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Morfologia dos fungos

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Morfologia dos fungos
Fungos são seres eucariontes que incluem espécies unicelulares (leveduras), pluricelulares microscópicas
(bolores) e pluricelulares macroscópicas (cogumelos). As colônias dos fungos são denominadas estruturas
vegetativas porque são compostas de células envolvidas no catabolismo e crescimento, e podem ser de dois
tipos: leveduriformes, correspondendo a colônias pastosas ou cremosas e caracterizando o grupo das
leveduras; e filamentosas, correspondendo a colônias aveludadas ou algodonosas com pigmentações
diversas, correspondendo aos bolores.
Fungos Filamentosos: Bolores
São conhecidos como bolores e se encontram amplamente distribuídos pela natureza. Os bolores
apresentam filamentos denominados hifas. Na maioria dos fungos filamentosos, as hifas contêm paredes
com septos (hifas septadas) que dividem as hifas em unidades celulares com apenas um núcleo, nas quais
existem aberturas que permitem que o citoplasma de células adjacentes se comunique. Em outros, as hifas
não contêm septos e se apresentam como tubos longos, contínuos, com muitos núcleos, sendo conhecidas
por hifas cenocíticas.
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Legenda: FIGURA 01 - A: HIFA SEPTADA (PRESENçA DE SEPTO). B: HIFA CENOCíTICA (AUSêNCIA DE
SEPTO)
Quando as condições ambientais são favoráveis, as hifas individuais crescem, formando ramificações que se
entrelaçam em conjunto, resultando em uma massa filamentosa compacta que recebe a denominação de
micélio. O micélio pode ser facilmente observado a olho nu, sem necessidade de microscópio.
Legenda: FIGURA 02 - MICéLIO: CONJUNTO DE HIFAS | FONTE - WWW.NEBUTEC.COM.CO
(HTTP://WWW.NEBUTEC.COM.CO)
A porção da hifa que permanece sobre um substrato e obtém os nutrientes é chamada hifa vegetativa; a
porção que se projeta acima do substrato, responsável por sustentar as estruturas reprodutivas
denominadas esporos e, portanto, envolvida com a reprodução, é a hifa reprodutiva ou aérea.
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Os esporos correspondem a estruturas assexuadas e resistentes ao dessecamento, atuando na dispersão do
fungo para outros locais. O modo de reprodução dos fungos é de fundamental importância em sua
caracterização morfológica, uma vez que diferentes tipos de reprodução caracterizam diferentes tipos
morfológicos.
Legenda: FIGURA 03 - ESPOROS (DENOMINADOS CONIDIóSPORO) EM HIFAS REPRODUTIVAS DE
PENICILLIUM | FONTE - WWW.QFB.UMICH.MX (HTTP://WWW.QFB.UMICH.MX)
Alguns bolores possuem a capacidade de produzir esporos sexuais, originados de reprodução sexuada
resultante da fusão de gametas. Esse tipo de reprodução contribui através da recombinação para
variabilidade genética da espécie. Esses esporos são extremamente resistentes à desidratação,
aquecimento, congelamento e alguns agentes químicos e, dependendo do grupo ao qual o fungo pertença,
sendo denominados: ascósporos (originado da fusão do núcleo de duas células encontrados no interior de
um saco fechado denominado asco); basidiósporos (quando produzidos na extremidades de uma estrutura
em forma de pedestal, denominada basídio) ou zigósporos (esporo grande no interior de uma parede
espessa, resultante da fusão de hifas que realizam trocas genéticas).
Os esporos fúngicos assexuais e sexuais, quando em condições favoráveis, são capazes de germinar e
desenvolver-se, originando uma nova hifa e micélio.
Fungos Carnosos: Cogumelos
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Cogumelos correspondem a basidiomicetos filamentosos que formam grandes corpos de frutificação (porção
comestível do cogumelo) que durante a maior parte de sua existência vive como um simples micélio,
crescendo no solo, em restos de vegetais ou troncos de árvores em decomposição. No entanto, quando as
condições ambientais tornam-se favoráveis, geralmente após períodos de clima úmido e frio, os corpos de
frutificação se desenvolvem, formando o corpo de frutificação que observamos acima do solo. Esporos
sexuais denominados basidiósporos são formados na face interna do corpo de frutificação, em regiões
denominadas lamelas encontradas ligadas ao píleo (chapéu) do cogumelo. Os basidiósporos são dispersos
pelo vento e quando em solo úmido e rico em matéria orgânica iniciam um novo ciclo.
Legenda: FIGURA 04 - BASIDIOMICETO (COGUMELO)
Fungos Unicelulares: Leveduras
São fungos unicelulares, não filamentosos, de células caracteristicamente esféricas ou ovais, sendo a
maioria classificada como ascomiceto.
Da mesma forma que os fungos filamentosos, as leveduras são amplamente encontradas na natureza. As
leveduras geralmente reproduzem-se por brotamento.
