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Disfunção do Tibial Posterior

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Disfunção do Tibial Posterior
Anatomia 
Origem: Face posterior da tíbia e 2/3 proximais da fíbula e membrana interóssea. 
Inserção: Tuberosidade do Navicular, com expansões em leque para a articulação cuneonavicular, bases plantares 2ª,3ª e 4ª metatarsais
Passa posterior ao maléolo medial, atravessando o túnel sob o retinaculo dos flexores. 
Inervação: Nervo Tibial (L5-S1)
Ação: Inversão e flexão plantar
Estabilizador Dinâmico do Arco Longitudinal
Função: Resistir a pronação e auxiliar a supinação durante a fase apoio da marcha:
 - Absorção de impacto - contração excêntrica 
 - Flexão Plantar – fase de impulsão 
Disfunção do Tendão Tibial Posterior - DTTP
A perda de função tibial posterior resulta em colapso do arco longitudinal medial e aumento da tensão nas estruturas mediais do pé.
Acontece atenuação dos ligamentos mediais
A insuficiencia de inversão do TTP e a eventual insuficiencia do ligamento deltóide,permite que o retropé se incline em valgo e o antepé permaneça em abdução.
Etiopatogenia
 
causas inflamatórias: Secundária a doenças inflamatórias sistêmicas como lúpus e artrite reumatóide.
Forças biomecânicas anormais devido à pronação excessiva ou anormal.
O trauma agudo raramente é a causa da disfunção tendão ou rupturas. 
Outros fatores de risco incluem frouxidão ligamentar, diabetes mellitus, hipertensão e corticosteróide terapia. 
Supostos fatores causais: 
Hipovascularização 
Forças mecânicas anormais, como o atrito no maleolo medial. 
Quadro clinico 
DOR - Ao longo do TTP 
 Fraqueza durante elevação unipodal do calcanhar
 Incapaz de realizar inversão com resistecia manual
Desabamento do arco plantar
Abdução do antepé/valgo retropé
 -dor na região do seio do tarso
 - artrose subtalar
Classificação
 Fase 1 - Tendinite sem ruptura; pé flexível. RX - Ausência de alterações.
 Fase 2 - Ruptura Parcial ou completa; pé flexível.
 Abdução do antepé
 Fase 3 - Degeneração severa com probabilidade de 
 ruptura do tendão; pé plano rígido.
 RX – Colapso (talonavicular) / Degeneração (subtalar)
 Fase 4 - Deformidade pé plano rígido;
 RX – Degeneração art. subtalar / tornozelo
Fase 1-Tendinite sem ruptura; pé flexível.
RX - Ausência de alterações.
Fase 2-Ruptura Parcial ou completa; pé flexível.
Abdução doantepé
Fase 3-Degeneração severa com probabilidade de
ruptura do tendão; pé plano rígido.
RX – Colapso(talonavicular) /Degeneração (subtalar)
Fase 4-Deformidade pé plano rígido;
RX – Degeneração art.subtalar/ tornozelo
Avaliação
Pode ser feito através de US, Ressonância Magnética (Padrão ouro) , e Radiografias. 
Ângulo de abdução do cuboide
 - intersecção de duas linhas que passam pela 
 - borda lateral do calcâneo e cubóide
Normal - 0 a 5 graus (sentido abd)
 
 
 
 
 
Ângulo talometatarsal lateral (Angulo de Meary)
Linha traçada pelos eixos:
 - longos do tálus, 1º metatarsiano 
 - ângulo entre o eixo do talo e o eixo do primeiro metatarso
 Normal: entre 0º e 10º 
Testes Especiais
Too many tooes: 
Single-heel-raise test 
First metatarsal rise sign
Windlass Mechanism Test 
Linha de Feiss
Teste queda do navicular
Kaihan Yao, Posterior Tibialis Tendon Dysfunction: Overview of Evaluation and Management, 2015
Questionários 
FAOS 
SF – 36
SF-12
ROFPAQ
VAS
Avaliação Clinica 
Goniometria Dorsiflexão e Flexão Plantar 
Perimetria 
Tratamento 
Fase I - Normalmente tratado de forma conservadora, mas, se isso falhar, tenossinovectomia, o alívio do tendão, e desbridamento deve ser realizada. Teasdall e Johnson relatou que 74% dos pacientes com estágio I DTTP que foram submetidos a uma liberação do tendão tibial posterior, tenossinovectomia, e desbridamento relataram alívio completo da dor, e 84% tiveram retorno da função do tendão tibial posterior.
Fase II - Pode ser tratada com alongamento do tendão calcaneo, transferência de tendão, e osteotomia do calcâneo porque as deformidades ainda são flexiveis. O tendão transferido é normalmente o flexor longo dos dedos. Myerson e Corrigan relatou que 97% dos 129 pacientes com estágio II DTTP que foram submetidos a uma osteotomia do calcâneo e transferencia do flexor longo no navicular. 99% apresentaram melhora da dor e 94% apresentaram melhora da função.
Fase III e IV - Dupla ou tríplice artrodese. Artrodese Tibiocalcaneal e artrodese plantar são comumente usados ​​para tratar a fase IV. No entanto, até 50% dos pacientes com estágio III e IV deformidade pode ter dor após a artrodese.
Vivian Pavão 
P.O osteotomia valgizante de calcaneo 
artrodese extremidade proximal falange do primeiro dedo 
Artrodese 1º Meta e cuneiforme 
Tenorrafia e transposicao flx longo dos dedos 
Segundo Stefan Rammelt, após a osteotomia de calcâneo e transferência de tendão flexor longo dos dedos, os pacientes são restritos a descarga de peso parcial, permanecendo com um imobilizador abaixo do joelho de 6 a 12 semanas após a cirurgia. Após uma radiografia confirmando a consolidação do osso, iniciava a descarga de peso, aumentando-a gradualmente na própria palmilha do paciente, a aprtir dai os exercicios e o ganho de amplitude de movimento sao iniciados.
Joseph X. Kou Os pacientes ficaram durante um total de 6 semanas sem nenhuma descarga de peso, e, em seguida, iniciaram o uso do robofoot. Aproximadamente 1 mes depois, os pacientes estavam com descarga de peso total. A fisioterapia foi iniciado, órteses pós-operatória
não foram usadas. 
Reinhard Schuh, seis semanas de pós-operatório, o robofoot foi removido, os pacientes foram submetidos à fisioterapia, incluindo a drenagem linfática, a mobilização, manipulação e exercícios de fortalecimento. 
Flexor digitorum longus transfer and medial displacement calcaneal osteotomy for the treatment of stage II posterior tibial tendon dysfunction- kinematic and functional results of fifty one feet, 2013

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