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LEIS COMENTADAS CIVIL I

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DIREITO CIVIL I
	PROVA PRIMEIRO BIMESTRE: LEIS INTRODUTÓRIAS/ ART. 1 AO 39/ ART 70 AO 78
PROVA SEGUNDO BIMESTRE: LEIS INTRODUTÓRIAS/ ART 1 AO 103
DAS PESSOAS FÍSICAS
Cap. 1 - DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
-Art. 1: toda pessoa é capaz de direitos e deveres da ordem social
Capacidade de direito é o gozo de aquisição, é poder ter e capacidade de exercício é a aptidão para exercer o atos da vida civil.
O direito a vida é pré-requisito para o exercício de qualquer direito.
Capacidade civil plena: de direito + de fato (exercicio)
-Art. 2: personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Todas as pessoas naturais tem personalidade e é autorizada a praticar qualquer ato jurídico que deseja (se não houver proibição expressa).
Nem todas as pessoas são capazes, e de nada vale a personalidade sem a capacidade jurídica. A personalidade civil é o que identifica e individualiza a pessoa, como o seu nome, estado, domicílio.
Na teoria naturalista o início da personalidade é no momento do nascimento da vida.
Na teoria da personalidade condicional:o início da personalidade ocorre no momento do nascimento com a vida.
Teoria concepcionista: afirma que o início da personalidade ocorre no momento da concepção (nidação)
Teoria pré-concepcionista: afirma que o início da personalidade ocorre no momento da fundação.
-Art. 3: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Os menores de 16 (somente menores) estão inclusos na incapacidade absoluta que não podem decidir sobre nada a seu respeito se não pela manifestação do seu representante.
Incapacidade não deve ser confundida com vulnerabilidade. Tanto capaz ou incapaz pode se encontrar em situação de desigualdade diante de outra pessoa economicamente mais forte, o que pode ser reconhecido pela lei.
-Art. 4: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; (para efeito do serviço militar, cessará a incapacidade civil do menor, na data em que completar 17 anos)
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; (precisam de um curador)
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (uma pessoa que se encontra em coma está incapaz)
IV - os pródigos. (a interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração)
A incapacidade relativa é a inaptidão para o exercício das atividades civis sem a presença de um assistente.
Menores de 16 anos são representados e maiores de 16 são assistidos.
Por mais idosa que seja a pessoa ela é capaz para os atos jurídicos; por mais avançada na idade, a pessoa tem plena aptidão para cuidar diretamente de seus negócios, bens e interesses, sem representação ou assistência; a incapacidade em um idoso pode ser causada pela perda ou redução do discernimento.
Os deficientes fisicos são incapazes e capazes nas mesmas situações que as demais pessoas.
Os índios podem ser a) isolados, os que vivem em grupos desconhecidos pela civilização ou com pouco contato com esta; b) em vias de integração, mantém intermitente ou permanente contato com a civilização e até aceitam praticas da mesma, mas conservam sua cultura; c) integrados, que vivem na civilização. Os indios integrados tem pelna capacidade, já os outros dois são assistidos pela FUNAI.
-Art. 5: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial (emancipação voluntária), ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; (emancipação judicial)
II - pelo casamento; (emancipação legal)
III - pelo exercício de emprego público efetivo; (emancipação legal)
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; (emancipação legal)
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. (emancipação legal)
A menoridade cessa à zero hora do primeiro dia seguinte aquele em que a pessoa completou seu décimo oitavo aniversário.
Emancipação é quando o indivíduo adquire capacidade plena antes dos 18 anos, pode ser: voluntária (os pais vão ao cartório para constar nos registros civis), tácita ou legal (casamento, emprego público efetivo, colação de grau em curso superior, estabelecimento civil ou comercial) e judicial (depende da sentença do juiz).
Emancipação não te dá direito a ter carteira de motorista antes dos 18 anos, pois o critério é idade, não a maioridade, assim como beber.
-Art. 6: existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
A morte pode ser real ou presumida, como nos casos de ausência.
Com a morte cessam para a pessoas seus direitos e deveres, mas ainda possui direito a personalidade sob tutela do cônjuge, qualquer parente em linha reta, ou colateral (até o 4° grau).
-Art. 7: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Extrema probabilidade de morte: terremotos. enchentes, tsunamis, furacões, incêndios, naufragos, queda de avião, desabamento.
A declaração da morte presumida somente poderá ser requerida depois de ter se esgotado as chances nas buscas e é necessário que o juiz fixe a provável data de falecimento.
-Art. 8: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Aquele que faleceu depois irá receber o quinhão por sucessão dos direitos e deveres daquele que morreu primeiro, transferindo esse quinhão para seus sucessores.
-Art. 9: Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
No casamento você não precisa da certidão para dizer que é casado, é permitido por lei que se case no religioso e somente depois requerer seu registro no cartorio; é pela certidão de obito que se prova a morte de uma pessoa para um sepultamento
-Art. 10: Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
RESUMÃO: pessoas jurídicas são pessoas naturais como homens e mulheres que tem capacidade de exercício e primeiramente direito a vida, também tem personalidade que a faz ter a livre escolha entre fazer o que pode e o que não pode, porém nem todas as pessoas possuem plena capacidade e de nada vale a personalidade se você é incapaz. Muitos dizem que a personalidade vem no momento da concepção, outros do nascimento da vida, outros do nascimento com vida e outros acreditam que já é antes da concepção. Previamente os incapazes são os menores de 16 anos, que são representados normalmente por seus pais para expressar suas vontades, entre 16 e 18 eles são assistidos, já tem certasatitudes, mas seus pais respondem por seus atos; um idosos ou deficiente físico é plenamente capaz até que ocorra algo que tire seu discernimento, assim como os índios integrados também possuem capacidade, mas isolados e em via de integração são assistidos pela FUNAI. A maioridade penal começa um dia após completar os seus dezoito anos de idade, mas também pode ser com a emancipação voluntária onde os pais aceitam tranquilamente ir ao cartório e emancipar seu filho, ou tácita/legal que pode ser pelo casamento, colação de grau de ensino superior, emprego público efetivo ou pelo estabelecimento comercial, pode-se também ter emancipação judicial onde o juiz analisa o caso. A morte da pessoa faz com que cesse quase todos seus direitos, menos o da personalidade;uma morte pode ser presumida e quando duas pessoas morrem na mesma ocasião não tem como averiguar qual morreu primeiro, isso também só é necessário para a parte dos quinhões para seus sucessores.
