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Capitulo 4 Escoamento Aulas do Prof José Antonio FENÔMENOS DE TRANSPORTES - A ANO : 2015 4.1 - Introdução Os elementos de um fluido em escoamento podem possuir diferentes velocidades e podem estar sujeitos a diferentes acelerações. Estudaremos os comportamentos de um fluido em uma condição de movimento. Os fluidos contêm um número de particulas cujas caracteristicas podem variar continuamente. 4.1.1 - Campo de aceleração Esta equação representa a variação da aceleração de um fluido no espaço e no tempo. 4.1. 2 - Os tres principios Fundamentais A teorias da mecânica dos fluidos se baseia em tres principios consideradods fundamentais para a explicação dos fenômenos a que estão submetidos os fluidos.; 1. O Principio da Conservação da Massa A massa que atravessa todas as secções de um tubo de corrente fluida por unidade de tempo é sempre a mesma. Este principio permite deduzir a equação da continuidade. representada matemáticamente ´por : = 0 2 A segunda Lei de Newton que diz que a somatória das forças que agem em uma particula em movimento relativo a um sistema de referência fixo, é igual à taxa de variação da quantidade de movimento linear. Matemáticamente podemos escrever: Onde p = m v quantidade de movimentio ou momentum linear. 3 Primeira Lei da Termidinâmica ou lei da conservação da Energia. Esta lei diz que a energia total do sistema é conservada. Isto significa dizer que esta lei deve ser satisfeita para todo e qualquer instante de tempo “t” (taxas) isto é, em qualquer instante precisaremos ter um equilibrio entre todas as taxas de energias , medidas em [Joules;/segundo], ou [ Watt ]. Deve satisfazer um equilibrio para qualquer intervalo de tempo ∆t, ou seja, um equilçibrio entre as trocas de quantidades de energia medidas em Joule. A nivel de taxas podemos escrever a primeira lei da termodinamica matemáticamente da seguinte forma: Esta equação nos diz o segjuinte: “A energia que entra no sistema aberto, menos a energia que sai do sistema aberto, mais a energia gerada dentro do sistema, é igual à energia armazenada no sistema.” Se (dE/dt)ARMAZENADA = 0 → EARMAZENADA = cte → o sistema é chamado de estacionário ou permanente. 4.1.2.1 - SISTEMA FECHADO Podemos imaginar um sistema fechado como sendo um volume com massa M, no espaço, e que não troca massa com o meio exterior, mas podendo trocar energia através de suas fronteiras. No sistema fechado temos uma situaç ão não instantânea, mas a variação de energia ocorre em um intervalo de tempo. Matemáticamente para um sistema fechado podemos escrever a primeira lei da termodinâmica da seguinte forma: dQ – dW = dE Esta equação nos diz que a energia que entra menos a que sai, é igual à energia armazenada total E do sistema. Figura 1 - Sistenma Fechado 4.1.2.2 - Sistema Aberto O sistema aberto também chamado de Volume de Controle, pode ser uma quantidade de volume e massa no espaço, porém ele se comunica com o meio ambiente podendo trocar massa e energia com o meio, Aqui no sistema aberto, temos situaçao instantânea, isto é; a energia varia por unidade de tempo. A equação da primeira lei aplicada a este sistema aberto, ficarà da seguinte forma: Figura 2 - Sistema Aberto Lembrete: Esta equação nos traduz que a energia que está entrando no sistema junto com a massa por unidadde de tempo, menos a que está saindo, também junto com a massa por unidade de tempo, mais a energia gerada dentro do sistema, é igual à energia acumulada Na equação acima, : m = é a massa por unidade de tempo (vazão massica) u = energia interna pV = energia devida à pressão V²/S = Energia Cinética gz = energia potencial em relação a um sistema de referência. Se e dE/dt = 0 → O sistema é estacionário ou permanente. 