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TRIBUNAL DE JUSTIÇA Escrevente Técnico Judiciário Profa. Pamella Brandão Formação das palavras Como formamos palavras na Língua Portuguesa? • Radical • Conceito de morfema x fonema Formação das palavras Tipos de palavras que temos no nosso idioma: Formação das palavras • Temos dois processos: DERIVAÇÃO ou COMPOSIÇÃO DERIVAÇÃO a) Prefixal ou Prefixação: REler - INfeliz - ULTRAvioleta b) Sufixal ou Sufixação: boiADA - felizMENTE - lealDADE c) Prefixal e Sufixal: DESlealDADE - INfelizMENTE - DESligADO d) Parassintética ou Parassíntese: ENtardECER - ENtristECER - DESalmADO e) Regressiva: Pescar: pesca Barracão: barraco f) Imprópria: O sr. Oliveira faleceu. A oliveira nasceu no jardim. Homem alto. Falava alto. COMPOSIÇÃO a) Justaposição: Passatempo - Girassol - Guarda-roupa b) Aglutinação: Filho de algo: fidalgo Plano + algo: planalto Água + ardente: aguardente CASOS ESPECIAIS a) Hibridismo: Televisão: TELE (grego) VISÃO (latim) Automóvel: AUTO (grego) MÓVEL (latim) b) Abreviação: Foto: fotografia Moto: motocicleta c) Abreviatura: mim. - minuto Sr. – senhor d) Sigla: I.B.G.E.: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. M.P.U.: Ministério Público da União. EMPREGO DAS LETRAS ORTOGRAFIA • Emprego das letras h, s, z, x, ch, g, j, ss, sc • Emprego do h O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrita do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas: a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. homem, higiene, honra, hoje, herói. b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições. Oh! Ah! • c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto: - nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro. super-homem, pré-história. - quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Passarinho, palha, chuva. • Emprego do s Emprega-se a letra s: - nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos. Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa. - nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos. delicioso, gelatinosa. - depois de ditongos. coisa, maisena, Neusa. - nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos. puser, repusesse, quis, quisemos. - nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s. análise: analisar, analisado pesquisa: pesquisar, pesquisado. • Emprego do z Emprega-se a letra z nos seguintes casos: - nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos. rigidez (rígido), riqueza (rico). - nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. cruz: cruzeiro, cruzada. deslize: deslizar, deslizante. • Emprego dos sufixos –ar, – isar e –izar. Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso contrário, emprega-se –izar. análise – analisar eterno – eternizar • Emprego das letras e e i. Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e. perdoem (perdoar), continue (continuar). Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam- se com i. atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir). • Emprego do x e ch. Emprega-se a letra x nos seguintes casos: - depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa. (Exceção: recauchutar e derivados) - depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher (de cheio), encharcar (de charco), enchumaçar e seus derivados). - depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados). - palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô. • Emprego do g ou j Emprega-se a letra g - nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio. - nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem. Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau. • Emprego de s, c, ç, sc, ss. - verbos grafados com -ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess. ceder – cessão. conceder - concessão. retroceder - retrocesso. Exceção: exceder - exceção. - nos verbos grafados com -nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns. ascender – ascensão expandir – expansão pretender – pretensão. - verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção. deter – detenção conter – contenção. • Dificuldades entre o e e o i • Escrevem-se com e verbos e outras palavras relacionadas com nomes terminados em – eia e – eio (aldeia = aldeão, aldeamento; areia = areal, arear) • Escrevem-se com e verbos e outras palavras que derivam de nomes e adjetivos que não têm i no radical (lama = enlamear; branco = branquear) • Escrevem-se com i quando esta vogal já existe no radical (frio = resfriar, resfriado; vadio = vadiar) • Dificuldades entre o o e o u • A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos terminados em – oar escreve-se - oo, enquanto a dos verbos em – uar escreve-se – uo (perdoar – perdoo; acentuar – acentuo) • As terminações dos diminutivos cultos do latim, usados na terminologia científica, escrevem-se sempre com u (globo – glóbulo; parte – partícula; modo – módulo) MAL x MAU Uso dos PORQUÊS. POR QUE a) Quando, depois dela, subentende-se as palavras razão ou motivo. Por que você faltou ontem? (Por que razão você faltou...) Vou contar por que não voltei lá. (Vou contar por que razão...) Saiba por que seu dinheiro desvalorizou tanto. (Saiba por que razão/motivo seu dinheiro...) b) Quando é substituível por pelo qual e suas variações. A vitória por que lutamos está próxima. (A vitória pela qual lutamos está próxima.) São humilhantes as situações por que eles têm passado. (São humilhantes as situações pelas quais eles...) POR QUÊ Sempre próximo ao sinal de pontuação. Você faltou ontem por quê? Ninguém sabe como ele veio, nem por quê. PORQUE Emprega em respostas; geralmente como forma equivalente de pois ou como. Faltei à reunião porque precisei viajar. (Faltei à reunião pois precisei viajar) Dirija com cuidado, porque a estrada é perigosa. Porque corria pouco, os colegas o obrigavam a jogar no gol. PORQUÊ • É um substantivo, vem sempre precedido por artigo ou pronome e equivale a razão/motivo. Ninguém sabia o porquê da demissão do gerente. Eles nos traíram, jamais saberemos o porquê. Não houve um porquê específico para o abandono. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 1. Definições • Homônimos: vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido. - Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e homógrafos). São: 3ª p. p. do verbo ser. - Eles são inteligentes. São: sadio. - O menino, felizmente, está são. São: forma reduzida de santo. - São José é meu santo protetor. - Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia diferente (heterógrafos).Cessão: ato de ceder, cedência Seção ou secção: corte, subdivisão, parte de um todo Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião • Parônimos: vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no sentido. Cavaleiro: homem a cavalo Cavalheiro: homem gentil Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: O júri absolveu o réu. Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absorveu lentamente a água da chuva. Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o Presidente falou acerca de seus planos. A cerca de: a uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca de trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de um mês ou (ano) das eleições. Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): Há cerca de um ano, tratamos de caso idêntico; existem aproximadamente: Há cerca de mil títulos no catálogo. ACENTUAÇÃO • Crase Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave. Fomos à piscina à artigo e preposição • Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a. Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios: • I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase. Exemplos: Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo) Respondi às perguntas. (Respondi aos questionário) • II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase: Exemplos: Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.) Fui à Holanda (Fui para a Holanda) • III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da,é porque ocorre a crase. Exemplos: Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba) Iremos à Bahia (Voltaremos da Bahia) • Não ocorre a Crase a) antes de verbo Voltamos a contemplar a lua. b) antes de palavras masculinas Gosto muito de andar a pé. Passeamos a cavalo. c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza Dirigiu-se à Sra. com aspereza. d) antes de pronomes em geral: Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna. e) em expressões formadas por palavras repetidas: Estamos frente a frente Estamos cara a cara. f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural: Não falo a pessoas estranhas. Restrição ao crédito causa o temor a empresários. • Crase facultativa 1. Antes de nome próprio feminino: Refiro-me à (a) Juliana. 2. Antes de pronome possessivo feminino: Dirija-se à (a) sua fazenda. 3. Depois da preposição até: Dirija-se até à (a) porta. • Casos particulares 1. Casa • Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase. Exemplos: Regressaram a casa para almoçar Regressaram à casa de seus pais 2. Terra • Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase. Exemplos: Regressaram a terra depois de muitos dias. Regressaram à terra natal. 3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo. • Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase. Exemplos: Está é a nação que me refiro. (Este é o país a que me refiro.) Esta é a nação à qual me refiro. (Este é o país ao qual me refiro.) Estas são as finalidades às quais se destina o projeto. (Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.) Houve um sugestão anterior à que você deu. (Houve um palpite anterior ao que você me deu.) • Ocorre também a crase a) Na indicação do número de horas: Chegamos às nove horas. b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta: Usam sapatos à (moda de) Luís XV. c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento: Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo). d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de... OBSERVAÇÕES: Lembre-se que: • Há - indica tempo passado. Moramos aqui há seis anos • A - indica tempo futuro e distância. Daqui a dois meses, irei à fazenda. Moro a três quarteirões da escola. ACENTUAÇÃO DE PALAVRAS • QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA O que é sílaba tônica? 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. 2. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S” Exemplos: Chá Mês nós Gás Sapé cipó Dará Café avós Pará Vocês compôs vatapá pontapés só Aliás português robô dá-lo vê-lo avó recuperá-los Conhecê-los pô-los guardá-la Fé compô-los réis (moeda) Véu dói méis céu mói pastéis Chapéus anzóis ninguém parabéns Jerusalém Casos do I e do U • Acentuamos o I e U quando forem HIATOS, seguidos ou não de S. • Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras e fazem parte de hiatos. 3. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. R – câncer, caráter, néctar, repórter. X – tórax, látex, ônix, fênix. PS – fórceps, Quéops, bíceps. Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão. I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis. ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon. UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. US – ânus, bônus, vírus, Vênus. 4. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona. • QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS 5. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando: • Formarem sílabas sozinhos ou com “S” Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go- ís-ta. IMPORTANTE • Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca- ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? Resposta: Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. Em “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. 6. Trema Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) 7. Acento Diferencial • O acento diferencial permanece nas palavras: Ex.: pôde (passado), pode (presente) pôr (verbo), por (preposição) SINGULAR PLURAL Ele tem Eles têm Ele vem Eles vêm Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou plural: Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. CLASSES DE PALAVRAS • SUBSTANTIVO Próprio: refere-se a um determinado ser da espécie. Ex.: Rodolfo, Argentina, Facebook. X Comum: nomeia todos os seres e coisas. Ex.: mesa, cadeira, menino, mulher. Concreto Ex.: mesa, lâmpada, fada, Argentina. X AbstratoEx.: amor, angústia, felicidade. Simples: um só radical Ex.: roupa, amor, sol X Composto: dois ou mais radicais Ex.: Guarda-roupa, passatempo, girassol Primitivo Ex.: amor, lua, pedra, jornal, sol X Derivado Ex.: amoroso, amando; luar, lunático; jornalista, jornaleiro; solar, ensolarado. Coletivos: nomeia a reunião de seres da mesma espécie. Ex.: Alcateia, enxame, molho, multidão. • FLEXÕES DO SUBSTANTIVO Flexão de gênero: - Biformes: quando alteramos os afixos para formar o feminino. Ex.: conde – condessa / menino – menina OBS.: Quando palavras com radical totalmente diferente para formar o feminino, chamamo-las de HETERÔNIMOS. Ex.: bode – cabra / cavaleiro – amazona - Uniformes a) Comum de dois gêneros: dentista b) Sobrecomum: a testemunha / a criança c) Epicenos ou promíscuos (sem distinção) A cobra - o jacaré – o sabiá PARTICULARIDADES DO GÊNERO a) Gênero não fixo: O/A diabete - O/A personagem b) Mudança de significado o cisma (a separação) - a cisma (desconfiança) o grama (medida de peso) - a grama (vegetal) FLEXÃO DE NÚMERO a) singular: menina, ave, homem. b) plural: meninas, aves, homens. Formação do plural no substantivo simples: a) Terminados em –ão: órfãos, cidadãos, mãos, anões, pães, cães OBS.: alguns admitem duas ou três formas: corrimãos, corrimões anciãos, anciães, anciões vilãos, vilães, vilões b) Terminados em -s: - Monossílabos e oxítonos recebem –es: gás – gases / mês – meses / país – países - Outros ficam invariáveis: o lápis – os lápis / o ônibus – os ônibus c) Terminados em –r ou –z recebem –es: mulheres, oradores, cruzes, juízes d) Terminados em –m trocam por –ns: garagens, armazéns, homens, nuvens e) Terminados em –al, -el, -ol, -ul trocam o –l por –is: jornais, papéis, faróis f) Terminados em –il: - Oxítonas trocam –l por –s: funis, barris - Paroxítonas trocam –il por –eis: fósseis, répteis, projéteis OBS.: Casos especiais mal, males; cônsul, cônsules; mel, meles ou méis. g) Terminados em –x ficam invariáveis: os tórax, as fênix, as xérox h) Terminados em –n: - acrescenta-se –es ou –s: hífenes ou hífens; abdômenes ou abdomens; elétrons; prótons. Formação de plural nos substantivos compostos a) composto sem hífen: variam como substantivos simples. aguardente, aguardentes; girassol, girassóis. b) Composto com hífen: Dependerá da classe gramatical de cada um dos termos formadores do vocábulo composto. - Variáveis - Invariáveis Substantivos; Verbos; Adjetivos; Advérbios; Pronomes; Interjeições; Numerais. Prefixos. Exemplos: abelha-mestra = abelhas-mestras abelhas (subst.) / mestra (subst.) amor-perfeito = amores-perfeitos Amor (subst.) / perfeito (adj.) padre-nosso = padres-nossos Padre (subst.) / nosso (pron.) guarda-roupa = guarda-roupas Guarda (verbo) / roupa (subst.) Vice-presidente = vice-presidentes Vice (pref.) / presidente (subst.) Casos especiais: 1. Varia apenas o primeiro elemento quando: Ligados por preposição: Pé-de-moleque = pés-de-moleque Mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça 2. Varia apenas o segundo elemento quando: a) Formado por palavras repetidas: Quero-quero = quero-queros Corre-corre = corre-corres FLEXÃO DE GRAU a) Normal: homem, boca. b) Aumentativo: Homenzarrão, bocarra = sintético. Homem grande, boca grande = analítico. c) Diminutivo: Homenzinho, boquinha = sintético. Homem pequeno, boca pequena = analítico. • ADJETIVOS Simples: vermelho, financeiro, escuro Composto: vermelho-claro, sócio-financeiro. Pátrio: refere-se a continentes, países, cidades e etc. Ex.: brasileiro, sergipano, europeu, carioca. Locução Adjetiva Expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio) com valor de adjetivo. Ex.: dia de chuva – dia chuvoso Luz do sol – luz solar Ar do campo – ar campestre FLEXÃO DE GÊNERO: Biforme: bom/boa, mau/má, bonito/bonita. Uniforme: feliz, ágil, alegre, inteligente. FLEXÃO DE NÚMERO: a) Adjetivo simples: homem bom / homens bons b) Adjetivo composto: varia apenas o último elemento Hospital médico cirúrgico = hospital médico-cirúrgicos Blusa amarelo-clara = blusas amarelo-claras • OBS.: Se o último elemento do composto for um substantivo, fica invariável. Ex.: tecido amarelo-ouro = tecidos amarelo-ouro sapato marrom-café = sapatos marrom-café FLEXÃO DE GRAU Existem apenas dois graus: 1. COMPARATIVO 2. SUPERLATIVO • COMPARATIVO a) Igualdade: João é tão alto quanto seu irmão. b) Superioridade: João é mais alto que (ou do que) seu irmão. c) Inferioridade: João é menos alto que (do que) seu irmão. • SUPERLATIVO 1. Relativo: qualidade de um ser em relação a um conjunto de seres. a) superioridade: João é o mais alto da turma. b) inferioridade: João é o menos alto da turma. 