cap.2 - DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
-Art. 11: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Os direitos da personalidade são absolutos, vitalícios, extrapatrimoniais, indisponíveis, irrenunciáveis, impenhoráveis e intransmissíveis.
Fruição econômica: uso comercial da imagem de pessoas famosas, situação econômica.
-Art. 12: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Cônjuge ou companheiro pode assegurar a legitimação do falecido quanto a sua personalidade, pois há um dano próprio para aquele que ve a violação sobre seu nome, que inclui a família
-Art. 13: Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Amputações e extrações de órgãos ficam vedadas; não se pode comprar ou vender tecidos, órgãos ou parte do corpo humano.
As cirurgias de mudança de sexo são permitidas quando há transtornos psicológicos, fora, isso é considerada como alteração permanente da integridade física que ofende os bons costumes.
-Art. 14: É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Em vida, a doação é um negócio jurídico gratuito que depende da manifestação de vontade e esclarecida do doador quando a) há capacidade do doador, b) autorização judicial, c) justificativa medica, d) vinculo familiar especifico entre doador e receptor
Toda pesquisa em ser humano deve haver indenização por eventuais danos e garantia máxima para que não ocorra nada.
-Art. 15: Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Princípio da autonomia: consagra-se o domínio do próprio corpo e própria vida.
Princípio da não-maleficência:não produzir dano atual, prevenir danos futuros/ duplo efeito (quando o médico tem duas ou mais consequências), totalidade (confronto entre a parte e o todo, como na amputação), mal menor (médico deve optar pela conduta que causaria menor dano) e justiça (profissional age com imparcialidade, mostrando realmente os riscos, benefícios)
Não é necessário que o procedimento seja de risco ao paciente para ele se negar.
Caso não houver tempo para pedir autorização escrita de parentes em caso de parada cardíaca pode fazer o procedimento.
-Art. 16: Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
O nome é a identificação da pessoa, principal elemento de individuação, base para construção da personalidade; é composto por prenome e sobrenome. Agnomes é quando se dá o mesmo nome do pai ou avô. Se houver erro na grafia pode-se mudar o nome; pode-se mudar também no primeiro ano seguinte da maioridade civil se o motivo for justificável.
-Art. 17: O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Terceiros que atentem contra o nome, a reputação, deve responder pelo dano causado ainda que não haja intenção difamatória
-Art. 18: Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
A doutrina protege sua imagem, nome e patrimônio pelo valor econômico que representa.
Seu valor patrimonial não pode ser explorado sem autorização de seu titular, e toda violação deve ser reparada.
-Art. 19: O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Pseudônimo: nome falso
Normalmente utilizado em meio artistico e recebe a mesma importância e proteção que se confere o nome normal.
-Art. 20: Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Imagem-retrato é a representação física da pessoa
Imagem atributo é como a pessoa é vista na sociedade
É necessário que ao divulgar uma imagem não autorizada atinja a “honra, boa fama ou respeitabilidade”; a pessoa tem direito a se opor a mercantilização não autorizada da sua imagem.
O STJ tem reconhecido que a simples exibição da imagem não autorizada há reparação, independente da prova de prejuízo.
Não é necessário a expressa e formal autorização para utilização da imagem da pessoa que conscientemente se expõe abrindo mão de sua privacidade não pode se opor a utilização de sua imagem.
Em eventos como desfiles, fotos nuas com consentimento de divulgação da imagem não é necessária a obtenção de autorização. porém, caso o contexto retratado seja desabonador, denegrindo a imagem da pessoa retratada caberá reparação pelo uso indevido da imagem.
A ilustração de reportagem e matérias jornalística com imagens e retratos constituem o exercício regular do jornalismo, desde que não perca sua finalidade informativa e narrativa; se não houver caráter informativo, interesse público atual e respeito a reputação e a vida privada, a divulgação indiscriminada, notícia falsa, ainda que não intencional resulta na obrigação de reparar o dano.
Imagem de cartaz escrito “procura-se” se de fato a pessoa na imagem estiver desaparecida, não há má divulgação.
Quando uma pessoa morre ela ainda tem proteção á imagem.
-Art. 21: vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
Toda pessoa tem o direito de afastar terceiros de sua vida pessoal, que não queira dividir; ela tem direito de gerir sua vida como quiser, com seu estilo de vida.
É legitimo o interesse jornalístico sobre uma pessoa famosa.
É autorizado, em casos excepcionais, a quebra do sigilo bancário, a gravação de conversas telefônicas ou a realização de buscas dentro do domicílio mesmo contra a vontade da pessoa.
