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Processo do Trabalho

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Processo do Trabalho 
Prof. Cleize Kohls 
OAB 
1ª Fase 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho 
Prof. Cleize Kohls 
OAB 
1ª Fase 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
REVISÃO .................................................................................................................... 4 
Formas de solução de conflitos ................................................................................... 4 
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ............................................................................... 8 
PRINCÍPIOS .............................................................................................................. 10 
FONTES .................................................................................................................... 13 
NULIDADES .............................................................................................................. 13 
DAS PARTES E PROCURADORES ......................................................................... 15 
HONORÁRIOS .......................................................................................................... 17 
ASSITÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA ..................................................................... 18 
PRAZOS.................................................................................................................... 20 
RITOS ....................................................................................................................... 22 
PETIÇÃO INICIAL ..................................................................................................... 23 
AUDIÊNCIA ............................................................................................................... 23 
SENTENÇA ............................................................................................................... 24 
RITO ORDINÁRIO .................................................................................................... 25 
PROTOCOLO E NOTIFICAÇÃO ............................................................................... 26 
RECLAMAÇÃO PÚRIMAS ........................................................................................ 26 
TUTELA PROVISÓRIA - LIMINAR ............................................................................ 26 
ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL: ....................................................................... 28 
AUDIÊNCIA ............................................................................................................... 28 
JUIZ ........................................................................................................................... 31 
RESPOSTA DO RÉU: ............................................................................................... 31 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA OU ABSOLUTA ........................................................ 31 
SUSPEIÇÃO ............................................................................................................. 32 
IMPEDIMENTO ......................................................................................................... 33 
CONTESTAÇÃO ....................................................................................................... 33 
RECONVENÇÃO ...................................................................................................... 37 
DAS PROVAS ........................................................................................................... 38 
JULGAMENTO LIMINAR IMPROCEDÊNTE ............................................................. 43 
RAZÕES FINAIS ....................................................................................................... 43 
 
 
 
Processo do Trabalho 
Prof. Cleize Kohls 
OAB 
1ª Fase 
 
3 
 
COISA JULGADA ...................................................................................................... 44 
SENTENÇA ............................................................................................................... 44 
ACORDO................................................................................................................... 44 
DA RESPONSABILIDADE POR DANO PROCESSUAL ........................................... 45 
DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA ................................................... 46 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ............................................................................... 47 
AÇÃO RESCISÓRIA ................................................................................................. 48 
MANDADO DE SEGURANÇA .................................................................................. 50 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ........................................................ 51 
RECURSOS .............................................................................................................. 52 
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS: ............................. 54 
RECURSOS EM ESPÉCIE ....................................................................................... 54 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE ............................................................... 56 
CONTRARRAZÕES .................................................................................................. 59 
RECURSO ADESIVO ............................................................................................... 59 
RECURSO ORDINÁRIO ........................................................................................... 60 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO .............................................................................. 61 
RECURSO DE REVISTA .......................................................................................... 63 
EMBARGOS AO TST ................................................................................................ 69 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA .............................................................................. 69 
EMBARGOS DE INFRINGENTES ............................................................................ 70 
AGRAVO DE INSTRUMENTO .................................................................................. 70 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO ............................................................................... 71 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA .................................................................................. 72 
JUROS E CORREÇÃO DE MORA ........................................................................... 73 
EXECUÇÃO TRABALHISTA ..................................................................................... 74 
EMBARGOS À EXECUÇÃO ..................................................................................... 77 
EMBARGOS DE TERCEIROS .................................................................................. 78 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE .................................................................... 79 
RESPONSABILIDADE DO SÓCIO (DESCONSIDERAÇÃO).................................... 79 
PENHORA................................................................................................................. 79 
AGRAVO DE PETIÇÃO ............................................................................................ 80 
DISSIDIOS COLETIVO ............................................................................................. 81 
 
 
 
 
Processo do Trabalho 
Prof. Cleize Kohls 
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1ª Fase 
 
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REVISÃO 
 
PROCESSO DO TRABALHO: Dissídios individuais e coletivos. 
 
Formas de solução de conflitos AUTOTUTELA 
 AUTOCOMPOSIÇÃO 
 HETEROCOMPOSIÇÃO 
 MEDITAÇÃO E CONCILIAÇÃO 
 
CCP – COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - Art. 625-A E SS 
As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, 
de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, 
com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. 
O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória 
geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 
As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização 
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. O prazo 
prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação 
Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo. 
 
ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JT 
Órgãos que compõe a JT: art. 111 da CF 
• Tribunal Superior do Trabalho –TST (Brasília): 27 ministros, escolhidos entre 
brasileiros com mais de 35 anos e menores de 65 anos, nomeados pelo 
Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado 
Federal. É composto pelo Tribunal Pleno, Órgão especial, Seção 
 
 
 
Processo do Trabalho 
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1ª Fase 
 
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Especializadas em Dissídios Coletivos, Seção Especializada em Dissídios 
Individuais e Turmas. 
• Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs (região): no mínimo 7 juízes 
recrutados e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros com 
mais de 30 e menos de 65 anos. 
• Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho). 
 
