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Doença ulcerosa péptica Anatomia Fisiologia e Histologia Fisiopatologia e Tratamento Comportamento das úlceras Complicações e Diagnósticos Diferenciais Exames complementares Doença ulcerosa péptica Definição: Solução de continuidade da mucosa GI secundária aos efeitos do HCl e da pepsina, estendendo-se através da muscularis mucosae, atingindo a submucosa. Evolução crônica ≠ Erosão: Lesão mais superficial que não atinge a submucosa, portanto não deixa cicatriz ao se curar Etiologia: Helicobacter pylori AINES – especialmente em idosos Doença ulcerosa péptica Quadro clínico: Dor epigástrica em queimação Acidez gástrica em contato com nociceptores expostos pela lesão péptica produz dor e neutralização da acidez alivia a dor Hemorragia – como primeira manifestação clínica em 10% dos casos Diagnóstico diferencial: Neoplasias Pancreatites Colecistites Doença de Crohn Insuficiência vascular mesentérica anatomia Peritônio Esôfago Estômago Duodeno Inervação e Vascularização Peritônio Peritônio Revestimento dos órgãos abdominais Órgãos intraperitoneais: Fígado e vesícula biliar Estômago Baço Intestino delgado Cólon transverso Cólon sigmoide Órgãos retroperitoneais: Pâncreas Parte descendente do duodeno Cólon ascendente Cólon descendente Parte superior do reto Aorta e VCI Rins e ureteres Órgãos infraperitoneais: Parte inferior do reto Bexiga Órgãos reprodutores 6 Peritônio Pregas peritoneais principais Ligamento falciforme Fígado e Parede anterior do abdome Omento maior Curvatura maior do estômago e Colo transverso Omento menor Curvatura menor do estômago, Diafragma e Fígado Forma a via para os vasos sanguíneos que penetram no fígado Composto por dois ligamentos: ligamento hepatogástrico e ligamento hepatoduodenal Mesentério Intestino delgado Mesocolo transverso Cólon transverso O fígado é o único órgão do sistema digestório preso na parede anterior do abdome. Omento: prega peritoneal que une dois ou mais órgãos. Meso: prega peritoneal formada pela invaginação do peritônio por um órgão 7 Esôfago Limites: Superior: m cricofaríngeo (C6) Inferior: óstio cárdio do estômago (T11) Divisões: Cervical: MEE (voluntário) Junção faringoesofágica: parte mais estreita do esôfago e contém EES Esfíncter Esofágico Superior (EES): parte cricofaríngea do músculo constritor inferior Torácica: ML Constrição combinada: Primeiro o esôfago é cruzado pelo arco da aorta. Segundo pelo brônquio principal esquerdo Abdominal: ML Esfíncter Esofágico Inferior (EII): Hipotonia: Refluxo Hipertonia: Acalasia Estômago Relações anatômicas: Anterior: Diafragma, Lobo esquerdo do fígado e a Parede anterior do abdome Posterior: Bolsa omental e Pâncreas Pregas gástricas: Aparecem na contração da mucosa – estrias longitudinais Formam canal gástrico ao longo da curvatura menor durante a deglutição Esfíncter pilórico: Formado pelo espessamento da camada muscular circular Estômago Conexões Ligamento gastrofrênico – diafragma Ligamento hepatogástrico – fígado Ligamento gastroesplênico – baço Ligamento gastrocólico – cólon transverso Ligamento: liga a parede abdominal a um órgão ou um órgão a outro órgão. 