RESUMÃO: Os direitos da personalidade são vitalícios, irrenunciáveis, intransmissíveis, absolutos, extrapatrimoniais e mesmo quando a pessoa está falecida ela tem direito a personalidade, seu cônjuge pode requerer que cesse qualquer coisa referente ao nome de seu companheiro. Não se pode comprar ou vender órgãos e tecidos do seu próprio corpo (ascirurgias de mudança de sexo são permitidas quando há efeitos psicológicos; um dos direitos a personalidade se dá pelo nome, que identifica, ele é composto por prenome e sobrenome, pode ser um agnome (mesmo nome de pai ou avô) e pode ser mudado em caso de erro de grafia, caso te causar constrangimento e for provado, ou se você já não usa o nome, usa outro e ser conhecido por esse outro a muito tempo, também no seu primeiro ano após a maioridade se for justificável; terceiros não podem falar sobre o outro mesmo que seja de forma não difamatória, seja utilizando seu nome ou seu pseudônimo, assim como não se pode utilizar a imagem de outro para propagando comercial sem a autorização; ao divulgar uma imagem não autorizada de alguém deve ter consciência que a mesma pode querer reparação mesmo se não houver prejuízo, e é bom mostrar respeito, boa fama sobre o nome da mesma, eventos como desfiles, fotos nuas podem ser divulgadas mesmo sem autorização, porém deve ser observado o conteúdo descrito sobre a pessoa, pois se houver prejuízo a mesma pode requerer sobre. Toda pessoa tem direito de viver a vida que quiser, como quiser sem terceiros estarem opinando; é autorizado em casos excepcionais, a quebra do sigilo bancário, gravação de conversas telefônicas ou a realização de buscas dentro do domicílio mesmo contra a vontade da pessoa.; em vida, a doação de órgãos é gratuita e deve haver consentimento do doador, não se pode escolher para quem doar seus órgãos como coração, rim, quando há o falecimento, assim como deve ser permitido antes a doação. Nenhum médico pode te obrigar a fazer um tratamento ou tomar qualquer medicação; um médico deve não produzir um risco atual e prevenir um futuro, assim como quando houver duas consequências no caso escolher a que menos causará risco, escolher também nada que custe uma totalidade, como na amputação, onde você perde somente uma parte do corpo, não o total, e sempre escolher o que irá causar menor risco, dizer também todas as consequências, prejuízos e benefícios para o paciente, ser justo.
Cáp. 3 - DA AUSÊNCIA
SEÇÃO I: DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE
-Art.: 22: Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
A pessoa ausente não é considerada incapaz, por isso que a curadoria é dos bens do ausente, e não de sua pessoa, deve-se resguardar o patrimônio do ausente e tutelar os interesses de seus herdeiros.
Qualquer pessoa pode ou até mesmo o Ministério Público pode requerer a declaração de ausência e a nomeação de um curador; o procedimento para a declaração de ausência tem como início a arrecadação dos bens do ausente. Com os bens arrecadados o juiz publicará um edital de dois em dois meses durante um ano para o ausente entrar nas posses de seus bens. Passado um ano da publicação do primeiro edital e sem aparecer o ausente, um representante ou seu procurador poderão os interessados requerer que se abra provisoriamente a sucessão, cessando a curadoria, momento em que inicia a sucessão provisória
-Art. 23: Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.
Se a pessoa estiver sumida, não será declarada a ausência se ela deixou um representante ou mandatário com poderes para administrar seus bens.
Caso o procurador recuse a administrar seu patrimônio, não possa ou não queira exercer o mandato ou não tenha poder total sobre os bens irá haver a necessidade de declaração de sua ausência para nomear um curador.
-Art. 24: O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Ao nomear um curador o juiz deve analisar as circunstâncias do desaparecimento da pessoa, para fixar os limites de poderes do curador
-Art. 25: O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1.º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2.º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3.º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
Não se encontra o juiz vinculado a essa ordem preferencial, devendo sempre analisar se a pessoa a ser nomeada goza de idoneidade e preparo suficiente para desempenhar as normas; caso não preencha o requisito o juiz deixar de nomeá-lo.
O cônjuge não pode estar separado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antes da declaração de ausência; caso esteja dentro do requisito não importa o seu regime de bens, será o legítimo curador. Casado no regime de comunhão universal não vai precisar prestar conta.
RESUMÃO: A morte implica o fim da pessoa natural, logo, nenhum novo direito ou dever pode ser-lhe imputado. Após as soluções cobre suas dívidas, os bens são transmitidos aos sucessores, herdeiros ou legatários. Quando uma pessoa desaparece, o direito se preocupa mais com os interesses dela do que com os de terceiros (familiares, credores etc). Uma pessoa nomeada pelo juiz passará a administrar os bens do desaparecido para que, ao retornar, não venha a sofrer prejuízo. Continuando desaparecido inverte-se os interesses; a lei autoriza a presunção de morte do desaparecido. São três etapas sucessivas desencadeadas pelo desaparecimento de uma pessoa: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória e sucessão definitiva. O desaparecimento pode ser voluntário ou involuntário. Para que se considere alguém desaparecido, é necessário que se tenham perdido totalmente as notícias sobre ele. Para ser decretada a ausência é necessário que o desaparecido não tenha representante (investido pela lei como curador do deficiente mental, absolutamente incapaz quando do desaparecimento deste. Após o transcurso do prazo legal sem o reaparecimento do incapaz, cumprem-se os pressupostos de presunção de morte, para a abertura da sucessão na defesa dos interesses de terceiros) ou procurar (investido nos poderes de representação pela vontade da pessoa representada, quando antes de desaparecer a pessoa deixa algum mandante para praticar atos e administrar seus bens e negócios) cuidando de seus negócios e bens.
SEÇÃO II: DA SUCESSÃO PROVISÓRIA
-Art. 26: Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Passando um ano da arrecadação dos bens do ausente ou três anos se ele deixou representante os interessados podem requerer a declaração da ausência e que abra provisoriamente a sucessão.
-Art. 27: para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:
I - o cônjuge não separado judicialmente;
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Diferente para requerer a declaração da ausência, para requerer a abertura da sucessão provisória é mais limitado.