4..2 –Classificação dos Escoamentos Diz-se que um fluido está em escoamento, quando ele está em movimento. de translação., ou seja, possue velocidade. O escoamento pode ser: - Permanente (ou estacionário) - Uniforme ou não uniforme - Laminar ou Turbulento - Uni bi e tridimensional Figura 3 Esquema para classificação dos escoamentos Do diagrama acima, tiramos uma classificação para fluidos e para escoamentos, a saber: FLUÍDOS Newtonianos e Não Newtonianos - Nesta defini ç ã o, separamos os que seguem ( Newtonianos) e os que não seguem ( Não Newtonianos) a Lei de Newton da viscosidade Compressiveis e incompressiveis Nos fluidos compressiveis a massa especifica não é constante . São os gases e vapores. Nos fluidos incompressiveis (liquidos em geral) podemos considerar a massa especifica como constante ao longo do escoamento. Viscosos e Não viscosos Nos viscosos a viscosidade dinâmica ( µ ) n ã o é nula., ou seja é diferente de zero. Nos fluidos não viscosos esta consideraç ã o só é feita para aqueles casos onde a viscosidade tem um valor muito baixo. Por exemplo: á gua. A viscosidade é tabelada. Todos os fluidos t ê m viscosidade. Portanto, não existe fluido sem viscosidade. O que se faz ao afirmar que ela é zero é apenas para aproximaç õ es permitidas por nã o oferecer resultados que tem influ ê ncia nos problemas. Portanto, o uso e consideraç ã o de µ = 0 é apenas simplifica ç ã o. ESCOAMENTOS Permanente - Uniforme e não uniforme Uni dimensional, Bi dimensional e tridimensional Laminar ou Turbulento 4.3 – Escoamentos Unidimensionais e Bidimensionais É unidimensional ou unidirecional, quando apenas uma coordenada é suficiente para descrever as propriedades do fluido. Hipóteses práticas: 1– a variaç ã o da sec ç ã o transversal é muito pequena 2 - o perfil de velocidades não varia ao longo do tubo. 3 - - a velocidade, a press ã o, e a massa especifica t ê m varia ç õ es despreziveis para cada secção em cada instante Figura 4 Escoamento unidimensional A direç ã o e a intensidade da velocidade é a mesma em cada secç ã o e em cada ponto da secç ã o. Observar que em secç õ es diferentes podemos ter velocidades diferentes, porém , na seccç ã o ela não varia. No escoamento bidimensional temos a variaç ã o de velocidade em dois eixos de coordenadas cartesianas. Figura 5 -Escoamento bidimensional 4.3 – Escoamentos Uniformes Quando a velocidade não varia em direç ã o e intensidade de ponto a ponto, ou seja; em cada secç ã o ela é constante. Figura 6 - Escoamento Uniforme Observar que o escoamento uniforme é unidimensional ou unidirecional. Uma forma de entender o escomento uniforme é a aná lise da equaç ã o geral da acelera ç ã o, que nos mostra como varia a velocidade num escoamento. De uma forma generalizada: No movimento uniforme as derivadas em x , y e z são zero, pois a velocidade é constante na direç ã o do escoamento e nã o tem componentes nas outras duas direç õ es. Observe que no movimento uniforme a velocidade pode variar com o tempo. Matemáticamente podemos escrever para o movimento uniforme: → a velocidade é constante na dire ç ã o X → a velocidade n ã o tem componente em Y → a velocidade n ã o tem componente em Z → a velocidade varia com o tempo Consequentemente,→ a pressã o é constante na dire ç ã o X → a massa especifica é constante na dire ç ã o X 4.5 – Escoamentos Permanentes Regime em escoamento permanente é aquele no qual as condiç õ es do fluido são invariaveis em cada ponto em relaç ã