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Resposta Ed DocGo.Net Simulado 01 Versão Professor UNIP

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SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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SIMULADO 01SIMULADO 01
ENADE 2017ENADE 2017
PedagogiaPedagogia
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
2 
Caros AlunosCaros Alunos
Sua IES terá mais uma oportunidade de destacar a qualidade do seu curso. Em novembro, será realizado o ENADE – 
Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, os cursos das áreas de Engenharia, Tecnologia e Licenciatura serão
avaliados. Um resultado positivo no ENADE confere mais prestígio ao seu diploma. Bem como, amplia as possibilidades de
inserção no mercado de trabalho o que resulta na melhoria da condição de vida. Pensando nisso, preparamos provas
simuladas. Essa prova mostrará como vocês estão nos temas e nas habilidades que o meio acadêmico e profissional
contemporâneo está valorizando. Por esses motivos pedimos para responderem as questões com o máximo de atenção e
zelo.
Obrigado e Boa Prova!Obrigado e Boa Prova!
UNIPUNIP
AVISOSAVISOS
OS TELEFONES CELULARES DEVERÃO PERMANECER DESLIGADOS DURANTE TODO O PERÍODO DA PROVA. Após o início da
prova é proibida a utilização, na sala, de qualquer aparelho eletrônico. NÃO será permitido o uso de LAPTOP, NOTEBOOK,
NETBOOK, TABLET, IPAD, MP3, IPOD, câmeras, ou outros aparelhos que possam ser utilizados para consulta externa à sala da
realização da prova. Esta prova é individual. NÃO use calculadora, NÃO faça qualquer comunicação, NÃO troque material
entre os presentes, NÃO consulte material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie.
ORIENTAÇÃO PARA RESOLUÇÃO DA PROVAORIENTAÇÃO PARA RESOLUÇÃO DA PROVA
1 - Você terá, no máximo, três duas horas para responder às questões de múltipla escolha e discursivas.
2 - Quando terminar, entregue o seu CARTÃO/FOLHAS DE RESPOSTAS ao Aplicador.
3 - Para permitir a tolerância aos alunos que por algum motivo se atrasaram, a saída da sala NÃO será permitida antes de 60
minutos após o início.
4 - Responda todas as questões da prova. Não deixe nenhuma sem responder, seja discursiva ou de múltipla escolha.
Responda da forma que puder, esta é uma das condições para você receber as horas de Atividades Complementares.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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Questão 1. Sociedade contemporânea: consciência no consumo Questão 1. Sociedade contemporânea: consciência no consumo (avaliação correta de descontos promocionais).(avaliação correta de descontos promocionais). 
Leia o anúncio a seguir, obtido de uma campanha publicitária de uma rede de supermercados.
Com base na leitura, analise as asserções.
Pelas condições da promoção, se o cliente comprar duas unidades do produto anunciado, ele pagará o valor total
de R$28,94.
PORQUE
De acordo com o anúncio, o desconto percentual total na aquisição de duas unidades do produto é de 25%.
Assinale a alternativa correta.
A. A primeira asserção é falsa e a segunda asserção é verdadeira.
B. A primeira asserção é verdadeira e a segunda asserção é falsa.
C. As duas asserções são verdadeiras e a segunda asserção justifica a primeira.
D. As duas asserções são verdadeiras e a segunda asserção não justifica a primeira.
E. As duas asserções são falsas.
ProfessorProfessor
Análise da questão e das asserções.Análise da questão e das asserções.
Vamos ler e interpretar os dados da questão e fazer os cálculos necessários.
O preço da unidade do “tira manchas” fora da promoção é de R$19,29. Comprando duas unidades fora da
promoção, gastamos 2xR$19,29, ou seja, R$38,58.
Na promoção, a segunda unidade tem desconto de 50% e sai por R$9,645, que é a metade de R$19,29
(R$19,29÷2= R$9,645). Veja que o desconto de 50% é aplicado apenas à segunda unidade do produto.
Quando compramos duas unidades na promoção, a primeira sai por R$19,29 (não recebe desconto) e a segunda
sai por R$9,645 (recebe 50% de desconto). Logo, o custo total de duas unidades na promoção é de R$28,935
(soma de R$19,29 e R$9,645).
Comparando o valor da compra de duas unidades fora da promoção e na promoção, podemos calcular o desconto
percentual do modo indicado a seguir.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
4 
 Fazemos a diferença entre o “valor de duas unidades sem promoção” (R$38,58) e o “valor de duas unidades
com promoção” (R$28,935). 
 Dividimos o valor dessa diferença (R$38,58-R$28,935=R$9,645) pelo “valor de duas unidades sem promoção”
(R$38,58).
 Multiplicamos o valor dessa divisão por 100%, para termos o resultado em percentual.
Esse procedimento pode ser visto nos cálculos abaixo.
%100.% promoção semunidadesduasdeValor 
 promoçãocomunidadesduasdeValor promoção semunidadesduasdeValor 
desconto
 

 
%100.
58,38
935,2858,38% desconto 
%25%100.
58,38
645,9% desconto 
II – Asserção correta. Asserção correta.
JUSTIFICATIVA. Comprando a primeira unidade pelo “preço cheio” de R$19,29 e a segunda unidade com 50% de
desconto (por R$9,645), temos o valor total de R$19,29+R$9,645=R$28,935. Arredondando esse valor para duas
casas decimais, chegamos a R$28,94.
IIII – Asserção correta. Asserção correta.
JUSTIFICATIVA. Comprando duas unidades, não temos desconto na primeira unidade e temos desconto de 50% na
segunda unidade. Conforme cálculo feito anteriormente, vemos que essa situação corresponde a desconto
percentual total de 25% (o preço final da compra de dois produtos seria o mesmo se diluíssemos o desconto de
50% nas duas unidades, obtendo-se 25% de desconto em cada unidade). Logo, aplicar um desconto de 50% na
segunda unidade de um produto equivale a aplicar 25% de desconto por unidade na compra de duas unidades do
produto.
Relação entre as asserções.Relação entre as asserções.
Vemos que a causa de “o cliente pagar o valor total de R$28,94 na compra de duas unidades do produto
anunciado” (segunda asserção) é o fato de “o desconto percentual total na aquisição de duas unidades do
produto ser 25%” (primeira asserção). 
Logo, as duas asserções são verdadeiras e a segunda asserção justifica a primeira.
Alternativa correta: C.Alternativa correta: C.
Habilidades e competências.Habilidades e competências.
As principais habilidades e competências verificadas na questão 1 são as que seguem.
 Ler e interpretar um texto na forma de anúncio de campanha publicitária.
 Realizar cálculos de percentuais.
 Diferenciar o percentual de desconto total e o percentual de desconto unitário.
 Verificar relação de causa e efeito (asserção-razão), conforme esquema a seguir.
 