Competência da JT – art. 114 da CF 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
 II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
 V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
 VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , 
e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
Em razão da matéria: definida em razão da lide descrita na petição inicial. 
Competência para julgar ações oriundas das relações de trabalho (gênero). 
Atenção!!! Diferença entre relação de emprego e relação de trabalho. A 
primeira é espécie, enquanto a segunda é gênero. A segunda inclui qualquer vínculo 
 
 
 
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jurídico por meio do qual uma pessoa executa obra ou serviço à outra (trabalho 
autônomo, eventual, avulso, estágio, etc). 
Atenção!!! Justiça do Trabalho é incompetente para: ações acidentárias 
(previdenciárias) decorrentes de acidente do trabalho; e ações envolvendo servidores 
públicos estatutários. E a Justiça do Trabalho é incompetente para processar e julgar 
ações decorrentes de cobrança de honorários advocatícios (Súmula 363 STJ: 
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por 
profissional liberal contra cliente.) 
É competente para processar e julgar ações que envolvem exercício de direito 
de greve, inclusive ações possessórias, a teor da Súmula Vinculante 23 do STF: 
Súmula Vinculante 23 STF: “A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito 
de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.” 
É competente também para processar e julgar ações sobre representação 
sindical. Nessa situação enquadram-se disputas de base territorial de representação 
de categoria. 
Incluem-se ainda os Habeas Corpus, Habeas Datas e Mandado de 
Segurança, quando o ato questionado envolver a matéria sujeita à sua jurisdição. 
Ações de indenização por dano moral ou patrimonial também incluem-se na 
competência da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula nº 392 do TST 
DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA 
DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal 
Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 200/2015, DEJT divulgado em 
29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça 
do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por 
dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as 
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que 
propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais 
decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra 
empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito 
em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 
45/04. 
Súmula nº 368 do TST 
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. 
COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. FORMA 
 
 
 
Processo do Trabalho 
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DE CÁLCULO. FATO GERADOR (aglutinada a parte final da Orientação 
Jurisprudencial nº 363 da SBDI-I à redação do item II e incluídos os itens 
IV, V e VI em sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2017) - Res. 
219/2017, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 
12, 13 e 14.07.2017 
 I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à 
execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo 
homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-
1 - inserida em 27.11.1998). 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de 
condenação judicial. A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas 
remuneratórias, contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos 
pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que 
recaia sobre sua quota-parte. (ex-OJ nº 363 da SBDI-1, parte final) 
III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no 
caso de ações trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de 
conformidade com o art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/1999 que 
regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 
198, observado o limite máximo do salário de contribuição (ex-OJs nºs 32 e 
228 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001). 
IV - Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes 
de créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo, para os 
serviços prestados até 4.3.2009, inclusive, o efetivo pagamento das verbas, 
configurando-se a mora a partir do dia dois do mês seguinte ao da liquidação 
(art. 276, “caput”, do Decreto nº 3.048/1999).Eficácia não retroativa da 
alteração legislativa promovida pela Medida Provisória nº 449/2008, 
posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação ao 
art. 43 da Lei nº 8.212/91. 
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador das 
contribuições previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas 
reconhecidos ou homologados em juízo a data da efetiva prestação dos 
serviços. Sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas a partir da 
prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez apurados os 
créditos previdenciários, aplica-se multa a partir do exaurimento do prazo de 
citação para pagamento, se descumprida a obrigação, observado o limite 
legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei nº 9.430/96). 
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido 
acumuladamente deve ser calculado sobre o montante dos rendimentos 
pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação 
da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores 
constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do 
recebimento ou crédito, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 
22/12/1988, com a redação conferida pela Lei nº 13.149/2015, observado o 
procedimento previsto nas Instruções Normativas da Receita Federal do 
Brasil. 
 
 
 
Processo do Trabalho 
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1ª Fase 
 
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Súmula nº 454 do TST. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO 
SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, 
“A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 
21, 22 e 23.05.2014. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, 
da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem 
natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, 
da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à 
incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 
22 da Lei nº 8.212/1991). 
OJ 376 SDI-I. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO 
HOMOLOGADO EM JUÍZO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA 
SENTENÇA CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR 
HOMOLOGADO. (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010). É devida a 
contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado 
após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade 
de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na 
decisão condenatória e as parcelas objeto do acordo. 
OJ 398 SDI-I. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO 
HOMOLOGADO EM JUÍZO SEM RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE 
EMPREGO. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RECOLHIMENTO DA 
ALÍQUOTA DE 20% A CARGO DO TOMADOR E 11% A CARGO DO 
PRESTADOR DE SERVIÇOS. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010). 
Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de 
vínculo empregatício, é devido o recolhimento da contribuição previdenciária, 
mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços e de 11% por 
parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte individual, sobre 
o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. Inteligência do § 4º 
do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 8.212, de 24.07.1991. 
Súmula nº 401 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. DESCONTOS LEGAIS. FASE 
DE EXECUÇÃO. SENTENÇA EXEQÜENDA OMISSA. INEXISTÊNCIA 
DE OFENSA À COISA JULGADA (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 81 da SBDI-2) - Res. 137/2005 – DJ 22, 23 e 24.08.2005. 
Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo juízo 
executório, ainda que a sentença exequenda tenha sido omissa sobre a 
questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os 
disciplina. A ofensa à coisa julgada somente poderá ser caracterizada na 
hipótese de o título exequendo, expressamente, afastar a dedução dos 
valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ 
nº 81 da SBDI-2 - inserida exeqüendo, expressamente, afastar a dedução dos 
valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ 
nº 81 da SBDI-2 – inserida). 
 
