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26/08/2013 1 Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Residência de Clínica e Medicina Intensiva no Hospital das Clínicas da FMUSP Especialista em Clínica Médica / Medicina Intensiva / Medicina de Urgência Dr. José Paulo Ladeira Choque e Choque Séptico Dr. José Paulo Ladeira Choque Fluxo sanguíneo arterial inadequado para suprir a demanda de O 2. A hipotensão não é necessária para a definição do diagnóstico. Choque não é sinônimo de hipotensão !!!!! 26/08/2013 2 Choque Choque = Hipoperfusão Oferta X Consumo de O 2 • CaO 2 = (Hb x 1,34 x SaO 2 ) + (0,003 x PaO 2 ) • CvO 2 = (Hb x 1,34 x SvO 2 ) + (0,003 x PvO 2 ) • DO 2 = VS x FC x CaO 2 • VO 2 = VS x FC x Ca‐vO 2 Débito Cardíaco (FCxVS) Contratilidade Pós‐carga Pré‐carga Frequência cardíaca •Pré‐carga • Volemia • Resistência vascular sistêmica • Tônus vasomotor venoso • Pressão intratorácica • Contração atrial • Taquiarritmias • Pós‐carga • Contratilidade Determinantes do DC • Hemorragia • Anafilaxia • TRM • Pneumotórax • FA • TV instável • Sepse • IAM 26/08/2013 3 Choque – Abordagem geral Estabilização do paciente • Via aérea • Ventilação / Oxigenação • Suporte hemodinâmico • Volume • Transfusão • DVA • Medidas mecânicas Choque Hipovolêmico • DC ¯ por pré‐carga reduzida • Perda leve <20% • Sensação subjetiva de frio •Mudanças posturais da PA e pulso • Pele fria e pálida • Veias do pescoço colapsadas •Perda moderada 20‐40% ‐Sensação subjetiva de sede ‐PA é abaixo do normal em posição supina ‐Oligúria •Perda severa >40% ‐Agitação, confusão, obnubilação ‐Queda PA c/ pulso fino/imperceptível ‐Taquipneia ‐Acidose ‐ morte Choque Hipovolêmico 26/08/2013 4 Microcirculação Microcirculação Tratamento 1.Garantir vias aéreas pérvias 2.Manutenção da respiração e circulação 3.Acesso venoso periférico rápido / Dissecção venosa 4.Pesquisa de locais de perda de fluidos 5.VOLUME => QUAL e QUANTO? Choque Hipovolêmico 26/08/2013 5 Cristaloides X Coloides • Expansão com cristaloides geralmente necessita de 2‐4 vezes mais volume que com coloides. • Não há diferenças em termos de mortalidade ou incidência de edema pulmonar em relação ao uso de coloides ou cristaloides. • Devido aos altos custos dos coloides e à falta de literatura corroborando sua utilização, os cristaloides são preferíveis. • Edema periférico com os cristaloides não acarreta pior evolução. Reposição volêmica‐ Qual? Indicadores de Macrohemodinâmica • PA / FC / Diurese / TEC Reposição volêmica ‐ Quanto? Indicadores de Microhemodinâmica • SvO 2 / Lactato Choque Cardiogênico Quadro Clínico DC ¯ por falência como bomba do coração Causa primária + sinais de baixo débito ‐ Sudorese fria ‐ Confusão mental ‐ Oligúria ‐ Taquicardia ‐ Pulso fino ou ausente / Má perfusão periférica ‐ Hipotensão c/ diferencial pinçada ‐ ECG – sinais de isquemia e/ou necrose 26/08/2013 6 Choque Cardiogênico Congestão? Baixa perfusão? Quente & Seco PCWP normal IC normal (compensado) Frio & Úmido PCP elevada IC reduzido Frio & Seco PCPBaixa/normal IC reduzido Drogas Inotrópicas Dobutamina Levosimendana Normal RVP Alta RVP Não Sim Quente & Úmido PCWPelevada IC normal Vasodilatadores Nitroprussiato