10 Duodeno Limites: Início: Piloro à D (L1) Fim: Flexura duodenojejunal (L2) Divisões: Superior: 5 cm Tem Mesentério e é Móvel Denominada Ampola bulboduodenal Superior// fixada em ligamento hepatoduodenal Inferior// fixada em omento menor Descendente: 9 cm Retroperitoneal e Imóvel Possui a ampola de Vater Inferior: 7 cm Passando sobre a VCI e a aorta É cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores Ascendente: 5 cm Inervação e Vascularização Esôfago Irrigação Cervical: Aa tireóideas inferiores Torácica: Aa brônquicas, Aa intercostais e ramos das Aa esofágicas Ramos diretos da aorta. Abdominal: A. frênica Inferior e Artéria gástrica E Drenagem Venosa Vv tireóideas inferiores Vv esofágicas → veia ázigo Linfonodos Paratraqueais Cervicais profundos Inervação Superior: nn laríngeos recorrentes e fibras vasomotoras dos troncos cervicais profundos Inferior: n vago e plexos abdominais parassimpáticos Nn laríngeos recorrentes – inervação somática Fibras vasomotoras dos troncos cervicais profundos – associada com o sangramento esofágico 12 Inervação e Vascularização Estômago Curvatura MAIOR Curvatura MENOR Inervação e Vascularização Estômago Inervação e Vascularização Estômago Drenagem Venosa Curvatura MENOR: Vv gástricas D e E → Sistema Porta Curvatura MAIOR: V. gastromental D → VMS V. gastromental E → V. Esplênica Vv gástricas curtas → V. Esplênica V. pré-pilórica → V. gástrica E Inervação Parassimpática: Tronco vagal DIREITA: ramos gástricos ANTERIORES ESQUERDA: ramos gástricos POSTERIORES Simpática: Plexo celíaco Segmentos T6 a T9 → N esplânico abdominopélvico → Plexo celíaco 15 Inervação e Vascularização Estômago Linfonodos Curvatura MENOR: 2/3 superiores → L. Gástricos 1/3 inferior → L. Pilóricos Curvatura MAIOR: 2/3 proximais → L. Gastromentais 1/3 distal → L. Pancreaticoduodenais Fundo e Corpo: L. Pancreaticoesplênicos Inervação e Vascularização Duodeno Irrigação Proximal: A Pancreaticoduodenal superior ← A gastroduodenal ← AHC Distal: A Pancreaticoduodenal inferior ← AMS Drenagem Venosa V. Esplênica VMS Sistema porta Linfonodos Anterior: L. Pancreaticoduodenal e L. Pilórico Posterior: L. Mesentérico superior Inervação N vago Nn esplâncnicos maior e menor → Plexo mesentérico superior Nn esplâncnicos Torácicos inferiores: Gânglio mesentérico superior ← Gânglio Celíaco ← N esplâncnico maior ← Medula Espinhal (T5 a T9) ou ← Gânglios aorticorrenais ← N esplâncnico menor ← Medula Espinhal (T10 a T11) 17 Histologia TGI Esôfago Estômago Trato Gastrointestinal Trato Gastrointestinal Camada/Órgão Esôfago Estômago Duodeno Mucosa EEPNQ;Lâmina própria; Camada muscular da mucosa; Glândulas túbulo-acinosas; TCF; Há pregas e dobras! ECS; Lâmina própria; TCF; Fossetas; Glândulas tubulares; Camada muscular da mucosa; Não há pregas, há dobras! ECS com vilosidades; Lâmina própria (TCF e glândulas deLieberkuhn); Camadamuscular da mucosa; Há pregas e vilosidades. Submucosa Glândulas túbulo-acinosas; TCD; Plexo nervoso submucoso; TCD; Plexo nervoso submucoso; Glândulastúbulo-acinosas TCD; Plexo nervoso submucoso Muscular MEE – terço superior; C. m. circularinterna; Plexo nervosomioentérico; C. m. longitudinalexterna; Camada oblíqua interna; Camada circular média; Camada longitudinal externa; Plexo nervoso mioentérico; C. m. circular interna (ML); Plexo nervosomioentérico; C. m. longitudinal externa (ML); Adventícia TCF Entre as adventícias, tem tecido adiposo Serosa TCF e mesotélio TCF e mesotélio TCF emesotélio(EPS) Esôfago Camada muscular Não está presente na porção inicial do esôfago 1/3 superior: ambas as camadas são formadas por MEE 1/3 médio: fibras ML podem ser observadas misturadas às fibras MEE, com predomínio de ML. 1/3inferior: ambas as camadas são formadas por ML Estômago Estômago Cárdia Glândulas tubulosas revestidas por epitélio secretor de muco Corpo e Fundo Responsáveis pela formação de suco gástrico Células: Mucosa, Parietal e Principal Secreção: Ácido clorídrico, fator intrínseco, pepsinogênio e muco Região pilórica Células: G, Mucosa e Principal Secreção: Pepsinogênio, gastrina e muco Fisiologia Controle da Secreção gástrica Secreção da gastrina Controle da Secreção gástrica Parassimpático Via nervo vago ↑Motilidade gástrica Simpática Via