2. Absoluto: qualidade de um único ser. a) analítico: João é muito alto. b) sintético: João é altíssimo. • ARTIGO Varia em gênero e número e serve para definir o substantivo. a) Definido: o, a, os, as O jornal Folha de São Paulo comentou a notícia. b) Indefinido: um, uma, uns, umas Um jornal comentou uma notícia. • Particularidades do artigo: 1. Substantivar qualquer palavra: O “não” é uma palavra que expressa negação. (não – subst.) Quem ama o feio, bonito lhe parece. (feio – adj.) 2. Evidenciar o gênero e número dos substantivos: A coleta (fem.) / O lápis (sing.) e Os lápis (plural) 3. Revelar quantidade aproximada quando usado o indefinido diante de numerais: Uns dez quilos. / Umas trezentas pessoas. 4. Combinar-se com preposições: No = em + o Das = de + as À = a + a Numa = em + uma PRONOME • PRONOME Precede o substantivo ou nome que dão indicações sobre aquilo que este expressa, limitando ou concretizando seu significado. Concordam sempre em gênero com o substantivo. • Pronomes pessoais Representa as três pessoas do discurso: quem fala, pra quem fala e de quem se fala. • Pronomes possessivos. • Pronomes de tratamento • Pronomes demonstrativos Substitui ou acompanha os nomes, indicam a posição dos seres e das coisas no espaço e no tempo em relação às pessoas gramaticais. • Pronomes relativos • Pronomes interrogativos • Pronomes indefinidos NUMERAL NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. Exemplos: - Andei por duas quadras. - Fui a segunda colocada no concurso. - Comi um quarto da pizza. - Tenho triplo da idade de meu filho. Classificação do numeral: cardinal, ordinal, multiplicativo e fracionário. • CARDINAL Indica quantidade, serve para fazer a contagem. • ORDINAL Expressa ordem. • MULTIPLICATIVO Indica multiplicação. • FRACIONÁRIO Expressa divisão, fração e partes. • COLETIVO Indica um conjunto. Exemplo: centena, dúzia, dezena, década e milheiro. *Observação: “zero” e “ambos” são considerados como numerais. • Diferença entre um artigo e o um numeral, um artigo indica indefinição do substantivo e o um numeral indica quantidade do substantivo. Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários Um Primeiro- - Dois Segundo dobro, duplo meio Três Terceiro triplo, tríplice terço Quatro Quarto quádruplo quarto Cinco Quinto quíntuplo quinto Seis Sexto sêxtuplo sexto sete Sétimo sétuplo sétimo oito Oitavo óctuplo oitavo nove Nono nônuplo nono dez Décimo décuplo décimo onze décimo primeiro - onze avos doze décimo segundo - doze avos treze décimo terceiro - treze avos catorze décimo quarto - catorze avos quinze décimo quinto - quinze avos dezesseis décimo sexto VERBOS Emprego/correlação de tempos e modos verbais. Verbos são palavras que indicam ações, estados ou fenômenos, situando-os no tempo. Exemplos: O menino correu pela rua. (AÇÃO) Eu estou triste. (ESTADO) Choveu muito. (FENÔMENOS DA NATUREZA) • Quanto à estrutura, os verbos são compostos pelo radical (a parte invariável e que normalmente se repete), terminação (a parte que é flexionada) e a vogal temática (que caracteriza a conjugação). ESTUD- AR ESCREV- ER PART- IR • São três as conjugações em língua portuguesa: 1ª Conjugação: verbos terminados em AR 2ª Conjugação: verbos terminados em ER 3ª Conjugação: verbos terminados em IR Na morfologia do verbo, encontramos as seguintes classificações: • Radical: Comer / Falar / Partir • Vogal temática: morfema que une radical as desinências. Relembrando: AR, ER e IR. • Tema: radical acrescido da vogal temática, damos o nome de tema. Exemplo: fala – tema de falar; come – tema de comer. • Desinências: morfemas gramaticais marcadores de das flexões de número e pessoa (número-pessoais) e tempo e modo (modo-temporais). FALA – Á – VA – MOS • Radical: FAL • Tema: FALA • Vogal temática: -a- • Desinência modo-temporal: VA • Desinência número-pessoal: MOS Os verbos na Língua Portuguesa sofrem variações em: • Tempo (tempos verbais: Presente, Pretérito e Futuro); • Modo (Indicativo, Subjuntivo e Imperativo); • Número (Singular/Plural); • Pessoa (1ª, 2ª e 3ª); • Voz (Ativa, Passiva e Reflexiva). FLEXÕES DO VERBO • MODO 1. Indicativo (que denota certeza) Eu falo com a minha mãe todos os dias. Eu andava pelo parque. Eu contarei a história para você. 2. Subjuntivo (que denota incerteza, dúvida, possibilidade) Talvez eu fale com ele na semana que vem. Se contássemos com ele, provavelmente estaríamos lá até agora. Quando chegarem nos farão uma ligação; 3. Imperativo (ordem, pedidos, sugestões) Fale logo! Compre seu carro hoje! • NÚMERO E PESSOA 1ª Eu ando 2ª Tu andas 3ª Ele/a anda SINGULAR 1ª Nós andamos 2ª Vós andais 3ª Eles/as andam PLURAL • VOZ 1. ATIVA (o sujeito pratica a ação) O repórter leu notícia. (agente) 2. PASSIVA (o sujeito recebe a ação) A notícia foi lida pelo repórter. (paciente) 3. Reflexiva (faz e recebe a ação) A garota penteou-se. Formação da voz passiva 1- Voz Passiva Analítica • Constrói-se da seguinte maneira: Sujeito + Loc. Verbal + agente da passiva Exemplo: A escola será pintada. O trabalho é feito por ele. • Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. Exemplo: A casa ficou cercada de soldados. 