Inciso I: pode-se requerer também o companheiro
Inciso II: são os herdeiros presumidos aqueles que por lei tem direito a herança, como o cônjuge, ascendentes (pais e avós), descendentes (filhos e netos); são os herdeiros legítimos o cônjuge, ascendentes, descendentes, irmãos e seus descendentes, colaterais até o quarto grau e o Estado; os legítimos testamentários são os previamentes já decididos pelo ausente no testamento.
-Art. 28: A sentença que determinara abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
§ 1.º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.
§ 2.º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.
Quando a sentença para abertura da sucessão provisória estiver em julgado, proceder-se a abertura do testamento, caso existente, e ao inventário e partilha dos bens; caso decorra trinta dias em que a sucessão provisória esteja em julgado e ninguém requerer a abertura do inventário, proceder-se a arrecadação de bens e a herança será considerada jacente.
-Art. 29: Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
Tendo em vista a necessidade de cuidar do patrimônio do ausente caso ele volte o juiz deve ordenar, antes da partilha, a conversão dos bens móveis sujeitos a deterioração, extravio em bens móveis ou títulos garantidos pela união; essa conversão será cabível somente se o juiz achar conveniente e ele tem que deixar claro se permitiu tal conversão o porque e se não permitiu também.
-Art 30: Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1.º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
§ 2.º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
Como o ausente pode voltar e ter seus bens restituídos a imissão na posse dos bens do ausente só é feita com a prestação da garantia suficiente para essa restituição
Caso algum herdeiro não tenha como prestar essa garantia (receberá metade dos quinhões) ou não queira (não receberá nada) os bens do ausente deverá continuar sob custódia do curador ou de outro herdeiro designado pelo juiz.
-Art. 31: Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
-Art. 32: Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.
Os herdeiros então fazem cessar os encargos do curador
-Art 33: O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
Para os herdeiros necessários é assegurada total propriedade sobre os frutos e rendimentos dos bens do ausente, já para os demais herdeiros será somente a metade e a outra metade será capitalizada mediante a conversão em imóveis ou títulos garantidos pela União e restituída ao ausente em caso do seu retorno desde que sua ausência não tenha sido voluntária e injustificada; estes também deverão prestar contas anualmente.
Caso o ausente retorna ele terá direito a restituição de todo seu patrimônio e metade dos frutos e rendimentos gerados pelos quinhões dados aos sucessores que não sejam os herdeiros necessários; se a ausência for voluntária e injustificada ele não receberá a tal metade.
-Art. 34: O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
-Art. 35: Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
A morte do ausente faz cessar a sucessão provisória transmitindo sua herança diretamente aos seus herdeiros
-Art. 36: Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
RESUMÃO: Convencendo-se que a pessoa está desaparecida e seus interesses encontram-se a desamparo, o juiz, a pedido de qualquer interessado, declarará sua ausência; a primeira consequência é a arrecadação dos bens do ausente. Ao declarar a ausência o juiz deve também nomear um curador para os bens dela, a extensão dos poderes do curador é dada pelo juiz. A nomeação para o cargo de curador de bens deve recair, em princípio, sobre o cônjuge do ausente (só não entra se o cônjuge estiver separado do desaparecido judicialmente ou de fato por mais de dois anos, não sendo o ausente casado ou não legitimado o cônjuge, a curadoria cabe aos pais ou a seus descendentes, nesta ordem, desde que não exista impedimento. Na falta dos parentes listados na lei o juiz poderá escolher qualquer pessoa para o cargo de curador. Após transcorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente os legalmente interessados (cônjuge não separado judicialmente ou de fato a mais de dois anos, herdeiros presumidos, os que tiverem sobre os bens do ausente direito condicionado à sua morte, os credores de obrigações vencidas e não pagas, Ministério Público, se não houver interessados) podem requerer a abertura da sucessão provisória (se o desaparecimento já tem 3 anos e há representante ou procurador, também pode requerer a abertura da sucessão). A declaração da abertura da sucessão provisória só produz efeitos depois de 180 dias da sua publicação, após declarada os interessados devem requerer em 30 dias o inventário, caso tenha testamento proceder-se-á também a sua abertura. Durante a fase da sucessão provisória, nenhum bem imóvel do ausente pode ser alienado ou hipotecado, impedindo a perda dos bens; quanto aos bens móveis sujeitos a deterioração ou a extravio, o juiz pode ordenar sua venda para investir em algo conservador; depois de decorrido dez anos da abertura da sucessão provisória os interessados podem requerer ao juiz que a se abra a definitiva.
SEÇÃO III: DA SUCESSÃO DEFINITIVA
-Art. 37: Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.
A abertura da sucessão definitiva tem que ser requerida pelos interessados; trata como se o ausente estivesse morto.
Podem requerer o levantamento das cauções prestadas.
Adquirem a propriedade dos bens do ausente e podem dispor dos mesmos como quiser.
Deixam de ser representantes do ausente e passam a responder em seu próprio nome, como sucessores do ausente.
Somente na sucessão definitiva que os sucessores e beneficiários passam a ter o recebimento do seguro de vida e demais direitos condicionados a morte do ausente.
