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PT1 BARNABE

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP.
	CAIPIRA HORTALIÇAS ME, microempresa inscrita no CNPJ / MF sob o n. ............, sediada e estabelecida em Bauru/SP, na rua................., n. .............., bairro ..................., com endereço eletrônico............................., neste ato representada por seu proprietário Sr. Barnabé, (..), inscrito no CPF/MF sob nº (...), residente e domiciliado em .... vem perante a presença de vossa excelência, por intermédio de seu advogado, Diogo Trajano, com registro na OAB de nº (...), conforme instrumento de procuração assinado com escritório profissional na Rua Leoneta Ricceli Nº 34 Parque Savoy São Paulo SP, onde recebe notificação e intimações, com endereço eletrônico e-mail diogo@gmail.com, telefone (11) 94021-5209, com procuração devidamente juntada propor a presente ação:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS
Em face 
VIAÇÃO METEORO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ 12345678/0001-09, com endereço na Avenida Imirim 1509, 12, Imirim, CEP 02465-200, São Paulo - SP; 
SHANGAI MARINE COMPANHIA DE SEGUROS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ 15265847/0001-02, com sede à Av. Graça Montanha nº 206, CEP 09895-000, Barueri - SP;
SHANGAI MARINE SEGUROS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ 12345678/0001-09, com endereço na Av. Washington Luís, 216, CEP 02465-200 São Carlos - SP, pelos seguintes fatos e fundamentos:
CENTROVIAS - SISTEMAS RODOVIÁRIOS S/A, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ 12345678/0001-09, com endereço na Rodovia Washington Luís, 216 + 800 Sul, CEP 13574 - 970 São Carlos - SP, pelos seguintes fatos e fundamentos:
INICIALMENTE
DA JUSTIÇA GRATUITA.
Preliminarmente o requerente requer Justiça Gratuita, com base nos artigos 98 e 99, do Novo CPC e artigo 5º, inciso LXXIV, da CF/88, pois o autor, não tendo condições de arcar com as despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme Declaração de Pobreza.
DA CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
O autor possui interesse em resolver a situação amigavelmente audiência de conciliação.
DOS FATOS
Afirma o autor que no dia 11/02/2017, trafegava na rodovia BR-345 com seu veiculo Ford Ranger, Placa GGG – 1223, naquela noite o autor afirma que chovia muito e a estrada estava escorregadia, e havia também muita neblina, conduzia seu veiculo respeitando os limites da via. Aproximadamente no km 447 da rodovia, no município de Jaú/SP, ao fazer uma curva acentuada, autor afirma ter derrapado, com seu veículo ficando atravessado na pista, contudo sem invadir a pista contrária, afirma o requerente que de tal fato ocorreu devido as mas condições da via porque havia uma “CAMADA DE OLEO” na pista sem qualquer tipo de sinalização no local para alertar a irregularidade na pista. No entanto, um ônibus da ré, que trafegava na pista contrária, invadiu a pista e colidiu com o veiculo do autor, devido às condições da pista, sua Pick-up foi arremessada por cerca de10 (dez) metros, contra um barranco. Com o impacto, o autor feriu-se gravemente, apresentando um corte na testa, fratura nas pernas e nos braços, sem socorrido ao Hospital Municipal, e hospitalizado. O veículo pick-up Ranger, com o impacto, ficou todo amassado, com danos no chassi e por toda a lataria, assim em laudo efetuado pela ré sem condições de reparos dando como perca total. Em razão do acidente, a Polícia Rodoviária Federal interditou as pistas e chamou a perícia, que não identificou o causador do acidente, devido às condições climáticas. A polícia tomou ainda o depoimento do motorista do ônibus, que afirmou que invadiu a pista contrária em razão de se assustar com a manobra do autor, afirma ter perdido o controle do veiculo, após uma freada brusca derrapando e indo ao veiculo do autor. 
Posteriormente, no hospital, a polícia tomou o depoimento do autor conforme boletim de ocorrência, As seguradoras requeridas estiveram no loca para vistoria, e efetuaram laudos divergentes. Conforme (Doc anexo).
Ressaltamos que o autor utilizava o veiculo exclusivamente para transportar as hortaliças, durante o tempo que o autor ficou debilitado e impossibilitado de executar seu labor, o autor teve uma perda de mais de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), correspondente aos lucros cessantes.
Afirma o autor que referente ao conserto do veiculo gastou o equivalente a R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), de acordo com o menor orçamento.