plexo celíaco ↓motilidade gástrica Retardo do esvaziamento gástrico ↓Tônus vagal ↑Gastrina ↑Motilina ↑Colecistonina (CCK) Histamina (céls enterocromafins), Gastrina (céls G) e Acetilcolina (n vago) são os primeiros mensageiros químicos que ativam a Célula Parietal por meio de um receptor de membrana. Ocorre a ativação do segundo mensageiro – AMPc ou canais de Ca²⁺-, que leva a ampliação do estímulo inicial. Essa ampliação culmina a produção de ATPaseK⁺ ativada no canalículo secretor – via final para produção de HCl 25 Controle da Secreção gástrica Inibição da secreção gástrica Acidez do suco gástrico em duodeno Prostaglandinas E2 e I2 Fatores intestinais pós-gástricos: Secretinas VIP PIG Somatostatina Secreção de Gastrina Gastrina é principal mediador da secreção ácida Estimulo para secreção: ingestão de alimentos Peptídeo liberador da gastrina (GRP) Proteínas semidigeridas, Ca²⁺, aminoácidos, histamina e acetilcolina A gastrina, pela corrente sanguínea, atinge o seu receptor na célula parietal, induzindo a produção de HCl ↓pH intraluminal é o feedback negativo para cél G Fisiopatologia Fatores de agressão e Fatores de defesa Hipersecreção ácida Helictobacter pylori Fatores de agressão Hipersecreção ácida ↑Nº de células parietais ↑Sensibilidade das céls parietais à gastrina ↓Sensibilidade das céls G aos mecanismos inibitórios ↓Produção de somatostatina SOMATOSTATINA: O mecanismo de H⁺ depende da liberação de somatostatina Somatostatina tem ação inibitória sobre a célula G e a célula parietal Ação parácrina: célula D está próxima das células G (no antro) e parietal (na mucosa oxíntica) Resultado: Produção prolongada de HCl e Rápido esvaziamento gástrico Somatostatina tem ação inibitória sobre a célula G e a célula parietal, o que confere: produção prolongada de HCl e rápido esvaziamento gástrico Ação parácrina: célula D está próxima das células G (no antro) e parietal (na mucosa oxíntica), o que facilita a ação da somatostatina Portanto, mais ácido é produzido por mais tempo e ofertado mais rapidamente ao bulbo duodenal Para estabelecer uma úlcera é crucial a infecção pelo H pylori Áreas metaplásicas são colonizadas pelo H pylori, que induz um processo inflamatório Processo inflamatório torna o tecido mais passível de ser agredido pelo fator acidopéptico 29 Fatores de agressão Predisposição genética Fenótipo secretório da população de células parietais Limiar de sensibilidade das células G e parietal Fatores ambientais Alimentação, Uso de determinados medicamentos (AINEs), Tabagismo e Estado emocional H pylori Pepsinogênio Frações de pepsinogênio de maior atividade proteolítica – 1 e 3 – em proporção maior Fatores de defesa Prostaglandinas (PGs) Produção de muco e de bicarbonato pelas células epiteliais Surfactante: Hidrofobicidade do muco adjacente à superfície epitelial Fluxo sanguíneo da mucosa Capacidade de replicação do epitélio Fator de crescimento epitelial (EGF) Reparação da mucosa Angiogênese O comprometimento de sua produção significa comprometimento da capacidade regenerativa da superfície epitelial Helicobacter pylori Cepas que causam Úlcera: cag-A+ (cytotoxin-associated gene) Citocinas que determinam a virulência da bactéria vac-A + (vacuolatillg cytotoxin A) ↑Produção de gastrina pós-estímulo Mecanismo fisiopatológico: ↓Produção de somatostatina Inflamação ↓PGs e ↓EGF Um constante processo de descamação e regeneração ocorre na mucosa gastrintestinal ↑Fatores agressivos/↓Fatores defensivos e de reparação Úlcera: quando a lesão ultrapassa a muscularis mucosae 33 Tratamento Pró-secretores Anti-secretores Tratamento contra H pylori Gastrectomia Vagotomia Pós-secretores Anti-ácidos Neutralizar o conteúdo gástrico → ↓[ácido] da solução que chega ao bulbo duodenal Mecanismo de ação: liberação de PG endógenas Sucralfato (Octasulfato de alumínio) Forma uma barreira à difusão do ácido e da pepsina sobre a base da ulceração, absorvendo pepsina e sais biliares Depende do estímulo de PG endógenas e da ação inibidora sobre algumas das enzimas citotóxicas do H pylori Uso antes das refeições, pois a presença de H⁺ é um fator importante para sua ativação Sais de Bismuto coloidal Ação bactericida + Atividade pró-secretora Promove liberação de PGs endógenas Uso antes das refeições e à noite sempre com o estômago vazio PGs (Misoprostol) Ação antissecretora e citoprotetora Previne lesões agudas de mucosa provocada por AINES Desvantagem: Alto custo, efeitos colaterais (diarreia e cólicas abdominais), efeito abortivo Anti-secretores Bloqueadores H2 Bloqueia o receptor H2 (célula parietal) → ↓ ativação da ATPase K⁺ Enzima responsável pela união H⁺ + Cl⁻ no canalículo da célula parietal Permite a cicatrização – depende do tempo de tratamento Cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina Inibidores da bomba de prótons (IBP) Bloqueiam diretamente a ATPase K⁺ ativada Melhor eficiência na cicatrização Administrado pela manhã em jejum Omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol e esomeprazol Potente ação antissecretora → Hipergastrinemia (a partir de 48 a 96 horas) Contraindicação ao uso prolongado: ↑ Nº células enterocromafins simile (ECL-like) e aparecimento de carcinoide do estômago Inibidores da bomba de prótons (IBP) Cicatrização em torno de 70% após 2 sem e entre 92 e 100% após 4 semanas Bloqueadores de H2: Bloqueio de aproximadamente 70% da secreção ácida estimulada pela refeição Cicatrização em torno de 60 a 85%, com 4 sem Resposta adicional de 10% após extensão do tratamento por + 4 sem 36 Tratamento contra H pylori Gastrectomia Geral// gastrectomia parcial Remoção de antro pilórico: Incisão paralela e inferior à a gastromental D → Ligadura de todos os ramos omentais da a gastromental Não há degeneração do omento – devido a boa circulação colateral do estômago Remoção de carcinoma: Necessária à retirada de todos os linfonodos regionais envolvidos Região pilórica – mais comum → Retirada dos linfonodos pilóricos e gastromentais D Quando ocorre disseminação linfogênica de células malignas para os linfonodos celíacos, todos os linfonodos gástricos estarão envolvidos. Vagotomia N vago controla a secreção de ácido nas céls parietais Objetivo: ↓Secreção de ácido em úlceras crônicas/recorrentes Vagotomia troncular: Secção cirúrgica dos troncos vagais Sacrifica a inervação de outras estruturas abdominais Vagotomia seletiva: Desnervação seletiva da área em que localiza as céls parietais Vantagem: Poupa a funcionamento da motilidade Antrectomia: Ressecção do antro pilórico – mesmo efeito 39 Comportamento das Úlceras Úlcera gástrica Úlcera duodenal Úlcera gástrica Lesões abertas da mucosa gástrica Na maioria, encontra-se pangastrite com ↓massa funcional de células parietais Comum no uso AINEs Não há hipersecreção ácida, mesmo na presença de hipergastrinemia Principal mecanismo da úlcera: fragilidade da mucosa Processo inflamatório + Comprometimento dos mecanismos de defesa Úlcera gástrica Quadro clínico Dor Não apresenta fator de melhora Pode ser precipitada pelas refeições 1/3 dor noturna Dor precipatada pelas refeições + retardo do esvaziamento gástrico + anorexia → Perda ponderal (>50% dos casos) Pouco responsiva a antiácidos Úlcera duodenal Inflamação restringe ao Antro gástrico – não é única região afetada ↑Secreção de gastrina ← H pylori + Processo inflamatório do antro Mucosa do corpo geralmente mantém-se normal → ↑Produção de ácido → Lesão do bulbo duodenal H pylori: ↑Gastrinemia basal e ↑Produção basal de ácido Resposta exagerada da gastrina ← ↓Produção de somatostatina ← Citocinas e ↓pH (consequente à produção de amônia pela bactéria) Infecção + Hipergastrinemia prolongada + ↑Nº de células parietais → Produção maior de ácido Úlcera duodenal Quadro clínico Dor Varia de 2 a 3h após as refeições Fatores de melhora: Ingestão alimentar → Hiperfagia e Ganho ponderal Antiácidos 2/3 dos casos com ocorrência noturna, despertando o paciente Caráter periódico – tem períodos de acalmia Duração de vários dias/semanas – e pode reaparecer após meses/anos Exames complementares Endoscopia digestiva alta Helicobacter pylori Gastrinoma Endoscopia digestiva alta Padrão-ouro de diagnóstico Não só estabelece o diagnóstico da úlcera, mas também determina a sua naturezae etiologia Exame invasivo Procedimento: Biópsias nos bordos das lesões para exame histológico e do antro/corpo para a pesquisa do H pylori Utilizado para diferenciar as lesões ulcerosas benignas das malignas Observar: Base, borda e mucosa que circunda a lesão Complementar com a biópsia da borda Carcinomas Borrmann do tipo II e III: São pequenos, porém avançados, e são capazes de mimetizar a benignidade no exame macroscópico Repetir o exame 6 sem após o início do tratamento – avaliar a sua cicatrização Endoscopia digestiva alta Ciclo vital de Sakita A: Bordas bem definidas A1: Base: fibrina espessa, restos necróticos/depósito de hematina Bordas: escavadas, edemaciadas, com hiperemia A2: Base: limpa e clara, recoberta de fibrina Bordas: regular, sem edema, mas com hiperemia em torno H: Convergência das pregas + Hiperemia H1: Fina camada de fibrina na base H2: Camada ainda mais fina no centro da área deprimida S: Cicatriz S1: Cicatriz vermelha S2: Cicatriz esbranquiçada Helicobacter pylori Falsos negativos: IBP, bismuto e ATB – supressão temporária de H pylori 80 a 90% dos pacientes tratados são curados ATB → esperar por uma recidiva sintomática da doença ulcerosa antes de verificar o seu resultado Condições que precisam de confirmação: Doença ulcerosa péptica complicada Hemorragia/Perfuração/Obstrução Úlcera recorrente Úlcera refratária Após o uso de ATB, os exames devem ser realizados após 6 a 8 sem Helicobacter pylori Métodos invasivos Endoscopia acompanhada de biópsia gástrica Necessário uma amostra do antro e outra do corpo Amostra é analisada por: Teste de uréase Cultura Exame histológico – confirma a negatividade do teste uréase Helicobacter pylori Métodos não-invasivos Sorologia: Achado: ↑IgG Não significa infecção ativa, uma vez que os níveis de anticorpos decrescem vagarosamente após a erradicação da infecção Não deve ser utilizado, nos casos em que há necessidade de controle imediato de tratamento Queda acentuada dos níveis de anticorpos observada 6 a 12 meses após o tratamento antimicrobiano significa sucesso na erradicação Teste respiratório de atividade da urease com ureia marcada Pode indicar a cura do H pylori no período > 4 a 8 semanas após a terapia antibiótica Pesquisa do antígeno fecal Método que identifica, por reação imunoenzimática, antígenos do H pylori nas fezes dos pacientes Indicado para verificar a erradicação da doença após o tratamento Conveniente para pesquisa da bactéria apenas em população pediátrica Teste respiratório de atividade da urease com ureia marcada: Paciente ingere ureia marcada com carbono 14 (radioativo) ou carbono 13 (não radioativo) Se o organismo estiver presente: Ureia → Amônia + CO2 marcado CO2 marcado pode ser detectado e quantificado no ar expirado 30 min mais tarde em um balão de coleta 50 Helicobacter pylori Controle de erradicação: Linfoma MALT Câncer