o ao tempo. Em cada ponto a velocidade de sucessivos espaços de tempo é constante. → v = constante com o tempo, ou seja, n ã o muda com o tempo. Implica ç õ es: → a pressão não varia com o tempo. → a massa especifica não varia com o tempo. Exemplo prá tico, é o do tanque de á gua que é alimentado por um registro e tem uma saida de tal forma que a vazão de água que entra é igual à vaz ã o de água que sai, conforme figura abaixo: Figura 7 - Tanque alimentado por vazão constante A quantidade de água que entra é a mesma que está saindo. Assim, as configuraç õ es das propriedades deste fluido em qualquer ponto, no tempo, são iguais. Portanto, pressão, massa especifica, velocidade, etc. são as mesmas em qualquer instante. Note que, em cada ponto, as propriedades são diferentes, mas,.no tempo elas não mudam. Podemos matemáticamente, para um escoamento tridimensional, escrever: → a velocidade muda com a posi ç ão X → a velocidade muda com a posi ç ão Y → a velocidade muda com a posi ç ã o Z Se fecharmos a torneira terá um movimento VARIADO, pois haverá trambém variação das propriedades com o tempo. Novamente, tomando-se a equação geral da aceleração: Agora, a aceleração convectiva é diferente de zero, mas a aceleração total = 0 A velocidade não muda com o tempo. OS ESCOAMENTOS TRIDIMENSIONAIS E VARIADOS SÃO MUITO COMPLICADOS E NÃO SÃO OBJETOS DE NOSSO ESTUDO. 4.6 - A experiência de Reynolds Osborn Reynolds – Fisico e Engenheiro irlandes , em 1883, fez o seguinte experimento: Figura 8 - Experimento de Reynolds Ao abrir um pouco a válvula (pequenas velocidades de descarga) forma-se um filete continuo de fluido colorido no eixo do tubo (3). Ao abrir mais a valvula (5) o filete começa a apresentar ondulações e finalmente desaparece. Como o nível continua descendo no recipiente (2), conclui-se que o fluido colorido é injetado e totalmente diluido na água. do tubo (3) . Estes fatos denotam a existência de dois tipos de escoamento separados por um escoamento de transição. No primeiro caso, (filete colorido) as particulas viajam sem agitação transversal mantendo-se em lâminas sobrepostas sem trocas de particulas. No segundo caso as particulas apresentam velocidades transvesrsais, já que o filete desaparece pela diluição de suas particulas no volume de água. Figura 9 - Escoamentos laminar transição e turbulento Escoamento Laminar: é aquele no qual as particulas se deslocam em lâminas individualizadas, sem troca de massa entre si. Escoamento turbulento é aquele no qual as particulas apresentam um movimento caótico, isto é, a velocidade apresenta componentes transversais ao movimento. 4.6.1. – O número de Reynolds Reynolds verificou com seu experimento que para o escoamento ser laminar ou turbulento dependia do valor de um número adimensional dado por: → lembrete: onde: Re → número de Reynolds V → velocidade do fluido [m/s] D → diâmetro do tubo [ m] → viscosidade cinemática [ m²/s] µ→ viscosidade absoluta [ N/m²s] ou [ kgf/s.m²] Nota-se que Re depende do conjunto de grandezas V, D e e de e não somente de cadas um deles. Assim, Reynolds verificou que: Re ≤ 2000 → Escoamento Laminar 2000 < Re < 2300 → escoamento de transição Re ≥ 2300 → escoamento turbulento No escoamento turbulento temos flutuações da velocidade em cada ponto. A Tabela abaixo fornece alguns valores para a viscosidade dinamica de alguns fluidos importantes e usuais na prática de engenharia. Um artificio às vezes possivel de se utilizar na engenharia é tirar em cada ponto uma medida da velocidade ( em vários pontos) e considerar que ela não varia no tempo, caracterizando o escoamento em laminar