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Buco 1 – Sergio – 23/11/2017 Aula 10 – Terapêutica Medicamentosa Cuidado ao prescrever pois caso haja uma reação (choque anafilático), a chance do paciente ir a óbito é enorme. Farmacotécnica Área da farmacologia que tem como objetivo a manipulação dos diversos princípios ativos, visando a fabricação dos medicamentos. Desenvolvimento de novos produtos, estudo das doses e estudo das interações físicas e químicas entre os diferentes fármacos. Responsável pelo desenvolvimento das formulações e fórmulas farmacêuticas: oficinais, magistrais e especialidade farmacêutica. Fórmulas Farmacêuticas - Oficinais: formulações fixas e estáveis (água oxigenada, álcool iodado etc) - Magistrais: formulações de autoria dos médicos e dentistas (fluoreto de sódio, digluconato de clorexidina etc) - Especialidade farmacêutica: fórmulas aprovadas e registradas no Ministério da Saúde e ANVISA (lidocaína, amoxicilina, dipirona etc) Estado Final de Apresentação É composto por: - Sal – novalgina tem a dipirona como sal - Estabilizantes – impedem alterações físicas e químicas - Conservantes – impedem alterações por agentes microbianos (parabenos: metil, etil e propilparabeno) – altamente alergênicos Os medicamentos se apresentam da seguinte forma: Sólidos - Granulados – aglomerado contendo um ou mais princípios ativos, associados a excipientes, sob a forma de grãos ou fragmentos cilíndricos - Comprimidos – são granulados comprimidos, com ou sem excipiente inerte. Eles podem ser fracionados. Há comprimidos de liberação lenta que possuem absorção prolongada e comprimidos revestidos por verniz, resistente a passagem pelo estomago (clavulin) - Comprimidos revestidos - Drágeas – comprimidos que recebem um ou mais revestimentos externos, seguido de polimento, objetivando preservar princípios ativos e integridade de mucosas. Evita ainda sabores desagradáveis - Cápsulas – receptáculos gelatinosos contendo em seu interior substancias medicinais solidas, liquidas ou pastosas. São resistentes ao suco gástrico, desagregando-se no intestino (onde ocorre a absorção) - Supositórios – utilizados pela via retal - Pastas – grande proporção de pó conferindo uma consistência macia e firme. Menos gordurosa que as pomadas - Pomadas - Cremes Líquidos - Emulsão – mistura de água e óleo - Suspensão – insolúveis (amoxicilina) - Soluções – mistura homogênea Elixir – hidro-alcóolico (celestone) Gotas Solução oral Expectativa de Intervenção Ansiedade dor (analgesia preemptiva: analgesia antes de começar o procedimento) Constitui-se no tratamento precoce da dor, ou seja, antes mesmo que ocorra lesão tecidual. Após uma injuria, o primeiro mecanismo que ocorre é uma vasoconstrição, seguida de uma vasodilatação a fim de permitir o transito de células de defesa. Ou seja, o primeiro mecanismo de defesa do organismo é a inflamação. A dor possui 2 tipos de nociceptores - Ativados: de curta duração Histamina Bradicinina - Sensibilizados: dor inflamatória aguda Serotonina Noradrenalina Dopamina Inflamação Complexa sequencia de manifestações humorais e celulares, que ocorrem após uma injuria, com o objetivo de reparação e defesa. Ocorre com o auxílio de mediadores químicos endógenos. Sinais de Inflamação - Dor 1º são os mais temidos pelos pacientes e nossos foco de atenção - Edema 3º - Calor 2º - Rubor 4º - Perda de função 5º Mecanismo de Ação da Inflamação FOSFOLIPIDEO (constituinte da membrana celular FOSFOLIPASE A2 (enzima que libera acido araquidônico com a degradação do fosfolipídeo) ÁCIDO ARAQUIDÔNICO CICLOXIGENASE LIPOXIGENASE PROSTAGLANDINAS LEUCOTRIENOS Histamina – fase inicial e de curta duração (vaso constrição) Vasodilatação – aumento da permeabilidade celular (edema e dor) Então vamos ter a lesão tecidual, levando a migração e acúmulo de neutrófilos. Vai ter liberação de enzimas proteolíticas e síntese de metabólitos do ácido araquidônico, que vai aumentar a migração e acúmulo de neutrófilos e assim vai. Lembrando que tem produção excessiva de radicais livres. O quadro inflamatório é crescente, auto sustentável