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Mogi das Cruzes - SP 2016 Metodologia Científica 1ª edição Armando de Melo Servo Constante Edson Demetrio Leal Ismael Cristo Reitor: Prof. Maurício Chermann EQUIPE PRODUÇÃO CORPORATIVA Gerência: Adriane Aparecida Carvalho Coordenação de Produção: Diego de Castro Alvim Coordenação Pedagógica: Karen de Campos Shinoda Equipe Pedagógica: Alessandra Matos, Graziela Franco, Vania Ferreira Coordenação Material Didático: Michelle Carrete Revisão de Textos: Adrielly Rodrigues, Aline Gonçalves, Claudio Nascimento, Telma Santos Diagramação: Amanda Holanda, Fábio Francisco, Nilton Alves, Priscila Noberto Ilustração: Everton Arcanjo, Noel Gonçalves Impressão: Grupo VLS / Jet Cópias Imagens: Fotolia / Acervo próprio Os autores dos textos presentes neste material didático assumem total responsabilidade sobre os conteúdos e originalidade. Proibida a reprodução total e/ou parcial. © Copyright UBC 2016 Av. Francisco Rodrigues Filho, 1233 - Mogilar CEP 08773-380 - Mogi das Cruzes - SP Sumário Sumário Apresentação 5 Os Professores 7 Introdução 9 1Unidade I Compreendendo a Metodologia Científica 11 1.1 Tipos de Conhecimento 11 1.1.1 Religioso 12 1.1.2 Mítico 13 1.1.3 Filosófico 14 1.1.4 Senso Comum 15 1.1.5 Científico 15 1.2 Técnicas de Pesquisa 17 1.2.1 Ex Post Facto 18 1.2.2 Sociometria 18 1.2.3 Análise de conteúdo 19 1.2.4 Histórica 19 1.2.5 Pesquisa Participante 19 1.2.6 Pesquisa Ação 20 1.2.7 Experimental 20 1.2.8 Documental 20 1.2.9 Estudo de caso 21 1.2.10 Bibliográfica 21 1.3 Tipos de Dados 22 1.3.1 Dados Primários e Secundários 22 1.4 Pesquisas Qualitativas e Quantitativas 23 1.5 Instrumentos de Pesquisa 24 1.6 Ética na Pesquisa 24 Referências da Unidade I 26 2Unidade II Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 27 2.1 Apontamentos de Trabalhos Científicos 27 2.1.1 Fichamento 27 2.1.2 Resenha 30 2.1.3 Resumo 30 2.2 Tipos de Trabalhos Científicos 32 2.2.1 Artigo 32 2.2.2 Monografia 34 2.2.3 Dissertação 35 2.2.4 Tese 35 2.2.5 Paper 36 Referências da Unidade II 37 3Unidade III Estrutura da Produção Escrita 39 Sumário 3.1 Construindo um Projeto de Pesquisa 39 3.2 Iniciando um Projeto de Pesquisa 41 3.2.1 Definição do Tema 42 3.3 Estruturando um Projeto de Pesquisa 44 3.3.1 Evidenciando o porquê da pesquisa 44 3.3.2 Finalizando o Projeto de Pesquisa 47 Referências da Unidade III 50 4Unidade IV Monografia e Artigo Científico 51 4.1 Monografia 51 4.1.1 Por que aprender a elaborar uma Monografia é importante? 52 4.1.2 Regras de Monografia e a ABNT 53 4.1.3 A escolha do tema de sua monografia 55 4.1.4 Uma visão geral da Estrutura do Trabalho 56 4.1.5 Estrutura externa do Trabalho - Capa e Lombada 57 4.1.6 Estrutura Interna do Trabalho 58 4.2 Artigo Científico 60 4.2.1 Diferenças e Semelhanças entre o Artigo Científico e a Monografia 60 4.2.2 Tipos diferentes de Artigos Científicos 61 4.2.3 A Estrutura de um Artigo Científico 61 Referências da Unidade IV 64 Apresentação 5 Apresentação Olá Caro(a) Aluno(a)! Seja bem-vindo(a) aos estudos da disciplina de Metodologia Científica. Espera- mos que possamos aprender muito durante o período de estudo que dedicaremos para tratar sobre essa disciplina. Você sabia que estudar a metodologia científica, além dos benefícios acadêmicos, poderá melhorar a qualidade dos relatórios e pes- quisas em seu trabalho? Pois é isso mesmo, você aprenderá algumas técnicas que lhe auxiliará no processo de desenvolvimento de pesquisa, coleta de dados e elabo- ração de relatórios para apresentação dos resultados obtidos. O objetivo desse estudo é proporcionar-lhe a capacidade de elaborar uma pes- quisa e apresentar os resultados obtidos de forma compreensível aos leitores, para isso você aprenderá os conceitos e tipos de pesquisas existentes, aprenderá, tam- bém, a produzir uma estrutura que lhe direcione ao desenvolvimento da pesquisa e por fim, porém com a mesma importância, aprenderá a padronizar essa estrutura da sua pesquisa em um padrão internacional, o padrão ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Objetivos da Disciplina: • Compreender a aplicação dos métodos científicos; • Identificar a compatibilidade entre a pesquisa desejada e o método a ser adotado; • Aplicar os resultados obtidos da pesquisa em um relatório final. Competências e Habilidades da Disciplina: • Compreensão da importância da Metodologia Científica na vida acadêmica e profissional; • Desenvolvimento de um projeto de pesquisa, proporcionando a base para o desenvolvimento de um trabalho final de curso. O Professor 7 Os Professores Prof. Edson Demetrio Leal Formado em Administração, pós-graduado em Mar- keting, Gestão Empresarial e Implementação e Ges- tão do Ensino a Distância. É mestre em Administração, Comunicação e Educação e graduando em Direito. Administra sua terceira empresa, além de atuar como professor. Prof. Armando de Melo Servo Constante Possui mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Atualmen- te é professor da Universidade Braz Cubas em cursos presenciais e a distância em tempo integral, atuando também como pesquisador e tendo atuado na pro- dução de material didático para a instituição. Tem ex- periência em pesquisa em História social, com ênfase nos temas: Mogi das Cruzes, século XIX, escravidão. Atualmente se dedica à pesquisa em Patrimônio e Educação Patrimonial e Arquivística. Prof. Ismael Cristo É mestre em Direito das Relaçãos Sociais pela PUC de São Paulo, professor na Graduação da Universidade Braz Cubas e no programa de Pós-Graduação da ESA – Escola Superior de Advocacia de São Paulo. Introdução 9 Introdução Você já reparou como as coisas estão mudando rapidamente no mundo? As co- midas, as roupas, os carros, o comportamento das pessoas, as estruturas de nossas cidades, os nossos equipamentos eletrônicos, tudo tem mudado. Mas, será que es- sas mudanças são planejadas? Será que existe algum tipo de instumento que possa controlar as necessidades dessas mudanças ou ainda um instrumento que justifique o motivo que leva essas mudanças acontecerem? As respostas para essas perguntas podem ser alcançadas por meio do estudo sobre a metodologia científica, uma ferramenta que auxilia no processo de com- preensão dos acontecimentos, que aqui chamaremos de fenômenos. Essa com- preensão pode auxiliar as empresas, assim como qualquer indíviduo, para que possa melhorar ou compreender o que tem ocorrido ao seu redor, também permite uma melhor preparação para o futuro, além da possibilidade de melhorar os erros do passado. É para isso que serve o estudo da metodologia científica, uma ferramenta para auxiliar no processo de compreensão e melhoria dos fenômenos, de tal modo que seja possível identificar causas e efeitos desses fenômenos, em outras palavras sig- nifica dizer que compreender a metodologia científica permitirá que você consiga pesquisar o que ocorre, ocorreu ou está prestes a ocorrer em um ambiente e por conta dessa informação você poderá planejar as ações necessárias para esses acon- tecimentos. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 11 1Unidade I Compreendendo a Metodologia Científica 1.1 Tipos de Conhecimento Quando pensamos em conhecimento, muitas vezes vinculamos esse termo à sabedoria, pois todo sábio adquire ao longo de sua vida diversos conhecimentos, ora porque recebeu a informação de alguém, outrora porque realizou a descoberta de alguma informação. Neste mesmo sentido é que você precisa compreender que o conhecimento representa a identificação ou descoberta sobre algumacoisa, algo que esteja sendo compreendido, seja através da observação ou da experiência com o mesmo, isso é o que chamamos de identificação de um fenômeno. Que tal utilizarmos exemplos para que possa compreender ainda melhor? En- tão vamos lá... Você estava caminhando em direção ao seu trabalho, encontrou uma peça na rua, mas não sa- bia que peça era aquela, então decidiu investigar. Chegando ao seu emprego realizou uma postagem em sua rede social perguntando se alguém conhecia aquela peça e por fim descobriu que aquela era uma bateria portátil para carga de celular. Viu? Essa é uma forma de produção de conhecimento. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 12 Outra situação ocorre quando você está no tra- balho, realiza o atendimento de um cliente e ele pede para que você envie junto com o produto a apólice, para que o mesmo tenha certeza de que a merca- doria está assegurada. Você, por não saber do que se trata, pede orientação para seu chefe em relação à identificação do que é uma apólice. Neste caso, mais uma vez, você estará produzindo o conhecimento. É necessário sempre afirmar que “o que era ontem, não será igual hoje e muito menos será igual amanhã”, logo, se o mundo muda, os conhecimentos novos preci- sam surgir para que tudo possa se adaptar a essas mudanças. Agora que tal conhecermos as classificações existentes de conhecimento? Vamos lá! 1.1.1 Religioso Antes de tudo, saiba que a intenção na apresentação desse tópico não é discu- tir religião, fé, doutrinas ou qualquer outro elemento que demonstre as diferenças e semelhanças religiosas. Este tópico servirá para que possamos compreender como é possível produzir um conhecimento religioso sem distinção de qualquer religião. O conhecimento religioso tem como base a compreensão do sobrenatural, con- dições que não podem ser comprovadas cientificamente, mas que a fé de cada indiví- duo fará com que aquele acontecimento seja compreendido, pois um Deus (algum ser supremo) revela no íntimo deste indivíduo o fenômeno que acaba de acontecer. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 13 (Fonte: https://sol2611.wordpress. com/2014/11/20/ora-tem-fe-nao-te-preocupes- padre-pio/. Acesso em 08/01/2016.) Imagine, por exemplo, um doente em um leito de hospital, em fase terminal, os médicos já não acreditam mais em sua recuperação, afinal os exames e até mes- mo as experiências anteriores de outros pacientes indicam que aquela pessoa não irá sobreviver por mais um dia. No dia se- guinte, após longas orações de amigos e parentes, aquele paciente que era dado como morto em poucas horas é encontra- do vivo e sem nenhum sinal da doença, totalmente recuperado. Para algumas pessoas isso poderá parecer que foi coincidência ou alguma re- cuperação incomum do organismo, porém para aquele que pediu e teve fé, essa é a realização de um milagre, esta pessoa pode até não compreender como de fato isso aconteceu, mas a fé que ela tem permitirá que acredite no poder sobrenatural de um Deus. Na maioria das vezes o conhecimento religioso tem como base uma doutrina, que pode ser ensinada pela experiência vivenciada por outras pessoas ou ainda pe- las doutrinas registradas em livros. 1.1.2 Mítico Quando somos convidados a compreender um mito, somos chamados a en- tender uma crença ou tradição popular sobre algo ou alguém, isto significa dizer que o mito é algo que não aconteceu de fato, mas que é utilizado para representar uma situação da qual uma população acredita ser verdade e, normalmente, utiliza um personagem para isso. Apesar de conter fato fantasioso, o mito pode representar uma verdade instituída em uma sociedade e o mais importante é que não precisa de provas, pois as pessoas o aceitam assim como ele é contado. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 14 Veja, por exemplo, a história de Hércules, que passou por vários desafios du- rante sua vida e, na maioria das vezes, correu risco de morte. Ao final sempre sobre- vivia e acabou se tornando um grande herói. Essa mitologia serviu para dizer que aquele que não foge a batalha e perseve- ra, mesmo diante as dificuldades, sempre alcançará grandes feitos. Muitas pessoas adotaram esse exemplo para si, pois se isso aconteceu com Hércules também acon- teceria com quem seguisse seus caminhos. 1.1.3 Filosófico Este é um tipo de conhecimento que busca a lógica de teorias para comprovar a natureza dos indivíduos, sejam seus valores, ou a realidade de vida dos indivíduos, buscando encontrar fundamento na origem das coisas. Apesar de seguir algum tipo de lógica para comprovação, o conhecimento filosófico não pode ser submetido à experimentação para que seja possível com- provar se de fato a teoria está certa, pois essa experimentação não se aplica neste tipo de conhecimento, afinal este conhecimento tem compromisso com as possí- veis verdades (hipóteses) encontradas pelo pesquisador, uma forma de especular o mundo real. É possível que pesquisas de cunho filosófico sobre o mesmo tema, com bases iguais, produzam resultados diferentes em virtude das divergências entre autores que não produzirão informação consensual, isto é, cada um chegará a uma definição diferente sobre o objeto do estudo. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 15 1.1.4 Senso Comum O senso comum, também chamado de conhecimento popular, é aquele no qual as pessoas aprendem durante suas rotinas, no desenvolvimento de suas atividades cotidianas. Nesse caso não há um objetivo do que se pretende aprender, um plane- jamento complexo ou grandes pretensões em relação ao objeto a ser compreendido. O contato do indivíduo com este conhecimento ocorre em decorrência da per- cepção das pessoas com os objetos que possuem contato, mas isso é superficial, pois não há qualquer interesse desse indivíduo em se aprofundar no estudo desse fenômeno, ou seja, não há motivos que levem o indivíduo a querer conhecer, ainda mais, sobre aquele conhecimento adquirido porque tudo parece normal, sem gran- de relevância, pois as coisas simplesmente acontecem. Para que sua compreensão sobre esse tipo de conhecimento se torne mais simples, imagine que esse conhecimento tem como base a experiência e as observações (empírico) diárias de um indivíduo em relação a um objeto, uma forma espontânea de aprender, por exemplo, quando o indivíduo apren- de que ao tomar banho de chuva é necessário, em seguida, tomar banho de chuveiro com água quente para não adoecer de gripe. 1.1.5 Científico Quando pensamos no modelo científico temos como base desse conhecimen- to a relação esquematizada de um mecanismo para comprovação do objeto de es- tudo, isto é, o conhecimento científico é aquele que exige o esforço do indivíduo em interpretá-lo, o indivíduo possui a intenção de desvendar a informação até então desconhecida. Normalmente esse tipo de conhecimento surge em detrimento das necessida- des de responder às perguntas de um problema que ainda não foram respondidas, uma inquietação do indivíduo para que possa conhecer um fenômeno. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 16 Este tipo de conhecimento deve sofrer experiências e pesquisas para que de fato se descubra porque o fenômeno ocorreu ou está ocorrendo. Veja, por exemplo, o surgimento de uma nova doença, para conse- guir a vacina que solucione o problema é necessário reali- zar diversas pesquisas até que se chegue ao conhecimento do que é preciso fazer para combater essa doença. Para chegar ao resultado deste conhecimento é necessário utili- zar instrumentos de pesquisas que propiciam o direciona- mento das respostas que se pretendealcançar. A tabela abaixo irá facilitar a compreensão e comparação desses tipos de co- nhecimentos que foram apresentados. Tabela 1.1 – Tipos de Conhecimento TIPO CARACTERÍSTICAS EXEMPLO Religioso Compreensão do sobrenatural, sem comprovação científica, revelada por um ser supremo (DEUS). Doente terminal curado sem explicação científica (milagre). Mítico Crença ou tradição popular de fato fantasioso, mas que pode embasar uma verdade instituída em uma sociedade. Hércules passou dificulda- des e risco de morte, mas por perseverar virou herói. Filosófico Origem histórica das coisas para pro- var o comportamento ou aconteci- mento na vida de um indivíduo. Busca do sentido da vida: a) o homem existe para repro- dução; b) o homem existe para cumprir a função social de suporte mútuo. Senso Comum Conhecimento popular adquirido no dia a dia decorrente da percepção e experiência de cada indivíduo. Após um banho de chuva é necessário um banho quen- te de chuveiro para não adoecer por gripe. Científico Necessidades de respostas a questio- namentos que exige a construção de procedimentos estruturados para co- leta de dados. Pesquisa sobre uma nova doença para se produzir a cura. Fonte: elaborado pelo autor Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 17 1.2 Técnicas de Pesquisa Quando pensamos em técnica de pesquisa imaginamos os passos que serão utilizados para alcançar as informações esperadas e é isso mesmo que você alu- no precisa imaginar nessa parte de nosso conteúdo. Seu questionamento para uma pesquisa deve ser: “e agora, como eu faço para descobrir essa informação?” Você perceberá que a resposta vai indicar o caminho a seguir e esse caminho é o que cha- mamos de técnica de pesquisa. Que tal se explorarmos ainda mais o que significa essa técnica de pesquisa aprendendo alguns tipos existentes? Além disso, podemos compreender, sem a riqueza dos detalhes, essas pesqui- sas através da tabela abaixo. Então vamos lá! Tabela 1.2 – Técnicas de Pesquisa TIPO CARACTERÍSTICAS EXEMPLO Ex Post Facto Depois que o fenômeno ocorreu. Investigação de um Homicídio. Sociometria Medição de índices sociais. Investigação da relação dos indiví- duos no ambiente de trabalho. Análise de Conteúdo Compreensão das informações contidas em uma comunicação (verbal, escrita ou gestual). Pronunciamento em um discurso. Histórica Mudanças das coisas ao longo do tempo, permitindo compa- ração e projeção de fatos. Análise da árvore genealógica indicando o grau de parentesco com os antepassados. Participante O pesquisador se “veste” de pesquisado para “sentir na pele” o impacto do fenômeno. Pesquisador se transformando em índio, por determinado tempo, para avaliar os rituais da tribo. Pesquisa Ação Pesquisador e pesquisados atuam juntos para solucionar o problema da pesquisa. Atuação dos psicólogos para auxi- liar no tratamento dos pacientes. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 18 Experimental O pesquisador altera o objeto da pesquisa para avaliar o que irá acontecer em relação aos resultados. Pesquisas em plantações onde as sementes são alteradas para pro- dução de melhorias no plantio. Documental Tem como base qualquer do- cumento não científico. Gravações, relatórios de empre- sas, manuscritos etc. Estudo de Caso Investigar um único objeto, ainda que haja outros simila- res. Investigar a cura de uma doença em um hospital específico. Bibliográfica Pesquisas em fontes já regis- tradas e disponíveis para con- sulta. Livros, artigos, revistas, disserta- ção, tese etc. Fonte: elaborado pelo autor 1.2.1 Ex Post Facto Esse termo indica após a ocorrência do fato, isso quer dizer que a pesquisa ex post facto é aquela que produzirá informações sobre um fenômeno após a sua ocorrência, isso normalmente ocorre para que seja possível identificar as causas que levaram a aquela ocorrência, por exemplo, o trabalho investigativo da polícia após a ocorrência de um homicídio (a morte de uma pessoa por outrem), nesse caso a investigação acontecerá após a ocorrência do fenômeno (morte). 