2- Voz Passiva Sintética • A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Exemplos: Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola. • TEMPO • Presente A Terra gira em torno do sol. Eles estudam todos os dias. • Pretérito perfeito Usa-se o pretérito perfeito para indicar fatos passados, observados depois de concluídos. a) expressar algo já realizado, concluído, terminado: Em 1970, a seleção brasileira ganhou o principal campeonato de futebol. • Pretérito perfeito composto Formado com o auxiliar ter (no presente do indicativo) mais o particípio do principal, emprega-se o pretérito perfeito composto para: • a) exprimir repetição: Os jogadores têm errado muito. • b) indicar algo que se desenvolve até o momento da fala: Temos superado os obstáculos. • Pretérito imperfeito Usa-se o pretérito imperfeito para indicar fatos não concluídos no momento em que se fala como também para falar de fatos que ocorriam com frequência no passado. Ele estudava todos os dias e ainda escrevia para um jornal local. a) expressar algo em processo, em desenvolvimento no passado: Eu almoçava quando ele nos chamou. b) indicar continuidade ou fato habitual, constante, frequente: Eu morava nesta região. c) substituir o futuro do pretérito do indicativo (mais usado informalmente): Se ele viesse, agora tudo estava certo. (= agora tudo estaria certo) • Pretérito mais que perfeito Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo simples para: a) expressar fato concluído que aconteceu antes de outro fato (ambos ocorridos no passado): O avião partira quando ele enfim chegou. Assim que ele se retirara da sala, a mulher tentou uma nova fuga. b) substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo (mais comum no uso literário): Amou como se fora pela última vez. (= Amou como se fosse pela última vez) Colhera os frutos de seus atos. (= Colheu os frutos de seus atos) • Futuro do presente a) expressar fato posterior ao momento em que se fala: No final do trabalho, acertaremos o pagamento. b) indicar correlação com o futuro do subjuntivo: Se ele fizer isso, ficarei feliz. Quando eles se exercitarem, viverão melhor. c) exprimir dúvida, incerteza: Será possível o Brasil melhorar? d) formar certas expressões idiomáticas: Mas será o Benedito? e) indicar ordem ou pedido (valor próximo ao imperativo): Não matarás nem roubarás. • Futuro do presente composto Formado com auxiliares ter ou haver (conjugados no futuro do presente do indicativo simples) mais o particípio do principal, emprega-se o futuro do presente do indicativo composto para: a) exprimir fato ocorrido antes de outro (ambos no futuro): Eles já terão saído quando vocês chegarem. b) indicar a hipótese de algo já ter acontecido: Já terão chegado? • Futuro do pretérito a) exprimir dúvida, incerteza: Naquele dia, havia umas dez pessoas com ele. b) indicar correlação com o pretérito imperfeito do subjuntivo: Se ele fizesse isso, ficaria feliz. c) fazer um pedido, indicar um desejo de uma forma polida: Vocês fariam um favor para nós? d) indicar fato futuro que se relaciona a um momento no passado (muitas vezes expressa uma quebra de expectativa, algo frustrado, ainda não realizado): Ele disse que viria e prometeu que me pagaria. e) expressar indignação ou surpresa em orações exclamativas ou interrogativas: Você faria isso de novo? • Futuro do pretérito composto Formado com os auxiliares ter ou haver (conjugados no futuro do pretérito do indicativo simples) mais o particípio do principal, emprega-se o futuro do pretérito do indicativo composto para: a) indicar fato passado que aconteceria mediante condição: Se você realmente estudasse a lição, teria alcançado a aprovação. b) expressar dúvida em relação ao passado: Teria tido ele uma idéia melhor? c) exprimir hipótese, algo que deveria ter acontecido (correlaciona-se com o pretérito mais- que-perfeito do subjuntivo): Se ele tivesse feito isso, teríamos ficado mais felizes. FORMAS NOMINAIS: • Gerúndio (falando)• Particípio (falado) • Infinitivo (falar) Quanto à morfologia, classificam-se em: • Regulares: quando flexionam-se de acordo com o paradigma da conjugação. Estudar – eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós estudamos… • Irregulares: quando não seguem o paradigma da conjugação. CABER – eu caibo… MEDIR – eu meço… • Anômalos: quando sofrem modificação também no radical. IR – eu vou, vais, vai, vamos, ides, vão, fui, ia… SER – eu sou, és, é, somos, sois, são, éramos, fôramos, fora… • Defectivos: quando não são conjugados em todas formas. FALIR – não possui 1ª, 2ª e 3ª pessoa do pres. do indicativo e pres. do subjuntivo. PRECAVER Eu Tu Ele/a Nós Vós Eles/as • Abundantes: quando possuem mais de uma forma de conjugação. ACENDIDO – ACESO, INCLUÍDO – INCLUSO ADVÉRBIO ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os. • Definição: palavra invariável que modifica essencialmente o verbo, exprimindo uma circunstância. • ADVÉRBIO MODIFICANDO UM VERBO OU ADJETIVO Ocorre quando o advérbio modifica um verbo ou um adjetivo acrescentando a eles uma circunstância. Por circunstância entende-se qualquer particularidade que determina um fato, ampliando a informação nele contida. Ex.: Antônio construiu seu arraial popular ali. • ADVÉRBIO MODIFICANDO OUTRO ADVÉRBIO Ocorre quando o advérbio modifica um adjetivo ou outro advérbio, geralmente intensificando o significado. Ex.: Grande parte da população adulta lê muito mal. • ADVÉRBIO MODIFICANDO UMA ORAÇÃO INTEIRA Ocorre quando o advérbio está modificando o grupo formado por todos os outros elementos da oração, indicando uma circunstância. Ex.: Lamentavelmente o Brasil ainda tem 19 milhões de analfabetos. • Locução Adverbial É um conjunto de palavras que pode exercer a função de advérbio. Ex.: De modo algum irei lá. • TIPOS DE ADVÉRBIOS • DE MODO: Ex.:Sei muito BEM que ninguém deve passar atestado da virtude alheia. Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, ás pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente. • DE INTENSIDADE: Ex.:Acho que, por hoje, você já ouviu BASTANTE. Muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis) • DE TEMPO: Ex.: Leia e depois me diga QUANDO pode sair na gazeta. Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia • DE LUGAR: Ex.: A senhora sabe AONDE eu posso encontrar esse pai-de-santo? Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distancia, à distancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. • DE NEGAÇÃO : Ex.: DE MODO ALGUM irei lá Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. • DE DÚVIDA: Ex.: TALVEZ ela volte hoje. Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. • DE AFIRMAÇÃO: Ex.: REALMENTE eles sumiram. Sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente. PREPOSICAO Preposição é a classe de palavras que liga palavras entre si; é invariável; e estabelece relação de vários sentidos entre as palavras que liga. Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir: • Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”. • Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”. • Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”. • Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”. • Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões. As preposições podem ser de dois tipos: 1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição. Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até... 2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas. Exemplo: consoante, segundo, mediante, fora, malgrado... • Locução prepositiva Chamamos de locução prepositiva o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de... As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais. Exemplos: do (de + artigo o) no (em + artigo o) daqui (de + advérbio aqui) daquele (de + o pronome demonstrativo aquele) Emprego das preposições - as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam. Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento) Estive com José (relação de companhia) A criança arrebentava de felicidade (relação de causa) O carro de Paulo é novo (relação de posse) - as preposições podem vir unidas a outras palavras. Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético. Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética. Contração Combinação Do (de + o) Ao (a +o) Dum (de + um) Aos (a + os) Desta (de + esta) Aonde (a + onde) No (em + o) Neste (em + este) Dicas sobre preposição 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? • Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular e feminino. - A dona da casa não quis nos atender. - Como posso fazer a Joana concordar comigo? • Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles. - Cheguei a sua casa ontem pela manhã. - Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado. • Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo. - Temos Maria como parte da família. / A temos como parte da família - Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém. INTERJEIÇÃO INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito. As interjeições classificam-se em: Advertência Cuidado! Olha! Atenção! Calma! Agradecimento Grato! Obrigado!Alegria Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Alívio Ah! Uf! Ufa! Animação Coragem! Força! Vamos! Eia! Apelo Socorro! Psiu! Hei! Aplauso Parabéns! Ótimo! Viva! Bis! Concordância Sim! Claro! Desejo Oh! Oxalá! Tomara! Dor Ah! Oh! Ai! Ui! Admiração Caramba! Nossa! Opa! Puxa! Pena Coitado! Satisfação Boa! Oba! Opa! Upa! Saudação Olá! Salve! Adeus! Viva! Silêncio Psiu! Silêncio! Calada! Medo Credo! Cruzes! Ui! Droga! Preste atenção quando eu estou falando! • No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! • Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! • As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. CONJUÇÃO (RELAÇÃO DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ENTRE OS TERMOS DA ORAÇÃO) CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação. • CLASSIFICAÇÃO - Conjunções Coordenativas - Conjunções Subordinativas • CONJUNÇÕES COORDENATIVAS Dividem-se em: • ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Observe os exemplos: - Ela foi ao cinema e ao teatro. - Minha amiga é dona-de-casa e professora. - Eu reuni a família e preparei uma surpresa. - Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar. • Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também. • ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos: - Tentei chegar na hora, porém me atrasei. - Ela trabalha muito mas ganha pouco. - Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim. - Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem. • Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. • ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. - Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - Minha cachorra ora late ora dorme. - Vou ao cinema quer faça sol quer chova. • Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já. • CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Exemplos: - Estudei muito por isso mereço passar. - Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa. - Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão. • Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. • EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão: - É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. - Não demore, que o seu programa