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Gestão de Negócios Internacionais Teorias, barreiras e práticas desleais nos negócios internacionais Aula 2 Profª Indiara Beltrame Brancher Conhecer as teorias econômicas do comércio internacional. Compreender o que são as barreiras de comércio e em que consistem as práticas desleais de comércio. Estudar como se dão os processos de Defesa Comercial. Objetivos Uma das diversas teorias desenvolvidas por David Ricardo. A Teoria das Vantagens Comparativas está focada no desenvolvimento recíproco e no comércio internacional, sendo também vista como o Princípio dos Custos Comparativos. As vantagens comparativas O cerne dessa teoria está no fato de que ela busca explicar os mecanismos que fariam um país escolher os produtos a serem produzidos e comercializados internacionalmente. As vantagens comparativas Para obter respostas para questões como: § Por que duas nações distintas comercializam? § É melhor para ambas o comércio mútuo? § E quais produtos devem ser comercializados? As vantagens comparativas A teoria afirma que: § Duas nações têm relações comerciais quando apresentam custos de produção distintos; § Uma nação exportará sempre aquele produto que gerar custos relativamente menores do que o de outro; § A partir destes resultados, o comércio entre dois países (nações) é benéfico para ambos. Teorias das vantagens comparativas Relação Custo x Produtividade Teoria das vantagens comparativas ou relativas, segundo David Ricardo Fonte: Adaptado de Salvatore (2007). BENS: TECIDO E VINHO Custos (horas de trabalho necessárias para produzir) Produtividade (produção por horas de trabalho) PAÍSES Tecido Vinho X Y INGLATERRA 100 120 1/100 1/120 PORTUGAL 90 80 1/90 1/80 Inglaterra é comparativamente menos eficiente na produção de Vinho e por outro lado Portugal é menos eficiente na produção de Tecido. Se considerarmos os diferentes custos relativos, os países possuem motivos para troca. Assim podemos concluir, pela teoria, que a Inglaterra deve se especializar completamente na produção de Tecido e Portugal na produção de Vinho. Teoria das vantagens comparativas ou relativas, segundo David Ricardo Continuando... Teorias, barreiras e práticas desleais nos negócios internacionais Por princípio, nas relações de comércio internacional existem pressupostos que têm por interesse garantir uma política de livre mercado. No entanto existem situações em que governos podem decidir interferir na economia, impondo barreiras que terão por intenção preservar a capacidade competitiva de empresas que produzam e comercializem dentro do país. Protecionismo e barreiras ao comércio internacional Barreiras comerciais envolvem os mecanismos que defendem interesses locais ou regionais, seja de empresas ou mesmo setores da economia nacional. § Baseia-se em barreiras normativas ou econômicas; § Podem caracterizar-se como protecionismo estratégico; § Podem surgir de imposições comerciais ou tratados e acordos. Barreiras as relações econômicas internacionais Exemplos de barreira Modalidades de barreiras comerciais Fonte: Adaptado de Maia (2008) Bloqueios de Importação ou limitações transitórias. Barreiras por força de lei, ou aspectos burocráticos. Questões de saúde pública ou ambientais. Estas situações existem por conta de questões estratégicas ou de interesse coletivo. Outros tipos de barreiras Nas relações de comércio, temos situações que podemos considerar anômalas, em razão de não serem práticas coerentes com a política do livre mercado, e por não terem como objetivo, oferecer vantagens para as partes envolvidas. Algumas podem ser consideradas como proteções, outras podem ser consideradas como formas de burlar o sistema e os acordos internacionais. Desvios de funções do comércio ou anomalias PRÁTICA CONCEITO DUMPING considera-se que há prática de dumping quando uma empresa exporta para o Brasil um produto a preço (preço de exportação) inferior àquele que pratica para o produto similar nas vendas para o seu mercado interno (valor normal). Desta forma, a diferenciação de preços já é por si só considerada como prática desleal de comércio. SUBSÍDIOS entende-se como subsídio a concessão de um benefício, em função das seguintes hipóteses: existência, no país exportador, qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que, direta ou indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto; ou existência de contribuição financeira por um governo ou órgão público, no interior do território do país exportador. SALVAGUARDAS têm como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção à indústria doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave decorrente do aumento, em quantidade, das importações, em termos absolutos ou em relação à produção nacional, com o intuito de que durante o período de vigência de tais medidas a indústria doméstica se ajuste, aumentando a sua competitividade. Aspectos pertinentes à defesa comercial Fonte: Ministério de Industria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC, 2017). Finalizando... Teorias, barreiras e práticas desleais nos negócios internacionais O governo tem a plena condição de coibir comportamentos anômalos citados, sendo, inclusive, sua obrigação garantir que o consumidor não seja lesado e exista a livre concorrência. Mecanismos contrários às anomalias Departamento de Defesa Comercial (DECOM), vinculado à Secretaria de Comercio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento da Industria, Comercio Exterior e Serviços (MDIC), § Esse departamento se dedica, exclusivamente, à tarefa de condução de investigações de dumping e subsídios, bem como de salvaguardas. Mecanismos contrários às anomalias O Ministério de Desenvolvimento Industria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC, 2017) explica que ao Departamento de Defesa Comercial (DECOM) compete: § Examinar a pertinência, assim como o mérito, de petições de abertura de investigações de dumping, de subsídios e de salvaguardas, buscando à defesa da produção nacional; Departamento de Defesa Comercial (DECOM) § Propor a abertura, assim como conduzir, investigações para a aplicação de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas; § Recomendar o bom emprego das medidas de defesa comercial previstas nos Acordos, em vigor, da Organização Mundial do Comércio – OMC; Departamento de Defesa Comercial (DECOM) § Acompanhar as discussões pertinentes às normas e à aplicação dos Acordos de defesa comercial na OMC; § Participar das negociações, em âmbito internacional, pertinentes à defesa comercial; e Departamento de Defesa Comercial (DECOM) § Acompanhar as investigações de defesa comercial em curso por terceiros países contra exportações brasileiras, assim como prestar assistência ao exportador, em conjunto com outros órgãos governamentais e com o setor privado. Departamento de Defesa Comercial (DECOM) Nessa aula foi possível: § O estudo elementar das teorias econômicas do comércio internacional; § Compreender o que são as barreiras de comércio e em que consistem as práticas desleais de comércio; § Estudar como se dão os processos de Defesa Comercial. Resumo da aula
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