-Art. 38: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
-Art. 39: Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seusdescendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
RESUMÃO: Presume-se a morte do desaparecido quando o juiz declara aberta a sucessão definitiva. Está pode ter por fundamento o transcurso de dez anos da abertura da sucessão provisória, ou de cinco anos sem notícias da pessoa com 80 anos de idade. Pagam-se as dívidas pendentes, se ainda houver, e transmitem-se os bens às propriedades dos sucessores. Com a partilha o antigo ausente já não é mais o dono dos bens. Se a pessoa declarada retorna ao seu domicílio, variam os direitos. Se volta antes da sucessão provisória, encontrará seus bens, negócios e interesses sob os cuidados do curador nomeado pelo juiz, o ausente terá direito de receber os seus frutos e rendimentos descontados unicamente o valor das despesas de administração e, quando for o caso, a remuneração do administrador; o curador que administrar mal os bens do ausente responderá pelos danos a que der causa. Se a volta do ausente for depois de aberta a sucessão provisória, mas antes da definitiva, os frutos e rendimentos dos seus bens pertencem, totalmente ou em parte, ao titular do direito à posse provisória; o cônjuge, ascendente e descendente tomaram para si os frutos e bens, já os demais sucessores devem capitalizar a metade para entregar ao ausente, se a ausência for involuntária. Voltando o ausente nos dez anos seguintes a abertura da sucessão definitiva devem ser restituídos os bens no estado em que se encontrarem, ele não tera direito a fruto ou rendimento relativo ao tempo de sua ausência. Voltando após um ano a sucessão definitiva ele não tem direito a mais nada.
DAS PESSOAS JURÍDICAS
Cáp. 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
-Art. 40: As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
São três elementos caracterizadores da pessoa jurídica: a) a organização de pessoas ou bens, b) orientados a realização de um fim lícito e c) a que a lei atribui a capacidade jurídica.
-Art. 41: São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias; inclusive as associações públicas;
-Art. 42: São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
ONU, Mercosul, OMC
-Art. 43 As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Teoria do risco administrativa: sempre que uma atividade do Estado implicar risco ele deve responder objetivamente.
Teoria da culpa administrativa: todo dano sofrido pelos administradores decorre sempre da omissão do Estado que omitiu-se sobre suas obrigações (faute du service). Logo, há responsabilidade subjetiva.
O Estado pode ressarcir pela indenização
-Art. 44: São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;
V - os partidos políticos;
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
§ 1.º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
§ 2.º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 3.º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
Associação é um agrupamento organizado de pessoas físicas ou jurídicas com objetivos não empresários e sociedades e sociedade é um agrupamento organizado de pessoas, físicas ou jurídicas, com a finalidade de desenvolver uma atividade empresarial voltada para a produção ou circulação de bens ou de serviços para posterior distribuição dos lucros aos seus sócios.
Fundação é uma organização de bens, destinada a realização de um determinado fim, a que a lei atribui personalidade jurídica. São requisitos das fundações a) um patrimônio, b) o ato constitutivo ou dotação, c) uma finalidade especial a que se destina a fundação, o estatuto, d) uma administração.
“A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame, pelo Judiciário, da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos”.
-Art. 45: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
A pessoa jurídica apenas adquire personalidade jurídica com a inscrição do seu ato constitutivo no respectivo registro; precisando da aprovação.
-Art. 46: O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
-Art. 47: Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
Os atos praticados pelos administradores não se vinculam a pessoa física e sim a pessoa jurídica, portanto, não importa se há falsos falsos administradores, a empresa que vem a contatar com a sociedade e etc está a contratar serviços da pessoa jurídica, não física.
-Art. 48: Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
-Art. 49: Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
Quando os próprios membros da sociedade deixam de indicar um administrador, qualquer interessado que requerer isso o juiz irá nomear um administrador provisório, cujo procedimento será o da jurisdição provisória.
-Art. 50: Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
O elemento necessário para a desconsideração da personalidade jurídica é o abuso; o encerramento irregular da pessoa jurídica, como o abandono do cargosem ato de registro não basta para caracterizar o abuso da personalidade jurídica.
Teoria maior da desconsideração: a teoria geral que é mais rígida, não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se para além da prova de insolvência ou demonstração de desvio de finalidade ou demonstração de confusão patrimonial.
Teoria menor da desconsideração: relações de consumo nas reparações de danos ambientais, mais flexíveis e fáceis de caracterizar. Inside com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações.
Pode haver desconsideração da pessoa jurídica sobre aquele que se utilizou da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais com prejuízos a terceiros. Para não afetar os demais sócios por isso se faz necessário essa desconsideração inversa da personalidade jurídica.
-Art. 51: Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1.º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2.º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3.º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Durante a fase da liquidação, a sociedade mantém sua personalidade jurídica devendo realizar todo seu ativo e pagar seus débitos; apenas depois de realizar todos esses pagamentos se exclui a personalidade jurídica, cancelando seu registro.
-Art. 52: Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
É como acontece com o bom nome e boa fama da pessoa jurídica, cuja proteção não se nega.