favorito vai começar. • Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. • CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS • CAUSAIS Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos: - Não pude comprar o CD porque estava em falta. - Ele não fez o trabalho porque não tem livro. - Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio. • COMPARATIVAS Principais conjunções comparativas: que, do que, tão…como, mais…do que, menos…do que. - Ela fala mais que um papagaio. • CONCESSIVAS Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. • Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesar de”. - Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) - Apesar de ter chovido fui ao cinema. • CONFORMATIVAS Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante - Cada um colhe conforme semeia. - Segundo me disseram a casa é esta. • Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. • CONSECUTIVAS Expressam uma ideia de consequência. Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”). - Falou tanto que ficou rouco. - Estava tão feliz que desmaiou. • FINAIS Expressam ideia de finalidade, objetivo. Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que). - Todos trabalham para que possam sobreviver. - Viemos aqui para que vocês ficassem felizes. • PROPORCIONAIS Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. - À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam. • TEMPORAIS Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. - Quando eu sair, vou passar na locadora. - Chegamos em casa assim que começou a chover. - Mal chegamos e a chuva desabou. • Obs.: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a “logo que”. • O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva. Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que. • Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e consequência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las. Observe os exemplos: - Correram tanto, que ficaram cansados. • “Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma consequência. Ficaram cansados porque correram muito. • “Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa. ORAÇÕES SUBORDINADAS (Processos de coordenação e subordinação) Temos três tipos de orações subordinadas: • Oração Subordinada Adverbial; • Oração Subordinada Substantiva; • Oração Subordinada Adjetiva. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida. Adjunto Adverbial Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. Oração Subordinada Adverbial • No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal "senti". • No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando vi a estátua", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. • Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo ("vi", do pretérito perfeito do indicativo). Análise Sintática e Análise Morfológica Antes de iniciarmos nossos estudos sobre esses dois temas é importante conhecermos o conceito de Morfologia e Sintaxe. A Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere àquelas dez, que são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e numerais. A Sintaxe é a parte que estuda a função que as palavras desempenham dentro da oração. Agora, referimo-nos a sujeito, adjunto adverbial, objeto direto e indireto, complemento nominal, aposto, vocativo, predicado, entre outros. Para melhor entendermos o que foi dito, tomemos como exemplo asseguintes orações: A manhã está ensolarada Agora faremos a análise morfológica de todos os seus termos: A - artigo Manhã - substantivo Está - verbo (estar) Ensolarada - adjetivo Quanto à análise sintática, temos: A manhã - Sujeito simples Está ensolarada - predicado nominal, pois o verbo proposto denota estado, logo é um verbo de ligação. Ensolarada - predicativo do sujeito, pois revela uma característica (qualidade) sobre o mesmo. Marcos e Paulo gostam de estudar todos os dias. Morfologicamente temos: Marcos - substantivo próprio Paulo - substantivo próprio Gostam- verbo (gostar) De - preposição Estudar - verbo no infinitivo (forma original) Todos- pronome indefinido Os- artigo definido Dias- substantivo simples E sintaticamente: Marcos e Paulo - sujeito composto (dois núcleos) Gostam de estudar todos os dias- predicado verbal De estudar - objeto indireto (complementa o sentido do verbo) Todos os dias - adjunto adverbial de tempo Podemos perceber que quando se trata da análise morfológica, os termos da oração são analisados passo a passo, já na análise sintática, eles são analisados de acordo com a posição desempenhada. ANÁLISE SINTÁTICA SUJEITO Termos essenciais da oração • Sujeito e Predicado Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. • Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo • Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito. Exemplo: As praias estão cada dia mais sujas. Posição do Sujeito na Oração • Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: • Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. Exemplo: As crianças brincavam despreocupadas. Sujeito Predicado • Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. Exemplo: Brincavam despreocupadas todas as crianças. Predicado Sujeito • Sujeito no Meio do Predicado: Exemplo: Despreocupadas, as crianças brincavam. Predicado Sujeito Predicado TIPOS DE SUJEITOS DETERMINADO • Possui núcleo do sujeito. O professor dançou na festa. O professor e o aluno estudaram para o concurso. INDETERMINADO Encontramos o sujeito indeterminado em 3 situações: a) Verbos na 3ª pessoa do plural (sem inf. prévia ou contexto) Falaram de nós. Chegaram da festa muito