Nitroglicerina Levosimendana (C) (D) (A) (B) Não Sim Tratamento •Não melhora com nenhuma das medidas •Estudo hemodinâmico de urgência •Angioplastia de recuperação •RM urgência •Considerar uso de circulação assistida •Balão intra‐aórtico •Dispositivos de fluxo contínuo Choque Cardiogênico •Obstrução ao enchimento ventricular (¯ da pré‐carga) •Quadro clínico • Causa básica (TEP/Tamponamento, etc.) • Baixo débito com pouca ou nenhuma congestão Diagnóstico Tamponamento / Pneumotórax hipertensivo •Diagnóstico imediato (QC típicas) •Exames radiológicos e ecocardiograma Choque Obstrutivo 26/08/2013 7 Tratamento •Medidas gerais • Administração de volume • Catecolaminas •Manter oxigenação • Dependem da causa básica: • Tamp. Cardíaco (pericardiocentese) • Embolia pulmonar (trombólise) Choque Obstrutivo Tratamento •Volume • Vasapressor Choque Neurogênico Causas • TRM acima de T2 • Vassodilatação arterial e venosa • Bradicardia • RVS reduzida ® distribuição do volume IV alterado • DC / ¯ / « • na fase inicial (estado hiperdinâmico) •« / ¯ em fase tardia ou hipovolemia (hipodinâmico) • • Choque anafilático / séptico Choque Distributivo 26/08/2013 8 N Engl J Med 2003;348:154654. Estatística Brasil • 1.400 pessoas/dia morrem de sepse grave em todo o mundo. • Brasil: 400.000 internações/ano em UTI por novos casos de sepse BASES – Brazilian Sepsis Epidemiological Study • 1383 pacientes (5 UTIs) • Idade (mediana) – 65 a • sepse grave ‐ 17% Sepse Brasil • 3128 pacientes (75 UTIs) • Idade (média) – 62 a • sepse grave ‐ 14% E Silva et al. Crit Care 2004;8:R251 Sales JR JA et al. RBTI 2006;18:9 Chest 2003. Beale et al. 124 (4): 224. Estatística Brasil 26/08/2013 9 Fenômeno microbiano caracterizado por uma resposta inflamatória reacional à presença de microrganismos ou à invasão de tecidos normalmente estéreis àqueles organismos. Definições / Progressão Sepse SIRS Infecção Sepse Grave SDMO Uma resposta clínicanão específica incluindo dois dos seguintes: l Temperatura >38 o C or <36 o C l Frequência Cardíaca >90 bpm l Frequência Respiratória>20/min l Leucócitos >12,000/mm 3 ou <4,000/mm 3 ou >10% bastões Exemplo de causas: trauma, queimaduras, pancreatite. Sepse SIRS SIRS Infecção Sepse Grave SDMO Sepse Infecção Sepse Grave SDMO SIRS SIRS Definições / Progressão Sepse SIRS SIRS Infecção Sepse Grave SDMO Infecção Sepse Grave SDMO SIRS SIRS Sepse SIRS com processo infeccioso confirmado ou presumido Definições / Progressão 26/08/2013 10 Sepse com sinais de pelo menos uma disfunção orgânica aguda l Renal l Respiratória l Hepática l Hematológica l SNC l Acidose metabólica l Cardiovascular Choque Séptico Sepse grave refratária à reposição de volume Sepse SIRS SIRS Infecção Sepse Grave SDMO Infecção SDMO SIRS SIRS Sepse Sepse Grave Definições / Progressão Sepse SIRS SIRS Infecção Sepse Grave SDMO Infecção SIRS SIRS Sepse Sepse Grave Presença de função orgânica alterada em pacientes agudamente enfermos, nos quais a homeostase não pode ser mantida sem intervenção. SDMO Definições / Progressão Disfunção Orgânica Aguda como Marcador de Sepse Grave Taquicardia Hipotensão PVC PAOP Ictericia EnzImas ¯ Albumina TP Alteração Consciência Confusão Psicose Taquipnéia PaO 2 <70 mm Hg SaO 2 <90% PaO 2 /FiO 2 £300 Oliguria Anuria Creatinina ¯ Plaquetas TP/TTPA ¯ Prot.C e AT D‐dimero 26/08/2013 11 www.ilas.com.br A.Ressuscitação B.Diagnóstico C.Antibioticoterapia precoce D.Controle de foco E. Reposição volêmica F. Vasopressores G.Inotrópicos H.Corticóide I. Proteína C ativada J. Hemoderivados K. K. Terapias de suporte Terapias de suporte 1. 