RESUMÃO: pessoa jurídica é o sujeito de direito personificado não-humano, pessoa moral. Tem aptidão para titularizar direitos e obrigações. As pessoas jurídicas podem ser de direito público interno (União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, autarquias como OAB, INSS, etc, associações públicas e demais entidades de caráter público criadas por lei como ANATEL, ANP, ANEEL, etc), direito público externo (Estados estrangeiros e todas as pessoas regidas pelo direito internacional público como Igreja Católica, ONU, Organização Mundial do Comércio, Comunidade Europeia, etc), direito privado ( fundação, associação, sociedade, organizações religiosas e partidos políticos). A existência legal das pessoas jurídicas inicia-se com o registro do respectivo ato constitutivo no órgão próprio, sem o registro não tem como ter CNPJ; termina a personificação da pessoa jurídica com o cancelamento de sua inscrição no registro público, após o encerramento da liquidação (conjunto de atos praticados pela pessoa jurídica dissolvida com o objetivo de solucionar suas pendências obrigacionais e destinar o patrimônio remanescente). Por ser personificada está autorizada a praticar praticar os atos da vida civil, comprar, vender, tomar emprestado, dar em locação, etc. Em geral, a pessoa jurídica é constituída por outra e outras pessoas, ela começa a existir em decorrência da vontade de uma ou mais pessoas, identificados como membros, integrantes ou instituidores da pessoa jurídica. A pessoa jurídica não se confundem com as pessoas que a integram, se um integrante tem uma obrigação ele continua com a mesma obrigação mesmo se contratando uma empresa para alguma outra função ela só exercerá a sua função designada. Decorrente do princípio da autonomia acabado de citar é ela mesma parte dos negócios jurídicos, é presente no ato através de uma pessoa física que por ela assina o instrumento, mas é a pessoa jurídica que está manifestando a vontade, vinculando-se ao contrato; também é ela, e não seus integrantes, a parte legítima para demandar e ser demandada em juízo, em razão dos direitos e obrigações que titulariza, se algo faltar a ser pago referente a uma sociedade a sociedade em si responderá, não um dos seus sócios; também não se pode cobrar dos seus integrantes as dívidas e obrigações da pessoa jurídica. Na associação e na sociedade, pessoas com objetivos comuns unem seus esforços para alcançá-los; na associação as pessoas se unem com objetivos não econômicos e nas sociedades para explorar uma atividade econômica. As pessoas jurídicas podem ser singulares (um só fundador) ou coletiva (dois ou mais fundadores), unipessoal (um membro apenas) ou pluripessoal (dois ou mais membros), de acordo com o modo da constituição podem ser contratuais e institucionais que re organizam pelo estatuto. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões serão tomadas pela maioria de votos dos diretores presentes à reunião Em decorrência da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, as obrigações desta não são, em princípio, imputáveis aos seus membros; os integrantes da pessoa jurídica não respondem pelas obrigações desta e para evitar manipulação fraudulenta da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas desenvolveu-se a desconsideração da personalidade jurídica, sempre que houver fraude o juiz pode ignorar a personalidade jurídica e imputar a obrigação diretamente a pessoa que procurou furtar-se aos seus deveres; os pressupostos para a desconsideração da personalidade jurídica são os desvio de finalidade, abuso de personalidade, e a confusão patrimonial.
Cáp. 2 - DAS ASSOCIAÇÕES
-Art. 53: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Associações não podem visar a produção ou a circulação de bens ou de serviços para posterior distribuição dos lucros aos seus sócios.
-Art. 54: Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
-Art. 55: Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.
Essas categorias devem estar explícitas no estatuto e as vantagens devem ser conferidas a toda uma categoria de associados (fundadores, beneméritos, honorários, etc) e não á associados individualmente considerados.
-Art. 56: A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
-Art. 57: A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
Há plena legitimidade para penalidade e exclusão do associado se este desrespeitou as normas da associação ou que praticou atos contrário a sua finalidade ou a seus princípios. A penalidade deve haver prévio procedimento para assegurar ao associado direito de defesa e de recurso.
-Art. 58: Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
Nem o estatuto, nem a assembleia ou qualquer outro órgão da associação podem criar exceções ofensivas ao direito de igualdade entre os associados, eles têm o igual direito de exercer suas funções designadas.
-Art. 59: Compete privativamente à assembleia geral:
I - destituir os administradores;
II - alterar o estatuto.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocadapara esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.
-Art. 60: A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
Não so a assembleia geral, mas todo e qualquer órgão deliberativo pode ser convocado, por ao menos um quinto dos associados, respeitadas a formalidade do estatuto.
-Art. 61: Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, a instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1.º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2.º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
RESUMÃO: Associação é a pessoa jurídica que se reúnem com pessoas com objetivos comuns de natureza não-econômica. Chamam-se institutos, quando de natureza cultural; clube quando de natureza esportiva, social ou de lazer; academia de letras quando reúne escritores e etc. As pessoas que desejam constituir uma associação devem reunir-se em assembleia para expressar essa vontade convergente, para votar o estatuto; a ata da assembleia de fundação deve ser encaminhada, em duas vias, ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas para o início da existência legal da associação; as condições para se dissolver a associação sao as estabelecidas pelo estatuto. É direito assegurado o da liberdade de associação, ninguém é obrigado a se associar ou a permanecer associado, mas ao entrar tem que cumprir com seus deveres como associado, assim como ter seus direitos, tudo descrito no estatuto, caso descumpra o dever pode sofrer as sanções descritas no estatuto, a lei prevê que cabe a expulsão do associado se havendo justa causa e garantindo direito ao contraditório e ampla defesa; a qualidade de associado é intransferível, somente é se descrito no estatuto.
Cáp. 3 - DAS FUNDAÇÕES
-Art. 62: Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:
I - assistência social;
II - cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III - educação;
IV - saúde;
V - segurança alimentar e nutricional;
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
VII - pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII - promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX - atividades religiosas
-Art. 63: Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
Cabe ao Ministério Público analisar a adequação dos bens reunidos a finalidade da fundação e aprovar ou não a constituição da fundação de acordo com os bens reunidos pelo seu instituidor.
-Art. 64: Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Uma vez que o instituidor tenha validamente constituído uma fundação, não pode mais deixar de entregar a propriedade referente a ela, caso se recuse será transferido por mandato judicial.
-Art. 65: Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em 180 (cento e oitenta) dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Ao invés de elaborar o estatuto da fundação, pode seu instituidor incubir determinada pessoa a realizar tal encargo, que irá elaborar o estatuto de acordo com a base do seu instituidor, certificando-se que a fundação atenderá a finalidade para qual foi idealizada; será então aprovado pelo Ministério público. Se não for entregue até 180 dias caberá ao Ministério Público se encaminhar sobre o estatuto e o juiz então depois aprovar.
-Art. 66: Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1.º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
§ 2.º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
-Art. 67: Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
-Art. 68: Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.