1.2.2 Sociometria É uma das formas utilizadas para medir índices sociais em determinados gru- pos, por exemplo, medir o nível da relação entre os indivíduos dentro de um ambien- te de trabalho. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 19 1.2.3 Análise de conteúdo Essa é uma das técnicas utilizadas para compreensão das comunicações trans- mitidas através de mensagens, sejam elas escritas, verbais ou gestuais. O que se espera nessa técnica é a compreensão do que se pretende passar como informação em uma mensagem, veja, por exemplo, em um pronunciamento, muitas vezes, a mensagem a ser lida transmite uma informação, a postura corporal transmite outra, e ainda é possível que a entonação da voz possa produzir outra mensagem diferente das que foram produzidas no texto e na entonação da voz. 1.2.4 Histórica Toda informação tem sua origem, assim como há a constante mutação das coi- sas, por isso é que se torna importante a pesquisa histórica, pois as informações se- guem uma linha informativa (apenas transmitem o que aconteceu) ou comparativa (verifica as mudanças do fenômeno ao longo do tempo) dos acontecimentos em rela- ção a um fenômeno. Neste processo é possível identificar as influências do passado nos dias atuais, veja que este tipo de pesquisa pode ser aplicado em uma pesquisa que tem como objetivo identificar uma árvore genealógica (linha de parentesco). 1.2.5 Pesquisa Participante Como o próprio nome sugere, este é o tipo de pesquisa que para levantar as in- formações o pesquisador participa como integrante de todas as atividades do fenô- meno, seu objetivo é observar o que ocorre e descrever sua experiência, bem como a percepção dos indivíduos que vivenciam o fato pesquisado. Para que você entenda melhor, imagine que um pesquisador quer compreender qual o funcionamento de um dia festivo em uma tribo indígena, então ele assume provisoriamente a função de um índio e passa a conviver na tribo durante todo o tempo em que houver o festejo que ele pretende investigar, realizando todas as atividades que outro índio da tribo desenvolveria. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 20 1.2.6 Pesquisa Ação A pesquisa ação é aquela em que o pesquisador atua junto com os pesquisa- dos, na qual o objetivo é a promoção de solução ou esclarecimento do objeto pes- quisado, em outras palavras significa dizer que o pesquisador não tem a exclusiva função de coleta das informações, ele auxilia no processo de condução dos resulta- dos que se espera coletar nas pesquisas, onde o mais importante é que haja a parti- cipação conjunta entre pesquisador e pesquisados. É possível apresentar como exemplo da pesquisa ação a atuação dos psicó- logos, pois o objetivo principal de sua pesquisa é identificar o que causa incômodo a vida do paciente, além disso, ele deve auxiliar no processo de direcionamento da solução desses problemas. 1.2.7 Experimental A pesquisa experimental é aquela em que o pesquisador altera o objeto da pesquisa para identificar os impactos que podem ser verificados em decorrência dessa alteração, ela possui uma relação de causa e efeito, isto é, procura-se produzir alterações nas amostras para identificar os resultados que são possíveis obter dessa modificação. Neste tipo de pesquisa, além da condição de alteração da amostra é im- portante o processo de observação dos efeitos produzidos pela modificação realiza- da pelo pesquisador. É comum esse tipo de pesquisa em laboratórios de agronomia onde se busca uma alteração de sementes paramelhoria da qualidade do plantio. 1.2.8 Documental A pesquisa documental é aquela que tem como base documentos em geral, impressos, digitais, gravações ou outros, mas que não passaram por uma produção científica, como é o caso dos livros. Esse tipo de pesquisa é muito comum nas empre- sas quando estudados os relatórios, planilhas e notas fiscais para a realização de um estudo de viabilidade de investimento em um negócio. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 21 1.2.9 Estudo de caso O estudo de caso é sempre mais específico, o que se pretende é investigar um único objeto, ainda que outros objetos com características similares possam produ- zir resultados diferentes. Além disso, é necessário que o investigador vá até o local onde os fenômenos ocorreram para que possa identificar com o máximo de detalhes todos os fatos que poderão ser verificados. Para que seja possível realizar um estudo de caso é necessário que o pesquisa- dor disponha de informações suficientes e que possam ser verificáveis, pois somente assim é que será possível compreender o fenômeno. Para que você possa compreender melhor, imagine que um hospital cujo nome seja “Cura Nossa Dor”, na cidade de Prudente, está apresentando um alto índice de recuperação de pacientes com doenças de Câncer, para compreender o fato um pes- quisador vai até o hospital e avalia todos os exames e os atendimentos dos pacien- tes, se for preciso pede acesso a outros documentos para identificar o que ocorreu para que houvesse alto índice de cura. 1.2.10 Bibliográfica A pesquisa bibliográfica é aquela realizada em fontes de pesquisa já disponí- veis em registros anteriores como livro, revistas, artigos, monografias, dissertação, tese e jornais, entre outras existentes. Nesse caso utiliza-se como base o que outros pesquisadores já identificaram acerca do fenômeno. Para este tipo de pesquisa é importante que as fontes sejam confiáveis para garantir a eficiência da pesquisa, pois é comum a disponibilização de fontes sem a devida veracidade dos fatos, assim como comumente podemos avistar na internet. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 22 1.3 Tipos de Dados Imagine que você foi à feira e o feirante disse que o tomate havia aumentado de preço, em seguida, ao retornar para sua casa assistiu uma reportagem que dizia que uma forte chuva assolou a região mais produtiva de tomate do lugar onde mora. Essas duas mensagens (aumento do preço e forte chuva) repre- sentam os dados, que em separados não lhe permite chegar a uma conclusão, porém quando unidos lhe permite compreender o porquê do aumento do preço do tomate. $ $ $ $ $ Essa compreensão é o que chamamos de informação, logo, a informação é represen- tada por um conjunto de dados que permite a compreensão acerca de um objeto. Representa um pedaço de uma informação, ou ainda uma informação não tratada. Dado Estudar os dados, principalmente as formas de obtê-los é muito importante porque permitirá a você, bem como a qualquer pesquisador, compreender um fenô- meno do qual se realiza uma investigação, mas para isso é necessário compreender que esses dados já poderão ou não estar disponíveis para realização de um estudo e é exatamente isso que classifica os tipos de dados, estar ou não disponíveis. 1.3.1 Dados Primários e Secundários Os dados primários são aqueles inéditos, que ainda não haviam sido pesquisados e que servirão para o objeto da pesquisa que está em an- damento, pois ainda não foram dis- ponibilizados para que outras pes- soas possam realizar seus estudos. Sendo assim, ao pensar em dados primários imagine que estamos tra- tando de algo inédito. Por outro lado temos os dados secundá- rios, que são opostos aos primários em re- lação ao fator de ineditismo, isso porque os secundários são os dados disponíveis em alguma fonte de pesquisa, isto é, são dados oriundos de pesquisas realizadas outrora e que são disponibilizadas em livros, revistas, artigos, internet, além de outros meios, e que ficam disponíveis para quem delas qui- ser se servir. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 23 Exemplificando... Imagine que em período de eleições para presidente da república no Brasil um partido contrata um instituto de pesquisa, como o IBOPE, para verificar o desempenho do seu candidato, neste caso a produção des- ses dados será primária, pois a pesquisa naquelas condições (condições de data, horário, população, região etc.) é inédi- ta. Se após a publicação desses dados um cientista político resolver comparar essa pesquisa com outras desenvolvidas em outros períodos esses dados serão secundários, pois já estavam disponíveis em fontes de consulta. 1.4 Pesquisas Qualitativas e Quantitativas Além dessa relação de dados primários e secundários a pesquisa assume outra classificação em relação ao tipo de resultado produzido, ou seja, o resultado desses dados (primário ou secundário) postula uma classificação em relação ao seu objeti- vo, seja ele para demonstrar uma qualidade indicando uma característica do objeto pesquisado ou apenas para quantificar um fator que se repete ao longo da pesquisa. As pesquisas qualitativas são aquelas em que não é importante transmitir a quantidade de vezes que um fenômeno se repete, mas sim as suas causas e efeitos. Imagine que em um hotel internacional vários trabalhado- res estão se afastando do trabalho por problemas de saú- de, nessa pesquisa o objetivo é descobrir o motivo (causa) que leva a essa condição, que poderia ser, por exemplo, uma bactéria trazida por um hóspede a qual o organismo dos funcionários não está preparado para combater. Imagine nesse mesmo exemplo se a causa do afastamento já fosse conhecida, mas o impor- tante seria identificar os impac- tos causados a lucratividade da empresa, neste caso a pesquisa seria quantitativa. Também é possível que haja uma pesquisa que necessite tanto de dados quantitativos, quanto dados qualitativos, nesse caso a pesquisa será classificada como qualitativa e quantitativa (Quali/ Quanti). Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 24 1.5 Instrumentos de Pesquisa Quando pensamos em instrumentos de pesquisa é necessário saber que es- tamos tratando das ferramentas que permitirão a construção da informação, essas ferramentas são classificadas em: É aquela em que o pesquisador conduz uma conversa através de perguntas, suposições ou afirmações, para que o respondente apresente as informações que se pretende obter. Muito parecido com a entrevista, porém as perguntas po- dem ser abertas ou fechadas e são pré-formuladas e o pesquisador não exerce nenhuma interferência, ou ele se limita a ler as perguntas, ou apenas as entrega para que o respondente apresente suas respostas. ENTREVISTA QUESTIONÁRIO 1.6 Ética na Pesquisa Toda pesquisa deve respeitar aquilo que moralmente é aceitável tanto para quem será pesquisado, quanto para quem receberá aquela informação, por isso é necessário que ao realizar uma pesquisa o pesquisador tome cuidado em relação ao que é permitido ou não fazer. Em cada área existe uma especificidade a ser conside- rada, mas para que possa compreender veja alguns exemplos do que é necessário considerar em uma pesquisa: Em uma pesquisa o ideal, caso seja possível, é que não seja exposto o nome do entrevistado para não produzir constrangimen- to com a exposição dos dados do indivíduo. Em casos de crianças o ideal é nunca citar os nomes, caso seja impor- tante identificá-la utilizar nomes fictícios ou apenas as letras iniciais de seu nome. Nunca fazer perguntas que possam constranger o en- trevistado, pois isso pode fazer com que o mesmo apresente uma resposta di- ferenteda verdadeira, por exemplo, perguntar a uma pessoa se ela já praticou al- gum crime. Unidade 1Compreendendo a Metodologia Científica 25 Não podemos esquecer que plágio é crime, nunca deixe de dar crédito aos autores que desenvolveram um determinado conteúdo. Conheça mais: Para compreender melhor a pesquisa participante acesse vídeos na in- ternet sobre o Reality Show “Perdidos na Tribo”. Este material mostra a interação e experiência de famílias que passaram alguns dias em tribos indígenas para compreender a vida daquela sociedade. Aprendemos que: A pesquisa, seja científica ou não, é muito importante e está inserida no dia a dia de todas as pessoas, por isso é que é muito importante a compreen- são dos procedimentos, bem como os tipos existentes de pesquisas, para que adequando-as ao objetivo se consiga resultados mais eficientes. O material no livro didático representa apenas uma parte do conteúdo que você precisa compreender para o estudo dessa disciplina, então não se esqueça de acessar ao AVA e assistir às videoaulas, além de estudar os materiais que estão em nossa midiateca, e pesquisar as referências que utilizamos. Dica de Leitura: Para aumentar a profundidade do que você estudou nesse capítulo consul- te os livros de metodologia disponíveis em nossa biblioteca virtual, lá você encontrará diversos livros... - BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica. 3ª Edição. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2007. - MAGALHÃES, Gildo. Introdução à Metodologia de Pesquisa. São Paulo: Editora Ática, 2005. Unidade 1 Compreendendo a Metodologia Científica 26 Referências da Unidade I BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica: Um guia para iniciação científica. 2ª. Edição Ampliada. São Paulo: Pearson Education, 2000. MARCONI, Mariana de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da Metodologia Científica. 6ª. Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2005. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª. Edição, revista e atualizada. São Paulo: Editora Cortez, 2007. A Braz CubasUnidade 2Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 27 2Unidade II Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 2.1 Apontamentos de Trabalhos Científicos Os trabalhos científicos são desenvolvimentos complexos que exigem certa atenção do pesquisador, pois a quantidade de informação pode fazer com que du- rante a elaboração do trabalho algumas informações se percam ou então que as referências sejam deixadas para trás, por isso o ideal é que seja realizado um apon- tamento eficiente sobre todo o material que está sendo desenvolvido, mas como isso não é uma tarefa fácil, vamos auxiliar você em relação à facilitação do desen- volvimento da sua pesquisa e para isso vamos aprender juntos sobre fichamento, resenha e resumo. Vamos lá? 2.1.1 Fichamento O fichamento é o ato de registrar em uma ficha tudo o que encontra sobre o objeto de estudo, isto é, de anotar os dados relevantes para seu trabalho, de forma que quando necessário você consiga fazer a utilização eficiente deste material, con- siga encontrar a fonte onde foi pesquisado, compare a referência de um autor com a de outro. Em suma, o objetivo é deixar todo o material pesquisado organizado para que seja possível construir a sua pesquisa. A Braz CubasUnidade 2 Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 28 De forma geral as fichas precisam permitir que o pesquisador consiga: Fonte: Elaborado pelo autor Partindo dessas informações é possível imaginar o que deve ser construído em um fichamento, os itens que comporão as fichas são: As fichas podem conter mais ou menos informações conforme a necessida- de do autor, por exemplo, podem não conter resumo, apenas as citações do autor, assim como também podem não conter comentário ou crítica, também poderão ir além contendo indicativo de qual parte do trabalho aquela informação será inserida e assim por diante. Logo, significa dizer que o fichamento pode ser adaptado para atender melhor a pesquisa que se pretende elaborar. A tabela abaixo representa um exemplo de fichamento. A Braz CubasUnidade 2Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 29 Tabela 2.1 – Exemplo de Fichamento FICHAMENTO REFERÊNCIA LEAL, Edson Demetrio. Tópicos Avançados de Administra- ção. Mogi das Cruzes, SP: Universidade Braz Cubas, 2013. LOCAL DE CONSULTA Biblioteca Física Universidade Braz Cubas. DATA DE CONSULTA 10/12/2015. CITAÇÃO A teoria da firma se preocupa em estudar o comportamen- to da empresa e apresenta um conceito no qual a firma representa uma produtora de bens que se baseia na de- manda de mercado (LEAL, 2013, p. 13). RESUMO Esse estudo traduz a relação da missão das organizações em geral sob a ótica da relação de consumo, conceito no qual se conhece como Teoria da Firma, onde a empresa serve para a produção de bens em virtude de uma deman- da do público alvo. COMENTÁRIO Este material pode ser aproveitado para utilização da cons- trução da introdução do artigo. Fonte: Elaborado pelo autor Veja que os fichamentos são compostos por informações bastante objetivas e fáceis de ser interpretadas para uma utilização futura da construção de sua pesqui- sa, além disso eles poderão ser feitos impressos ou digital, o importante é que este- jam seguros para que no momento necessário possam ser encontrados e utilizados em sua pesquisa. A Braz CubasUnidade 2 Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 30 2.1.2 Resenha 2.1.3 Resumo O resumo é tão importante quanto a resenha e poderá auxiliá-lo no desenvol- vimento de sua pesquisa quando precisar avaliar a aplicabilidade do material pesqui- sado em seu trabalho de pesquisa. Ao produzir um resumo, quem o faz não pode imprimir suas ideias, pois ali deve conter somente o que o autor transmite em sua obra, sem que haja interfe- rência do desenvolvedor do resumo, sendo assim somente é possível o desenvol- A Braz CubasUnidade 2Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 31 vimento após a compreensão de toda a mensagem transmitida no texto, também é necessário respeitar a ordem com que as informações aparecem no texto, pois o autor pode ter criado uma linha de raciocínio que só é possível compreender seguin- do o fluxo de informação que ele projetou, como se fosse pré-requisito para que seja possível compreender o tópico seguinte. Fonte: Elaborado pelo autor Nos quadros abaixo é possível, através do exemplo, compreender o resumo de um texto: CADEIA LOGÍSTICA NO MERCADO INTERNACIONAL Trecho retirado do livro didático de Logística Internacional da Universidade Braz Cubas. LEAL, Edson Demetrio. Logística Internacional. Mogi das Cruzes: Universidade Braz Cubas, 2012. A cadeia logística, também tratada por cadeia de suprimentos, possui relação direta com a logística, no entanto, ao tratar a cadeia de logística você será induzido a pensar no abastecimento da matéria-prima até que o produto chegue ao seu destino final. Talvez você esteja se perguntando qual a diferença entre a cadeia logística e a lo- gística, é bem simples, a cadeia logística possui uma preocupação com a aquisição de matéria-prima para a fabricação do produto final, para que posteriormente seja pensado nos métodos de transporte do produto até que chegue ao consumidor final, estruturando a aceitação desses clientes pelo produto (pós-venda). Por outro lado, o objetivo principal da logística consiste na movimentação do produto para que este chegue ao seu destinofinal. Resumo do trecho do Livro: Logística Internacional A cadeia Logística, que também assume o nome de cadeia de suprimentos, é o pro- cesso que se inicia com o abastecimento de matéria-prima dentro da indústria até a chegada do produto pronto nas mãos do consumidor final, enquanto isso, a logística se limita a movimentação da matéria-prima e do produto. A Braz CubasUnidade 2 Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 32 Veja que este resumo não se propôs a fazer cópia literal ou parcial do material disponível no texto, mas teve como função apresentar as principais ideias contidas no texto desenvolvido pelo autor e é assim que os resumos precisam ser feitos. 