ou permanente.. Figura 10 - Artificio usado na pratica A importância fundamental do Re é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do escoamento, podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O Re constitui a base do comportamento de sistemas reais, baseado em modelos de tamanhos reduzidos. Exemplo: Tunel aerodinâmico → medem-se esforços em modelos de asas de avião. Dois sistemas são dinamicamente semelhantes se o Re for o mesmo para ambos. Para aplicações aerodinâmicas o número de Reynolds toma a forma: Onde → massa especifica do ar V → velocidade da aeronave ĉ→ corda aérea média do perfil µ → viscosidade dinamica ou absoluta Figura 11 Tuinel de Vento com modelos de asas em teste (EMBRAER) 4.7 – Tensões de cisalhamento turbulentas Consideremos dois dutos de mesmo diâmetro, sendo que em um temos escoamento turbulento e no outro temos escoamento laminar Figura 12 Perfil de velocidades laminar e turbulento Pelo principio da aderência nas paredes, em ambos os casos v =0. No caso (a,) - laminar, → v (r ) = VMAX ( 1 - r²/R² ) equação da curva de velocidades para o caso laminar. No caso (b) – turbulento → v(r) = V MAX [1 – r/R ] 1/7 equação da curva de velocidades para o caso turbulento. Vimos na experiência de Reynolds que, para o caso de escoamento laminar, vimos um movimento retilineo, indicando a não passagem de particulas na direção transversal, embora a velocidade “V” varie com o raio “ r “. No caso turbulento, houve passagem de particulas na direção transversal entre as camadas ( aqui falamos em camadas e não em “laminas”) ocasionando a turbulência ( movimento desgovernado das partriculas ). Ocorre que, não há passagem apenas de particulas, mas de quantidade de movimento. Quando uma particula fluida se desloca de uma camada de menor velocidade para outra de maior velocidade , ela causa uma desaceleração nas particulas que a hospedaram, e, vice – versa, aceleram quando migram para uma de maior velocidade, ocasionando uma certa compensação, e uma certa uniformidade no perfil deas velocidades., conforme mostrado na figura 13. Conforme a segunda lei de Newton, a variação de quantidade de movimento na camada, da origem a uma fôrça, que, por unidade de área tranversal atravessada pelas particulas fluidas, resulta em uma tensão de cisalhamantoo TURBULENTA. Tendo em vista a definição de tensão de cisalhamento em função de viscosidade e do gradiente de velocidades. Esta não é propriedade do fluido porque depende das condições do escoamento. Ela depende da velocidade na camada com valor variando de zero na parede, até o valor máximo no centro do duto, para voltar a ser zero na outra parede devido ao principio da aderência. Como ela depende de velocidades ela aumenta com o número de Reynolds. Asssim, a tensão de cisalhamento total num escoamento turbulento é dada pela soma da tensão viscosa com a turbulenta. + Figura 13 - Variação das tensões viscosas e turbulentas Figura 14 - Representação Gráfica das Tensões no fluido 4.8 - Linhas de Corrente e Tubos de Corrente Trajetória – é o caminho percorrido por uma particula em instantes sucessivos. Ligamos cada ponto ocupado pela particula em cada instante, e teremios a trajetória desta particula. [ A equação da trajetória será uma função doponto inicial e do tempo inicial (incio da contagemdos tempos) Figura 15-Representação da trajetória com espaço e tempo Onde tn - t0 = intervalo de tempo de exposição. LINHA DE CORRENTE É A LINHA IMAGINÁRIA TANGENTE AOS VETORES VELOCIDADES DE DIFERENTES PARTICULAS NO MESMO INSTANTE. TRATA-SE DE UM FENOMENO INSTANTÂNEO. A visualisação pode ser