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
 
Constituição Federal: 
• Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
 
 
Processo do Trabalho 
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1ª Fase 
 
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I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto 
no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre 
juízes vinculados a tribunais diversos; 
• Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer 
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
 
 CLT - Art. 803 - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na 
administração da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho 
 
CLT: Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão 
resolvidos: 
 a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de 
Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
 b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais 
Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais 
Regionais diferentes; 
 c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do 
Trabalho e de Previdência Social; 
 d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da 
Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
 
Súmula nº 420 do TST. COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO 
NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO 
CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da 
SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005. Não se configura conflito 
 
 
 
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de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a 
ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003) 
 
Competência Territorial 
Art. 651 CLT- A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar 
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no 
estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência 
será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o 
empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em 
que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, 
desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo 
em contrário. 
 § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos 
serviços. 
 
Logo: 
• REGRA: a competência para a propositura da demanda trabalhista é a da 
localidade da prestação dos serviços, independentemente do local da 
contratação. 
• CASOS EXCEPCIONAIS:agente ou viajante comercial (§1º); agência ou filial 
brasileira (§2º); e empresas que realizam atividades fora do lugar da celebração 
do contrato (§3º); 
PRINCÍPIOS 
 
 
 
 
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• JUS POSTULANDI - Significa que, na Justiça do Trabalho, as partes podem 
litigar pessoalmente, sem patrocínio de advogados. O art. 133 da CF/88 não 
revogou a CLT. O TST já se pronunciou sobre o assunto, firmando esse 
entendimento. Localiza-se na CLT, arts. 791, 839, a, 840 e 846. 
De acordo com a Súmula n. 425 do TST, o Jus Postulandi se restringe as Varas 
do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho, não abrangendo as instâncias 
extraordinárias. 
Súmula n. 425 do TST. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às 
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando 
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
• Ultrapetição da sentença - Em alguns casos, e exatamente porque admite o 
jus postulandi, a sentença trabalhista pode conceder além do pedido. 
Caso típico é aquele em que o empregado reclama verbas rescisórias que decorrem 
de uma relação de emprego que não é reconhecida pelo empregador. Nesse caso, 
reconhecida por sentença a relação de emprego, o juiz pode condenar a empresa, de 
ofício, a anotar a CTPS do empregado; ainda que não tenha sido pedida a dobra das 
verbas salariais incontroversas, o juiz poderá determiná-la na sentença, ante o 
comando imperativo do art. 467 da CLT. Ver, também, os arts. 484 e 496 da CLT. 
 
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do 
contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria 
devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. 
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, 
dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente 
quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá 
converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo 
seguinte. 
 
• Oralidade - prevalência da palavra como meio de expressão. A oralidade 
pressupõe outro princípio: imediação ou imediatidade, isto é, o contato direto 
do juiz com as partes e com as provas. No direito comum, a aplicação desse 
princípio impõe a identidade física do juiz, isto é, determina que o juiz que haja 
presidido à instrução, isto é, assistido a produção das provas, em contato 
 
 
 
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pessoal com as partes, testemunhas, peritos julgue a causa. As impressões 
colhidas pelo juiz no contato direto com as partes, provas e fatos são elementos 
decisivos no julgamento. Localiza-se na CLT, art. 840, § 2º, 846, 848 e 850. 
• Pagamento imediato das parcelas salariais incontroversas - Impõe 
pesados encargos ao empregador que protela pagamento de verbas salariais 
incontroversas. O art. 467 da CLT manda pagar em acrescidas de 50% as 
verbas rescisórias incontroversas. 
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia 
sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar 
ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte 
incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta 
por cento. 
Lembrem-se: A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 (S. 388 TST) 
 Irrecorribilidade das interlocutórias - visa impedir, tanto quanto possível, 
interrupções da marcha processual; motivadas por recursos opostos pelas 
partes das decisões do juiz. A matéria fica imune à preclusão, sendo 
apreciada depois, pelo Tribunal. Atende ao princípio da celeridade 
processual. Localiza-se na CLT, arts. 799, § 2º e 893, § 1º. 
• Celeridade - Significa que todos os sujeitos processuais (partes, advogado, 
juízes, auxiliares, perito, intérprete, testemunhas etc.) devem agir de modo a 
que se chegue rapidamente ao deslinde da controvérsia com o menor 
dispêndio de atos, energia e custo e com o maior grau de justiça e de segurança 
na entrega da prestação jurisdicional. Localiza-se na CLT, arts. 765, 768 (nos 
casos de falência) e 843 a 852. 
• IGUALDADE/ISONOMIA: não só a formal, necessidade de adaptação. 
Exceções: a) custas dispensadas aos necessitados e carentes; b) duplo grau de 
jurisdição obrigatório pessoas jurídicas de direito público. 
• CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA 
• IMPARCIALIDADE DO JUIZ 
• DEVIDO PROCESSO LEGAL 
 