2.2 Tipos de Trabalhos Científicos São diversos os tipos de trabalhos científicos, alguns mais acadêmicos e outros menos, mas de qualquer forma todos com o mesmo objetivo, produzir ciência. Que tal se compreendêssemos aqueles que são mais utilizados por nós aqui na Universi- dade Braz Cubas? 2.2.1 Artigo Os artigos são desenvolvidos com o objetivo de publicação em revistas e ar- tigos científicos, também são utilizados para apresentação em congressos, quase sempre direcionado para um público especializado no tema que norteia o artigo. O que mais nos importa é sua estrutura, pois ele é formado por: a) Introdução: É a ação de inserir o leitor no ambiente do material que ele irá ler. Faz com que possa aproximar-se daquele mundo que será pesquisado, também pode ser utili zado como ato preparatório para que o leitor t enha os conhecimentos mínimos dos pré-req uisi- tos para entendimento do trabalho. b) Resumo/ Abstract: Conforme já vi- mos, o resumo é uma descrição do que irá conter no trabalho, com deta- lhamento necessário para que o leitor compreenda o que está por vir em sua leitura. O abstract é a tradução do re- sumo para o inglês. c) Palavras-Chave: São algumas (em média entre 3 e 5) palavras que auxiliam o processo de busca quando necessário. Essas palavras são termos importantes no trabalho. e) Resultado da Pesquisa: É a apresentação, propriamente dita, do que foi percebido na pesquisa de campo, do que se conseguiu de resposta da aplicação de questionários, entre-vistas, roteiros e até mesmo da observação realizada pelo autor. d) Referencial Teórico: Nesta parte será colocado todo o material apresen- tado pelos diversos autores pesquisa- dos e que dão base para a comprova- ção do problema estudado. A Braz CubasUnidade 2Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 33 i) Referências: É parte em que se apresenta a bibliografia que foi utilizada na produção do estudo. j) Anexo ou Apêndice (quando houver): São documentos, normalmente apresentad os na ín- tegra, que complementam o entendimento de alguma fase do trabalho e que p or ter sido citado e ser relevante passa a ser adicionado para que o leitor possa pesquisar com maior profundidade. Não se preocupe com esses termos que agora parecem técnicos, pois iremos tra tar des- ses assuntos, um a um, nas unidades seguintes de forma muito mais deta lhada. h) Considerações Finais: Nessa fase é que se apresentam as limitações do trabalho e as propostas de continuidade daquela pesqui- sa, outras informações que poderão conter nesta fase devem se limitar a não adentrar na discussão dos resultados, a não ser que este item não tenha no trabalho e que você o faça junto às considerações finais. f) Metodologia: Indica o método que foi utilizado para desenvolver a pesquisa. g) Discussão dos Resultados: Nesta fase o que se espera é que seja possí-vel relacionar o que os autores disse-ram sobre aquele assunto (referencial teórico), com o que foi descoberto no resultado da pesquisa, pois essa ação permitirá que o trabalho seja confirma-do ou contestado em relação ao que se pretendia descobrir. Normalmente o local de publicação determina as regras de formatação e quan- tidade de páginas, quando este não o fizer o recomendado é que seja seguido o padrão ABNT, normas que também estudaremos nas próximas unidades. O padrão ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) não apresenta o número de pági- nas, mas é comum que os locais de publicação aceitem artigos de 10 a 20 páginas. O artigo é um trabalho reduzido como se percebe pela quantidade de páginas, porém ele é bastante específico e preciso, é necessário que o tema e o problema do artigo sejam bastante precisos (delimitados) para garantir que o material produzido atenda a esse critério de quantidade. Além disso, deve ter relevância e trazer alguma solução para um problema que seja vivenciado de fato por alguém. Na imagem que segue é apresentada uma capa de um artigo científico publi- cado no ano de 2015 na Universidade Braz Cubas. Caso queira conhecer mais os artigos científicos acesse a nossa plataforma do ENCIBRAC (Encontro Científico da Universidade Braz Cubas) e baixe alguns artigos para que possa compará-los ao seu estudo. Caso você não encontre o artigo apresentado na capa que foi publicado na edição de 2015 da revista, busque por artigos em outros anos, pois assim você terá um melhor entendimento de como produzir seu artigo. A Braz CubasUnidade 2 Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 34 O endereço do site do ENCIBRAC é http://www.encibrac.com.br/ Consumidor Feminino de Cerveja: Interferências do Investimento na Qualidade do Atendimento RESUMO O presente artigo analisa a evolução do marketing e a transição das relações entre clientes e fornecedores, com o bojetivo de conhecer os resultados no investimento na qualidade do atendimento ao consumidor, onde será direcionado o foco na análise dos consumidores do sexo feminino, a fim de detectar o que atrai este perfil de cliente para o consumo de cerveja na região da Grande São Paulo. Palavras-chave: Consumidor; Consumidor GFeminino; Marketing Relacionamen- to; Qualidade do atendimento; Cerveja. 2.2.2 Monografia Produz certa semelhança com um artigo científico, porém é possível aumen- tar a profundidade do estudo em relação ao nível de delimitação, pois permite que sejam abordados outros fatores um pouco menos específicos do que o artigo, isso porque a monografia é um trabalho especificamente acadêmico, que possui como função estruturar em um único trabalho todo o conhecimento adquirido ao longo do curso, através da realização de pesquisas científicas. Sendo assim, ele comporta várias áreas do conhecimento. As monografias são utilizadas para outorgar a titulação de graduação ou pós- graduação Lato Sensu, enquanto o artigo não tem essa função. As monografias tam- bém não precisam tratar de assuntos inéditos, tampouco precisam propor soluções para problemas reais, pois a intenção desse trabalho é demonstrar a capacidade do aluno em sintetizar os conhecimentos, transpondo-os através de texto para que qualquer leitor consiga compreender aquela ideia. A Braz CubasUnidade 2Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 35 A estrutura de uma monografia, normalmente, segue o padrão da instituição que requer este trabalho, mas ainda assim é similar àquela apresentada para um artigo, com a diferença de que será acrescentado um sumário, poderão ser acres- cidos agradecimentos e epígrafe e para alguns casos é acrescentado o pré-projeto (estudaremos em nossa próxima unidade). 2.2.3 Dissertação A dissertação também é um trabalho de conclusão de curso, porém para con- ferir o título de mestrado a um aluno. Na dissertação não há a obrigatoriedade de construção de algo inédito, assim como é o caso das monografias. O objetivo é tratar em profundidade acerca de um tema, porém com uma extensão de conteúdo mais ampla do que no caso das monografias, que selimitam aos conhecimentos adquiri- dos ao longo do curso de graduação. Também não há regras quanto ao número de páginas, porém é comum en- contrar trabalhos composto por 100 a 120 páginas. O seu foco é a construção de um estudo que permita a solução de um problema real existente em alguma área, ainda que sua aplicação prática não aconteça de fato. 2.2.4 Tese A tese é desenvolvida para obtenção de grau de doutorado ou livre docente. Ela deve apresentar o desenvolvimento de um conhecimento inédito, algo que per- mita a criação de uma teoria, ou ainda a contestação de uma teoria existente. Ela deve apresentar solução para problemas relevantes e de grande importância social, com a obrigatoriedade da comprovação de seus resultados, seja pela exaustão da pesquisa bibliográfica, seja pela exaustão da pesquisa de campo. O convencimento dos leitores acerca da solução do problema se dá com a cons- trução e apresentação das razões, fundadas em evidências, fatos e raciocínio lógico que demonstrem que realmente é possível e viável a solução de determinado problema. Quanto ao seu tamanho, assim como os outros trabalhos científicos, não há uma regra em específico, mas normalmente as apresentações contém entre 150 e 190 páginas de estudo. A Braz CubasUnidade 2 Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 36 2.2.5 Paper O paper é a representação de um pequeno artigo, porém com a apresentação de um posicionamento pessoal de especialistas no assunto, onde será apresentado apenas o que realmente é importante e descarta-se o que é irrelevante ao problema do estudo. Na maioria das vezes ele apresentará apenas os resultados obtidos do desenvolvimento das pesquisas, sendo a principal função estudar resultados sobre assuntos novos ou inovadores, ou ainda um novo olhar sobre algo já