feita jogando serragem em diversos pontos ao longo do escoamernto ( utilizando um tubo transparente) e batendo-se uma foto instantânea . A serragem, num curto intervalo de tempo, deixará marcado um espaço percorrido que representará o vetor velocidade em cada ponto. Na trajetória traçamos linhas tangentes aos traços de velocidade marcados pela serragem, e ai teremos uma linha de corrente. Figura 16 -Resultado de uma foto instantânea Na equação de uma linha de corrente, diferentemente da trajetória da particula, o “tempo” não seria uma variavel, porque o fenomeno se dá em um determinado instante de tempo. O tubo de corrente é um tubo imaginário formado por “ n” , linhas de corrente.. Ele pode ter a forma que se desejar, porém, com a única condição de ser construido por linhas de corrente , num mesmo instante “ t” . Figura 17 - Representação de um tubo de corrente As linhas de corrente são consrtruidas a partir de pontos fixos no espaço, atravessados pelo fluido, e , potanto, não acompanham o fluido em seu movimento. As particulas fluidas, pelo fato de terem suas velocidades sempre tangentes às linhas de corrente, elas nunca atravessarão as paredes do tubo de corrente, ou seja, nunca haverá movimento de particulas transversais ao tubo de corrente. ] Vale observar que, quando um fluido em movimento ocupa todo o volume interno de um tubo de paredes rigidas, esse duto pode ser naturalmente considerado um tubo de corrente. Num regime permanente (ou estacionário ) as linhas de corrente podem ser consideradas linhas fixas no espaço formando um tubo de corrente . O fluido escoa sempre com os mesmos valôres de detererminada grandeza associada à partícula fluida, quer seja esta grandeza um escalar, como a pressão, a massa especifica, etc... ou vetorial , como a velocidade, a quantidade de movimento, a aceleração, etc... sem mudanças com o passar do tempo. Essas linhas imaginarias, tomadas através do fluido, servem para indicar a direção da velocidade nas diversas secções do escoamento. Uma tangente à curva em qualquer ponto representará a direção instantânea da velocidade das particulas fluidas naquele ponto. 4.9 Conceito de Vazão 4.9.1 - Vazão em Volume ou Vazão volumétrica Define-se vazão em volume ou volumétrica “Q”, como sendo o volume de fluído que atravessa determinada secção do escoamento, na unidade de tempo. Matemáticamente: → no sistema SI [m³/s] Outras unidades também são usuais para vazão: [ m³/h] , [ m³/min] , [l/s] , [ l/min] Se uma torneira encher 1 [l] em 5 [s] ; então a vazão na secção de descarga da torneira será de 0.2 [l/s], pos Q = 1/5 [l/s] = 0.2 [l/s] 4.9.2 – Vazão em massa ( Qm) e Vazão em Peso ( QG ) É a massa de fluido que atravessa uma certa secção do tubo de corrente na unidade de tempo. A vazão em peso (QG ) é o peso do fluido que atravessa uma certra secção do tubo de corrente na unidade de tempo. Asssim temos: Vazão em massa: No sitema internacional SI → [kg/s] Vazão em peso: No sistema internacional SI → [ N/s] As vazões se relacionam entre si segundo a seguinte expressão: 4.10 - Velocidade média no escoamento A velocidade média na secção do escoamento é uma velocidade ficticia e uniforme na secção que, quando substitue o perfil real de velocidade na secção, produzirá a mesma vazão em volume. Asssim, se conhecermos a vazaão em volume numa dada secção de area “A”, podemos obter a velocidade média V pela relação: Consideremos agora uma secção de um tubo de corrente qualquer em escoamento.. : Figura 18 - Elemento infinitesimal de um tubo de corrente Figura 19 - O Perfil da Velocidade Média Seja dV o volume de fluido que