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Questão 2. Ética, Questão 2. Ética, democracia e cidadania: plágio e pastiche (honestidade intelectual).democracia e cidadania: plágio e pastiche (honestidade intelectual). 
(Enade 2016) Leia o texto a seguir.
O plágio é daqueles fenômenos da vida acadêmica a respeito dos quais todo escritor conhece um caso, sobre os
quais há rumores permanentes entre as conmunidades de pesquisa e com os quais o jovem estudante é
confrontado em seus primeiros escritos.
Trata-se de uma apropriação indevida de criação literária, que viola o direito de reconhecimento do autor e a
expectativa de ineditismo do leitor. Como regra, o plágio desrespeita a norma de atribuição de autoria na
comunidade científica, viola essencialmente a identidade da autoria e o direito individual de ser publicamente
reconhecido por uma criação. Por isso, apresenta-se como uma ofensa à honestidade intelectual e deve ser uma
 prática enfrentada no campo da ética.
Na comunidade científica, o pastiche é a forma mais ardilosa de plágio, aquela que se autodenuncia pela tentativa
de encobrimento da cópia. O copista é alguém que repete literalmente o que admira. O pasticheiro, por sua vez, é
um enganador, aquele que se debruça diante de uma obra e a adultera para, perversamente, aprisioná-la em sua
 pretensaautoria. Como o copista, o pasticheiro não tem voz própria, mas dissimula as vozes de suas influências
 para fazê-las parecer suas.
DINIZ, D.; MUNHOZ, A.T.M. Cópia e pastiche: plágio na comunicação científica. Argumentum, Vitória (ES), ano 3,
v.1, n.3, pp.11-28, jan/jun.2011 (com adaptações).
Considerando o texto apresentado, assinale a opção correta.
A. O plágio é uma espécie de crime e, portanto, deve ser enfrentado judicialmente pela comunidade acadêmica.
B. A expectativa de que todo escritor acadêmico reconheça a anterioridade criativa de suas fontes é rompida na
prática do plágio.
C. A transcrição de textos acadêmicos, caso não seja autorizada pelo autor, evidencia desonestidade intelectual.
D. Pesquisadores e escritores acadêmicos devem ser capazes de construir, sozinhos, sua voz autoral, a fim de
evitar a imitação e a repetição, que caracterizam o plágio.
E. O pastiche caracteriza-se por modificações vocabulares em textos acadêmicos, desde que preservadas suas
ideias srcinais, bem como sua autoria.
ProfessorProfessor
Análise da questão e das alternativas.Análise da questão e das alternativas.
O texto introdutório discorre sobre o plágio, “ uma apropriação indevida de criação literária, que viola o direito de
reconhecimento do autor e a expectativa de ineditismo do leitor”, e sobre uma de suas formas, o pastiche, feito
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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por “aquele que se debruça diante de uma obra e a adultera para, perversamente, aprisioná -la em sua pretensa
autoria”. 
Um exemplo de crítica à prática de plágio está na figura a seguir, que brinca com o conhecido logo da Coca-Cola e
com a prática de cópia eletrônica por meio do “Ctrl C – Ctrl V” (“copiar e colar”). 
Disponível em <http://copiecola.com.br>. Acesso em 22 nov. 2016.
Análise das alternativas.Análise das alternativas.
AA – Alternativa incorreta. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, o plágio é um problema que deve ser enfrentado no plano da ética.
BB – Alternativa correta. Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, o plágio viola a identidade de autoria. Em qualquer trabalho científico,
espera-se que o pesquisador se valha de obras já publicadas e construa seu texto de forma autoral.
CC – Alternativa incorreta. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A desonestidade intelectual acontece quando há apropriação do trabalho alheio sem a referência
de fontes.
DD – Alternativa incorreta. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Nenhum trabalho acadêmico é totalmente autônomo, pois ele deve dialogar com estudos já
realizados.
EE – Alternativa incorreta. Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O pasticheiro altera o texto srcinal e o assume como próprio, sem identificar a autoria.
Habilidades e competências.Habilidades e competências.
As principais habilidades e competências verificadas na questão 2 são as que seguem.
 Ler e interpretar um texto.
 Diferenciar dois conceitos (plágio e pastiche).
Questão 3. Ética, democracia e cidadania: questão indígena (desmatamento e condições de vida da populaçãoQuestão 3. Ética, democracia e cidadania: questão indígena (desmatamento e condições de vida da população
indígena).indígena). 
Leia o artigo de Leão Serva e a charge.
No Dia do Índio, nada a comemorar, só razões para protestar
Índios brasileiros e apoiadores britânicos fazem protesto diante da Embaixada do Brasil em Londres em 19 de
abril, Dia do Índio. Vão dizer que as populações tradicionais não têm nada que comemorar no dia consagrado a
elas. E tentarão atrair a atenção de quem compra produtos brasileiros no exterior para o sangue indígena que
mancha nossas commodities agropecuárias e minerais.
 
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É irônico que, em um regime democrático, protestos desse tipo aconteçam na capital britânica como ocorriam
antes, durante a Ditadura Militar, a cada visita de presidente ou representantes do regime. No entanto, chamar a
atenção dos países que podem influenciar o Brasil, sempre tão cioso de sua imagem externa, é a única ação que
restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração federal com
amplo apoio no Congresso.
(...) O protesto na sede da representação diplomática brasileira tem o apoio, em Londres, da organização Survival
International. Na semana passada, outra entidade, o Observatório do Clima, que reúne cerca de 40 organizações
ambientalistas, criticou as medidas do Executivo Federal que apressam a desmontagem dos dispositivos
consagrados na Constituição de 1988. Chama atenção para a coincidência entre esses ataques às leis de proteção
ambiental no momento em que cresce a desmoralização da elite política do país, sob acusações de corrupção.
(...) Entre as medidas tomadas pelo Congresso, exatamente quando crescem as denúncias contra legisladores,
estão leis que reduzem as áreas de preservação ambiental: "Na última terça-feira (11/4), uma comissão doCongresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica,
liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo
desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a
Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – em dois
dias, 1,1 milhão de hectares".
Os ataques à legislação de proteção dos índios e do ambiente coincidem também com o aumento vertiginoso na
devastação das florestas: a devastação cresceu 60% nos últimos dois anos, pondo em risco a meta brasileira de
chegar a 2020 com redução de 80% na taxa, lançando dúvidas sobre a seriedade do compromisso do governo
brasileiro com o Acordo de Paris.
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2017/04/1876433-no-dia-do-indio-nada-a-
comemorar-so-razoes-para-protestar.shtml >. Acesso em 19 abr. 2017 (com adaptações).
Disponível em <http://www.diariodecanoas.com.br/_conteudo/2015/04/noticias/regiao/152582-sustentando-
partidos-e-os-indios-de-ontem-e-de-hoje-nas-charges-dos-jornais-de-quarta-feira.html>. Acesso em 19 abr. 2017.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O objetivo da charge é mostrar que, apesar de os índios perderem recursos naturais, houve, para eles, a
compensação do acesso à tecnologia.
II. De acordo com o texto, o protesto em Londres tem por objetivo denunciar ao mundo medidas do
governo contra a proteção ambiental e contra os direitos indígenas.
III. Os índios brasileiros, como mostra a charge, têm sido submetidos a um processo de aculturação, que lhes
traz piores condições de vida.
 