publicado. Não há impedimentos quanto à produção de teoria em um paper, porém essa deverá ter uma objetividade ainda maior do que nos outros trabalhos científicos, sem esquecer que de fato o pesquisador que desenvolve o paper deverá apresentar suas reflexões acerca do problema, no sentido de resolvê-lo. Quanto ao seu tamanho pode ser definido pela instituição que o recebe, mas normalmente são aceitos trabalhos contendo entre 2 e 5 páginas, sendo essa a prin- cipal diferença entre os outros trabalhos de produção científica. Conheça mais: Nos cursos de graduação acadêmica em primeiro nível (tecnologias, licen- ciaturas e bacharelados) os trabalhos mais comuns são monografias e ar- tigos, que muitas vezes são chamados de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) ou TC (Trabalho de Curso). Vá até a biblioteca ou mesmo no site do ENCIBRAC e visualize os modelos de trabalho que estão disponíveis por lá. Aprendemos que: Os trabalhos científicos são similares, suas diferenças norteiam o nível de aprofundamento dado a cada estudo, bem como a sua relação com o ine- ditismo, mas de toda forma o mais importante é que esses trabalhos pro- duzam relevância para a sociedade. O material no livro didático representa apenas uma parte do conteúdo que você precisa compreender para o estudo dessa disciplina, então não se esqueça de assistir as videoaulas, pesquisar as nossas Dicas e Complemen- tos, além de pesquisar as referências bibliográficas que utilizamos. A Braz CubasUnidade 2Compreendendo as Diferenças entre os Trabalhos Científicos 37 Dica: Para aprofundar o que você estudou nessa unidade consulte os livros de metodologia disponíveis em nossa biblioteca virtual. Referências da Unidade II BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica: Um guia para iniciação científica. 2ª. Edição Ampliada. São Paulo: Pearson Education, 2000. MARCONI, Mariana de Andrade; LAKATOS Eva Maria. Fundamentos da Metodologia Científica. 6ª. Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2005. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª. Edição, revista e atualizada. São Paulo: Editora Cortez, 2007. A Braz CubasUnidade 3Estrutura da Produção Escrita 39 3Unidade III Estrutura da Produção Escrita 3.1 Construindo um Projeto de Pesquisa Vamos pensar a construção de um projeto de pesquisa. Para isso, vamos refle- tir sobre algumas questões básicas: Antes de qualquer coisa, é necessário compreender que um projeto de pesqui- sa é uma etapa indispensável da construção do conhecimento científico. Portanto, embora seja óbvio, é uma importante parte para o conhecimento acadêmico/cientí- fico. Em outras palavras, o que deve motivar a construção de um projeto de pesquisa é o conhecimento. A Braz CubasUnidade 3 Estrutura da Produção Escrita 40 Respondendo à primeira questão: Por que fazer um projeto de pesquisa? Você vai precisar começar a se preocupar com um projeto de pesquisa toda vez que necessitar construir um trabalho aca- dêmico de maior porte, como um Trabalho de Curso (TC), um trabalho de Iniciação Científica (IC), um trabalho de pós-gra- duação (tanto lato sensu quanto stricto sensu). E, acredite, não é apenas pela formalidade acadêmica, mas pela necessidade de organização para a construção de um trabalho acadêmico em todas as áreas do conhecimento. E isso nos leva à segunda questão: Para que serve um projeto de pesquisa? Serve para organizar a construção de um trabalho acadêmico, e, em todos os níveis, da graduação a pós, os projetos são requisitados. Além disso, quando se compreende como se faz um projeto corretamente, percebe-se que este serve para orientar o pesquisador e não deixá-lo perder o foco do seu trabalho. Qual a importância da estrutura do projeto de pesquisa? Um projeto é estruturado de forma lógica, de forma a facilitar a montagem de um trabalho. Imagine construir uma casa contando com todo material de construção, equipe de construtores, mas sem projeto. Como começar? Quantos imprevistos não ocorreriam? Um projeto de pesquisa tem o mesmo princípio. Um pesquisador pode achar que um projeto não é necessário, pois ele é capaz de trabalhar com os dados cole- tados, ler e fichar a bibliografia e escrever o texto final. Fazer tudo isso sem um projeto é sujeitar-se a uma série de riscos, além da possibilidade de sair do foco, o que pode custar uma reprovação num TC ou IC, ou mesmo numa disciplina regular. Não queremos correr esse risco, certo? A Braz CubasUnidade 3Estrutura da Produção Escrita 41 Antônio Joaquim Severino, professor que trabalha há muitos anos na área de metodologia científica, produziu um interessante fluxograma da elaboração do tra- balho científico que será útil para compreendermos as etapas de construção deste tipo de trabalho. Vejamos: Fluxograma 3.1- Processo de elaboração de um trabalho científico a partir do projeto Pesquisa Técnica Pesquisa empírica Processo dedutivo Processo indutivo redação do texto/ relatório Análise dos dados e construção lógica do ra- ciocínio demonstrativo Atividades de pesquisa e documentação Levantamento das fontes Elaboração do projeto de pesquisa (FONTE: SEVERINO, 2009: 128) De acordo com o fluxograma exposto, a elaboração do projeto de pesquisa é o início do processo que culminará na elaboração do texto final (seja uma monografia, um artigo ou um relatório). Tudo isso porque o pesquisador deve conseguir demons- trar os resultados de sua pesquisa de forma lógica e clara. Vamos agora ao processo de elaboração e formatação do projeto de pesquisa. 3.2 Iniciando um Projeto de Pesquisa Nesta etapa iremos tratar de uma parte fundamental (literalmente) da elabo- ração de um projeto de pesquisa. Trata-se do momento mais importante na cons- trução de um projeto, pois seráo alicerce do trabalho. Definir o tema e o problema da pesquisa tomará boa parte do tempo da elaboração do projeto, mas também já responderá de antemão futuras questões que você terá de responder em outros itens do projeto. Vale dar uma atenção especial a esta fase, pois, ela estando clara as chances de uma falha posterior diminuem consideravelmente. A Braz CubasUnidade 3 Estrutura da Produção Escrita 42 3.2.1 Definição do Tema Não há um projeto sem que se tenha um tema. E a escolha do tema não é das coisas mais fáceis de se fazer. O tema pode surgir de um interesse particular ou profissional, de algum estudo ou leitura. Às vezes, o professor indica o tema, deixando o aluno escolher um de seus aspectos. Teórico ou prá- tico, o tema deve corresponder ao gosto do pesquisador, além de proporcionar-lhe experiências de valor e contribuir para o progresso das ciências. Devem ser evitados assuntos fáceis e sem interesse, que não compensam o esforço exigido. O tema deve, naturalmente, ser adequado à capacidade e à formação do pesquisador e corresponder às suas possibilidades, quanto ao tempo e aos recursos econômicos. Na escolha do tema deve-se levar em conta o material bibliográfico, que deve ser suficiente e estar disponível. Evite, finalmente, fixar a escolha sobre temas a respeito dos quais já existem estudos exaustivos: a quantidade de assuntos novos à espera de pesquisadores torna injustificá- vel a duplicação de estudos. (CERVO; BERVIAN & SILVA, 2006: 72) A citação que acabamos de ler sugere que o tema esteja de acordo com os interesses do pesquisador, mas que também se justifique não sendo apenas uma repetição do que já foi exaustivamente estudado. Observe o esquema abaixo: Tema - Interesse do pesquisador É fundamental se interessar pelo tema proposto. É necessário certificar-se se o tema escolhido já não foi exaustivamente estudado. Depois de escolhido o tema, sua de- limitação é a parte mais importante para o início da pesquisa. - Leituras preliminares: verificação da viabilidade - Delimitação do tema A Braz CubasUnidade 3Estrutura da Produção Escrita 43 9 O interesse (seja ele motivado por questões intelectuais ou profissionais), 9 A verificação da viabilidade e, por fim, 9 A delimitação do tema. Podemos apoiar o tema nestes três pilares: É muito comum que pesquisadores novos tentem escrever sobre temas gerais, mas quando se faz uma reflexão um pouco mais detida, percebe-se que a pesquisa não dará conta de responder a tudo o que é necessário para fechá-la. Geralmente, um tema que começa pela importância de alguma coisa, não é viável para o estudo. Por exemplo: A importância da alfabetização na idade certa. Note que o tema proposto, por mais que pareça relevante, dá várias possi- bilidades de interpretação e encaminhamento. Simplesmente responder à questão por que tal tema é importante não justifica por si só uma pesquisa. Você vivenciará esse processo de delimitação de tema na elaboração de trabalhos nas disciplinas, de modo que, ao chegar ao final do curso, será capaz de delimitar um tema sem gran- des dificuldades. A elaboração de um projeto requer muito treino e leitura. Como decorrência da delimitação do tema, deve-se elaborar o problema da pesquisa. O problema é sempre formulado na forma de pergunta, pois esta pergunta será respondida ao longo da pesquisa. Não há um formato padrão para a elabora- ção da questão, pois esta deve ser adequada ao tipo de pesquisa que se pretende fazer. Chegando a esta etapa com clareza, fica relativamente fácil estabelecer as etapas posteriores. Vamos retomar o que vimos até o presente: A Braz CubasUnidade 3 Estrutura da Produção Escrita 44 3.3 Estruturando um Projeto de Pesquisa Agora que já discutimos os fundamentos do projeto, vamos falar da estrutura do projeto. Observe o esquema abaixo: Esquema 3.1 - Estrutura básica de um projeto de pesquisa Título Tema Problema da pesquisa Objetivos Justificativa Hipótese Quadro teórico Fontes, procedimentos e etapas Cronograma Referências bibliográficas O título não é o tema do projeto. É importante saber diferenciar o título do tema. Objetivos gerais. Objetivos específicos Projeto (Fonte: Elaborado pelo autor) O esquema exposto pode sofrer algumas pequenas modificações na apresen- tação de acordo com a natureza da pesquisa ou das exigências do curso ou do pro- grama de pesquisa. No entanto, todos os componentes apresentados, estruturados de acordo com o manual de metodologia de Antônio Joaquim Severino (2009: 129- 131), farão parte de qualquer projeto. 