e auto renovável. Prostaglandinas - Fisiológicas Integridade da mucosa gastrointestinal Regular o fluxo sanguíneo renal Controlar a agregação plaquetária - Pró Inflamatórias Mediadoras da dor, edema e inflamação Os anti-inflamatórios seletivos de COX 2 agem apenas nesse tipo de prostaglandinas Leucotrienos Geralmente queimados na musculatura quando fazemos exercício físico. Caso isso não ocorra, a concentração dos mesmos se eleva, gerando BRONCOCONSTRIÇÃO. Controle da Ansiedade Sedação oral com benzodiazepínicos - BROMAZEPAN – comprimidos 3mg e 6mg - DIAZEPAN – comprimidos 10mg e 15mg - MIDAZOLAN – comprimidos 15mg (causa amnesia transitória) - LORAZEPAN – comprimidos 1mg e 2mg - ALORAZOLAN – comprimidos 0,25mg e 0,5mg Analgésicos e Antipiréticos de Ação Periférica Substâncias que reduzem ou controlam a dor inibindo diretamente os mediadores químicos no local da lesão. Dipirona - Derivado do ácido pirazolônico - Eficaz ação analgésica e antipirética - Controle da dor leve a moderada, mesmo após instalada (paracetamol não atua tão bem em dor já instalada) - Desprovida de ação anti-inflamatória - Depressão direta da atividade de nociceptores - Nome comercial: novalgina, anador, magnopyrol - Apresentação: gotas, solução oral, comprimidos, injetável - Dosagem: 500mg a 1g de 6/6h 10mg/kg de 6/6h - Reações adversas: reações de hipersensibilidade, anemia aplásica e agranulocitose Pós operatório: jamais apenas dipirona, sempre anti-inflamatório junto Paracetamol - Fraco inibidor das prostaglandinas pró-inflamatórias (menor ação anti-inflamatória) - Atua nas prostaglandinas sintetizadas pelo SNC - Atividade analgésica e antipirética - Somente uso oral - Derivado da Anilina - Nome comercial: tylenol, dórico - Apresentação: gotas e comprimidos - Dosagem: 500 e 750mg de 6/6h 1g de 8/8h Analgésicos de Ação Central - Receituário branco de ação controlada - Possuem grande potência analgésica - Derivados do ópio - Euforia e sedação (sensação de bem estar, sonolência e apatia) - Depressão respiratória quando em excesso (queda na sensibilidade ao CO2 no centro respiratório e diminuição na FR) - Náusea e vômitos - Redução da motilidade gastrointestinal - Dependência física e/ou psíquica Analgésicos Opióides - Tramadol - Codeína - Meperidina apenas pacientes internados e com dor extrema - Morfina (receituário próprio amarelo) - Fentanil apenas anestesista usa - Sulfentanil Obs: dor tem memória! Codeína - Associado ao paracetamol - Indicado na dor pós-operatória como analgésico oral - Efeitos adversos como sonolência, náuseas e vômitos - Dose máxima de 30mg de 4/4h (geralmente pacientes com câncer) Tramadol - Inibe a receptação de noradrenalina e contribui para o efeito analgésico - ‘Baixa’ tendência a dependência - Dosagem 50mg a 100mg de 4/4h ou 6/6h - Relato de ocorrência de convulsões Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINES) Seu mecanismo de ação ocorre através da inibição dos COX 1 (fisio) e 2 (pró inflam.) Possuem ação: - Analgésica (eliminando a dor inflamatória) - Anti-inflamatória – inibe a vasodilatação, edema e dor (aumenta a permeabilidade capilar) - Antipirética (ação de carona) – a interleucina I estimula a produção de prostaglandinas e os AINES inibem essa produção, combatendo a febre Efeitos Colaterais - Alterações gastrointestinais (mais comuns) – não permite o amadurecimento da mucosa gástrica, náuseas, vômitos, diarreias - Distúrbios da medula óssea – ocorre em tratamentos prolongados e com dores altas, agranulocitose (diminuição ou desaparecimento dos leucócitos) - Potencialização da ação de hipoglicemiantes orais, doses altas e uso prolongado AINES Não seletivos da COX 2 - Salicilatos - Derivados do ácidopropiônico - Derivados indol e indeno - Derivados perrólicos - Derivados do ácido fenilacético - Fenamatos - Oxicans - Derivados pirazolônico - Derivados do para-aminofenol Seletivos da COX 2 - Furanonas diaril substituídas - ROFECOXIB - Pirazóis diaril substituídas - CELECOXIB - Ácidos indolacéticos – ETODOLACO - Sulfonanilidas – NIMESULIDA (age ‘preferencialmente’ em COX2) Salicilatos - Ácido acetilsalicílico (aspirina) - Analgésico, anti-inflamatório e anticoagulante – inibe agregação plaquetária, supressão da tromboxano A2 - Alterações no trato gastrointestinal Desconforto gástrico Sangramento gástrico oculto (úlcera) Hemorragia aguda - Teratogênico e embriotóxico - Doses máximas diária: 4000mg (500 a 1000mg de 6/6h) - Efeitos adversos Irritação gástrica, náusea Aumenta o tempo de sangramento (2 a 3x mais) Edema pós-operatório Exacerbação da asma - Contraindicações Ulcera Asma Diabetes Influenza ou varicela Síndrome de Reye (em crianças com infecção viral: encefalopatia e doença hepática Derivados do Ácido Propiônico - Ibuprofeno Administração no pré ou pós-operatório imediato pode retardar o inicio da dor e diminuir a intensidade Dose analgésica recomendada: 400 a 600mg de 4/4h ou 6/6h Dose máxima: 3200mg/dia - Naproxeno Dose: 500mg inicial, após 250mg a cada 6h ou 8h - Cetoprofeno Mais potente que ibuprofeno Dose: 50 a 75mg a cada 6h ou 8h Dose máxima: 300mg/dia Derivados do Ácido Fenilacético - Diclofenaco (é o que mais causa ulceras gástricas) Ações analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias Metabolismo hepático de primeira passagem Inibidor da COX e concentrações de acido araquidônico Disponível em drágeas, gotas, soluções IM, dispersíveis Ação analgésica mesmo após a sensibilização dos nociceptores Dose: 50mg de 8/8h ou 75mg de 12/12h Dose máxima: 200mg/dia Ácidos Enólicos ou Oxicans - Priroxican Forte ação anti-inflamatória Inibe agregação plaquetária Irritação gastrointestinal Edema periférico e lesão renal Dose única diária: 20mg - Tenoxican Forte ação anti-inflamatória Dose única diária: 20mg - Meloxican (maior ação em prostaglandinas pró-inflamatórias) Ação predominante em COX2 Dose única diária: 7,5mg a 15mg (7,5mg já é suficiente) Sulfonamidas - Nimesulida Ação anti-inflamatória, anti-pirética e analgésica Inibe preferencialmente a COX2 e a ativação de neutrófilos Incidência baixa de efeitos colaterais e no trato gastrointestinal Dosagem: 100mg a 200mg de 12/12h (200mg: ARFLEX tomar um por dia pois ele é liberado e absorvido lentamente) Cetorolaco de Trometamina - DEOCIL, TORAGESIC Derivado de acido carboxílico da pirrolizina Relacionado estruturalmente a indometacina Indicado na dor pós-operatória Uso sublingual Dose: 10mg a 20mg em dose única, ou 10mg de 4/4h ou 6/6h AINES Seletivos de COX2 - CELECOXIB (CELEBRA) Dose: 100mg a 200mg de 12/12h - MELOXICAN Dose de 7,5mg a 15mg por dia - ETEROCOXIB Dose: 60mg ou 90mg por dia Anti-inflamatório Esteroidal – Corticoides Cortisona é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais ou seus derivados sintéticos Mecanismo de ação - Agem diretamente na FOSFOLIPASE A2, inibindo a cadeia de inflamação por completo - Bloqueiam o aumento da permeabilidade capilar, reduzindo a formação do edema - Interferem na migração dos neutrófilos e fagócitos mononucleares para o local da inflamação - Inibem a formação de tecido de granulação - Previnem a formação de edema! 1) Hidrocortisona - Mecanismo de ação rápido e curto - Provoca retenção de sódio - Medicamento de escolha (reposição e emergências) 2)Dexametasona (decadron) 3)Betametasona - Medicamento de ação longa - Alta potência anti-inflamatória (30x hidrocortisona) - Dosagem: 2 comprimidos (8mg) 1h antes do procedimento 1 comprimido (4mg) 6h após a primeira dose Ou 1º dia: 1 comprimido de 6/6h 2º dia: 1 comprimido de 8/8h 3º dia: 1 comprimido de 12/12h Ou 2 comprimidos 1h antes do procedimento 1 comprimido de 8/8h durante 5 dias Contraindicações - Portador de doenças fúngicas - Portador de herpes simples ocular - Pacientes com risco de infecções (depressão do sistema imunológico) - Pacientes com histórico de doenças psicóticas - Portadores de tuberculose ativa Precauções e Efeitos Adversos - Se usado por tempo prolongado, a suspensão deve ser gradativa para evitar a supressão das glândulas suprarrenais - Priorizar baixas doses e menor tempo - Causa retenção de líquidos, HAS, úlceras pépticas e hiperglicemia
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