes diferenciais da cozinha do Pará, já que tem um sabor único.
JAMBU: Essa folha típica do Pará é companheira inseparável do tucupi, onde tem tucupi normalmente tem jambu. Ela é famosa pela sensação anestésica que dá na boca e também pelo formigamento dos lábios. É mais empregada em pratos salgados, mas pode ser usada também em bebidas alcoólicas.
 PATO NO TUCUPI: É um dos pratos mais famosos do Pará e, claro, leva tucupi e jambu. Normalmente vem acompanhado de arroz branco e farinha d’água.
 TACACÁ: É preparado com tucupi, a goma da tapioca, camarão seco e jambu. Serve-se bem quente, normalente em uma cuia e um palitinho é usado para “pescar” os camarões e o jambu.
 MANIÇOBA: Apesar de nada fotogênica, a maniçoba é deliciosa e lembra uma feijoada, só que sem feijão. O ingrediente principal é a folha da maniva (mandioca) triturada, que precisa ser fervida por uma semana para que retire seu veneno. Depois ela é preparada com carne suína e outros ingredientes salgados e defumados, da mesma forma que a feijoada. A maniçoba, assim como o pato no tucupi, costumam estar presentes no Círio de Nazaré, a maior festividade católica do mundo, considerada o Natal dos paraenses.
 AÇAÍ: Não dá pra falar em açaí sem logo já associá-lo ao Pará, afinal esse é o Estado mais famoso a produzir o fruto. Ele é consumido de “forma salgada”, normalmente acompanhado de peixe frito e farinha d’água.
 VATAPÁ DO PARÁ: Assim como o tradicional vatapá nordestino, é feito com caldo de camarão engrossado com farinha de trigo. Pode levar um pouco de dendê ou tucupi, mas não leva peixe nem amendoim.
 CARURU DO PARÁ: Outro prato famoso na Bahia que também é muito consumido no por aqui, o caruru é um creme que tem como principais ingredientes o camarão seco, o quiabo e farinha. É comm que se use tucupi ao invés do dendê e que algumas folhas de jambu sejam adicionadas.
 FILHOTE: Esse peixe também chamado de piraíba é um dos mais nobres da culinária amazônica e muito presente na culinária paraense. É consumido das mais diversas maneiras, com o filé feito na crosta de castanha-do-pará, com molho de camarão, assado na brasa ou na caldeirada paraense.
 CARANGUEJO: É outro animal bastante comum na mesa dos paraenses. Normalmente é cozido inteiro e depois de pronto é quebrado com ajuda de pauzinhos ou martelos e consumidos com as próprias mãos. Também é encontrado servido na casquinha, da mesma forma que a casquinha de siri.
 CASTANHA-DO-PARÁ: Ela não é um prato típico do Pará propriamente dito, mas faz parte da culinária paraense, podendo ser consumida das mais diversas formas, desde o preparo de pratos salgados (como o filhote na crosta de castanha) até sobremesas, como bombons e sorvetes.
 BEBIDAS LOCAIS: Se a famosa Cerpa, produzida em Belém, pode ser mais facilmente consumida em alguns bares e restaurantes em outras regiões do Brasil, aproveite sua visita ao Estado para experimentar outros sabores locais, como a Tijuca, outra cerveja do mesmo grupo, mas mais difícil de ser encontrada fora da região.
Amazon Beer é uma ótima cerveja, há rótulos com sabores de açaí, taperebá e priprioca.
Outra bebida interessante é a Cachaça de Jambu, feita com a folha que dá a sensação anestésica na boca e de formigamento nos lábios. Os efeitos da planta são ainda mais fortes quando misturada com álcool.A mais famosa é a Meu Garoto. Das bebidas sem álcool, o Guaraná Tuchaua é um dos mais famosos.
Tocantins
Além da cultura Indígena, Tocantins recebe em sua culinária diversas influências de outros lugares, como São Paulo, Minas Gerais e Portugal. Muitas receitas de Tocantins são preparadas à base de peixe, sendo feito na folha de bananeira ou com outros ingredientes, como é o caso Peixe no leite.
A Caldeirada é um famoso prato local que carrega diversos frutos do mar. O prato é feito tendo como ingrediente principal o peixe, no qual é adicionado condimentos e temperos como salsa, pimenta, cebola, alho, entre outros. Um prato muito famoso é Paella, uma comida típica de origem espanhola feita com galinha caipira, pequi, calabresa entre outros alimentos apreciados no estado.
Muitas receitas à base de peixe estão presentes para saborear:
Peixe no leite
Peixada
Peixe na folha de bananeira
Carne de sol
A tapioca também faz parte dos pratos típicos de Tocantins.
Principais Influências
Em decorrência dessa miscigenação forte, a cultura se torna um elemento característico da região, com a maioria dos aspectos culturais advindos da cultura indígena. Como a maior parte da população indígena vive no Norte, muito da cultura nortista é composto por características dessa comunidade.