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IV. Segundo o texto, o Brasil tem hoje 1,1 milhão de hectares de áreas devastadas.
Está correto o que se afirma somente em
A. I, II e III. B. II, III e IV. C. II e IV. D. I e III. E. II e III.
ProfessorProfessor
Análise das afirmativas.Análise das afirmativas.
II – Afirmativa incorreta. Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O objetivo da charge é mostrar a degradação da condição de vida dos indígenas como
consequência de alterações na sua cultura e nas suas terras.
IIII – Afirmativa correta. Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, o protesto "é a única ação que restou diante dos ataques à proteção ambiental e
aos direitos indígenas pela atual administração federal com amplo apoio no Congresso" . Logo, o protesto visa a
denunciar a perda de direitos indígenas e o descaso da proteção ambiental por parte do governo.
IIIIII – Afirmativa correta. Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A charge mostra, no quadro da direita, um índio com roupas de "homem branco", ostentando
marcas, com uma garrafa de bebida alcoólica e tirando uma selfie: situações que não pertenciam ao universo
srcinal dosnativos. Note a diferença nas expressões faciais do índio, que expressa alegria no ambiente da
floresta e mostra tristeza quando imerso no mundo do "homem branco".
IVIV – Afirmativa incorreta. Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Segundo o texto, "na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um
conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares
de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4),
em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442
mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares". Com essas duas
Medidas Provisórias, foi autorizada a devastação de 1,1 milhões de hectares a mais do que já havia sido
devastado anteriormente. Vale notar que ocorre, ainda, a devastação ilegal (não considerada nesses números).
Alternativa correta: E.Alternativa correta: E.
Habilidades e competências.Habilidades e competências.
As principais habilidades e competências verificadas na questão 3 são as que seguem.
 Ler e interpretar textos.
 Comparar as ideias contidas em dois textos (artigo e charge).
 Avaliar corretamente dados numéricos.
Questão 4. Responsabilidade social: formas de chegada dos usuários aos serviços socioassistenciais (gráfico deQuestão 4. Responsabilidade social: formas de chegada dos usuários aos serviços socioassistenciais (gráfico de
percentuais).percentuais). 
(Enade 2016 – com adaptações). Analise o gráfico a seguir.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
9 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Entidades de
Assistência Social Privadas sem Fins Lucrativos 2014-2015. Nota: Uma mesma unidade pode declarar mais de uma
forma de chegada do usuário em um ou mais serviços prestados.
Disponível em <http://biblioteca.ibge.gov.br>. Acesso em 10 jun. 2016.
Com base nas informações do gráfico, foram feitas as seguintes afirmativas.
I. 51,9% das unidades privadas prestadoras do serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas
com deficiência e idosas relatam chegada de usuários de forma ativa.
II. 81,6% das entidades privadas, sem fins lucrativos executoras do serviço de proteção social especial para
pessoas com deficiência, idosas e suas famílias relatam acesso por demanda espontânea.
III. 40,1% das entidades privadas que atuam no serviço especializado para pessoas em situação de rua
indicam busca ativa como modalidade de acesso.
IV. 82,4% das unidades privadas que desenvolvem serviço de convivência e fortalecimento de vínculos
indicam que usuários buscam o serviço de forma espontânea.
V. Em 81,6% das unidades da rede privada que realizam acolhimento institucional, a chegada de usuários
deu-se por encaminhamento.
É correto apenas o que se afirma em
A. I, II e III. B. I, II e V. C. II, IV e V. D. I, III e IV. E. III, IV e V.
 
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10 
ProfessorProfessor
Comentários.Comentários.
O gráfico pode ser dividido em 5 partes, uma para cada serviço socioassistencial:
 serviço de acolhimento institucional;
 serviço especializado para pessoas em situação de rua;
 serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosos e seus familiares;
 serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosos;
 
serviço de convivência e fortalecimento de vínculos.
Cada parte do gráfico mostra os dados representados em 3 barras:
 a barra superior, que indica a porcentagem de unidades nas quais os usuários chegam ao serviço por busca
ativa;
 a barra central, que indica a porcentagem de unidades nas quais os usuários buscam o serviço de forma
espontânea;
 a barra inferior, que indica a porcentagem de unidades nas quais os usuários são recebidos por
encaminhamento.
Análise das afirmativas.Análise das afirmativas.
II – Afirmativa correta. Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Vemos, na quarta parte do gráfico, que, em 51,9% das unidades do Serviço de Proteção Social
Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas, o acesso dos usuários ocorre por busca ativa (barra
superior).
IIII – Afirmativa incorreta. Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Vemos, na terceira parte do gráfico, que, em 81,6% das unidades do Serviço de Proteção Social
Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas, os usuários chegam ao serviço por encaminhamento
(barra inferior), e não por demanda espontânea. O acesso por demanda espontânea foi feito em 79,4% das
unidades para esse serviço.
IIIIII – Afirmativa correta. Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Vemos, na segunda parte do gráfico, que, em 40,1% das unidades que prestam serviço
especializado para pessoas em situação de rua, a procura dos usuários ocorre por busca ativa (barra superior).
IVIV – Afirmativa correta. Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Vemos, na última parte do gráfico, que, em 82,4% das unidades que prestam serviço de
convivência e fortalecimento de vínculos, o acesso de usuários ocorre de forma espontânea (barra central).
VV – Afirmativa incorreta. Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Vemos, na primeira parte do gráfico, que a chegada de usuários ao serviço por encaminhamento
ocorre em 87,5% das unidades, e não em 81,6% delas.
Alternativa correta: D.Alternativa correta: D.
Habilidades e competências.Habilidades e competências.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
11 
As principais habilidades e competências verificadas na questão 4 são as que seguem.
 Ler e interpretar textos.
 Avaliar corretamente dados percentuais.
Questão 5. Sociedade: violência contra a mulher (Lei Maria da Penha).Questão 5. Sociedade: violência contra a mulher (Lei Maria da Penha).
(Enade 2016). Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a violência contra mulheres é uma grave violação
dos direitos humanos que gera impactos físicos e psicológicos. A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180)
aponta que, no Brasil, de janeiro a outubro de 2015, 38,72% das mulheres em situação de violência sofreram
agressões diárias e 33,86%, agressões semanais. A violência doméstica é o tipo mais comum de violência contra a
mulher e, para se tipificar essa violência como crime, foi promulgada, em agosto de 2006, a Lei Maria da Penha
(Lei N° 11.340/2006), resultado de mobilizações para garantir justiça às vítimas e reduzir a impunidade de crimes
cometidos contra as mulheres.
A partir dessas informações, redija um texto dissertativo sobre o impacto da Lei Maria da Penha no quadro de
violência contra a mulher no Brasil. Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
A. impacto da violência doméstica na vida da mulher, na família e na sociedade;
B. mudanças nos mecanismos de proteção à mulher decorrentes da Lei Maria da Penha.
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 _____
ProfessorProfessor
Padrão de resposta do Inep.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
12 
 A violência tem consequências negativas não somente para as mulheres, mas também para suas famílias e para a
sociedade.
Para a mulher, as consequências são:
 físicas, podendo chegar a lesões incapacitantes;
 psicológicas, podendo gerar traumas, baixa autoestima, dependência psicológica do agressor;
 cerceamento de direitos individuais;
 estéticas.
Para a família são:
 ruptura da estrutura familiar;
 desestabilidade emocional;
 naturalização da violência contra a mulher para as gerações futuras;
 desvalorização da figura materna.
 Para a sociedade são:
 disseminação da violência contra a mulher;
 a violência tem enormes custos, desde gastos com saúde e despesas legais a perdas de produtividade.
 As mudanças decorrentes da Lei Maria da Penha são:
 criminalização da violência doméstica/sexual;
 aumento das notificações de violência doméstica, apesar de continuar alta a incidência de mulheres
agredidas;
 garantia legal de proteção à mulher contra a violência doméstica, independentemente de sua orientação
sexual, ou seja, protege-se também a mulher homossexual vítima de ataque perpetrado pela parceira;
 possibilidade de prisão preventiva no caso de crimes de violência doméstica, embora ainda se verifique
morosidade no julgamento do crime;
 criação de casas de refúgio ou casas-abrigo, para acolher mulheres vítimas de violência doméstica;
 reforço às Delegacias de Atendimento à Mulher, embora ainda insuficientes;
 inclusão da vítima em programas assistenciais do governo, programas de proteção à vítima e à testemunha,
transferência de local de trabalho, se a vítima for servidora pública.
Disponível em
<http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2016/biomedicina_prp_ok.pdf >.
Acesso em 11 mai. 2017.
Habilidades e competências.Habilidades e competências.
As principais habilidades e competências verificadas na questão 60 são as que seguem.
 Ler, interpretar e produzir textos.
 Argumentar sobre o impacto da violência doméstica na vida da mulher, na família e na sociedade e sobre as
mudanças nos mecanismos de proteção à mulher decorrentes da Lei Maria da Penha.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
13 
EspecíficasEspecíficas
Questão 6.Questão 6. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia (Resolução CNE/CP No 
1, de 15/05/2006), em seu art. 4.o, dispõem: “O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de
professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar
e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. 
Considerando o disposto acima, elabora um texto dissertativo acerca do tema a seguir.
A atuação do pedagogo em espaços não escolaresA atuação do pedagogo em espaços não escolares
Em seu texto, faça o que se pede nos itens a seguir.
a) Cite um dos espaços não escolares de atuação do pedagogo, descreva as atividades pertinentes ao trabalho
pedagógico que podem ser nele realizadas e explicite de que maneira essas atividades se relacionam com os
aspectos teóricos da formação desse profissional.
b) Apresente argumentos que defendam a importância da participação do pedagogo em espaços não escolares.
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ProfessorProfessor
1.1. Introdução teóricaIntrodução teórica
A atuação do pedagogo em espaços não escolaresA atuação do pedagogo em espaços não escolares
As mudanças nas relações de trabalho implicam o fato de as empresas precisarem se reorganizar em
diversos âmbitos, sobretudo com relação a cargos, funções e atividades organizacionais.
Segundo Minarelli (1996),
as grandes empresas e corporações, para sobreviver à crise econômica mundial e atender
às novas demandas do mercado, eliminaram ou redesenharam cargos e, em muitos casos,
operações inteiras. Os trabalhadores precisarão reciclar-se periodicamente para manter
seus conhecimentos atualizados e desenvolver outras habilidades.
Ainda segundo o autor, muito desse novo cenário deve-se à mudança de foco das atividades profissionais,
que, atualmente, são menos centradas em trabalhos físicos e passaram a ser mais intelectuais.
Resultam, dessa nova configuração do mundo do trabalho, novos acontecimentos que demandam um
profissional que seja capacitado para ajudar a organização, de qualquer segmento, a atingir os objetivos e as
metas organizacionais: trata-se do pedagogo que atua em espaços não escolares e que facilita a interação entre
as habilidades dos profissionais das instituições e as necessidades e anseios das empresas.
O pedagogo em espaços empresariais deve ser dotado de:
 flexibilidade em suas ações,
 conhecimento e experiências relativos à gestão participativa,
 competências e habilidades na busca de soluções para os impasses que possam surgir,
 compreensão do processo histórico, social, administrativo e operacional em que está inserido,
 comprometimento e envolvimento com a rotina da empresa e
 habilidade para planejar, organizar, liderar, monitorar e empreender.
A formação do pedagogo deve, portanto, ser generalista, com ênfase em gestão dos processos educativos
em diferentes instituições educacionais e também fora delas, em diversos contextos socioculturais e profissionais.
2.2. Padrão de resposta do INEPPadrão de resposta do INEP
O aluno deve redigir um texto argumentativo com colocações que contemplem os aspectos a seguir.
 