 
 
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• ACESSO À JUSTIÇA 
• IMPULSO OFICIAL (ART. 2º NCPC E ART. 765 CLT) 
• IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA (ART. 302 CLT) 
• PRECLUSÃO: a nulidade deve ser alegada na primeira oportunidade 
Preclusão consumativa: uma vez praticado o ato a parte não pode fazê-lo 
novamente 
Preclusão temporal: perda do prazo previsto 
Preclusão lógica: ato incompatível com outro 
Preclusão ordinária: a nulidade validade de um ato depende de um ato anterior 
Preclusão máxima: coisa julgada 
 
FONTES 
São fontes do Direito Processual do Trabalho: 
a) Lei: 
Constituição Federal 
Leis Processuais Trabalhistas 
Código de Processo Civil e Leis Processuais Civis 
b) Regimentos Internos dos Tribunais 
c) Costume 
d) Princípios 
e) Jurisprudência 
f) Equidade 
g) Doutrina 
 
NULIDADES 
 
Meras irregularidades sem consequências: Alguns atos processuais podem não se 
revestir de formalidades legais, mas não trazerem consequência alguma para a 
validade do processo, tais como uso de abreviaturas ou termos lavrados com tinta 
clara ou lápis (NCPC, art. 272, §3º). 
 
 
 
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Irregularidades com sanções extraprocessuais: Alguns atos praticados sem 
observância de alguns requisitos legais geram apenas sanções fora do processo 
(geralmente, de ordem disciplinar), como é o caso do juiz que retarda, sem justificativa, 
a prática de algum ato (NCPC, art. 143, II). 
Irregularidades que acarretam nulidades processuais: Há, aqui, uma 
consequência processual de acordo com a gravidade da nulidade, que, por isso pode 
ser relativa ou absoluta. 
Irregularidades que acarretam a inexistência do ato processual: A sentença sem 
assinatura do juiz é, segundo entendimento quase unânime, inexistente. A própria lei 
instrumental civil prevê expressamente que os atos processuais não ratificados 
praticados por advogado que atua sem instrumento de mandato são considerados 
inexistentes (NCPC, art. 104, §2º). 
 
A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada 
no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o poder de 
dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará 
configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo estando às partes de acordo com 
o ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de ordem pública 
absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. 
Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as 
regras de competência funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá 
a nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o 
processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado 
pelo juízo incompetente. 
Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao 
interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesseda 
parte e não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte 
interessada sanar o vício que a determina. Por exemplo, não estando a parte 
devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja 
sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente. 
 
 
 
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Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só 
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes. 
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação 
das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de 
falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma 
ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade 
competente, fundamentando sua decisão. 
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a 
que ela se estende. 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência 
Súmula nº 427 do TST. INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. 
PUBLICAÇÃO EM NOME DE ADVOGADO DIVERSO DAQUELE 
EXPRESSAMENTE INDICADO. NULIDADE (editada em decorrência do 
julgamento do processo TST-IUJERR 5400-31.2004.5.09.0017) - Res. 
174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam 
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, 
salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
DAS PARTES E PROCURADORES 
 
• Capacidade de ser parte: aptidão de ser titular de direitos e deveres 
• Capacidade processual: aptidão para a prática de atos processuais sem a 
necessidade de assistência ou representação. 
• Litisconsórcio – cumulação de lides, com pluralidades de pessoas no polo ativo 
ou passivo. Lembrar do NÃO prazo em dobro!!!! 
 
OJ 310 SDI-I. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO 
EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 
DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO 
TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 
 
 
 
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208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 
1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de 
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. 
 
• Representação: absolutamente incapazes (art. 3º do CC) 
• Assistência: relativamente incapazes (art. 4º do CC) 
 
 Art. 793 – CLT- A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por 
seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do 
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador 
nomeado em juízo. 
 
• Pessoas jurídicas (NCPC, art. 75, VIII): Representantes designados nos 
estatutos ou, se não designado, por seus diretores 
• Pessoas jurídicas de direito público 
União/Estados/DF – Procuradores 
Municípios – prefeitos e procuradores 
Autarquias e fundações - procuradores 
 
OJ 318. AUTARQUIA. FUNDAÇÃO PÚBLICA. LEGITIMIDADE PARA 
RECORRER. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. (incluído o item II e 
alterada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 220/2017, DEJT 
divulgado em 21, 22 e 25.09.2017 
I - Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para 
recorrer em nome das autarquias e das fundações públicas. 
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar 
as respectivas autarquias e fundações públicas em juízo 
somente se designados pela lei da respectiva unidade da 
federação (art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos de 
instrumento de mandato válido. 
Súmula nº 436 do TST. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. 
PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO 
FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE 
INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 
52 da SBDI-I e inserção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT 
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. I - A União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em 
juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da 
juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. II 
- Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao 
menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a 
indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. 
Súmula 395 
 
 
 
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MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova 
redação dos itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de 2015) 
- Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016 
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém 
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da 
demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 
11.08.2003) 
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, 
o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento 
no aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, 
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, 
do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) 
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento 
é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - 
DJ 09.12.2003) 
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e 
IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja 
sanado o vício, ainda que em instânciarecursal (art. 76 do CPC de 2015). 
 