Em relação aos fatores eteno-culturais que influenciavam a constituição da dieta, Castro aponta a predominância da cultura indígena sobre as culturas dos brancos portugueses e negros africanos. O alimento básico da dieta, a farinha de mandioca, era consumido em diferentes preparações sob a forma de farofas, mingaus, beijus e bebidas fermentadas, sendo misturado a outros alimentos, oriundos da flora silvestre (frutos, sementes e ervas), da fauna aquática e terrestre (peixes, crustáceos, tartarugas, tracajás, jabutis, antas, macacos e patos), além da incipiente agricultura regional. Destaca o largo consumo de pimentas e outras ervas na preparação dos pratos regionais como uma importante contribuição da cultura indígena. De acordo com Souza (2005), os povos indígenas da Amazônia eram todos agricultores, cuja técnica já era dominada desde 9.000 a.C. Os índios que habitavam as margens do rio Amazonas armazenavam a mandioca nas praias durante suas enchentes; quando o rio baixava suas águas, desenterravam a mandioca e fabricavam sua bebida, cauim4 além do beiju e da farinha. Culturalmente devemos a esses povos inúmeros aproveitamentos relativos à biologia, (flora e fauna), à agricultura e à medicina empírica. Berta Ribeiro (1987) em seu livro intitulado” O índio na cultura brasileira” estabelece que o índio americano domesticou centenas de vegetais alimentícios, cultivando-os com instrumentos sumários que não agrediam o ecossistema, sabendo harmonizar equilibradamente o homem e seu meio ambiente. Corrobora com essa ideia Claude Levi-Strauss (1976) em seu livro “O pensamento selvagem” quando evidencia o valoroso conhecimento do ambiente natural por parte das sociedades tribais. Observa que o índio estuda sem cessar o seu habitat, não só os animais e plantas necessárias à sua existência, como também os que formam os elos da cadeia de um ecossistema, determinando seu equilíbrio. Aos nossos índios devemos o conhecimento e a domesticação de frutas, plantas e leguminosas do nosso dia a dia. Dentre eles podemos citar frutas como o abacaxi, a pupunha, a banana, o maracujá; grãos como milho, feijões, amendoim e tubérculos como batata-doce, cará e muitos outros produtos alimentares (RIBEIRO, 1987).
Por conta disso a pluralidade é uma das qualidades mais importantes, uma vez que muitas tribos possuem crenças, costumes, tradições e até culinárias de modos típicos e diferentes.
 Aspectos Culturais
A população da região do Norte é bem diversificada por possuir imigrantes cearenses,
gaúchos, paranaenses, nordestinos, africanos, europeus, asiáticos e principalmente
indígena. Nessa região, boa parte da cultura é representada por meio de danças populares. Destaca-se como duas das maiores festas populares do Norte são: Círio de Nazaré realizado em Belém do Pará essa festividade é uma das maiores e belas procissões católicas do Brasil, atrai milhares de fiéis para uma caminhada de fé pelas ruas em homenagem a Nossa
Senhora de Nazaré. Já o festival de Parintins, mais conhecido popularmente como a festado boi-bumbá que ocorre em junho no Amazonas. Essa festividade tem origem europeia e é considerada como a primeira expressão de teatro popular. Com três dias de duração, o evento retrata a lenda sobre a morte e a ressureição de um boi e o cotidiano dos habitantes da região por meio de toadas e danças de influência indígena. Faz-se útil perceber também outras festividades como o congo ou congada que é realizado durante o natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, possui origem africana e o intuito da congada é a representação da coroa do e da rainha eleitos pelos escravos e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Já o artesanato no
Norte é bem amplo e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entres outros. Com isso é feito colares, pulseiras, brincos, cesteiras, potes etc. Importante mencionar também que o artesanato indígena é utilizado como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Outro artesanato que também se destaca é o artesanato com capim dourado. E uma planta exclusiva do estado de Tocantins.
Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus e enfeites. 
 Aspectos Nutricionais
Em relação aos frutos regionais, é interessante notar que, já àquela época, ele apontava algumas importantes características nutricionais do buriti e açaí (ricos em betacaroteno ou vitamina A) e castanha-do-pará (proteínas completas e ácidos graxos). A conclusão do autor Josué de Castro sobre a dieta amazônica foi que se tratava de uma alimentação pouco trabalhada e atraente e que sua análise biológica e química revelava inúmeras deficiências nutritivas.
 Baseado em estudos e a partir dessas publicações, foi possível caracterizar o padrão alimentar da população paraense no século XX, que incluía um elevado consumo de sal, utilizado na conservação de carnes e frutos do mar, um consumo relativamente reduzido e irregular de legumes e verduras e uma importante ingestão de glicídios, a partir da farinha de mandioca, muitas vezes adicionada de corantes artificiais.