Quanto aos espaços não escolarespara atuação do pedagogo
 A resposta deve indicar que:
- há vários espaços não escolares em que o pedagogo costuma atuar, como empresas do ramo de gestão de
 pessoas, de serviço social, ONGs, recursos humanos etc. Devem ser descritas as atividades relativas ao trabalho
 pedagógico nesses ambientes, como produção e disseminação do conhecimento, elaboração de materiais de
caráter didático-instrucional, acompanhamento das dificuldades dos funcionários. Ademais, as atividades
desenvolvidas devem ser descritas e teorizadas de acordo com os campos do saber que lhes possam dar
sustentação, como didática, filosofia, política, sociologia, economia etc.;
 
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 Quanto à importância do pedagogo em espaços não escolares
 A resposta deve mencionar que:
- o pedagogo é importante nesses espaços porque é o profissional dotado das competências e das habilidades
necessárias para propiciar a interação entre os colaboradores das mais diferentes áreas de uma empresa ou
organização. Seu papel, de fundamental importância, visa à adequada realização das atividades descritas no item
anterior.
Disponível em < http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2014/36_pedagogia.pdf>.
Acesso em 6 de fev. 2016.
 
Questão 7.Questão 7. Com base na visão sociocultural de inteligência, propõe-se que a escola participe do processo de
desenvolvimento da inteligência da criança ao lhe oferecer acesso a instrumentos e objetos simbólicos, como
sistemas de numeração, que amplificam sua capacidade de registrar quantidades, lembrar e solucionar
 problemas. Essa perspectiva está vinculada à Teoria dos Campos Conceituais (VERGNAUD, 1988), segundo a qual
os conceitos são desenvolvidos num longo período de tempo por meio da experiência, maturação e aprendizagem,
expressas por esquemas.
NUNES, T. et al. Educação Matemática: números e operações matemáticas. São Paulo: Cortez, 2005 (com
adaptações).
A partir do texto acima, avalie as afirmativas a seguir.
I. Os conceitos de adição e subtração têm srcem nos esquemas de ação de juntar, separar e colocar em
correspondência “um-a-um”. 
II. Os conceitos de multiplicação e divisão têm srcem nos esquemas de ação de correspondência “um -a-
muitos” e de distribuir. 
III. O raciocínio aditivo implica a existência de uma relação fixa entre duas variáveis, e o raciocínio multiplicativo,
da relação parte-todo.
IV. A criança consegue coordenar sua atividade teórica com a contagem quando se torna capaz de resolver
problemas simples de adição e subtração.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II.
B. I e IV.
C. III e IV.
D. I, II e III.
E. II, III e IV.
Professor:Professor:
1.1. Introdução teóricaIntrodução teórica
A Teoria dos Campos Conceituais na Educação MatemáticaA Teoria dos Campos Conceituais na Educação Matemática
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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Derivada da intersecção de interesses da Matemática, da Pedagogia e da Psicologia, a Educação
Matemática pode ser definida como o estudo das práticas de ensino e aprendizagem das relações matemáticas.
A discussão sobre o ensino da Matemática ganhou força no século XX, quando vários professores
começaram a se reunir em congressos e outros diversos tipos de eventos para pensar o ensino dessa disciplina. A
Didática da Matemática surge, então, como o campo para a sistematização dos estudos acerca do ensino de
Matemática.
Nesse campo, poucos nomes são tão conhecidos e reverenciados quanto o de Gérard Vergnaud, cuja
contribuição mais importante é a denominada Teoria dos Campos Conceituais, que auxilia na compreensão de
como as crianças constroem os conhecimentos matemáticos. Tal teoria permite prever formas mais eficientes de
trabalhar os conteúdos das aulas dessa disciplina (embora o autor afirme que também há “campos conceituais”
na Biologia, História, Geografia e Educação Física, entre outras).
Vergnaud estabelece como premissa o conhecimento organizado em campos conceituais, cujo domínio
por parte do sujeito ocorre com o passar do tempo, com a experiência, a maturidade e a aprendizagem. Assim,
para ele, “campo conceitual” representa um conjunto heterogêneo de p roblemas, conceitos, situações,
estruturas, relações, conteúdos e operações mentais interconectados.
A Teoria dos Campos Conceituais, por ser cognitivista, pressupõe que o cerne da cognição é a
conceitualização. Por exemplo, os conceitos de adição e subtração têm srcem nos esquemas de ação de juntar,
separar e colocar em correspondência “um-a-um”, ao passo que os de multiplicação e divisão são srcinários dos
esquemas de ação de correspondência “um-a-muitos” e de distribuir. É preciso, portanto, dar toda a atenção aos
aspectos conceituais dos esquemas oferecidos ou desenvolvidos pelos alunos para que eles possam aprender e
apreender competências mais complexas.
Outros construtos teóricos que embasam a Teoria dos Campos Conceituais são os conceitos de esquema,
invariante operatório (“conceito-em-ação” ou “teorema-em-ação”) e situação.
2. Análise das afirmativas2. Análise das afirmativas 
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Os esquemas de ação de juntar, separar e colocar em correspondência “um -a-um” permitem que
o aluno apreenda os conceitos de soma e subtração.
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Os esquemas de ação de correspondência “um -a-muitos” e de distribuir permitem que o aluno
apreenda os conceitos de multiplicação e divisão.
III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O invariante conceitual do raciocínio aditivo é a relação parte-todo. O invariante conceitual do
raciocínio multiplicativo é a existência de uma relação fixa entre duas variáveis (ou duas grandezas ou
quantidades).
IV – Afirmativa incorreta.
 