3.3.1 Evidenciando o porquê da pesquisa Aqui falaremos de três componentes do projeto: os objetivos, a justificativa e a hipótese. Por que enfatizar estes três elementos? A Braz CubasUnidade 3Estrutura da Produção Escrita 45 Um projeto, como todo texto produzido, tem um leitor específico. No caso do projeto, é muito importante que o seu leitor, geralmente um professor ou orienta- dor, consiga compreender com máxima clareza não só os objetivos da pesquisa, mas também se o pesquisador tem noção do que está fazendo. Ao ler os objetivos, a justificativa e a hipótese, fica claro se o pesquisador con- seguiu elaborar um projeto com coerência e se será possível levar o projeto até o final a partir da consistência do que foi proposto. Pode ter certeza que as etapas da delimitação do tema e a formulação do pro- blema da pesquisa já garantiu grande parte do trabalho. Muitas vezes é mais difícil a elaboração do tema do que as etapas posteriores, uma vez que, um tema bem elaborado facilita muito a produção de todas as etapas posteriores. Já o contrário dificulta muito, isso quando não impossibilita, a elaboração das etapas posteriores. Em relação aos objetivos, vejamos o conteúdo abaixo: Objetivos gerais: procura-se determinar, com clareza e objetivi- dade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa. (...) em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósi- tos são essencialmente acadêmico, como mapear, identificar, le- vantar, diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema. Objetivos específicos: (...) significa aprofundar as intenções ex- pressas nos objetivos gerais. Com que propósito o estudante se propõe a mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema? Ele pode querer mostrar novas relações para o mesmo problema, (...) (CERVO; BERVIAN & SILVA, 2006: 75) Os exemplos dizem respeito a pesquisas bibliográficas, pois estas são as mais comuns entre graduandos. No entanto, os objetivos da pesquisa serão adaptados de acordo com a natureza da pesquisa. A apresentação textual dos objetivos num projeto se dão por meio de verbos no infinitivo. Alguns exemplos comumente utilizados, fora os do exemplo, são: demonstrar, avaliar, analisar, entre outros que variam de acordo com as áreas de estudo. A Braz CubasUnidade 3 Estrutura da Produção Escrita 46 ? Se exponho nos objetivos do projeto onde pretendo chegar com a pesquisa, por que preciso fazer uma justificativa do trabalho? A justificativa é um dos elementos do projeto que mostrará ao professor ou orientador se o pesquisador tem condições de seguir adiante ou não. Por quê? Porque na justificativa deve-se referir a estudos anteriores e uma revisão bi- bliográfica, o que mostra a maturidade do pesquisador em relação ao que ele pretende estudar. Além disso, na justificativa deve constar, após demonstrar o que foi estudado até então, porque continuar estes estudos. Por fim, aúltima parte que demonstra porque sua pesquisa deve ser feita são as hipóteses. Obviamente, uma hipótese não é uma verdade absoluta e nem sequer tem a obrigatoriedade de confirmação. Isso porque a hipótese corresponde aos ob- jetivos da pesquisa, porém, a realização da pesquisa pode confirmar ou modificar a hipótese apresentada. (Se a hipótese fosse sempre verdadeira não haveria necessi- dade de pesquisa, certo?) No caso de pesquisas realizadas durante a graduação, as hipóteses devem ser simples. Escolher hipóteses muito complexas pode inviabilizar a pesquisa. As hipóteses têm a função prática, quando orientam o pesquisa- dor, colocando-o na direção da causa provável ou da lei que se procura, ou função teórica, quando coordenam e completam os resultados já obtidos, agrupando-os em conjunto completo de fatos e fenômenos, a fim de facilitar sua inteligibilidade e estudo. (CERVO; BERVIAN & SILVA, 2006: 78) As hipóteses encerram um esforço que teve início na escolha do tema. Para compreendermos em termos práticos, a hipótese deve ser entendida como uma res- posta provisória ao problema da pesquisa. Ao pesquisar, por exemplo, os índices de leitura de livros por alunos do ensino superior, pode-se levantar a seguinte hipótese: os alunos lêem pouco por causa de defasagens na educação básica. Tal hipótese pode vir a se confirmar ou ser demonstrada falsa a depender dos resultados obtidos na pesquisa. A Braz CubasUnidade 3Estrutura da Produção Escrita 47 Mentalmente, a construção destes elementos se dá quase que simultanea- mente. Só ganham esse caráter de etapas quando da construção escrita do projeto, e este acaba tendo a função de organizar a pesquisa. 3.3.2 Finalizando o Projeto de Pesquisa Depois de finalizada a construção do projeto até as hipóteses, ou seja, o por- quê da pesquisa, cabe explicar como a pesquisa será realizada. Primeiro deve-se ex- por o quadro teórico, ou seja, em quais quadros teóricos a pesquisa se apoiará. Esta etapa não é difícil, uma vez que, para a construção da hipótese já foi necessário ter tido contato com teorias e explicações gerais e já consolidadas a respeito do tema. Como toda pesquisa demanda que se demonstre de onde serão retiradas as informações ou dados com os quais pretende-se trabalhar, cabe deixar claro as fontes, procedimentos e etapas da pesquisa. Neste momento deve-se tomar o cuidado de apontar as fontes que possam ser pesquisadas, pois isto implica no desenvolvimento da pesquisa. Do mesmo modo, deve-se apontar como será de- senvolvida metodologicamente a pesquisa. Quando for escrever a metodologia da pesquisa, deve deixar claro como irá proceder. Esclarecendo isso, tornará claro ao leitor se você irá conseguir chegar ao fi- nal da pesquisa satisfatoriamente. Ainda deixará claro a você mesmo se será possível concluir a pesquisa. Imagine se você tem uma bela hipótese, mas para comprová-la seria preciso uma equipe de pesquisa? Por melhor que seja a hipótese, o tema e o problema da pesquisa, grandes obstáculos na metodologia da pesquisa pode repre- sentar o fim do trabalho (no mau sentido). Muitas vezes o clichê “menos é mais” deve estar em mente. Já que foi possível escrever as etapas da realização da pesquisa, faz-se neces- sário estabelecer um cronograma da realização das atividades. Por que fazer cronograma? Todas as pesquisas realizadas institucionalmente estão atreladas a prazos. O cronograma pode parecer um elemento pequeno no final do projeto, mas é ele que organiza a realização das etapas da pesquisa. Veja um modelo de cronograma: A Braz CubasUnidade 3 Estrutura da Produção Escrita 48 Ações/Atividades Mês 01 Mês 02 Mês 03 Mês 04 Mês 05 Mês 06 Mês 07 Pesquisa bibliográfica X Coleta dos dados X X X X Análise dos dados X X X X Redação e revisão do relatório X X O exemplo baseia-se no padrão de cronogramas. Todos são feitos como um calendário e têm a função de orientar o tempo de realização da pesquisa. É impor- tante notar que o cronograma deve ser flexível, pois imprevistos acontecem e inter- ferem na realização das etapas. Por fim, mesmo um projeto tem bibliografia e, ao final deve-se constar o con- junto de livros, sites e artigos consultados. Assim como, caso existam, devem ser colocados documentos anexos. Para concluir, duas observações. Primeira: Um projeto pode ser modificado? A resposta é sim. E, aliás, muitas vezes deve ser modificado, pois o desenvolvimento da pesquisa revela inúmeras possibilidades que nos levam a precisar modificar o proje- to. O que não é possível realizar é uma mudança radical de tema, pois isto implica na total mudança do projeto e não apenas uma modificação. Segunda: Umberto Eco escreveu um livro de metodologia que se tornou clássi- co na academia – Como se faz uma tese. Ele dá 4 regras para a escolha do tema que devemos seguir se quisermos realizar uma pesquisa bem-sucedida. Vamos a elas: 1. Que o tema responda aos interesses do candidato (ligado tanto ao tipo de exame quanto às suas leituras, sua atitude política, cultural ou religiosa); 2. Que as fontes de consulta sejam acessíveis, isto é, estejam ao alcance material do candidato; 3. Que as fontes de consulta sejam manejáveis, ou seja, este- jam ao alcance cultural do candidato; 4. Que o quadro metodológico da pesquisa esteja ao alcance da experiência do candidato. (ECO, 2000: 4) A Braz CubasUnidade 3Estrutura da Produção Escrita 49 O que o grande pesquisador está dizendo, é: faça o que está ao seu alcance e o que gosta. Não existe pesquisa pela pesquisa ou só por título. Quando fazemos o que nos interessa os resultados são sempre bons. Conheça mais: Há diversas obras de metodologia científica na Biblioteca Virtual. Um guia muito interessante sobre projeto científico, e que vale a