gástrico precoce ressecado Úlcera gastroduodenal Recorrente Refratária ao tratamento Complicada Complicações Obstrução Perfuração Classificação de Johnson Hemorragia Classificação de Forrest Obstrução É a complicação mais rara, presente geralmente durante a atividade da lesão Comum: tipo parcial em nível de duodeno Mais rara: piloro ou pré-pilórica Quadro clínico: Estase gástrica acompanhada de: Alteração do ritmo e da característica da dor Sd hipoestênica Náuseas e vômitos Causa da obstrução: Espasmo Processos inflamatórios Edema periulceroso sintomas repentinos, durando poucos dias e diminuindo com a terapêutica Hipertrofia muscular Retração fibrosa – agravamento gradual Perfuração Complicação mais grave Úlcera perfurada: Comunicação da luz gástrica com a cavidade abdominal pela perfuração das camadas muscular e serosa Úlcera penetrante: Quando a úlcera é bloqueada pelas vísceras vizinhas e pelo peritônio. Úlcera terebrante: Úlceras de parede posterior que penetram no pâncreas → Pancreatite Dor irradia para dorso com caráter transfixante ou para os flancos Peritonite e abdome agudo: Úlceras de curvaturas/parede anterior que acometem o peritônio livre Perfuração Classificação de Johnson Perfuração Classificação de Johnson Classificação Localização Frequência Hipersecreção de ácido Tratamento I Curvatura menor (corpo) 60 a 70% Não Antrectomia (Billroth I) II Corpo + Bulbo duodenal 15% Sim Vagotomia + Antrectomia (BillrothII) III Pré-pilórica 20% Sim Vagotomia + Antrectomia (Billroth II) IV Parte alta da curvatura menor <10% Não Gastrectomia parcial + Y deRoux(Cirurgia deCsende) Perfuração Classificação de Johnson Ulceras gástricas tipo I: Ocorrem até 1,5cm da zona de transição entre a mucosa oxíntica e a antral Não associadas a anormalidades nas mucosas duodenais Úlceras gástricas tipo II: Corpo do estômago em combinação com uma Úlcera duodenal Úlcera gástrica tipo III: Comportam-se como duodenais Úlceras gástricas tipo IV: Próxima à junção gastroesofágica, tem baixa incidência menor que 10% Comum no uso de AINES Hemorragia Complicação mais comum Quadro clínico: Melena – fezes com sangue semi-digerido Hematêmese – vômitos de sangue Doenças facilitam o sangramento: Alterações da coagulação sanguínea Hipertensão portal IR crônica Poliartrite nodosa Medicamentos que predispõe ao sangramento: AAS AINEs Corticoides Anticoagulantes Hemorragia Classificação de Forrest Diagnósticos Diferenciais Hérnia de hiato Afecções pilóricas Hérnia de hiato Definição: protrusão de parte do estômago para o mediastino no hiato esofágico do diafragma. Frequente na meia-idade ↔ alargamento do hiato esofágico ← enfraquecimento da parte muscular do diafragma Hérnia de hiato Hérnia de Hiato por deslizamento Parte abdominal do esôfago + Cárdia + Fundo deslizam superior// através do hiato esofágico Mais comum Possível regurgitação do conteúdo gástrico – devido a fraca ação de clampeamento do pilar D do diafragma Hérnia de Hiato paraesofágica A bolsa do peritônio com o fundo gástrico estende-se anterior// ao esôfago através do hiato esofágico Menos comum Região cárdia mantém-se na posição normal Não há regurgitação do conteúdo gástrico – pois o óstio cárdico está em sua posição normal Afecções pilóricas Piloespasmo Contração espasmódica do piloro – incapacidade de relaxamento normal das fibras de ML do canal pilórico Lactentes – entre 2 e 12 sem Estenose pilórica hipertrófica congênita Espessamento acentuado do ML no piloro 1/150 lactentes do sexo M e 1/750 lactentes do sexo F Piloro superdesenvolvido, alongado e duro → Estreitamento do canal pilórico Consequência: Dilatação da parte proximal do estômago
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