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JUSTIFICATIVA. A criança não necessariamente consegue coordenar sua atividade teórica com a contagem
quando se torna capaz de resolver problemas simples de adição e subtração.
Alternativa correta: A.
3. Indicações bibliográficas3. Indicações bibliográficas 
 NUNES, T. et al. Educação Matemática: números e operações matemáticas. São Paulo: Cortez, 2005.
 VERGNAUD, G. La théorie des champs conceptuels. In: Recherches en Didactique des Mathématiques, 10 (23):
133-170, 1990.
 VERGNAUD, G. A trama dos campos conceituais na construção dos conhecimentos. In: Revista do GEMPA,
Porto Alegre, n.4: 9-19, 1996.
Questão 8.Questão 8. Uma jornalista baiana passou pelo que classificou como “enorme constrangimento” ao tirar a foto
 para renovar o passaporte, em Salvador: agentes da Polícia Federal pediram que ela prendesse o cabelo estilo
black power, pois o sistema não aceitava a imagem gerada. “Eu gosto do meu cabelo e, naquela foto, fiquei
terrível”, disse. A jornalista descarta ter recebido qualquer tratamento racista dos funcionários do local, mas
reclamou no Facebook: “essas coisas podem não ser intencionais, mas tudo, no fundo, tem um padrão que
desvaloriza a estética que foge do convencional”. O delegado, chefe do setor, explicou que um cabelo de
 proporções maiores diminui o rosto do fotografado, e foi isso que o sistema impediu. “A gente concorda com ela
que isso é inadmissível. O caso já foi passado para nossa sede em Brasília, para sabermos que medidas podem ser
adotadas”, afirmou.
Diários Associados. Estado de Minas, 18 jul. 2014 (com adaptações).
A notícia publicada no jornal abre um leque de possibilidades para o professor abordar o tema da diversidade
cultural, por meio de práticas educativas que contemplem as questões históricas e suas implicações na vida
cotidiana. Nessa perspectiva, avalie as afirmativas a seguir.
I. A temática diversidade cultural é parte do currículo de História do Brasil, conforme preconiza a Lei N o 
9.394/1996 (LDB), e, por estar relacionada a aspectos referentesa identidade nacional, portanto, a abordagem
das temáticas correlatas deve restringir-se ao âmbito da referida disciplina.
II. A abordagem disciplinar da diversidade cultural deve ser priorizada, buscando-se associações com
conhecimentos não constantes do programa da disciplina.
III. A diversidade cultural é tema a ser abordado na perspectiva da transversalidade, o que possibilita colocar em
prática a relação entre as áreas dos conhecimentos em sua aplicabilidade transformadora dos fenômenos sociais
e naturais.
IV. A principal característica do trabalho com temas transversais é a condição de estabelecimento de relações
entre disciplinas e teoria e prática; sujeito e sua produção de conhecimento; conhecimento trabalhado em sala de
aula e conhecimentos não constantes dos programas escolares.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II.
B. I e III.
C. III e IV.
D. I, II e IV.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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E. II, III e IV.
Professor:Professor:
1.1. Introdução teóricaIntrodução teórica
A Lei NA Lei Noo 9.394/1996 e a diversidade cultural 9.394/1996 e a diversidade cultural
A Lei Nº 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996, estabelece, com relação à questão da diversidade
cultural brasileira, o que segue.
 Art. 26
o
-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-seobrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena (Redação dada pela Lei Nº 11.645, de 2008).
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que
caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da
história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena
brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados
no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história
brasileiras (Redação dada pela Lei Nº 11.645, de 2008).
Recentemente, cresceram, nos principais debates sobre educação, as discussões em torno do conceito de
cultura como construção sócio-histórica e o tema tem ganhado notoriedade em diversos espaços sociais,
acadêmicos, midiáticos etc. Há um discurso frequente de tolerância, comumente confrontado com outro que se
refere a direitos civis, políticos, sociais e identitários, de reconhecimento e de respeito às diferenças.
O trabalho com a diversidade cultural na escola deve ser realizado para que nasça a devida revisão de
determinados padrões formativos, estéticos e, sobretudo, éticos.
Assim, a lei em questão preconiza que o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena deve
acontecer no âmbito de todo o currículo escolar, não estando restrito somente a algumas disciplinas específicas.
Esse trabalho, iniciado há quase duas décadas, é a chave para evitar constrangimentos como os que a
 jornalista baiana do texto base da questão viveu, pois, acredita-se na relação direta entre conhecimento e
aceitação de diferentes padrões de beleza e de comportamento. Pretende-se que o estudo seja capaz de superar
a visão de mundo eurocêntrica, substituída por uma visão poli ou pluricêntrica.
Análise das afirmativasAnálise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A temática da diversidade cultural é parte de todo o currículo, não se refere somente à disciplina
de História.
II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A abordagem disciplinar da diversidade cultural não deve ser priorizada; deve-se priorizar a
abordagem multidisciplinar da diversidade cultural brasileira.
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A diversidade cultural é, de fato, tema a ser abordado na perspectiva da transversalidade, visando
à ação transformadora dos problemas sociais.
 
