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Enfisema Pulmonar

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Prof. Dr. Luis Carlos Losso 
Medicina Torácica Cremesp 18.186 
 
 
 
Rua Conselheiro Brotero, 1539, cj.111 
01232-010 - Higienópolis 
São Paulo – SP - Brasil 
+55 11 3821.5864 
contato@luiscarloslosso.com.br 
www.luiscarloslosso.com.br 
 
Enfisema Pulmonar 
 
Enfisema é uma doença crônica dos pulmões na qual os alvéolos estão 
destruídos, dilatados e hiperinflados. A hiperinflação é o resultado da 
rotura das paredes dos alvéolos, o que produz diminuição da função 
respiratória e falta de ar. Essa lesão dos espaços aéreos é permanente, 
irreversível e lentamente progressiva. O enfisema quase sempre está 
associado à bronquite crônica e ambas situações causam obstrução ao 
fluxo de ar nas vias aéreas resultando na chamada doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC). 
 
Os dados de prevalência para o Brasil, obtidos até o momento, são 
advindos de questionários de sintomas, que permitem estimar a 
ocorrência da DPOC em adultos maiores de 40 anos e são da ordem 
de 12% da população, ou seja, 5.500.000 indivíduos. Se 
considerarmos os dados preliminares do estudo PLATINO realizado 
pela Associação Latino-americana de Tórax, na cidade de São Paulo, a 
prevalência da DPOC varia entre 6% e 16% da população com idade 
igual ou superior a 40 anos (entre 2.800.000 e 6.900.000 indivíduos). 
Em uma população de 9% de fumantes, esse numero equivaleria a 
cerca de 4.150.000 indivíduos. A Organização Mundial da Saúde 
estima que a DPOC será em todo o mundo, no ano de 2020, a quinta 
condição em termos de impacto de saúde. Em 1990, ocupava a 12ª. 
posição. 
 
O pulmão tem como um de seus componentes um sistema de fibras 
elásticas que lhe permite expandir e contrair. Quando ocorre uma 
perda no equilíbrio químico que protege o pulmão contra a destruição 
dessas fibras elásticas, o enfisema se instala. Diversas são as causas 
para a perda desse equilíbrio sendo o fumo o fator mais importante e 
responsável por cerca de 80 a 90% dos casos. Também são fatores a 
poluição atmosférica, as fumaças e poeiras irritativas e uma rara 
deficiência de uma enzima protetora dos pulmões, chamada alfa-1 
antitripsina. 
 
Prof. Dr. Luis Carlos Losso 
Medicina Torácica Cremesp 18.186 
 
 
 
Rua Conselheiro Brotero, 1539, cj.111 
01232-010 - Higienópolis 
São Paulo – SP - Brasil 
+55 11 3821.5864 
contato@luiscarloslosso.com.br 
www.luiscarloslosso.com.br 
 
O enfisema se desenvolve lenta e gradualmente, passando-se anos até 
o aparecimento de falta de ar, a qual é progressiva; quando os 
sintomas aparecem a doença já está num estágio avançado e não há 
como fazê-la retroceder. Pode-se, apenas, impedir que avance, desde 
que o fumante consiga abandonar a dependência química. Em 
fumantes os primeiros sintomas podem aparecer após os 40 anos e 
em portadores de deficiência de alfa-1 antitripsina os sintomas 
ocorrem mais cedo. A falta de ar inicialmente aparece aos grandes 
esforços e que com o progredir da doença surge até no repouso, 
tornando o doente incapaz de trabalhar, tomar banho, vestir-se ou 
realizar mínimos esforços; pode ocorrer tosse produtiva, nos casos de 
associação com bronquite crônica ou infecção. O tórax se modifica e a 
aparência se assemelha a de um “tonel de vinho”, de dimensões 
anteroposteriores aumentadas. Em casos graves o doente assume uma 
posição sentada com inclinação do corpo para frente, com os braços 
apoiados; os lábios, os dedos e unhas ficam arroxeados. Há perda de 
peso, devido à dificuldade de comer, além da hipotrofia dos músculos 
da respiração. Os pacientes com enfisema pulmonar tornam-se 
gradativamente mais e mais incapacitados, com consequente morte 
por insuficiência respiratória. O final de vida do portador de enfisema 
é de muito sofrimento. 
 
O diagnóstico é feito com a história clinica e confirmado pelos exames 
complementares: a radiografia do tórax, a tomografia 
computadorizada e o estudo da função pulmonar (espirometria e 
pletismografia); exames como a gasometria arterial, medida de 
difusão de monóxido de carbono, avaliação da capacidade de 
exercício, cintilografia pulmonar de inalação e perfusão, questionários 
de qualidade de vida e índice de dispneia são utilizados na 
quantificação da doença em estágios e orientam o tratamento. 
 
O objetivo do tratamento do enfisema pulmonar é o alívio dos 
sintomas, a melhora na qualidade de vida e a tentativa de prevenção 
da progressão da doença. O tratamento clinico do enfisema será 
determinado com base na causa do enfisema, extensão da doença, 
Prof. Dr. Luis Carlos Losso 
Medicina Torácica Cremesp 18.186 
 
 
 
Rua Conselheiro Brotero, 1539, cj.111 
01232-010 - Higienópolis 
São Paulo – SP - Brasil 
+55 11 3821.5864 
contato@luiscarloslosso.com.br 
www.luiscarloslosso.com.br 
 
tolerância à medicação específica e inclui cessação do tabagismo, 
suporte nutricional, broncodilatadores, antibióticos em infecções, 
corticosteroides, oxigenoterapia suplementar, reabilitação pulmonar e 
vacinação contra influenza e pneumonia. Em casos mais graves há 
alternativas como a ventilação não-invasiva com pressão positiva 
domiciliar ou hospitalar com redução da mortalidade. 
 
Alternativas terapêuticas cirúrgicas para doentes em estágio grave e 
muito grave são a operação para redução do volume pulmonar (RVP) 
realizada por cirurgia torácica minimamente invasiva, o transplante 
pulmonar (TX) e mais recentemente o tratamento broncoscópico 
(eRVP) com implantação de válvulas brônquicas unidirecionais; são 
opções terapêuticas com indicações precisas, para doentes 
selecionados e, que se incluam em critérios funcionais e de inclusão 
estabelecidos por estudos clínicos multicêntricos internacionais.

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