atravessa a area dA no intervalo de tempo dt. Podemos escrever: dv = dl. dA A vazão volumétrica de um elemento infinitesimal será: dQ = dV/dt = (dl / dt ) dA Mas (dl / dt) é a velocidade da particula de volume dV que atravessa a ´area dA . Logo: Onde: Usamos a integral porque a velocidade varia para cada dA. Se a velocidade fosse uniforme → Q = V.A Aplicando o conceito de velocidade média podemos escrever: → onde → Onde V é o perfil de velociodade real. As seguintes relações entre vazões podem ainda ser consideradas: = EXEMPLO 4.1 Dado um perfil de velocidades, determinar a velocidade média. Esquema: Supor que não haja variação da velocidade, segundo a direção normal ao plano do papel. Solução Sendo o diagrama linear, temos a seguiinte representação para esta distribuição de velocidades: V = C1y + C2 ( 1 ) Precisaremos agora calcular C1 e C 2 , que são duas constantes. Aplicando as condições de contorno temos: Para y = 0 → V = 0 → C2 = 0 Para y = h → V = V0 → V0 = C1 h → C1 = V0/ h Substituindso em (1 ) ficará : Nestas condições a velocidade média será dada por : , pois dA = b.dy , já substituido dentro da integral. Assim, Em uma representação gráfica, teremos: 4.11 - Equação da Continuidade para regime permanente Esta equação resulta do principio da conservação da Massa. Para o escoamento permanente, a massa de fluido que passa por todas as secções de uma corrente de fluido por unidade de tempo é a mesma. Em A1 passa uma vazão massica de valor: Em A2 passa a vazão Aplicando para fluidos compressiveis teremos: → definição matemática da equação da continuidade = = constante → no sistema SI [ kg/s] → em unidades inglesas [ lb/s] Ou, utilizando o peso especifico: → [kgf/s] ou em unidades inglesas [ lbf/s] Para fluidos incompressiveis, a massa especifica não varia com a distância nem com o tempo: , então podemos cortar a massa especifica, ficando a equação: Q = = → [ m³/s] ou [ft³/s] 1 = 2 e w1 = w2 De uma forma geral, para escoamentos permanentes , de um fluido incompressivel, a equação da continuidade é dada por: An1 V1 = An2 V2 = An3V3 = cte, onde An1, An2,...... etc, representam áreas normais aos respectivos vetores velocidade. 4.11.1. – Caso mais complexo. Equação da continuidade para escoamento tridimensional e variável Vamos deduzir a equação continuidade para fluido compressivel, e depois para incompressivel. Consideremos tres eixos de coordenmadas cartesianas como referência para um sistema infinitesimal de um fluido em movimento, conforme a figura abaixo : Figura 20 - Paralelepipedo infinitesimal para dedução da equação da continuidade Para o fluido à montante, ( lado 1 ) , aplicando a equação da continuidade temos: u (dy dz) Para o fluido à jusante (lado 2) , análogamente , teremos: + A diferença entre os fluxos a montante e a jusante ( Qm1 – Qm2 ) nos fornecerá o acúmulo de energia e massa dentro do volume considerado, resultando: [ ( u dy dz dx) ] ( A ) Utilizando o mesmo raciocinio para os eixos y e z, teremos respectivvemente: Y : → [ ( v dy dz dx)] ( B ) Z : → [ ( w dy dz dx) ] ( C ) Lembrando que: u = dx v = dy w = dz Somando (A ) + ( B ) + ( C ) teremos o fluxo resultante com os eixos X,Y e Z. Então ficará: { [ ( u dy dz dx) ] + [ ( v dy dz dx) ] + [ ( w dy dz dx) ] } = u + v + w ] dx dy dz → representa o fluxo de massa resultante. Considerando agora variação com o tempo, a real variação de massa com o tempo dentro do paralelepipedo será: ( dx dy dz ) = ( dx dy dz ) → representa a variação de massa com o tempo. Pelo principio da conservação da massa, o fluxo resultante é igual à variação da massa. Igualando os termos, vem: u + v + w ] dx dy dz = ( dx dy dz ) A parcela referente ao volume ( dxdydz ) pode ser cancelada, porque aparece multiplicando ambos os membros da equação + u + v + w = 0 → Equação da Continuidade para um escoamento de fluido compressivel, tridimensional e variado ( não permanente). 