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BIOQUÍMICA PÓS-MORTE “Transformação do músculo em carne” Aspectos gerais A carne é o resultado das diversas transformações químicas sofrida pelo músculo após o abate dos animais. Mudanças que ocorrem nas primeiras 24 horas após o abate do animal determinam muitas das características e propriedades da carne A qualidade da carne: é dependente do manejo pré-abate e dos procedimentos de abate e resfriamento das carcaças. A carcaça do animal: é o produto do abate de animais domésticos ou selvagens sacrificados com vistas ao aproveitamento da carne como alimento. A carcaça consiste de aproximadamente 50 a 70% do peso vivo de animais. Composição da carcaça depende: Aspectos genéticos, raça, idade, alimentação, manejo e condições ambientais. Composição química da carne (músculo esquelético): MUDANÇAS BIOQUÍMICAS PÓS-MORTE Diversas reações bioquímicas e físico-químicas acontecem no tecido muscular a partir do abate do animal até ser consumido como carne Diagrama da produção de ATP para a contração muscular Estágios da conversão do músculo em carne Pré-rigor Queda dos níveis de ATP e creatina fosfato Glicólise intensa Músculo: macio e flexível Rigor a) fase de apresentação: decréscimo da extensibilidade b) Insaturação do rigor-mortis: esgotamento das taxas de ATP Músculo: extensibilidade quase nula (Complexo acto-miosina irreversível) Pós-rigor Degradação física das estruturas musculares Amaciamento gradual da carne Maturação da carne Pós-rigor Degradação física das estruturas musculares Amaciamento gradual da carne Maturação da carne Período entre o abate e o rigor-mortis: Fatores que influenciam Espécie animal e tipo de músculo fibras de contração rápida: frango, perus, suínos ( pH = 5,5 – 5,8) Fibras de contração lenta: bovino (pH = 6,1 – 6,4) Frango (< 30’), Peru (< 1 hora), suíno (25’ a 3 horas) e bovino (6 a 12 horas), peixes (< 2 hora) Atividades enzimáticas Níveis de creatina, ATP e glicogênio muscular Maturação da carne Carne sob refrigeração (> 10ºC por 3 a 4 dias) Modificações bioquímicas: Ação das catepsinas e calpaínas degradação da linha Z (fragmentação muscular) Degradação da tinina Desaparecimento da troponina T Separação dos filamentos de actina da linha Z Qualidade da carne: Fatores que influenciam pH final (ácido lático): desenvolvimento bacteriano; Oxigenação e atividade bacteriana: cor Insensibilização do animal por método adequado temperatura (tempo para alcançar o pH final) sangria completa Métodos de Insensibilização animal choque elétrico: suínos, ovinos, aves câmara de CO2: suínos Atordoamento: marreta ou pistola de percussor cativo FENÔMENOS PÓS - MORTE Pigmentos Mioglobina (80 a 90% do pigmento total) Mioglobina reduzida (forma nativa, ferro na forma reduzida (Fe +2 = ferroso)) Oximioglobina (forma oxigenada, cor vermelho brilhante) Metamioglobina (forma oxidada, ferro na forma oxidada (Fe +3 = férrico) e cor parda) Ciclo da Cor Principais alterações da mioglobina causadas pela ação do calor e ar Alterações da mioglobina em carnes curadas Carnes PSE e DFD Carne PSE (Pale, soft, exsudative) glicólise rápida rápida diminuição do pH com elevada temperatura (37 ºC): precipitação de proteínas sarcoplásmicas e menor retenção de água Rápido rigor mortis Carnes DFD (dark, firm, dry) baixo teor de glicogênio muscular: redução de pH pouco acentuado maior capacidade de retenção de água: carnes secas e escuras contaminação microbiana Características de carne suína Característica Carne PSE Carne DFD Glicólise, diminuição pH muito rápido lento e incompleto Valor pH <5.8 >6.2 (também pH) Cor descorada escura Consistência tenra firme, pegajosa Retenção de água baixa elevada Perda de humidade elevada baixa Conservação menos menos Cold Shorting Temperatura (0 – 10ºC) antes do rigor-mortis Diminuição da retenção de água Rigor do descongelamento Congelamento antes do rigor-mortis Drástica contração após o descongelamento Modificação na capacidade de retenção de água Alterações dos pigmentos da carne (cor) Alteração do pH Resumo de reações A produção de ácido lático provoca queda do pH na carcaça (exemplo: carcaça de aves) Carnes DFD e PSE (aves)
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