Súmula nº 383 do TST 
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC 
DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 
2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos 
autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter 
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, 
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) 
dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante 
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e 
não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, 
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o 
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não 
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará 
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido 
(art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
 
Lembrar!!! Art. 104 do NCPC: para evitar decadência, prescrição ou ato urgente: ato 
condicional (prazo 15 dias, prorrogável por mais 15). 
 
HONORÁRIOS 
Atenção!!! 
Alteração - lei 13467/17: 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honoráriosde sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% 
 
 
 
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(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da 
causa. 
§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas 
ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência 
recíproca, vedada a compensação entre os honorários. 
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, 
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações 
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em 
julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a 
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.” 
 
ASSITÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA 
• Assistência Judiciária Gratuita – direito da parte de ter um advogado do 
Estado gratuitamente, bem como estar isenta das despesas e taxas. 
• Assistência Gratuita – direito à gratuidade de taxas, custas, emolumentos, 
honorários de perito, etc. 
 
 No Processo do Trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita está disciplinada no 
art. 14, § 1º, da Lei n. 5.584/70 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 
nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria 
profissional a que pertencer o trabalhador. 
 
 
 
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§ 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou 
inferior ao dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício 
ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação 
econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio 
ou da família. 
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado 
fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência 
Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta 
e oito) horas. 
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o 
atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde 
resida o empregado. 
 
Requisitos: 
Alteração - lei 13467/17: 
CLT, no art. 790, § 3 º e §4º: 
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, 
àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) 
do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar 
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.” (NR) 
 
Observar que, para o TST bastaria a declaração de hipossuficiência. 
 
Súmula nº 463 do TST 
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da 
Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações 
decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 
e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita 
à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada 
pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com 
poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); 
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a 
demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do 
processo. 
 
O benefício da Justiça gratuita deve ser requerido na inicial ou na defesa, 
mas é importante lembrar da OJ 269 da SDI-I do TST: 
 
 
 
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269. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE 
DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserido item II em 
decorrência do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 
e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 
I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou 
grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento 
formulado no prazo alusivo ao recurso; 
II – Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, 
cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, 
§ 7º, do CPC de 2015). 
 
PRAZOS 
 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS 
COMO REGRA GERAL: os prazos processuais são contados excluindo-se o 
dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. 
Se o vencimento for em feriado ou dia não útil, o término prorroga-se para o 
primeiro dia útil. 
Se o inicio se der em dia não útil ou ferido, o prazo se inicia somente no dia útil 
subsequente. 
 
Atenção, com a reforma trabalhista os prazos passam a ser contados em dias úteis. 
Art. 774 a 776 da CLT: 
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título 
contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita 
pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado 
o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do 
Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da 
Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser 
encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio 
ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-
la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Alteração trazida pela lei 13467/17: Art. 775. Os prazos 
estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com 
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente 
necessário, nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
 
 
 
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II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a 
ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à 
tutela do direito. 
Art. 776 - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos 
escrivães ou secretários. 
 
Também há três Súmulas que frequentemente são cobradas no exame de 
ordem: 
Súmula nº 1 do TST- PRAZO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 
20 e 21.11.2003 
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de 
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira 
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia 
útil que se seguir. 
Súmula nº 385 do TST 
FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO 
RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. 
(alterada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 220/2017, DEJT divulgado em 
21, 22e 25.09.2017 
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência 
de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC 
de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o 
comprovar no momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o 
prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC 
de 2015), sob pena de não conhecimento se da comprovação depender a 
tempestividade recursal; 
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de 
admissibilidade certificar o expediente nos autos; 
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante 
prova documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo 
regimental, ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha 
havido a concessão de prazo para a comprovação da ausência 
de expediente forense. 
 