4.11.2 - Equação da continuidade para escoamento em regime permanente , fluido compressivel e tridimensional No escoamento permanenente as propriedades não variam com tempo Logo: = 0 → a massa especifica é constante porque o escoamento é permanente. A equação da continuidade então resulta: u + v + w = 0 Note que aparece na equação porque ele não varia com o tempo, porém varia com x,y e z. Caso dos fluidos compressiveis (gases e vapores). 4.11.3. - Equação da continuidade para fluidos incompressiveis em regime de escoamento permanente Como temos fluido incompressivel, não varia, portanto podemos cancelar na equação acima. u + v + w = 0 Observar que não temos o termo variando com o tempo. Por se tratar de escoamento em regime permanente.,. 4.11.4 – Equação da Continuidade para escoamento bi- dimensional, fluido incompressivel e escoamento em regime permanente Agora o termo ∂w/∂z = 0 e novamente não temos variação com o tempo, ´por isto ∂ /∂t = 0 porque o fluxo é em regime permanente,. u + v = 0 Notar que não aparece na equação, porque o fluido é incompressivel. 4.11.5 Equação da continuidade para escoamento em regime permanente, fluido incompressivel e unidirecional, Só temos velocidade na direção x e ela é constante. u = 0 → significa que a componentre de V em x, ( u ) é a própria velocidade total que é cosntanmte. v = 0 → significa que não tem componente em y w = 0 → significa que não tem componente em z. EXEMPLO 4.2 Dadas as componentes de velocidade para um fluido incompressivel em escoamento permanente, verificar se a condição de continuidade é satisfeita., sendo este escoamento tridimensional. Dados: u = 2x² - xy + z² v = x² - 4 xy + y² w = -2xy – yz + y² Solução Para escoamento de fluido incompressivel e em regime permanente, e tridimensional, a equação deduzida para este caso é: u + v + w = 0 = 4x – y = -4x + 2y = -y Somando os termos conforme manda a equação da continuidade acima: ( 4x –y ) + ( - 4x + 2 y ) + ( -y) = 0 0 = 0 → Satisfaz a condição da continuidade. EXEMPLO 4.3 - Exercicio proposto Para um escoamento permanente de fluido incompressivel as componentes de velocidade são dadas por: U = ( 2x – 3y )t V= (x – 2y) t W =0 Verificar se a condição de continuidade-é satisfeita. Exemplo 4.4 Quando 1800 [l/min] escoam através de um tubo de ф= 200 mm de diâmetro , que converge para ф = 100 mm , qual a velocidade média em cada uma destas secções? Esquema Solução Para operar com unidades coerentes, precisaremos passar a vazão volumetrica Q de [ l/min] ára [ m³/s] Q = 1800 [l] / [min] = 1800 [l]/60 [s] = (1800/60) x 10-3 [m³/s] = 0.030 [m³/s] Velocidade do fluido na secção de diametro de 200 mm V200 = Q/A = 0.030/(πD²)/4 = 0.030 x 4 / πx (020)² [m³/s/m²] = 0.955 [m/s] Velocidade do fluido na secção de diâmetro 100 mm V100 = Q/A = 0.030 x 4 / π x (0.1)² = 3.82 [m/s] EXEMPLO 4.5 – PROPOSTO Se a velocidade em um tubo de diâmetro 350 mm é de 0.5 [m/s] qual será a velocidade em um jato de ф = 70 mm de diâmetro saindo de um bocal fixado no tubo? Esaquema Solução Aeqwuação da contionuidade diz que a vazão que entre é igual à que sai. Logo: A350 .v350 = A0 v70 Substituindo os valores: [ Πx(0.350)² /4 ]x 0.5 = [ (0.0700\0² x π/4 v70 V70 = 12.5 [ m/s] EXEMPLO 4.6 – Em um tubo de 150 mm de diâmetro escoa ar sob uma pressão manométrica de 2 [kgf/cm²] e uma temperatura