1. Controle glicêmico Controle glicêmico 2. 2. Procedimentos dialíticos Procedimentos dialíticos 3. 3. Controle de acidose Controle de acidose 4. 4. Sedação / analgesiaSedação / analgesia 5. 5. Profilaxia TVP / HDA Profilaxia TVP / HDA 6. 6. Ventilação mecânica Ventilação mecânica A.Ressuscitação • Precoce • Lactato > 4mmol/L / hipotensão • Metas 26/08/2013 12 B. Diagnóstico • Culturas antes da antibioticoterapia empírica • HMC periférica / central / outras culturas • Exames de imagem C. Antibioticoterapia • Início precoce • Amplo espectro • Deescalonamento 4872h conforme culturas • 710 dias; D. Controle do foco • Identi ficação do foco em até 6h • Aval iação para possível tratamento cirúrgico • Retirar acesso central se suspeita de infecção E. Reposição volêmica • Cristalóide = colóide • Provas de volume /melhora hemodinâmica F. Vasopressores • PAM ≥ 65mmHg • Noradrenal ina = Dopamina • Proteção renal com Dopamina = NÃO • PA invasiva G. Inotrópicos • Dobutamina na disfunção miocárdica • Não praticar valores supranormais 26/08/2013 13 H. Corticóides • Hidrocortisona ≤ 300mg/dia • Não indicado se não houver choque (sepse grave) • Má resposta a volume / vasopressor • Hidrocortisona melhor que dexametasona • Suspensão na retirada de drogas vasoativas I. Proteína C ativada • Não indicada se Apache < 20 / 1 disfunção • Considerar se Apache ≥ 25 / ≥ 2 disfunções J. Hemoderivados • Conc. Hemácias se Hb < 7,0g/dL (79 g/dL) • > 9, se ICo / hipoxemia / Lactato ↑ • Não usar eri tropoetina • Plasma somente para procedimentos / sangramento • Plaquetas se: • < 5.000/mm 3 • 5.000 – 30.000/mm 3 se risco de sangramento • ≥ 50.000/mm 3 se cirurgia 26/08/2013 14 K. Terapias de suporte 1. Controle glicêmico • < 150 mg/dL 2. Controle de acidose • Bic.Na somente se pH < 7,15 3. Sedação / analgesia • Protocolos de sedação/analgesia e despertar diário • Evitar bloqueador neuromuscular 4. Profilaxia TVP / HDA 5. Procedimentos dialíticos • HD intermitente ≈ CVVH K. Terapias de suporte 6. Ventilação mecânica • VC 6 mL/Kg em pacientes com LPA / SDRA • PPlatô < 30 cmH 2 0 • Hipercapnia permissiva • Peep • Cabeceira em 45º • Protocolo de desmame da VM • Volemia adequada • Ventilação não invasiva 0 4 8 12 16 20 24 28 intensive g lycemic control stero id low dose low VT/ PEEP (ARDSnet) activated protein C (APACHE >24) ear ly goal fluid therapy (NNT) “KIT” UTI baseado em evidências 26/08/2013 15 Pacote UTI ‐ Modelo Matemático 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 I I+II I+II+III I+II+III+IV I+II+III+IV+V S M R Mortalidade 40% 24% Sepse Sepse: Tempo Para : Tempo Para Tratamento Tratamento Golden hours Golden hours Silver day Silver day Bronze period Bronze period DÚVIDAS Na área restrita do aluno no item Dúvidas
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