pena ler pela cla- reza com que trata do tema é o livro Guia do trabalho científico: Do pro- jeto à redação final - Monografia, dissertação e tese, de Celso Ferrarezi Júnior, publicado pela editora Contexto em 2011. Este livro será um bom complemento para seus estudos e ajudará muito na elaboração e redação de um projeto e um trabalho científico. Aprendemos que: Um projeto de pesquisa serve para organizar e dar bases à realização da pesquisa e é escrito para um leitor muito específico: geralmente um pro- fessor ou orientador. A base de um projeto de pesquisa está na escolha do tema, que norteará todo o restante. O tema deve ser delimitado por uma série de motivos, incluindo os prazos, geralmente muito estreitos para se cobrir um tema muito amplo. Uma vez delimitado o tema o pesquisador deve se preocupar com os objetivos e com o problema da pesquisa, ou seja, qual questão pretende responder com a pesquisa. Realizadas estas etapas fundamentais, parte-se para demonstrar o porquê da pesquisa, com a jus- tificativa e as hipóteses. Por fim, deve-se demonstrar como a pesquisa será realizada, com as etapas e metodologia descritas detalhadamente. Reali- zadas todas as etapas, espera-se que fique claro tanto o que o pesquisador pretende quanto que será possível realizá-lo. Este livro não é o único material do seu aprendizado de Metodologia Cientí- fica. Lembre-se de assistir às videoaulas no AVA, assim como aproveitar os materiais disponibilizados que enriquecerão ainda mais seu aprendizado. A Braz CubasUnidade 3 Estrutura da Produção Escrita 50 Dicas: Dicas de sites para pesquisadores • http://www.scielo.org • http://www.cnpq.gov.br • http://www.capes.gov.br • http://www.fapesp.br Referências da Unidade III CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. & SILVA, Roberto da. Metodologia Científica.SP, Pearson. 2006 ECO, Umberto. Como se faz uma tese. SP, Perspectiva. 2000 SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. SP, Cortez Editora. 2009 A Braz CubasUnidade 4Monografia e Artigo Científico 51 4Unidade IV Monografia e Artigo Científico 4.1 Monografia O próprio nome já diz muito sobre este tipo de trabalho acadêmico, afinal, Monografia provém das palavras gregas Houass a define como trabalho escrito a respeito de determinado assunto, sobre determinado ponto da história, da arte, da ciência, ou sobre uma pessoa ou uma região. Que significa um só Sinônimo de escrever, ou em outras palavras, trabalho sobre um único assunto. mónos grapheine A Braz CubasUnidade 4 Monografia e Artigo Científico 52 Note você, por favor, a ideia de unicidade, pois é exatamente isto que se espera de uma monografia: escolher e concentrar-se em um único tema, aprofundando-o ao máximo. Quanto maior a concentração sobre o tema, maior será a possibilidade de abordá-lo com propriedade. Para melhor compreender a monografia, compare-a ao funcionamento do laser: quanto mais um aparelho consegue canalizar o feixe de luz, mais eficaz e poderoso será o raio laser e mais amplas as possibilidades de sua utilização em cirurgias, em empresas e na indústria espacial. 4.1.1 Por que aprender a elaborar uma Monografia é importante? Bastaria dizer para você que a elaboração de uma monografia será exigida na conclusão de seu curso e se você não elaborá-la e apresentá-la com um mínimo de eficácia, não poderá colar grau, ainda que suas notas e seu aproveitamento em todas as disciplinas e atividades da Universidade sejam espetaculares. Outra das razões pelas quais você deve dedicar especial atenção a este apren- dizado é a lembrança de que a monografia será exigida de você em toda a sua traje- tória acadêmica, isto é, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Mas, sabemos que você não está frequentando este curso apenas para ser aprovado, por este motivo estamos certos de que é importante dizer para você que através da elaboração da monografia você ampliará imensamente sua capacidade de pesquisa, análise, organização de suas ideias e, como consequência, sua capaci- dade de expressar seu pensamento. E, neste sentido, não tenha nenhuma dúvida, pois os melhores professores, ad- vogados, médicos, administradores, jornalistas não são, necessariamente, aqueles que sabem mais, mas aqueles que, além de saberem muito, conseguem se expres- sar e se comunicar melhor com seus alunos, jurados, pacientes, clientes, leitores ou interlocutores. A Braz CubasUnidade 4Monografia e Artigo Científico 53 Esta é a razão pela qual o professor Dau Bastos nos lembra que em situações sociais você consegue atenção das pessoas com um papo agradável e inteligente. Numa entrevista de emprego é fundamental falar de maneira articulada. Nos projetos para melhorar seu bairro ou sua faculdade, é preciso combinar con- sistência e clareza. Ao escrever uma monografia, você exercitará tudo isto. Portanto, ao invés de vê-la como obrigação penosa, encare-a como trabalho capaz de enriquecer sobremaneira sua formação. (BASTOS, 2010, p. 13) Assim, convidamos você a examinar este estudo como o “manual de instru- ções” de uma ferramenta que o habilitará abrir as portas e as janelas de uma vida plena de aprendizados e conhecimentos que o levarão muito longe. 4.1.2 Regras de Monografia e a ABNT Na elaboração de sua monografia você, necessariamente, deverá obedecer a algumas regras, que vão desde a redação à forma como será apresentado o seu trabalho, passando por uma cuidadosa forma de indicar os livros e artigos que você consultou, e a forma como seu trabalho será dividido. Isto ocorrerá porque não se trata de um trabalho qualquer, mas de um traba- lho científico, ou, em outras palavras, uma atividade realizada de maneira organizada e rigorosa. E que regr as são esta s? Para que servem? Para responder a esta pergunta permita-nos apresentar para você a famosa ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. A Braz CubasUnidade 4 Monografia e Artigo Científico 54 A ABNT é uma associação sem fins lucrativos, criada em 1940, ligada à UNESCO, e que tem, no Brasil, a incumbência de regular e divulgar as normas de formatação de trabalhos acadêmicos, normas estas reconhecidas em todo o mundo. Podemos dizer, portanto, que se você observar as regras da ABNT e o seu trabalho for divulga- do na França, em Mônaco ou na Turquia, será considerado confiável e seguro. Sobre o nosso trabalho, especificamente, importa saber que a norma que dita as regras sobre monografias é a NBR 14724, de 2011. A propósito, observe, no quadro 4.1, algumas das principais regras que deve- remos considerar na elaboração da monografia, sintetizadas pelas pesquisadoras Alvarenga e Couto Rosa: Quadro 4.1 – Regras de Redação da Monografia 01 Saber o que se vai escrever e com que objetivo, lembrando sempre que o objetivo é expressar e não impressionar. 02 Escrever sempre sobre um assunto que pode ser levado à exaustão. 03 Concatenar as ideias e informar de maneira lógica. 04 Respeitar as normas gramaticais. 05 Evitar argumentações demasiadamente abstratas. 06 Usar vocabulário técnico de acordo com a área. 07 Evitar repetição de detalhes supérfluos. 08 Manter a unidade e o equilíbrio das partes. 09 Fazer revisão constante do que está sendo escrito. 10 Fazer uso de linguagem direta, precisa e acessível, clara e objetiva, isenta de am- biguidade. 11 Frases curtas, concisas, evitando o estilo prolixo, ou confuso. 12 Vocabulário adequado ao tema. 13 Caráter impessoal, redação em terceira pessoa ou uso do plural de modéstia, evitando fazer referências pessoais. 14 Tratamento cortês para com os resultados de pesquisas anteriores. 15 Cada ciência possui uma terminologia técnica própria, que acompanha sua evolu- ção, aperfeiçoando-se e enriquecendo-se com os seus resultados. (Fonte: ALVARENGA, 2001.) A Braz CubasUnidade 4Monografia e Artigo Científico 55 4.1.3 A escolha do tema de sua monografia Na terceira unidade o assunto da escolha do tema já foi abordado com bas- tante profundidade, mas o assunto é relevante e irresistível demais para não ser mencionado nesta etapa de sua jornada. Gosto de associar a escolha do tema da monografia ao casamento: entenda, por favor, que, como ocorre no casamento, sua escolha o acompanhará por toda a jornada e, mesmo com o fim do casamento (mesmo após a con- clusão da monografia) sua escolha continuará impactando sua vida. Provavelmente é por isto que o Professor Rizzatto Nunes (2014, p. 13) nos lembra que: Uma monografia tem grande chance de dar certo se o tema es- colhido estiver de acordo com as características intelectuais do aluno, sua atração pelo assunto, o interesse despertado tendo em vista sua posição ideológica, sua atitude diante das circuns- tâncias que o assunto revela. Quanto mais simpatia o tema des- pertar, quanto mais atração exercer, mais motivação você terá para desenvolver o trabalho. E o que acontece com aqueles que foram infelizes na escolha? O próprio Rizza- tto Nunes responde a esta pergunta explicando que pode se afirmar, sem medo de errar, que produções científicas desmotivadas são, geralmente, pobres e monótonas e que o in- vestigador sem inspiração assemelha-se mais a um autômato repetidor que a um criador (e a produção científica é criação!) (2014, p. 14). A Braz CubasUnidade 4 Monografia e Artigo Científico 56 Se você me permitir uma sugestão, para a escolha de seu tema convido-o a pensar em um assunto em termos de “solução de um problema”. Escolha um
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