-Art. 69: Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
Pode requerer a extinção da fundação o Ministério Público ou qualquer outro interessado, sempre que vencer o prazo da sua existência ou sua finalidade se tornar ilícita, impossível ou inútil.
RESUMÃO: Fundação é a pessoa jurídica resultante da afetação de um patrimônio a determinada finalidade, ela não possui membros ou integrantes. O instituidor, pessoa física ou jurídica, destaca de seu patrimônio alguns bens e vincula a administração e os frutos desses bens à realização de objetivos que gostaria de ver realizados. O instituidor não é membro da fundação. Os fins da fundação são sempre não-econômicos, ela só pode ter finalidade religiosa, moral, cultural ou de assistência, mas isso não quer dizer que não podem ter lucro com as atividades que desenvolvem. A instituição da fundação é feita por escritura pública ou por testamento. O instituidor discrimina os bens livres de seu patrimônio que deseja transferir para a pessoa jurídica específica a fim que a dotação se destina; para a alteração do estatuto da fundação é necessário o voto de ⅔ dos membros do seu órgão de representação. Quando forem insuficientes os bens dotados pelo instituidor, para a criação da fundação, determina a lei que sejam incorporados em outra fundação de finalidade igual ou semelhante, a menos que tenha que respeitar a vontade da pessoa que deixou escritura pública ou testamento. Enquanto o instituidor viver ou mesmo após sua morte procura-se a lei garantir que a vontade dele seja semprerespeitada. Trata-se de respeito ao direito de propriedade em termos absolutos. Uma vez fixadas as finalidade da pessoa jurídica, os seus bens devem ser administrados tendo em vista unicamente a realização delas; As ONGs sao entidades organizadas por particulares cujo objeto atende ao interesse público, constituem-se como associações ou fundações, já que não tem finalidades econômicas.
DAS PESSOAS
Cáp. 1 - Domicílio
-Art. 70: O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Domicílio é o local onde a pessoa se presume presente, pratica habitualmente suas atividades, atos e negócios jurídicos.
O domicílio da pessoa natural tem que haver estabelecimento com ânimo definitivo; o direito brasileiro não admite ausência de domicílio, portanto mesmo aquele que não tem residência fixa possui um domicílio, considerada o local onde a pessoa foi encontrada.
Existem cinco espécies de domicílio a) voluntário, que pode ser único, plural b) legal ou necessário fixado pela lei contra sua vontade c) profissional d) contratual e) facultativo
-Art. 71: Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
-Art. 72: É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
-Art. 73: Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
Exemplo é o cigano, quem trabalha com circos.
-Art. 74: Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
Não se perde um domicílio se você adquire outro, você apenas muda de domicílio.
-Art. 75: Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1.º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2.º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
Diferente da pessoa física, a pessoa jurídica não tem residência, segundo o qual terá domicílio onde exerce suas atividades habituais, onde tenha sua administração direção ou sede assim definida em seu ato constitutivo.
-Art. 76: Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
-Art. 77: O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
-Art. 78: Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
RESUMÃO: as pessoas jurídicas têm domicílio onde exercem seus direitos e respondem por suas obrigações; quando se trata de pessoa jurídica de direito privado o domicílio é também chamado de sede e deve ser mencionado o endereço no respectivo ato constitutivo (estatuto ou contrato social) com clareza. O domicílio pode ser também o lugar em que costuma funcionar o seu órgão de representação (diretoria ou administração). Se uma associação mudar de local e não atualizar no CNPJ considera-se domiciliada tanto no mencionado em seu estatuto quanto naquele onde funciona sua diretoria. Se a pessoa jurídica for estrangeira porque tem a sede no exterior considera-se domiciliada no lugar em que se estabeleceu, no território nacional, sua agência ou escritório. O domicílio pode ser mudado a qualquer tempo por simples ato de vontade seja pessoas natural ou pessoa jurídica.
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
Cáp. 1 - DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS
SEÇÃO I: DOS BENS IMÓVEIS
-Art. 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Bem é uma espécie do gênero coisa, se entende como algo cuja existência pode proporcionar uma utilidade economicamente apreciável como bem de direito. Sol, a lua, ar, mar são coisas que no homem não pode tomar por apropriação. Bens imóveis são aqueles que não pode transportar sem perder sua essência, ou sem sua destruição parcial.
A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo.
-Art. 80: Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Consideram-se os direitos reais sobre imóveis: a propriedade, a superfície, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso especial para fins de moradia.
Pouco importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, por apenas após a partilha tais bens passam a ser individualmente considerados.
-Art. 81: Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
RESUMÃO: bem é tudo aquilo que pode ser avaliado em dinheiro, definem-se coisa tudo o que existe além dos sujeitos de direito; os bens são as coisas valiosas para homens e mulheres e suscetíveis de precificação, de avaliação pecuniária. Atribuição de valor é sempre expressão de relações sociais entre seres humanos, os valores atribuídos fazem referência não a medida da sua importância, sim da escassez. Os bens imóveis é tudo aquilo que não pode ser transportado de um lugar para outro sem comprometimento de sua integridade, como o lote de terreno, a árvore plantada e seus frutos pendentes, as edificações. Os imóveis são vistos como bens de maior importância que os móveis. Os bens imóveis são sempre infungiveis
SEÇÃO II: DOS BENS MÓVEIS
-Art. 82: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Bens móveis sao aqueles que têm movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
-Art. 83: Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
-Art. 84: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
Materiais destinados a uma construção ou provenientes de alguma demolição ainda assim são bens móveis. Enquanto os materiais foram colocados na construção do prédio já, estes são parte do prédio
RESUMÃO: um bem móvel pode se tornar imóvel e voltar a condição anterior, como os materiaisde construção que incorporados a uma casa são bens imóveis e voltam a condições de móveis se a casa for demolida e assim ficar; a árvore no solo é imóvel, cortada para a venda da madeira se torna móvel, se a madeira é voltada para a construção de uma casa volta a ser imóvel.