 
Súmula nº 262 do TST 
PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. 
RECESSO FORENSE. (redação do item II alterada na sessão do Tribunal 
Pleno realizada em 19.05.2014) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 
e 23.05.2014 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no 
primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - 
Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior 
do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 -inserida 
em 08.11.2000) 
 
 
 
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SUSPENSÃO: a contagem é paralisada e retoma de onde parou. 
Ex: férias forenses 
 
INTERRUPÇÃO: a contagem é inutilizada e recomeça-se a contagem do início. 
Ex: Embargos de Declaração 
 
Também é importante lembrar do DECRETO 779/69 que refere que: 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de 
direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade 
econômica: 
II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do 
Trabalho; 
III - o prazo em dôbro para recurso; 
 
 
RITOS 
SUMÁRIO 2 SM 
SUMARÍSSIMO ATÉ 40 SM 
ORDINÁRIO + 40 SM 
 
 
RITO SUMÁRIO 
Demandas de até 2 SM 
Restrição de recursos: matéria constitucional e ED 
 
RITO SUMARÍSSIMO 
 
 
 
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 O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pelo 
advento da Lei n. 9.957, de 12-1-2000, que incluiu os arts. 852-A a 852-I na CLT. 
 Segundo o diploma consolidado alterado, os dissídios individuais cujo valor não 
exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação 
serão processados pelo rito sumaríssimo (CLT, art. 852-A). 
 Estarão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que seja 
parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
PETIÇÃO INICIAL 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor 
correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta indicação do 
nome e endereço do reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze 
dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, 
de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste 
artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao 
pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço 
ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações 
enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
 
Não esqueça que: 
- O pedido deve ser certo, determinado e com a indicação do valor. 
- Não se faz citação por edital nesse rito. 
 
AUDIÊNCIA 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e 
julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, 
que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas 
a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, 
podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou 
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de 
experiência comum ou técnica. 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as 
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a 
solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos 
essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à 
solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
 
 
 
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Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que 
possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais 
questões serão decididas na sentença. 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, ainda que não requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-
á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo 
absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão 
à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha 
intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será 
deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto 
da perícia e nomear perito. 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo 
comum de cinco dias. 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo 
dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado 
nos autos pelo juiz da causa. 
SENTENÇA 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com 
resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e 
equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum. 
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que 
prolatada 
 
Assim, possui algumas peculiaridades: 
Audiência Una; 
Sentença não precisa de relatório; 
São ouvidas apenas 2 testemunha por parte; 
Petição inicial deve indicar obrigatoriamente o valor de cada pedido na ação; 
Não se admite a citação por edital; 
Audiência deve ser marcada em no máximo 45 dias; 
 
 
 
 
 
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RITO ORDINÁRIO 
O procedimento ordinário dos dissídios individuais, no processo trabalhista, 
está regulado, de forma esparsa entre o art. 763 e o art. 852 da CLT. As reclamatórias 
trabalhistas que se submetem ao rito ordinário são as de valores que ultrapassem 40 
(quarenta) salários mínimos, na data de seu ajuizamento. 
No rito ordináriodeve ocorrer obrigatoriamente 2 audiências: de conciliação e 
de instrução. 
INICIAL 
Para compreender os requisitos da petição inicial trabalhista é prudente 
analisar os fundamentos do CPC e da CLT: 
Art. 283 CPC - A petição inicial será instruída com os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. 
Art. 396 CPC- Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283) ou a 
resposta (art. 297) com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. 
Art. 787 CLT- A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e 
desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. 
Art. 830 CLT- O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no 
original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-
forma ou cópia perante o juiz ou tribunal 
Atenção!!! Artigo alterado: 
Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação 
do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos 
de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, 
determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura 
do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas 
vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, 
observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste 
artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.” (NR) 
As partes, conforme dispõe o art. 840 da CLT, poderão realizar a petição inicial 
na forma oral, observando o seguinte: 
 
 
 
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Art. 731 CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação 
verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 
786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de 
perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça 
do Trabalho. 
Art. 732 CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, 
por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 
844. 
Logo, existem duas hipóteses de preempção provisória: na reclamação oral e no 
arquivamento por não comparecer o reclamante na audiência inicial. 
 
PROTOCOLO E NOTIFICAÇÃO 
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 
48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao 
reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do 
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
 
RECLAMAÇÃO PÚRIMAS 
Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser 
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento. 
 
 
TUTELA PROVISÓRIA - LIMINAR 
 Também é matéria que pode constar da petição inicial ou de pedido a qualquer 
tempo do processo, desde que presente os requisitos. 
 A tutela provisória pode der de URGÊNCIA ou EVIDÊNCIA, e segue a disciplina 
do CPC – art. 300 e ss. 
Ex: reintegração, transferência. 
 Na CLT encontramos que: 
 
Art. 659 - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das 
que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as 
seguintes atribuições: 
 
 
 
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IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações 
trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos 
parágrafos do artigo 469 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 6.203, de 
17.4.1975) 
X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações 
trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, 
suspenso ou dispensado pelo empregador. (Incluído pela Lei nº 9.270, de 
1996) 
 
Lembrar!!! 
 Art. 769, CLT- aplicação subsidiária do NCPC nas demandas trabalhistas nos casos 
omissos, naquilo que não for incompatível com o processo do trabalho. 
 