Neste processo, uma célula parental forma uma protuberância (broto) que se desenvolve em sua superfície
externa até que se separe desta.
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Algumas leveduras, em certas condições, produzem brotos que não se separam uns dos outros formando
pequeno filamento de células alongadas chamado de pseudohifa.
Leveduras são capazes de crescimento anaeróbico facultativo, podendo utilizar oxigênio ou outro
componente orgânico como aceptor final de elétrons, e crescem normalmente em ambientes onde há
presença de açúcares.
Algumas espécies, ainda, vivem simbioticamente com insetos, animais e humanos, sendo em grande parte
patogênicas.
Legenda: FIGURA 05 - LEVEDURA (FUNGO UNICELULAR) REPRODUZINDO-SE POR BROTAMENTO |
FONTE - WWW.INVIVO.FIOCRUZ.BR
(HTTP://WWW.INVIVO.FIOCRUZ.BR/CGI/CGILUA.EXE/SYS/START.HTM?TPL=HOME)
Fungos Dimórficos
Alguns fungos, normalmente patogênicos, apresentam dimorfismo, ou seja, as duas formas de crescimento,
podendo crescer tanto na forma de fungos filamentosos quanto na forma de levedura. A forma de fungo
filamentoso produz hifas vegetativas e reprodutivas, enquanto a forma de levedura se reproduz por
brotamento. O dimorfismo nos fungos patogênicos está associado com a temperatura de crescimento – a
uma temperatura de 37ºC o fungo apresenta forma de levedura, e sob uma temperatura de 25ºC, de fungo
filamentoso.
COMPLEMENTAR (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/mibio40/a13tc01_mibio40.pdf)
COMPLEMENTAR (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/mibio40/a13tc02_mibio40.pdf)
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Cientistas suíços descobrem o maior fungo europeu: (da Agência Lusa em Birmensdorf (Suíça) -
Publicado no Jornal a Folha em 27/09/2004)
Cientistas suíços descobriram o que julgam ser o maior fungo europeu. Ele se estende por uma
extensa área no subsolo de uma floresta alpina. Conhecido como o cogumelo do mel, ou por
Armillaria ostoyae, o fungo foi encontrado oculto no Parque Nacional Engadine, nos Alpes Suíços
Orientais, segundo o Instituto Federal para Pesquisa de Florestas, Neve e Paisagem.
Abrangendo uma área de 35 hectares, o fungo deve ter cerca de mil anos de idade. Ele só é visível
no outono do hemisfério norte, quando os seus cogumelos irrompem pela terra e crescem à volta
das raízes das árvores.
Embora inofensivo para as pessoas – ele é comestível – o fungo parasita pode colonizar certas
árvores,como os pinheiros, matando-as.
Embora inofensivo para as pessoas – ele é comestível – o fungo parasita pode colonizar certas
árvores,como os pinheiros, matando-as.
Em termos de tamanho, o fungo suíço só é batido por outro cogumelo do mel, que cresce nos
Estados Unidos. Descoberto na Floresta Nacional de Malheur, no leste do estado de Oregon, essefungo subterrâneo tem 2400 anos e cobre uma área de 890 hectares, o que o torna o maior
organismo vivo até agora descoberto.
Amanita muscaria: Embora utilizado por muitos artistas e tradicionalmente figurado em ilustrações
de histórias infantis, associado a figuras de fadas e duendes, o cogumelo vermelho de bolinhas
brancas (Amanita muscaria) é um dos mais perigosos que existe. Uma vez ingerido, pode induzir
alterações no sistema nervoso, levando a alteração da percepção da realizado, descoordenção
motora, alucinações, crises de euforia ou depressão intensa e óbito.
Cogumelos Medicinais: Adaptado de Casa dos Cogumelos - http://br.geocities.com/cogumeloshouse
(http://br.geocities.com/cogumeloshouse).
Cogumelos são utilizados desde os tempos mais remotos com finalidades curativas. A procura de
substâncias que aumentem a imunidade humana de forma a induzir resistência, inclusive contra
tumores tornou a utilização de cogumelos cada vez mais comum.
Desde 1959 estudos sobre o desenvolvimento de agentes antitumorais tiveram algum progresso a
partir da extração de um possível agente antitumoral isolado do cogumelo Calvatia gigantea.
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REFERÊNCIA
Burton, G.R.W., Engelkirk, P.G. Microbiologia para as Ciências da Saúde, 5ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1998.
Jawets, E. Microbiologia Médica. 22ª ed., Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006.
Madigan, M.T. Martinko, J.M., Parker, J. Microbiologia de Brock. 10ª ed., São Paulo: Pearson, 2004.
Pelczar, M.J.Jr., Chan, E.C.S., Krieg, N.R. Microbiologia: Conceitos e Aplicações, 2ª ed., São Paulo: Makkron
Books, 1996.
Tortora, G.J. Microbiologia. 8ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2005
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