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alex casos

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Paciente 35 anos, homem natural da Bahia. Ao chegar ao rio começou a trabalhar na coleta de lixo, após um tempo ele começou a evidenciar manchas na região de tórax, ombro e região próxima as mãos. Relata que, no seu trabalho não se faz uso de EPI, apenas usa roupas muito fechadas e sempre esta trabalhando exposto ao sol. Relatou que sua esposa e seus dois filhos estão evidenciando manchas similares nos mesmos lugares que relatou. Durante a sua avaliação clinica, você nota que as manchas não são agrupadas e estão dispersas nas regiões mencionadas, sendo umas mais claras e outras mais escuras. O paciente relatou que as manchas não coçam e em alguns momentos elas somem, mas sempre retornam. Quando você perguntou sobre sua esposa e filhos e relatou que ambos ficam em casa, região de pouco saneamento básico e seus filhos tem o costume de brincar em um córrego que desemboca na praia onde sua esposa tem o costume de lavar as roupas.
Suspeita Clínica (nome da doença)? 
Pitiríase Versicolor
Diagnóstico diferencial? 
É doença comum que atinge os adultos e excepcionalmente as crianças antes da puberdade. Ela não é tão transmissível como as outras micoses superficiais, sendo mais comum em épocas quentes e úmidas. As lesões tornam-se mais evidentes após exposição ao sol, em decorrência de um contraste de cores, pois o local parasitado não se bronzeia.
O diagnóstico diferencial inclui outras entidades que levam à despigmentação cutânea, em particular o vitiligo e a pitiríase alba. Nenhuma delas mostra escamas furfuráceas ou fluorescência sob a lâmpada de Wood. Outro diagnóstico diferencial que não deve ser esquecido é a hanseníase em sua forma indeterminada, principalmente se localizada na face, na qual a alteração de sensibilidade pode não estar presente numa fase inicial.
Outras possibilidades incluem psoríase, dermatite seborréica (ambas podendo coexistir com PV), papilomatose reticulada e confluente (Gougerot-Carteaud), eritrasma e dermatofitose. A luz de Wood é provavelmente uma das armas mais úteis na diferenciação da PV com o eritrasma e a dermatofitose. O eritrasma adquire tonalidade vermelho-coral com a luz de Wood, e a dermatofitose não fluoresce.
Agente etiológico (perguntas 1 e 2)? 
Pityrosporum orbiculare e Pityrosporum ovale
Fisiopatogênia da doença, ( perguntas 1e 2)? 
Manchas brancas, eritematosas ou acastanhadas, geralmente arredondadas e com descamação fina. Normalmente atingem costas, peito, pescoço, face, e braços. As lesões não costumam coçar.
A distribuição da PV em crianças é diferente, pois a área mais acometida é a face.16 É importante lembrar que a PV não é contagiosa e que hábitos de higiene precários não representam fator desencadeante dessa infecção.
tratamento : Geralmente, o tratamento com medicações tópicas é suficiente (clotrimazol, miconazol, terbinafina, amorolfina, cetoconazol, entre outros), além do uso de medicações em forma de xampus (cetoconazol, ciclopirox olamina, zinco piritionato, sulfeto de selênio). Quando o quadro for muito extenso, é possível utilizar medicamentos sistêmicos (uconazol em doses semanais, itraconazol).
 Diagnóstico laboratorial (exames mais indicados) ( perguntas 1 e 2)?
Além do quadro clínico. A lâmpada de Wood é algumas vezes útil para confirmar o diagnóstico e detectar lesões subclínicas. Apresenta fluorescência amarelo-ouro, provavelmente devido à excreção de metabólitos (porfirinas) do fungo, sensíveis à radiação ultravioleta. O exame micológico direto é realizado do raspado da lesão, após clarificação das escamas pela potassa a 10%, permitindo o encontro de esporos e pseudo-hifas; o resultado negativo exclui o diagnóstico. A distribuição característica da PV no tronco, pescoço e extremidades proximais constitui fator relevante no diagnóstico.
RECEBEU EM CONSULTÓRIO OS SEGUINTES CASOS: 
→ Caso 1 Paciente do sexo feminino, cinco anos e oito meses, branca, procedente de Campo Largo, município do Paraná. Há seis meses surgiu mancha negra na palma direita, assintomática. Permanecera alguns dias em cidade litorânea do Estado do Paraná, meses antes do aparecimento da lesão. Ao exame, apresentou mancha enegrecida de 0,5cm de diâmetro na palma da mão direita. 
 → Caso 2 Paciente do sexo feminino, 12 anos e três meses, branca, procedente de Navegantes, cidade litorânea de Santa Catarina. Apresenta há dois anos mancha negra na palma da mão direita e há três meses lesão semelhante no terço inferior do antebraço direito, ambas assintomáticas. Ao exame, verificaram-se mancha enegrecida de 4x3cm na palma da mão direita e outra de 2cm de diâmetro no terço inferior do antebraço direito. 