IN 39 TST: 
Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, em razão 
de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código 
de Processo Civil: I - art. 63 (modificação da competência territorial e eleição de foro); 
II - art. 190 e parágrafo único (negociação processual); III - art. 219 (contagem de 
prazos em dias úteis); IV - art. 334 (audiência de conciliação ou de mediação); V - art. 
335 (prazo para contestação); VI - art. 362, III (adiamento da audiência em razão de 
atraso injustificado superior a 30 minutos); VII - art. 373, §§ 3º e 4º (distribuição diversa 
do ônus da prova por convenção das partes); VIII - arts. 921, §§ 4º e 5º, e 924, V 
(prescrição intercorrente); IX - art. 942 e parágrafos (prosseguimento de julgamento 
não unânime de apelação); X - art. 944 (notas taquigráficas para substituir acórdão); 
XI - art. 1010, § 3º(desnecessidade de o juízo a quo exercer controle de 
admissibilidade na apelação); XII - arts. 1043 e 1044 (embargos de divergência); XIII 
- art. 1070 (prazo para interposição de agravo). 
 
Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de 
omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os 
seguintes temas: I - art. 76, §§ 1º e 2º (saneamento de incapacidade processual ou 
de irregularidade de representação); II - art. 138 e parágrafos (amicus curiae); III - art. 
139, exceto a parte final do inciso V (poderes, deveres e responsabilidades do juiz); 
IV - art. 292, V (valor pretendido na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano 
moral); V - art. 292, § 3º (correção de ofício do valor da causa); VI - arts. 294 a 311 
 
 
 
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(tutela provisória); VII - art. 373, §§ 1º e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova); 
VIII - art. 485, § 7º (juízo de retratação no recurso ordinário); IX - art. 489 
(fundamentação da sentença); X - art. 496 e parágrafos (remessa necessária); XI - 
arts. 497 a 501 (tutela específica); XII - arts. 536 a 538 (cumprimento de sentença que 
reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa); 
XIII - arts. 789 a 796 (responsabilidade patrimonial); XIV - art. 805 e parágrafo único 
(obrigação de o executado indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos para 
promover a execução); XV - art. 833, incisos e parágrafos (bens impenhoráveis); XVI 
- art. 835, incisos e §§ 1º e 2º (ordem preferencial de penhora); XVII - art. 836, §§ 1º 
e 2º (procedimento quando não encontrados bens penhoráveis); XVIII - art. 841, §§ 1º 
e 2º (intimação da penhora); XIX - art. 854 e parágrafos (BacenJUD); XX - art. 895 
(pagamento parcelado do lanço); XXI - art. 916 e parágrafos (parcelamento do crédito 
exequendo); XXII - art. 918 e parágrafo único (rejeição liminar dos embargos à 
execução); XXIII - arts. 926 a 928 (jurisprudência dos tribunais); XXIV - art. 940 (vista 
regimental); XXV - art. 947 e parágrafos (incidente de assunção de competência); 
XXVI - arts. 966 a 975 (ação rescisória); XXVII - arts. 988 a 993 (reclamação); XXVIII 
- arts. 1013 a 1014 (efeito devolutivo do recurso ordinário - força maior); XXIX - art. 
1021 (salvo quanto ao prazo do agravo interno). 
 
Observar que com a reforma trabalhista, mesmo constando como inaplicável, passou 
a ser admita a contagem de prazos em dias úteis. 
 
ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL: 
Art. 841, § 3º: Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não 
poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. 
 
 
AUDIÊNCIACOMPARECIMENTO DAS PARTES – tema atualizado pela reforma trabalhista 
Art. 843. A audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o 
reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, 
 
 
 
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nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. 
 § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro 
preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o 
proponente. 
 § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, 
não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se 
representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. 
§ 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da 
parte reclamada. Atenção incluído pela Lei 13467/17 
 
EMPREGADO DOENÇA/MOTIVO 
PODEROSO 
REPRESENTAR SINDICATO 
OUTRO 
EMPREGADO 
EMPREGADOR SEMPRE SUBSTITUIR GERENTE 
PREPOSTO 
 
“Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento 
da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de 
confissão quanto à matéria de fato. 
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando 
nova audiência. 
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das 
custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da 
justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu 
por motivo legalmente justificável. 
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de 
nova demanda. 
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
 
 
 
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II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou 
estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão 
aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.”(NR) 
 
Empregado ARQUIVAMENTO 
Empregador REVELIA E CONFISSÃO 
 
 
Observar que, consoante o TST: 
 
Súmula nº 9 do TST 
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a 
ação em audiência, não importa arquivamento do processo. 
 
Súmula nº 74 do TST CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 I - Aplica-
se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, 
não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-
Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978) II - A prova pré-constituída nos 
autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 
442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando 
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 
da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III- A vedação à produção de prova 
posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o 
exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. 
 
Súmula nº 122 do TST 
REVELIA. ATESTADO MÉDICO (incorporada a Orientação Jurisprudencial 
nº 74 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, 
ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida 
a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, 
expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu 
preposto no dia da audiência. (primeira parte - ex-OJ nº 74 da SBDI-1 - 
inserida em 25.11.1996; segunda parte - ex-Súmula nº 122 - alterada 
pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
 
OJ 152 SDI-I. REVELIA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. 
APLICÁVEL. (ART. 844 DA CLT) (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 
Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 
da CLT. 
 