SEÇÃO III: DOS BENS FUNGÍVEIS E NÃO FUNGÍVEIS
-Art. 85: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
-Art. 86: São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
RESUMÃO: Os bens móveis podem ser fungíveis ou infungíveis segundo possam, ou não, ser substituidos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Bens fungíveis quer dizer que são substituíveis, intangíveis são insubstituíveis, como a diferença entre um cereal vendido em supermercado e um quadro pintado por um famoso pintor, os bens imóveis são sempre infungíveis
SEÇÃO IV: DOS BENS DIVISÍVEIS
-Art. 87: Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
-Art. 88: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
RESUMÃO: se a divisão de um bem não comprometer sua substância, não diminuir seu valor, nem prejudicar o uso a que se destina é divisível; alguns bens divisíveis podem se tornar indivisíveis por força de lei ou da vontade das partes, como por exemplo se há dois proprietários de um condomínio e um quer por fim a copropriedade, mas não pode dividir o condomínio, deve-se então vender e só depois poder dividir as partes.
SEÇÃO VI: DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS
-Art. 89: São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
-Art. 90: Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
-Art. 91: Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
RESUMÃO: Bens singulares são aqueles que ainda podem considerar independentes, ainda que reunidos a outros bens, e coletivos, os demais. Os bens coletivos são classificados em universalidade de fato (conjunto de bens singulares pertencentes a mesma pessoa tem destinação unitária, como um estabelecimento empresarial, uma padaria com todos os objetos que a compõem). Bens singulares são os que podem ser considerados independentes, mesmo quando reunidos a outros.
Cáp. 2: DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
-Art. 92: Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Para que o bem acessório tenha valor ele deve contar com a sorte de que o bem principal também tenha.
-Art. 93: São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Pertenças sao bens que acrescem, como acessórios, a coisa principal, consideradas como coisa anexada.
-Art. 94: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
A simples existência de um bem acessório já pressupõe a existência de um bem principal. O mesmo não ocorre com pertenças. A existência de uma máquina, um fogão, não pressupõe um outro bem, eles continuam tendo relevância autônoma.
-Art. 95: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
Frutos são aqueles bens periodicamente produzido por outros bens; fruto naturais são aqueles originados pela própria natureza da coisa, como leite, a soja; frutos industriais são aqueles que dependem do homem; frutos civis são aqueles que têm rendimentos oriundos da fruição da coisa, como o aluguel. Produtos são utilidades periodicamente produzidos por determinados bens.
Uma vez separados do bem principal, os frutos e produtos adquirem existência autônoma, podendo ser negócio jurídico, perdendo até sua condição de acessório.
-Art. 96: As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1.º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2.º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3.º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Benfeitora é toda obra ou melhoramento destinado a conservar, melhorar ou embelezar a coisa
-Art. 97: Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Apenas são benfeitoras se vem da ação humana; eventos naturais ficam excluídos, para que não haja indenização sendo que ninguém contribuiu para sua ocorrência.
RESUMÃO: o que existe sobre si, mesmo abstrato, é principal, sua existência não depende de outro bem; já o acessório depende de outro bem para ter valor e até mesmo existir. O bem acessório segue a sorte do principal. Frutos são acessórios periodicamente renovados, podem ser destacados do principal. Os produtos são se renovam periodicamente, eles exaurem o principal, na medida em que dele se destaca, não é renovável. Os frutos podem ser naturais se renovados pelo ciclo biológico sem interferência humana, industriais quando há a interferência humana, civis são os rendimentos gerados pela coisa principal, como o aluguel da casa, pendentes são aqueles ligados ao bem principal, uma vez que separados denominam-se colhidos, naturais, ou percebidos, industriais ou civis. os naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos logo que separados, e os civis reputam-se percebidos dia por dia. As benfeitoria sao acessórios que alteram em parte o principal se vem da ação humana. Podem ser voluptuária se sao fúteis, não aumentam no uso do bem, podem custosas ou não, agregarem valor ou apenas tornem mais agradável, por exemplo a troca de cerâmica por mármore. São úteis quando aumentam ou facilitam o uso do bem, como uma ampliação na garagem. São necessárias aquelas introduzidas com o objetivo de conservar o bem ou evitar que se deteriorar, como a recuperação do telhado, reforço nos alicerces. Pertenças são os bens destinados ao uso, serviço ou aperfeiçoamento de outro bem, de forma duradoura, mas que não o integram. Tem uma existência autônoma; os negócios jurídicos relativos ao bem principal não abrangem as pertenças, somente se alguém adquire estabelecimento comercial, todos os bens que a compõe consideram-se adquiridos também se previsto.
Cáp. 3 - DOS BENS PÚBLICOS
-Art. 98: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
-Art. 99: São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
-Art. 100: Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
-Art. 101: Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
-Art. 102: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
-Art. 103: O uso comum dos benspúblicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
RESUMÃO: Os bens públicos sao os pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno (União, Distrito Federal, Estados, Territórios, Municípios e autarquias) e os afetados a prestação de serviço público. Podem ser de uso comum do povo tais como rios, mares,estradas, ruas e praças; de uso especial como edificio ou terrenos destinados a serviços públicos ou estabelecimento de administração pública.; dominicais, que não possui nenhuma destinação. Os bens de uso comum do povo e especial sao inalienáveis. Os direitos da pessoa jurídica de direito público sobre os seus bens sao imprescritíveis, ninguém pode adquiri-los por usucapião.

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