Contudo diante dos fatos o autor encontra-se em período de recuperação do acidente, devido o acidente o autor zerou o seu faturamento, e ficou em dificuldades com o locador da loja, bem como com seus fornecedores, acumulando um prejuízo em mais de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Afirma o autor que possuía um faturamento mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sendo que o lucro líquido mensal chegava ao montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Ressaltamos que diante de tal conduta, até o momento o autor não obteve nenhum tipo de ajuda financeira, das requeridas tendo que arcar com tratamento medica e outras dispensas. Como se vê transcrito, para implicar em responsabilidade civil de indenizar, poderá ser dolosa, ou seja, de forma involuntária, decorrente de ação permeada por imperícia, negligência ou imprudência.
DO DIREITO.
DA SOLIDARIEDADE.
De acordo com o artigo 932, do Código Civil:
“São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”.
Nos termos acima, a ré seja citada a titulo de indenizar a Requerente.
O Tribunal de Justiça de São Paulo decide na jurisprudência;
“APELAÇÃO. ACIDENTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR. RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPREGADORA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO CONDUTOR CAUSADOR DO DANO E DO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. INTELECÇÃO DA SÚMULA Nº 341 DO STF E DOS ARTS. 932, III E 933, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL. RECURSO PROVIDO. A empregadora, proprietária do veículo envolvido no acidente tem legitimidade passiva para a demanda, pois responde pelo ato de seu preposto. APELAÇÃO. ACIDENTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR. RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPREGADORA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ÔNUS DA PROVA. INTELECÇÃO DO ART. 333, II, DO CPC. DANO MORAL TIPIFICADO. RECURSO PROVIDO. O acervo probatório coligido nos autos fornece seguro juízo de certeza da existência de danos na esfera imaterial e a consequente necessidade de impor cominação sob tal rubrica, com o duplo escopo de reparação e de desestímulo da prática de ato lesivo a outrem. Demonstrada, pois, de forma persuasiva a ocorrência dos danos sofridos na esfera não patrimonial, compatíveis com os fundamentos da responsabilidade civil por dano moral. APELAÇÃO. ACIDENTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR. RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPREGADORA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. EXACERBADO O PLEITEADO VALOR DA INDENIZAÇÃO. CONFIGURAÇÃO. REDUÇÃO. NECESSIDADE. PREVALÊNCIA DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. A indenização deverá atender aos ideais da razoabilidade e proporcionalidade, pelo equacionamento do evento e capacidade econômica de cada parte para não se mostrar insuficiente e, ao mesmo tempo, capaz de inibir atos tendentes a reincidências. PROCESSUAL CIVIL. VERBAS DA SUCUMBÊNCIA. INTEGRALIDADE DAS VERBAS SOB A RESPONSABILIDADE DA RÉ-VENCIDA. HOUVE APENAS REDUÇÃO DO VALOR DO DANO MORAL PLEITEADO NA PETIÇÃO INICIAL. INTELECÇÃO DA SÚMULA Nº 326 DO STJ. RECURSO PROVIDO. Tendo em vista que a ré decaiu do pedido resulta correta a cominação a ela do ônus sucumbencial, observado o preceito da Súmula nº 326 do STJ. (TJ-SP - APL: 90001004620078260100 SP 9000100-46.2007.8.26.0100, Relator: Adilson de Araujo, Data de Julgamento: 29/09/2015, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 30/09/2015)”.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL.
Vejamos na Carta Constitucional de 1988, que preceitua:
“Art. 5º Todossão iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação (...)”.
Consoantes art. 186, 402 e 927, do CC:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
Já de acordo com o art. 28 do Código de Trânsito Brasileiro:
“o condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis a segurança do trânsito”.
Diante dos fatos, não há duvidas que o condutor não estava atento devidos as condições do tempo, e não tomou os devidos cuidados indispensáveis para à segurança, agindo com total falta de atenção. 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
A ré responsável pela rodovia, enquadra-se no art. 3º do Código de Defesa do Consumidor, como fornecedora, uma vez que administração a referida Rodovia, por meio do Contrato de Concessão firmado com o Governo do Estado, sendo e de sua total responsabilidade a manutenção, integridade e segurança por toda extensão que administra.
De outro lado, o autor, consumidor do serviço, a teor do art. 2º, também do CDC, caracteriza como consumidor.
Todavia, podemos verificar a falta de fiscalização da rodovia, onde não tomou os devidos cuidados sinalizando as irregularidades na pista, assim caracterizando responsabilidade objetiva, para que haja o dever de indenizar somente é necessário que o consumidor demonstre a conduta do prestador de serviços, o dano, e o nexo causal entre eles.
Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tem o seguinte entendimento, no que diz respeito à Concessão da Rodovia:
‘ACIDENTE DE TRÂNSITO EM RODOVIA. ACIDENTE PROVOCADO PELA PRESENÇA DE OBJETO NA PISTA. INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA. INDENIZAÇÃO DEVIDA. RECURSO DA REQUERIDA IMPROVIDO. As concessionárias de serviços rodoviários, nas suas relações com os usuários da estrada, estão subordinadas ao Código de Defesa do Consumidor, pela própria natureza do serviço que fornece. A concessão é, exatamente, para que seja a concessionária responsável pela manutenção da rodovia, zelando, portanto, para que os usuários trafeguem em segurança e com tranquilidade. Entre o usuário da rodovia e a concessionária, existe uma relação de consumo, devendo, portanto, ser aplicado o Artigo 101, do Código de Defesa do Consumidor. Na teoria objetiva, cabendo ao consumidor comprovar, apenas, o dano e o nexo causal, cabendo ao fornecedor de serviços, por outro lado, comprovar a ocorrência de quaisquer excludentes de sua responsabilidade.
(TJ-SP - APL: 00406826420138260576 SP 0040682-64.2013.8.26.0576, Relator: Armando Toledo, Data de Julgamento: 14/10/2014, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 15/10/2014)”.
Diante disso, não resta duvidas as aplicações das regras do CDC ao caso em comento.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade objetiva é prevista no parágrafo único do artigo 927, do Código Civil, que estabelece:
“Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
Complementando o dispositivo supramencionado, dispõe o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor:
“O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.
A jurisprudência é pacífica e clara:
“(TJ-RS - AC: 70065429136 RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Data de Julgamento: 30/07/2015, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/08/2015)
Neste diapasão, sendo a responsabilidade da requerida objetiva, para que surja o dever de indenizar faz-se necessário a existência de três requisitos: conduta, dano e nexo causal entre os dois primeiros. E no caso em tela todos os três pressupostos estão presentes. Vejamos:
a) Conduta: consiste na negligência da requerida em não cumprir seu dever de zelar pela manutenção de uma rodovia pedagiada e sob sua administração;
b) Dano: conforme será demonstrado e quantificado nos tópicos subsequentes, o requerente sofreu danos de cunho material e moral;
c) Nexo causal: evidente que os danos suportados pelo requerente só foram causados em razão da conduta omissiva da requerida, que não observou os cuidados mínimos para que animais não invadissem a rodovia, concorrendo diretamente para o evento danoso”.
Diante dos fatos, não há como a requerida se eximir da responsabilidade que lhe cabe, uma vez que não efetuou a devida fiscalização na rodovia, que e de sua responsabilidade, praticada por ela causou danos que foram suportados pelo requerente, ficando preenchidos, assim, os requisitos da responsabilidade civil objetiva, nos termos do parágrafo único do artigo 927, do Código Civil, art. 14 do CDC.
DOS LUCROS CESSANTES
Como já exposto nos autos, o autor dependia exclusivamente do veiculo, para seu sustento e de sua família, diante dos fatos ocorrido o autor ficou sem víveres durante três meses.
Por este motivo é que se encontrasse fundamentos para pleitear os lucros que por causa do acidente o autor não conseguiu arcar com as despesas e compromissos com seus fornecedores.
Quanto a isso, a lei é clara, pois assim disciplina o Código Civil Lei 10.406/2002 Art. 949:
“No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido”.
E a jurisprudência:
“APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CHOQUE ENTRE MOTOCICLETA E VEÍCULO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS (LUCROS CESSANTES E DANOS EMERGENTES) E DANOS MORAIS. RÉU REVEL. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DO AUTOR. DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. AUTOR VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO CAUSADO POR CULPA EXCLUSIVA DO RÉU, QUE CRUZOU VIA PREFERENCIAL SEM A DEVIDA CAUTELA. FRATURA NA PERNA. AFASTAMENTO DAS ATIVIDADES LABORAIS POR APROXIMADAMENTE SEIS MESES. INDENIZAÇÃO QUE DEVE SER COMPATÍVEL COM A EXTENSÃO DOS DANOS CAUSADOS. OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE, ALÉM DO CARÁTER INIBITÓRIO E PEDAGÓGICO DA REPRIMENDA. MAJORAÇÃO QUE SE IMPÕE. DANOS MATERIAIS. LUCROS CESSANTES. INCAPACIDADE TEMPORÁRIA COMPROVADA. RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO (AUXÍLIO-DOENÇA). POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. VERBAS DE NATUREZA DISTINTAS. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INDENIZAÇÃO DEVIDA. EXEGESE DO ARTIGO 949 DO CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA REFORMADA. REDISTRIBUIÇÃO DOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA, NA FORMA DO ARTIGO 86, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 0007106-58.2014.8.24.0008, de Blumenau, rel. Des. Rubens Schulz, j. 24-08-2017)”.