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IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Os temas transversais não podem ser encarados como um conjunto de conhecimentos teóricos,
desvinculados da realidade do aluno.
Alternativa correta: C.
3. Indicações bibliográficas3. Indicações bibliográficas 
 BRASIL. Lei No 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da República Federativa do Brasil . Brasília, 23
dez. 1996.
 RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil . São Paulo: Cia das Letras, 1995.
 SANTOMÉ, J. T. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, T.T. (Org.). Alienígenas em sala de
aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
Questão 9.Questão 9. Hoje, o aluno traz para a escola o que descobre na Internet para discutir com seus colegas e professor.
Ele não vê mais o professor como um transmissor ou principal fonte de conhecimento, mas espera que ele se
apresente como um orientador das discussões travadas em sala de aula ou mesmo nos ambientes online 
integrados às atividades escolares.
 A possibilidade de pesquisar, ler e conhecer os mais variados assuntos por meio da Internet confere ao aluno um
novo perfil de estudante, que exige um novo perfil de professor.
Cabe ao professor estar atento a essa nova fonte de informações, para transformá-las, junto com os alunos, em
conhecimento. O professor é parte inerente e necessária a todo esse processo, possui um lugar insubstituível de
mediador e problematizador do conhecimento; ele aprende com o aluno. 
FREITAS, M. T. Letramento Digital e formação de Professores. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 26, n. 03,
2010, p. 335-362 (com adaptações).
Considerando os desafios colocados para o educador diante das exigências de novas práticas pedagógicas
decorrentes dos avanços das tecnologias digitais, avalie as afirmativas a seguir.
I. As novas tecnologias estimulam a busca de mais informações por parte do aluno nativo digital, mas, por si só,
não mudam diretamente o processo de ensino-aprendizagem, o qual depende do uso que se faz delas.
II. O professor que não domina as tecnologias digitais deve ser capaz de identificar o aluno nativo digital pelas
informações que ele obtém pela Internet.
III. A utilização das novas tecnologias nos ambientes online, integrada às atividades escolares e aos
conhecimentos prévios do aluno, é suficiente para a construção do conhecimento.
IV. Uma das tarefas do professor é desenvolver novas formas de ensinar e aprender, incentivando o olhar crítico
do aluno frente às inúmeras informações que a tecnologia digital oferece.
É correto apenas o que se afirma em
A. II. B. IV. C. I e III. D. I e IV. E. II e III.
Questão 10.Questão 10. Na atualidade, o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica é determinado
 principalmente pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação e pela microeletrônica. Essas
novas tecnologias – assim consideradas em relação às tecnologias anteriormente existentes – , quando
disseminadas socialmente, alteram as qualificações profissionais. A ciência, hoje, na forma de tecnologias, altera
o cotidiano das pessoas e coloca-se em todos os espaços. Não há dúvida de que as novas tecnologias de
comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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educativos na televisão e no computador, sites educacionais e softwares diferenciados transformam a realidade
da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensino-aprendizagem, onde anteriormente predominava a lousa, o
giz, o livro e a voz do professor. Para que as Tecnologias de Comunicação e Informação(TIC) possam fazer
alterações no processo educativo, elas precisam, no entanto, ser compreendidas e incorporadas
 pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para
 poder garantir que seu uso realmente faça diferença.
KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007 (com adaptações).
Na perspectiva do texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. O avanço das tecnologias digitais de comunicação e informação e da microeletrônica podem ser incorporados
às tecnologias mais antigas do trabalho educativo, desde que se compreendam as especificidades do ensino e da
própria tecnologia.
PORQUE
II. O ensino mediado pelas TIC permite ampliar não somente as possibilidades pedagógicas de aprendizagem, mas
também a interação entre os atores do processo educativo.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I.
C. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
D. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
E. As asserções I e II são proposições falsas.
Professor:Professor:
Questões 9 e 10Questões 9 e 10
1.1. Introdução teóricaIntrodução teórica
O uso da tecnologia na educaçãoO uso da tecnologia na educação
Se, por um lado, é impossível, na atualidade, ignorar a importância da tecnologia na vida de pessoas do
mundo inteiro, especialmente das mais jovens, por outro, o uso da tecnologia em sala de aula ainda causa
acalorados debates entre educadores e acadêmicos.
Isso acontece porque não há consenso a respeito do assunto, pois muitos estudos ainda não encontraram
correlações diretas entre uso da tecnologia e a melhora no aprendizado.
Evidências indicam que a internet, tablets, computadores e aplicativos estimulam a imaginação e a
criatividade dos alunos, além de auxiliarem o trabalho do professor. No entanto, usar a tecnologia não deve ser
um fim em si mesmo, e, sim, um meio, uma ferramenta, um instrumento agregador e facilitador do aprendizado e
do trabalho docente. Além disso, o uso bem sucedido da tecnologia, em situações ideais, deve vir acompanhado
de mudanças de caráter mais profundo, como currículo, avaliação e capacitação e desenvolvimento profissional
dos professores.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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Dito de outra forma, o uso das novas tecnologias, embora muito estimulante se devidamente utilizadas,
não muda diretamente o processo de ensino-aprendizagem, que depende de como essas tecnologias são
aplicadas. Tanto professores quanto alunos devem ter olhar crítico frente às inúmeras informações que a
tecnologia digital coloca a nosso dispor.
Também é de suma importância não perder de vista que a tecnologia deve agregar valor ao trabalho do
professor, e não substituí-lo. As novas ferramentas tecnológicas devem ser incorporadas aos métodos e recursos
mais antigos do trabalho educativo.
Diversos estudos acadêmico-científicos indicam que não tem serventia usar a tecnologia apenas para se
ter uma aparência de escola moderna; projetos sem objetivos claros nem integração com o currículo escolar vão
agregar pouco ao aprendizado, pois o ensino mediado pela tecnologia só amplia as possibilidades pedagógicas
quando há objetivos bem determinados e interação entre os atores do processo educativo.
É importante que as escolas sejam capazes de ver a internet além dos sites de busca e das redes sociais e
que consigam orientar os alunos na elaboração de tarefas bem feitas e criteriosas, que fujam do habitual gesto de
"CtrlC+CtrlV" (comandos de computador de “copiar e colar”).
2.2. Análise das afirmativas e das asserçõesAnálise das afirmativas e das asserções
Questão 9.Questão 9.
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O maior acesso às informações, promovido pelas tecnologias, não muda diretamente o processo
de ensino-aprendizagem.
II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A afirmação de que o professor que não domina as tecnologias digitais deve ser capaz de
identificar o aluno nativo digital pelas informações que ele obtém pela internet não tem sentido. Para o trabalho
docente, não é necessário nenhum tipo de identificação dessa natureza.
III – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Ao contrário do que diz a afirmativa, a utilização das novas tecnologias nos ambientes online,
integrada às atividades escolares e aos conhecimentos prévios do aluno, não é, de forma alguma, suficiente para
a construção do conhecimento. O trabalho docente é e sempre será fundamental e imprescindível.
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. As formas de ensinar e aprender são dinâmicas e devem acompanhar as inovações tecnológicas.
Cabe ao professor encontrar as melhores maneiras para desenvolver o olhar crítico do aluno frente às inúmeras
informações que a tecnologia digital oferece.
Alternativa correta: D.
Questão 10.Questão 10.
I – Asserção correta.
JUSTIFICATIVA. As tecnologias digitais de comunicação e informação e a microeletrônica devem dialogar com as
tecnologias mais antigas do trabalho educativo para que se desenvolva o processo educativo.
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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II – Asserção correta.
JUSTIFICATIVA. As novas tecnologias facilitam a comunicação e a interação entre as pessoas e essa característica
pode ser bem aproveitada no processo educativo.
As duas asserções são corretas, mas não há, entre elas, relação de causa.
Alternativa correta: B.
3. Indicações bibliográficas3. Indicações bibliográficas
 HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa. Madrid: Taurus, 1987.
 LÉVY, P. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.
 MERCADO, L. P. L. Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002.
Questão 11.Questão 11. Os currículos organizam conhecimentos, culturas, valores e artes a que todo ser humano tem direito.
 Assim, o currículo deve ser analisado conforme as experiências vividas pelos estudantes, nas quais se articulam os
saberes, aprendidos por eles na vivência e na convivência em suas comunidades, com os conhecimentos
sistematizados que a escola deve lhes tornar acessíveis.
ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações sobre o
currículo, educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica, 2007, p.67 (com adaptações).
A partir da definição de currículo abordada pelo autor, avalie as afirmações a seguir.
I. a construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em desvantagem
determinados grupos sociais e culturais.
II. o sistema educativo confere ao currículo efetividade que envolve uma multiplicidade de relações, razão pela
qual este deve ser considerado práxis e sua materialização corresponder à forma como foi idealizado.
III. as teorias críticas reconhecem a existência de poderes diversos diluídos nas relações sociais, conferindo ao
currículo a função de atuar em processos para a inclusão escolar.
IV. é desafio da escola incluir no currículo experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da
vida social em suas assimetrias e desigualdades.
É correto o que se afirma em
A. I, apenas.
B. II e III, apenas.
C. II e IV, apenas.
D. I, III e IV, apenas.
E. I, II, III e IV.
Professor:Professor:
1.1. Introdução teóricaIntrodução teórica
Composição curricularComposição curricular
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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O termo currículo sofreu mudanças e passou por várias definições no campo da Pedagogia. Significava,
tradicionalmente,a relação entre matérias/disciplinas e uma sequência lógica, um corpo organizado de
conhecimento. Na prática, a visão mais comum, que, muitas vezes, perdura até hoje, é a de que se trata de um
conjunto de disciplinas a serem ensinadas em cada curso ou série associado ao tempo destinado a cada uma
dessas disciplinas.
Com os problemas socioeconômicos surgidos a partir do processo de industrialização e urbanização do
século XVIII, teorias progressivistas foram ganhando força e a escola passou a ser vista, naquele contexto, como a
instituição responsável pela “compensação dos problemas da sociedade”. Assim, as teorias críticas passaram a
reconhecer que há vários poderes diluídos nas relações sociais, o que confere ao currículo a função de atuar em
processos para a inclusão escolar e social. O foco do currículo deixou de ser o conteúdo e passou a ser a forma de
organização das atividades.
A composição curricular é um dos temas de maior sensibilidade e complexidade no campo educacional.
De acordo com Souza (2009), “o professor deve ter a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos
a serem transmitidos aos alunos”. Ainda segundo o autor, o currículo é uma construção, uma seleção de
conhecimentos e práticas que devem ser reinterpretados em cada contexto histórico.
A construção do currículo é, portanto, um momento que reúne múltiplas e diversificadas forças sociais e
culturais que, por vezes, se aproximam, se complementam ou estabelecem conflitos de valores e prioridades. Isso
é natural em decorrência da multiplicidade de valores e de manifestações culturais que cada grupo social tem e
não é diferente no Brasil, país de grandes dimensões territoriais e de enorme diversidade social e cultural.
Isso significa que a construção do currículo pode colocar em desvantagem certos grupos sociais e
culturais. Dessa forma, é desafio da escola atual incluir experiências culturais diversificadas, a fim de dirimir
desigualdades e não reproduzir, por conseguinte, estruturas da vida social em que haja assimetrias.
Outro aspecto extremamente significativo na composição curricular é a política educacional, que é
dinâmica e deve ser interpretada e reinterpretada em cada contexto sócio-histórico. Sua aplicação requer uma
estratégia de ação complexa, composta por diversos conteúdos, valores e procedimentos metodológicos. Como
as propostas curriculares adotadas nas escolas são provenientes de saberes situados em contextos sociais e
históricos delimitados, os saberes devem ser articulados com os conhecimentos sistematizados que a escola deve
tornar acessíveis aos alunos e baseados na vivência e na convivência dos alunos em suas comunidades.
2.2. Análise das afirmativasAnálise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A construção do currículo de um curso ou de uma diretriz curricular para todos os cursos de um
país é momento de escolha de conteúdos técnicos e culturais que representam valores aceitos por determinado
grupo social. É, portanto, um momento de decisão política e social, que nem sempre contempla os interesses de
grupos sociais minoritários ou com menor possibilidade de intervenção nessas escolhas. Por isso, é correto
afirmar que a construção do currículo constitui um processo de seleção cultural, o que pode colocar em
 