de 27ºC. Se a pressão barométrica for de 1 [kgf/cm²] e a velocidade for de 3 [m/s] quantos quilos de ar por segundo estarão escoando? Dado : constante universal para o ar ( tabelado ) a 27ºC R = 29.3 [ m/K] Esquema Solução Queremos a massa por segundo, que é a vazão massica. Pelo principio da continuidade a vazão que entra é igual à que sai. Precisaremos da massa especifica nas condições de pressão e temperatura que o ar se encontra. V = 1/ ( o volume especifico é igual ao inverso da massa especifica – (Cap 1) Substituindo → P/ = RT → P = R T Como w é númericamente igual à , podemos substituir e fazer as contas com w P = w R T → w = P/RT = (2 +1 ) x 104 / 29.3 x 300 = 3.41 [kgf/m³] A vazão massica será então Qm = w Q = 3.41 var A Qm = 3.41 [kgf/m³] x 3 [m/s] x π x ( 0.150)² /4 = 0.181 kg/s Portanto Qm = 0.181 [ kg/s] Obs . Como o kgf é numéricamente igual ao kg , ele foi simplesmente substituido para haver coerência na resposta do problema. EXEMPLO 4.7 Ar escoa num tubo convergente,. A área de maior secção do tubo é 20 cm² e a de menor área é de 10 cm². A massa especifica do ar na secção (1) é de 0.12 [utm/m³], enquanto que na secão (2 ) é de 0.09 [utm/m³]. Sendo a velocidade na secção (1) 10 m;/s determinar a velocidade na secção ( 2) e a vazão em massa. Dado 1 utm = [ 1 kgf.s²/m] Figura Solução A1 = 20 cm² A2 = 10 cm² 1 = 0.12 [ utm/m³] 2 = 0.09 utm/ m³ V1 = 10 [m/s] Calculo de v2 Pela equação da continuidade Qm1 = Qm2 Mas Qm1 = 1 v1A1 Qm2 = 2v2A2 Iguaalando as vazões massicas teremos: 1 v1A1 = 2v2A2 → v2 = 1 v1 A1 / 2 A2 V2 = 0.12 [kgf.s²/m 4] x 10 [m/s] x 20 x10-4 [m²] / 0.09 [kgf.s²/m4]x10 x10 - 4[m²] V2 = 26.67 [m/s] Calculo da vazão massica Qm1 = 1 v1A1 Substituindio os valores, teremos: Qm1 = 0.12 [kgfs²/m 4] x 10 [m/s] x20 x10-4 [m²] Qm1 = 0.023 [kg/s] 4.12 – Tubo de Venturi ( Tubo Convergente-divergente) Consideremos um fluido incopmpressivel escoando por um Vengturi conforme a figura abaixo: Figura 21 Tubo de Venturi e as linhas de corrente Vamos determinar a velocidade média na garganta do Venturi. Pela Contionuidade Q =QG Sendo v e vG as ve.locidades médias nas secções de entrada e na garganta respectivamente e sendo A e AG as areas nas respectivas secções transversais, tgeremos: vA = vGAG vG = vA/AG Análise A pressão na garganta é menor devido á conservação da Energia, Na garganta a velocidade é maior, As linhas de correnmte convergem para a garganta e divergem ao passar pela garganta, diminuindo a velocidade até se normalizar novamenteem v , Então, quando as linhas de corrente convergem, haverá um aumento de velocidasde e onde deivergem haverá uma redução de velocidade. Apicação apropriada para medir vazão de liquido, gas ou vapor. Fabricado em aço carbono, ou aço inoxidavel Para se medir vazões se procede da segjuinte forma: Pela equação da Conservação da Energia (a ser estudado no Capitulo 5) demonstra-se que [ m/s] Assim, a partir de valôres geométricos do tubo, podemos calcular a velocidade corrente e a vazão volumétrica no tubo. Uma outra aplicação , usada com os VENTURIS , pelo fato de a pressão diminuir na garganta., (porque aumenta a velocidade e consequetemente aumenta a energia cinética, logo, para manter a energia tiotal constante conforme a lei da conservação da enegia, a pressão deve diminuir ). é a aplicação como dosador de produtos quimicos em tratamento de água , pois se a pressão diminue na garganta, o fluxo pode “puxar” o fluido que passa em comuinicação com o Venturi, conforme a figura abaixo: Figura 22 -Aplicação de Venturi em tratamento de água FIM
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