Para comprovar os rendimentos do autor, as verbas relativas aos lucros cessantes segue em anexo os comprovantes de pagamentos dos últimos 12 (doze) meses, que devem ser indenizadas pelos Réus. 
Diante dos fatos, o autor requer a condenação das rés ao pagamento da quantia deR$ 30.000,00 (trinta mil reais), correspondente aos lucros cessantes referentes ao período em que a empresa ficou impossibilitada de transportar os seus produtos.
DOS DANOS MORAIS 
Sobre a reparação do dano moral, alguns de nossos doutrinadores são em seu favor, vejamos:
WILSON DE MELLO E SILVA (O Dano Moral e Sua Reparação):
"(...) lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito em seu patrimônio ideal, entendendo-se patrimônio ideal, em contraposição ao patrimônio material, o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de valor econômico."
MARIA HELENA (Direito Civil Brasileiro - 7º vol.):
"O dano moral direto consiste na lesão a um interesse que visa a satisfação ou gozo de um bem jurídico extra-patrimonial contido nos direitos da personalidade (como a vida, a integridade corporal, etc.)." (...)
Vejamos ainda:
"RESPONSABILIDADE CIVIL - ATO ILÍCITO CONFIGURADO - DEVER DE INDENIZAR - DANO MORAL.
“A reparação do dano moral desempenha uma função importante na tutela da personalidade e, quando se trate de lesão corporal que signifique atentado permanente e grave a integridade física, modificando de modo sensível o modo de vida da vítima, privando-lhe de certos prazeres e lhe causando particulares sofrimentos, correspondente a uma necessidade evidente."(Ap. Cível 1.670/86 - 3ª C. Cível - TAPR - J: 08/03/88 - unânime).”
Levando em conta, portanto, a extensão das consequências do dano sofrido, o dano moral está, portanto, comprovado o dever do autor ser indenizado pelas Rés.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Conforme declaração de hipossuficiência, atendidos os requisitos da Lei 1.060/50. Assim, são devidos os benefícios da Gratuidade, diante o trabalho desenvolvido pelo advogado, conforme Súmula nº. 450 do STF, São devidos os pagamento de honorários advocatícios, no percentual de 20% sobre os valores brutos decorrentes da presente ação.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
Requer o benefício da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
Requer a citação das rés no endereço indicado no preâmbulo, para, se quiser, comparecer à audiência de conciliação designada por este r. juízo e para contestar, sob pena de sofrer os efeitos da revelia.
Requer a realização de audiência de conciliação, tendo em vista que possui interesse em resolver a situação amigavelmente.
Requer a citação da Requerida, no endereço acima indicado, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, poder no prazo legal, contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão quanto a matéria de fato.
Requer o mérito, deferir os pedidos de condenações das Rés pelos danos causados ao Autor, conforme fundamentado.
Requer a procedência dos pedidos iniciais, para condenar a ré no pagamento de indenização por perdas e danos, no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), referentes ao conserto do veículo, de acordo com o menor orçamento, mais a quantia de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), correspondente aos lucros cessantes referentes ao período em que a empresa ficou impossibilitada de transportar os seus produtos, em vista do conserto e da incapacidade laboral do seu representante legal, sem prejuízo do pagamento da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), relativas ao prejuízo suportado com seus fornecedores e locador do imóvel, em vista da ausência do faturamento no período.
Requer que seja os réus condenados do réu ao pagamento das custas, despesas processuais nos termos da Lei e honorários sucumbenciais;
Protesta provar o alegado, por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente pelo depoimento pessoal do representante legal das Res, que desde já fica requerido, sob pena de confidente, juntada posterior de outros que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos, oitiva de testemunhas, cujo rol segue anexo, perícias e outros meios de provas que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos
VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 75.000,00 (Setenta e cinco mil reais).
Nestes termos, 
Pede deferimento.
São Paulo 16 de Março de 2018.
[Assinatura do Advogado] [OAB...]
DIOGO TRAJANO ADV E ASSOCIADOS
End. Rua Leoneta Ricceli Nº 34 Parque Savoy São Paulo SP

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