SIMULADO ENADE 2017SIMULADO ENADE 2017 – PEDAGOGIA (UNIP) PEDAGOGIA (UNIP)
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desvantagem determinados grupos sociais e culturais. Quanto maior a prática multicultural, menor a
desvantagem dos diversos grupos sociais e culturais.
II – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O sistema educativo nem sempre consegue tornar o currículo efetivo, porque vários fatores
devem ser levados em conta. A formação e a seleção dos professores, a remuneração que eles recebem, o local
em que o currículo será aplicado e o momento histórico, econômico e social em que o currículo será desenvolvido
na prática interferem decisivamente na concretude do currículo. Muitas vezes, a prática do professor em sala de
aula será diversa daquela que foi planejada no currículo, pois suas condições objetivas estarão diferentes das que
foram srcinariamente pensadas.
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A inclusão escolar não se limita a garantir que o aluno faça matrícula na escola. Compreende o
ingresso do aprendiz no ambiente de educação e, também, sua permanência durante todos os anos necessários
para sua formação, além de sua participação efetiva e constante nas atividades planejadas pela escola. A
participação do aluno, a partir de suas vivências e experiências de vida, é a única forma de analisar se os
conteúdos escolhidos para aquele currículo estão em consonância com a realidade. O respeito às experiências e
vivências que cada aluno traz para o ambiente escolar é o reconhecimento da existência de poderes diversos
diluídos nas relações sociais, o que permite ao currículo exercer a função de atuar nos processos para a inclusão
escolar.
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A sociedade é um campo de forças no qual estão em permanente confronto os diversos grupos
sociais, seus valores, suas escolhas e suas opções. A escola não deve reproduzir em seu ambiente esse confronto,
mas permitir que os distintos grupos sociais se manifestem de forma interativa, democrática, para que diferentes
ideias, valores e escolhas dialoguem. É nesse sentido que se pode afirmar que um dos grandes desafios da escola
é construir o currículo com experiências culturais diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social em
suas assimetrias e desigualdades.
Alternativa correta: D.
3.3. Indicações bibliográficasIndicações bibliográficas
 ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações sobre o
currículo, educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica, 2007.
 LOPES, A. R. C. Pluralismo cultural em políticas de currículo nacional. In MOREIRA, A. F. B. Currículo: políticas e
 práticas. São Paulo: Papirus, 1999.
 SOUZA, T. M. L C. O currículo e a cultura. In: Das 1001 noites aos 200 dias letivos: a representação do livro
didático para os professores e o currículo necessário ao mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Saci, 2009.
 
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 UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Disponível em
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/>. Acesso em 23 nov. 2015.
Questão 12.Questão 12. O Plano Nacional de Educação (PNE) inclui 20 metas e estratégias traçadas para o setor nos próximos
10 anos. Entre as metas, está a aplicação de valor equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação
 pública, promovendo a universalização do acesso à educação infantil para crianças de quatro a cinco anos, do
ensino fundamental e do ensino médio. Esse plano também prevê a abertura de mais vagas no ensino superior,
investimentos maiores em educação básica em tempo integral e em educação profissional, além da valorização do
magistério.
BRASIL. Conheça as 20 metas definidas pelo PNE . Disponível em <http://www.brasil.gov.br>. Acesso em 4 jul.
2014 (com adaptações).
A Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o PNE, prevê importantes dispositivos, tais como:
Art. 5º A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de
avaliações periódicas.
Art. 10º O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias
compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os respectivos planos de educação, a fim de
viabilizar sua plena execução.
Art. 11º O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado pela União, em colaboração com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios,constituirá fonte de informação para a avaliação da qualidade da
educação básica e para a orientação das políticas públicas desse nível de ensino.
Art. 13º O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o
Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de
colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.
Considerando as informações acima, conclui-se que o PNE
A. possibilita ao país iniciar seu processo de desenvolvimento, pois prevê aumento anual de 10% nos patamares
de aplicação do PIB em educação e sistema de monitoramento da aplicação de investimentos, o Sistema de
Avaliação da Educação Básica, a ser instituído nos próximos dois anos.
B. prevê meta de aplicação de 10% do PIB em educação, sinalizando que os gestores escolares terão 10 vezes
mais possibilidades de atingir patamares mais elevados de educação nos próximos 10 anos, pois vincula os
investimentos com a educação aos níveis de desenvolvimento do país, aferidos pelo PIB.
C. estabelece que a melhoria da educação básica – universalização do acesso à educação infantil, aumento de
vagas no ensino superior, maior investimento em educação em tempo integral e em educação profissional – 
evidencia a base para o desenvolvimento, pois o crescimento econômico é o indicador do percentual de
recursos do PIB a ser aplicado em educação.
D. disponibiliza para os gestores escolares o crescimento de 10% dos investimentos do PIB em educação, ao ano,
durante os próximos 10 anos e um Sistema Nacional de Avaliação para verificar a efetivação das diretrizes e
metas dispostas no referido Plano.
 
