Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1.Sistema digestivo nos ruminantes O sistema digestivo, que tem como função, triturar, reduzir em pequenas partículas e digerir os alimentos começa na boca (lábios, língua, dentes e glândulas salivares). O esôfago é um tubo cilíndrico que se dilata facilmente e que conduz os alimentos da boca até o rúmen, com o qual se comunica por um orifício chamado cárdia. O rúmen comunica-se com o retículo através da goteira esofágica. Inicialmente, o alimento é apreendido com a boca, através dos dentes incisivos (é bom lembrar que os ruminantes possuem somente os dentes incisivos inferiores), e sofre apenas uma ligeira mastigação com auxílio dos dentes traseiros (molares superiores e inferiores). Ao mesmo tempo, os alimentos são umedecidos pela saliva, que é secretada em grande quantidade, com o objetivo de amolecer o alimento. Após a mastigação, o alimento chega ao esôfago, passa pelo omaso e pelo abomaso onde acontece a digestão final (química).. O conteúdo do rúmen segue então seu caminho em sentido contrário, em direção à boca, constituindo o processo de ruminação, ou seja, o retorno do bolo alimentar do rúmen para a boca, onde é submetido a uma nova mastigação e ensalivação, agora mais demoradas e completas. Após bem triturado, o bolo alimentar é novamente deglutido, voltando ao rúmen, que continua em movimento. O alimento passará para o retículo, quando se apresentar com partículas suficientemente pequenas e fluidas podendo, para isto, ocorrer várias ruminações. No abomaso ou estômago verdadeiro, o alimento sofre ação química do suco gástrico. Na forma semifluida, o bolo alimentar passa ao intestino, onde continua o processo químico, iniciado no abomaso, sofrendo ação de outras secreções do sistema digestivo (suco pancreático, bile e suco intestinal). O rúmen fornece um ambiente favorável ao desenvolvimento contínuo da população microbiana, atuando como câmara de fermentação, pelos seguintes fatores: - A temperatura entre 38 a 42°C -Anaerobiose -pH tampão variando de 5,5 a 7,0 -Presença de bactérias, protozoários e fungos. -Suprimento de nutriente e contínua remoção de digesta e dos produtos de fermentação. Além de possuir grande número de papilas que aumenta a área de superfície e facilita a absorção. No rúmen há milhares de microrganismos, responsáveis pela digestão da celulose contida nos vegetais ingeridos e pela formação de ácidos voláteis. Percebe-se, que o aparelho digestivo dos ruminantes possui adaptações para tornar viável a sobrevivência desses microrganismos. 2. Diferenças quanto ao manejo alimentar entre Ruminantes e Monogástricos: Os monogástricos são os animais que apresentam um estômago simples, com uma capacidade de armazenamento pequena e que digere o alimento com substâncias produzidas no próprio organismo, portanto o fornecimento de alimentos deve ser constante. - Nos monogástricos as exigências nutricionais são mais específicas (ex: aminoácidos ao invés de proteína). - No monogástrico o processo de digestão é enzimático. - Monogástrico não tem capacidade de aproveitar células ou alimentos complexos. - Monogástrico tem a capacidade limitada para sintetizar proteínas e vitaminas. Já para os ruminantes é necessária uma dieta rica em volumosos de boa qualidade com baixa energia, mistura mineral, aditivos, suplementos, necessitam de proteínas, carboidratos.
Compartilhar