Nas áreas metropolitanas das Regiões Norte e Nordeste, o que mais chama a atenção é o aumento na importância relativa das carnes (de 12,5% para 14,1% do total calórico) e a expansão do grupo de cereais e derivados (de 30,6% para 32,9%) em detrimento do grupo de raízes e tubérculos (de 12,1% para 8,9%). Embora de menores dimensões, merecem registro o declínio no consumo relativo de frutas e de sucos naturais (de 3,3% para 2,4%) e o aumento na contribuição calórica proveniente do açúcar refinado e dos refrigerantes (de 13,5% para 13,9%). Nas duas pesquisas, a contribuição calórica do açúcar refinado excede o limite máximo recomendado de 10%, enquanto o consumo relativo de legumes, verduras e frutas fica bem abaixo do limite mínimo de 7%.
Por ser um pouco menos afetada por hábitos "industrializados", a Região Norte ainda mantém algumas características positivas na alimentação, como maior consumo de raízes e tubérculos. Na Região Sul, no entanto, a disponibilidade de colesterol é mais elevada devido aos hábitos alimentares, que inclui o maior consumo de carne vermelha.
Na região Norte foi encontrada uma maior disponibilidade de cereais, raízes e tubérculos, fontes de fibras e carboidratos complexos, importantes componentes da dieta alimentar. A disponibilidade de carnes mostrou-se ligeiramente um pouco superior à encontrada no Sul, "provavelmente devido ao maior consumo de peixes, de fácil acesso e de customais barato na região".
Conclusão
Mediante essa pesquisa podemos observar que os aspectos culturais, bem como os alimentos consumidos na dieta nortista tem influência ambiental, cultural e da localização territorial. Devido a proximidade de rios, o peixe e outros alimentos provenientes desses rios se tornaram a base da alimentação nortista, o costume vindo dos índios contribui para o grande consumo de alimentos plantados: as hortaliças e leguminosas, como a mandioca que está presente em grande parte dos pratos típicos. Os frutos são parte de grande destaque, pois na maioria das vezes apresentam sabores exóticos e são rica fonte de nutrientes. A alimentação nortista, além de carregar traços históricos, traz consigo uma marca autêntica que registra o paladar brasileiro como único por conta de suas receitas que utilizam de seus ingredientes únicos.
REFERÊNCIAS
Portal Brasil com informações do Ministério do Turismo, Secretaria de Turismo da Bahia, Secretaria da Cultura de Pernambuco, Agência Estadual de Turismo de Goiás, Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, Secretaria de Turismo de Santa Catarina e Ministério do Desenvolvimento Agrário. DIVERSIDADE CULTURAL ATRAI TURISTAS PARA AS CINCO REGIÕES BRASILEIRAS. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/turismo/2015/01/diversidade-cultural-atrai-turistas-para-as-cinco-regioes-brasileiras
Ministério do Turismo. O NORTE DO BRASIL E A GASTRONOMIA: INFLUÊNCIA INDÍGENA E DOS RIOS. Disponível em: http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/o-norte-do-brasil-e-a-gastronomia-influencia-indigena-e-dos-rios
ENES, Carla. Editado por: CARDILI, Juliana. Apesar das características diferenciadas, Regiões Norte e Sul têm alimentação inadequada. Disponível em: http://www.usp.br/agen/repgs/2006/pags/201.htm
RESENDE, Ana. MATTOS, Inês. KOIFMAN, Sergio. Dieta e câncer gástrico: aspectos históricos associados ao padrão de consumo alimentar no estado do Pará. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000400010
QUINZANI, Suely. CAPOVILLA, Vinicius. CORRÊA, Ana. A PLURALIDADE GASTRONÔMICA DA REGIÃO AMAZÔNICA: sabores acreanos, paraenses e do Alto Rio Negro. Disponível em: https://revhosp.org/hospitalidade/article/view/645/708
DE CASTRO, Josué. Josué de Castro e a Geografia da Fome no Brasil. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2008001100027&script=sci_arttext&tlng=pt
CARVALHO, Rafael. CULINÁRIA PARAENSE: OS PRINCIPAIS PRATOS TÍPICOS DO PARÁ. Disponível em: https://www.essemundoenosso.com.br/culinaria-paraense-pratos-tipicos-para/
Estados e Capitais do Brasil. CULINÁRIA DO ACRE. Disponível em: https://www.estadosecapitaisdobrasil.com/acre/culinaria-do-acre/
F. S. COMIDAS TÍPICAS DE RONDÔNIA - BRASIL. Disponível em: https://www.essemundoenosso.com.br/culinaria-paraense-pratos-tipicos-para/
REFERÊNCIAS
Boa Vista. PRATOS TÍPICOS DE RORAIMA. Disponível em: http://www.indoviajar.com.br/brasil/rr/boa-vista/gastronomia.htm
P.F. COMIDAS TÍPICAS DE TOCANTINS - BRASIL. Disponível em: https://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-de-tocantins-brasil/