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26 
E. permite planejar a educação para os próximos 10 anos e institui mecanismos de monitoramento e avaliação,
tanto da execução do Plano como da qualidade da educação, por meio do estabelecimento de metas
educacionais e definição dos investimentos a serem disponibilizados para o alcance dessas metas.
Professor:Professor:
1. Introdução teórica1. Introdução teórica
O Plano Nacional de Educação (PNE)O Plano Nacional de Educação (PNE)
O Plano Nacional de Educação (PNE) inclui 20 metas e estratégias para o setor educacional por dez anos. É
o documento responsável pelo planejamento da educação até 2024, já que foi estabelecido em 2014, e institui
mecanismos de monitoramento e avaliação. Em seu Art. 5º, consta que “a execução do PNE e o cumprimento de
suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas”. 
De acordo com o Art. 10º do PNE: “O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a assegurar a
consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os
respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua plena execução”. 
As 20 metas estabelecidas no PNE 2014 são reproduzidas a seguir.
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos
de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze)
anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete)
anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%
(oitenta e cinco por cento).
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados.
Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de
 forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.
Meta 7 : fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do
ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.
Meta 8 : elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar,
no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da
região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade
média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
 
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Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três
inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo
absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos
ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.
Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da
oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida
 para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade
da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.
Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente
em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do
total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a
titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no
 prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que
tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os
 professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso
de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até
o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas
de ensino.
Meta 17 : valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma aequipararseu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de
vigência deste PNE.
Meta 18 : assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da
educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais
da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal,
nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação,
associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das
escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%
(sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.
Disponível em <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em 29 dez. 2016.
2. Análise das alternativas2. Análise das alternativas
A – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. O PNE não prevê aumento anual de 10% nos patamares de aplicação do PIB em educação e
sistema de monitoramento da aplicação de investimentos. O valor de 10% do PIB corresponde à meta mínima de
valor investido em educação para 2024.
B – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A destinação de 10% do PIB para investimentos em educação (meta 20 do PNE) não significa
necessariamente que os gestores terão dez vezes mais recursos à sua disposição, pois, para que haja aumento
 
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dos recursos públicos para a educação, é necessário que o PIB aumente e isso depende dos resultados da
economia nacional, que nem sempre propicia aumento expressivo da produção agropecuária, industrial e de
serviços. Os gestores poderão dispor de mais recursos públicos para a educação pública somente se o PIB crescer
no período de dez anos do PNE.
C – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A educação de um povo, em todos os níveis, é componente essencial para o desenvolvimento da
nação, mas a melhoria da educação básica por si só não é suficiente para promover o crescimento econômico.
D – Alternativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. Da forma como está redigida a alternativa, entende-se que o crescimento anual dos investimentos
em educação será de 10%. No entanto, o PNE prevê como meta o investimento mínimo de 10% do PIB em
educação em 2024. Além disso, obviamente, o montante de recursos depende do valor do PIB.
E – Alternativa correta.
JUSTIFICATIVA. Ao estabelecer metas, percentuais de recursos econômicos e formas de monitoramento, o PNE
efetiva o planejamento da educação para os próximos 10 anos e, com isso, permite que os gestores de todos os
níveis públicos estejam alinhados na consecução dos projetos que viabilizarão o cumprimento das metas.
3. Indicações bibliográficas3. Indicações bibliográficas
 ALVES, H. E. Plano Nacional de Educação (PNE) – 2014-2024. Disponível em
<http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-referencia.pdf>. Acesso em
29 dez. 2016.
 BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE). Brasília, 2014. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em 16 nov. 2015.
Questão 13.Questão 13. Da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das
diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e processos de
hierarquização que operam na regulação e produção de desigualdades. Essa problematização explicita os
 processos normativos de distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e
linguísticas, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar.
BRASIL, MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008, p. 6 (com
adaptações).
As questões suscitadas no texto ratificam a necessidade de novas posturas docentes, de modo a atender a
diversidade humana presente na escola. Nesse sentido, no que diz respeito a seu fazer docente frente aos alunos,
o professor deve:
I. desenvolver atividades que valorizem o conhecimento historicamente elaborado pela humanidade e aplicar
avaliações criteriosas com o fim de aferir, em conceitos ou notas, o desempenho dos alunos.
II. instigar ou compartilhar as informações e a busca pelo conhecimento de forma coletiva, por meio de relações
respeitosas acerca dos diversos posicionamentos dos alunos, promovendo o acesso às inovações tecnológicas.
 
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III. planejar ações pedagógicas extraescolares, visando ao convívio com a diversidade; selecionar e organizar os
grupos, a fim de evitar conflitos.
IV. realizar práticas avaliativas que evidenciem as habilidades e competências dos alunos, instigando esforços
individuais para que cada um possa melhorar o desempenho escolar.
V. utilizar recursos didáticos diversificados, que busquem atender a necessidade de todos e de cada um dos
alunos, valorizando o respeito individual e o coletivo.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e III.
B. II e V.
C. II, III e IV.
D. I, II, IV e V.
E. I, III, IV e V.
Professor:Professor:
1.1. Introdução teóricaIntrodução teórica
Direitos humanos, cidadania e educação inclusivaDireitos humanos, cidadania e educação inclusiva
Muito se fala em direitos humanos, cidadania e inclusão. Os discursos, sobretudo os de caráter político ou
educacional, vêm sendo permeados por frases como “observação dos direitos humanos”, “construção da
cidadania”, “exercício da cidadania”, “políticas de inclusão” etc. 
A educação precisa ser pensada em consonância com a garantia dos direitos humanos, com uma
representação de sociedade que possa fortalecer a promoção desses direitos como dimensão ética. Trata-se de
um movimento de saída “de si” e de encontro “com o outro”. 
É necessário, portanto, entender o processo de interação social como algo permanentemente conflituoso e
compreender os fatores que o fazem ser assim. Isso tende a colocar em xeque forças diversas, às vezes
antagônicas, bem como os próprios conceitos de direitos humanos, cidadania e inclusão, pois são conceitos que
costumam ser interpretados sob uma ótica particular de determinado tipo de intervenção humana.
Os processos normativos da distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais
e linguísticas, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar, só podem ser extirpados, ou pelo menos
dirimidos, com posturas docentes que atendam e valorizem a diversidade humana na escola. Para tanto, um
professor pode utilizar, por exemplo, recursos didáticos diversificados, que atendam as necessidades de todos e
de cada um dos alunos, a fim de valorizar o respeito individual e o coletivo.
Com relação àqueles que têm algum tipo de limitação, deficiência ou necessidade especial, o processo de inclusão
escolar tem avançado no país, embora ainda haja muito por fazer.
Historicamente, um dos maiores desafios para a plena inclusão social das pessoas com deficiência foi o acesso ao
sistema regular de ensino, considerado insatisfatório até por muitos daqueles que não apresentam nenhuma
necessidade especial. Durante longo tempo, foi predominante a ideia de que pessoas com alguma condição de
deficiência deveriam frequentar apenas entidades especializadas e exclusivas para elas. Hoje, no entanto, não há
 
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dúvidas de que a convivência entre os diferentes, entre aqueles

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