→ Caso 3 Paciente do sexo masculino, quatro anos e 10 meses, branco, procedente de Paranaguá, cidade litorânea do Paraná. Há cinco meses surgiu na palma da mão direita mancha acastanhada de 2,5cm e assintomática. 
→ Caso 4 Paciente do sexo masculino, seis anos, branco, procedente de Curitiba, Paraná. Há quatro meses apresenta na palma da mão direita mancha acastanhada, assintomática, medindo 2,5x1,5cm de diâmetro.
Suspeita Clínica (nome da doença)? 
A Tinea nigra (TN) é micose superficial causada por fungo demáceo denominado Phaeoannellomyces werneckii. Esse fungo determina infecção crônica da camada córnea da epiderme, caracterizando o aparecimento de máculas castanho-enegrecidas, de limites bem definidos e assintomáticas. Acomete mais freqüentemente indivíduos jovens, do sexo feminino, e sua localização mais comum é a palmar.
Diagnóstico diferencial? 
Os diagnósticos diferenciais da TN devem ser realizados com doenças da pele que cursam com manchas de cor castanho-enegrecidas, como impregnação por corantes químicos, graxa ou piche, dermatose negligenciata, lentigos, nevos melanocíticos, melanoma, fitofotodermatose, eritema pigmentar fixo, pinta e doença de Addison.
Agente etiológico (perguntas 1 e 2)? 
Phaeoannellomyces werneckii
Fisiopatogênia da doença, ( perguntas 1e 2)? 
 Esse fungo determina infecção crônica da camada córnea da epiderme, caracterizando o aparecimento de máculas castanho-enegrecidas, de limites bem definidos e assintomáticas.
Diagnóstico laboratorial (exames mais indicados) ( perguntas 1 e 2)?
A TN por ser uma micose superficial assintomática pode ser facilmente eliminada pela coleta das escamas e ou fricção durante a higiene, sendo muitas vezes subdiagnosticada. Em alguns dos casos apresentados, o raspado com cureta das lesões determinou seu desaparecimento.
Todos os casos foram tratados com derivados imidazólicos tópicos, havendo desaparecimento das lesões em 30 dias.
Em todos os casos o exame micológico direto das escamas das lesões, após clarificadas com KOH 10%, mostrou hifas demáceas, septadas e ramificadas, fragmentos de hifas e células leveduriformes alongadas
Paciente, mulher 25 anos, casada. Paciente com queixa de pequenos pontos brancos em pelo pubianos. Relata que, já fez remoção total dos pelos mas ao crescer, o pontos brancos retornam aparecer e mesmo realizando a higiene pessoal não consegue fazer remoção e que em alguns momentos evidencia prurido intenso (coceira). Relata que, surgiram após ter frequentado uma praia de nudismo na sua viagem sozinha ao nordeste, mas os pontos só apareceram após retornar da sua viagem e diz que seu marido também esta com os mesmos pontos nessa região.
 Suspeita Clínica (nome da doença)? 
Tricosporonose/ “Piedra branca”
2 Diagnóstico diferencial? 
A tricosporonose é uma infecção fúngica superficial do pêlo conhecida como “Piedra Branca” causada pelo gênero Trichosporon. Caracteriza – se pela presença de nódulos irregulares e macios aderidos ao pelo e visíveis a olho nu. Infecções cutâneas e profundas causadas por este patógeno estão se tornando mais comuns em pacientes severamente comprometidos
Agente etiológico (perguntas 1 e 2)? 
trichosporum beigelli
4 Fisiopatogênia da doença, ( perguntas 1e 2)? 
 Sua manifestação é através de alguns sinais como o aparecimento de lesões na pele, que apresentam um tom branco ou acinzentado. Essas manchas são maispresentes na haste do cabelo, nos pelos pubianos, região axilar, perianal e, nos homens, também na barba ou bigode. Como forma nódulos, eles ficam bastante visíveis sobre os pelos. A doença é bastante confundida com a caspa, visto que os nódulos são bem semelhantes, muito por causa da cor branca proeminente.
5 Diagnóstico laboratorial (exames mais indicados) ( perguntas 1 e 2)?
Coleta de amostras
 A coleta do material biológico depende da localização e do tipo de micose. No caso de pele, é realizado um raspado na borda da lesão com auxílio de lâmina de bisturi n° 15. Quando se tratar de pêlo, retira-se o mesmo com auxílio de uma pinça estéril. Estas amostras devem ser colocadas em placas de petri estéreis e identificadas corretamente para posterior processamento (MENDES, 1999).
 Exame micológico direto: A amostra clínica do pêlo ou outro espécime biológico é colocada sobre a lâmina e clarificada com KOH a 10-40% que permite a visualização de elementos micelianos perpendiculares à superfície do pêlo, em forma de nódulo (figura 1). Microscopicamente evidenciam – se hifas artrosporadas hialinas e presença de artroconídeos e blastoconídeos no interior do nódulo

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