 
 
 
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OJ 245 SDI-I REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA (inserida em 20.06.2001) 
Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da 
parte na audiência. 
 
 
JUIZ 
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo 
feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais 
pessoas que devam comparecer. Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após 
a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes 
poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das 
audiências. 
 
RESPOSTA DO RÉU: 
 A CLT disciplina somente a contestação e exceção, mas também é aplicável a 
reconvenção, pela aplicabilidade subsidiária do CPC. 
EXCEÇÕES 
A partir de uma interpretação sistemática do art. 799 da CLT, nas causas 
sujeitas à jurisdição da justiça do trabalho, poderão ser opostas exceções de 
incompetência, suspeição ou impedimento. Somente suspenderão o feito, toda via, as 
de incompetência territorial, suspeição ou impedimento, razão pelo qual deverá o 
excipiente oferece-las em petição autônoma. 
 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA OU ABSOLUTA 
A incompetência territorial, considerada relativa, será oposta necessariamente 
por meio de exceção. No entanto, prorrogar-se-á a competência dela o juiz que não 
declinar ou o reclamado não opuser exceção declinatória, nos casos e prazos legais. 
Em contrapartida, as incompetências materiais ou funcionais, consideradas 
absolutas, serão declaradas ex officio, podendo ser alegadas em qualquer tempo e 
grau de jurisdição. 
Atenção – nova redação! Art. 800. Apresentada exceção de 
incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da 
 
 
 
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notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a 
existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento 
estabelecido neste artigo. 
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se 
realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta 
Consolidação até que se decida a exceção. 
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que 
intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para 
manifestação no prazo comum de cinco dias. 
§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo 
designará audiência, garantindo o direito de o excIPIente e de 
suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo 
que este houver indicado como competente. 
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo 
retomará seu curso, com a designação de audiência, a 
apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo 
competente. 
 
SUSPEIÇÃO 
Consoante dispõe o art. 801 da CLT, o juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e 
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos 
litigantes: 
 inimizade pessoal; 
 amizade íntima; 
 parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; 
 interesse particular na causa 
O mesmo artigo legal destaca, em seu parágrafo único, que se o recusante 
houver praticadoalgum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais 
poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. E ainda que a 
suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou 
de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou 
o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
Por fim, temos que o magistrado pode se declarar suspeito por motivo íntimo. 
 
 
 
 
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IMPEDIMENTO 
A doutrina consagra a aplicação subsidiária e adaptada do Código de Processo 
Civil ao processo do Trabalho, no que tange às causas de impedimento do magistrado. 
Assim, fica defeso ao juiz exercer as suas funções no processo (NCPC, art. 
144): 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou 
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como 
testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou 
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, 
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa 
jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer 
das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação 
de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu 
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado 
de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
 
CONTESTAÇÃO 
Apesar da CLT, no artigo 847, prever que a contestação deve ser apresentada 
oralmente em audiência, no prazo de 20 minutos, a praxe é que a contestação seja 
apresentada por escrito, o que facilita o desenvolvimento e tempo nas audiências. 
A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial 
eletrônico até a audiência. 
Está dividida em questões preliminares e de mérito. 
 
 
 QUESTÕES PRELIMINARES: São defesas indiretas aquelas que não adentram no 
mérito das alegações a serem impugnadas na defesa, nestas o reclamado alega fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 337, NCPC). Essas 
questões devem ser analisadas pelo juiz do trabalho antes de analisar o mérito. 
 
 
 
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São exemplos de questões preliminares: Inépcia da Inicial; ausência de citação; 
Litispendência; Coisa julgada; Conexão ou Contingência; Carência da ação; 
Incapacidade da parte 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
Prescrição: 
 A Constituição Federal estabelece em seu art. 7º, XXIX , que a ação, quanto 
aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho. 
 Por sua vez, a CLT assim estabelece: 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho 
prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. (Redação 
dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato; (Incluído pela Lei nº 9.658, de 
5.6.1998) (Vide Emenda Constitucional nº 28 de 25.5.2000) 
Il - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador 
rural. (Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998) 
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas 
decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, 
exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de 
lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
§ 3o A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de 
reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha 
a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação 
aos pedidos idênticos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) (Vigência) 
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo 
de dois anos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
§ 1o A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o 
exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da 
execução. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
§ 2o A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou 
declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição. (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
 
 
 
 
Processo do Trabalho 
Prof. Cleize Kohls 
OAB 
1ª Fase 
 
35 
 
 
Súmula nº 308 do TST 
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial 
nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da 
ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco 
anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores 
ao quinquênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - 
inserida em 08.11.2000) 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação 
trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge 
pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da 
CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992) 
 
Prescrição do FGTS 
Súmula nº 362 do TST 
FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em 
razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, 
é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento 
de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o 
término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta 
anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-
ARE-709212/DF). 
 
Súmula nº 206 do TST 
FGTS. INCIDÊNCIA SOBRE PARCELAS PRESCRITAS (nova redação) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o 
respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS. 
 
Interrupção e suspensão

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