tarde. b) Justapondo-se o pronome SE (índice de indeterminação do sujeito) Tenho com verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) • OBSERVAÇÃO: • Índice de indeterminação do sujeito X Partícula apassivadora. Alugam-se casas e apartamentos. (casas e apartamentos são alugados) Precisa-se de garçonete. (Garçonetes são precisadas) c) Com verbo no infinitivo impessoal. Fumar prejudica a saúde. Era penoso estudar todo aquele conteúdo. É triste assistir a estas cenas tão trágicas. ORAÇÃO SEM SUJEITO (INEXISTENTE) a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: • Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc. Exemplo: Choveu muito no inverno passado. Amanheceu antes do horário previsto. b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo, existir, ocorrer ou fenômenos meteorológicos: Ser: É noite. (Período do dia) Eram duas horas da manhã. (Hora) • Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. É uma hora/ São nove horas • Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias. Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) Estar: Está tarde. (Tempo) Está muito quente.(Temperatura) Fazer: Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) Fez 39° C ontem. (Temperatura) Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir) • Atenção: Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. • Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural. Exemplo: Faz muitos anos que nos conhecemos. Deve fazer dias quentes na Bahia. Veja outros exemplos: Há muitas pessoas interessadas na reunião. Houve muitas pessoas interessadas na reunião. Havia muitas pessoas interessadas na reunião. Haverá muitas pessoas interessadas na reunião. Deve haver muitas pessoas interessadas na reunião. Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. PREDICADO (Tipos de Predicado) Predicado Verbal (ação) A menina brincava na rua. Predicado Nominal (verbos de ligação*) A comadre é muito bondosa. *Verbos de ligação São aqueles que apenas “ligam” sujeito a uma característica dele. SER = O carro é novo. ESTAR = João está feliz. PARECER = Joaquim parece cansado Permanecer, ficar, continuar e andar. Predicado verbo-nominal Os alunos estudaram cautelosos para a prova. O Predicado verbo-nominal poderá ser formado de: a) Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto b) Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito A despedida deixou a mãe aflita. Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto Os alunos cantaram emocionados aquela canção. Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto Transitividade verbal TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO • Verbos transitivos São aqueles que NECESSITAM de complemento. - Transitivo direto: Comprei - Transitivo indireto: Gosto - Transitivo direto e indireto O garoto ofereceu - Verbo intransitivo Ele morreu. A criança dormiu. COMPLEMENTO NOMINAL É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição. Cecília tem orgulho da filha. substantivo complemento nominal Ricardo estava consciente de tudo. adjetivo complemento nominal A professora agiu favoravelmente aos alunos. advérbio complement o nominal AGENTE DA PASSIVA É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de". Exemplo: A vencedora foi escolhida pelos jurados. Sujeito Verbo Agente da Paciente Voz Passiva Passiva • Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito. Veja: Os jurados escolheram a vencedora. Sujeito Verbo Objeto Direto• Voz Ativa Outros exemplos: Joana é amada de muitos. Sujeito Paciente Verbo Agente da Passiva Voz Passiva TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO • São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto. Exemplo: Anoiteceu. Suavemente anoiteceu na cidade. • Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima: Exemplo: Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto. • Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais. Adjunto Adverbial • É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). • O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe: Eles se respeitam muito. Seu projeto é muito interessante. O time jogou muito mal. Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça. • Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias: • amanhã indica tempo; • de bicicleta indica meio; • àquela velha praça indica lugar. Adjunto Adnominal • Ele determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Exemplo: O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância. Sujeito Núcleo do Predicado Verbal Objeto Direto Objeto Indireto O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância. • o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; • o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos; • o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo. O que pode ser um Adjunto Adnominal? 1) ADJETIVOS O alegre espetáculo começou tarde. • O; Alegre: Adjunto Adnominal Espetáculo: Substantivos Meninos tristes chegaram. • Tristes: Adjunto Adnominal Meninos: Substantivos 2) LOCUÇÕES ADJETIVAS Era uma noite de inverno. Eles não tinham amor de mãe 3) PRONOMES ADJETIVOS Você pegou meu livro. Minha mãe chegou cedo. 4) NUMERAIS Conheço aqueles dois alunos • Dois: AA 5) ARTIGO Conheci umas pessoas maravilhosas • Umas; maravilhosas: AA O meu estimado vizinho comprou dois papagaios. • O/ meu/ estimado/ dois: adjuntos adnominais Vizinho/ papagaio: substantivos Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal • É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte: a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal. Aposto • É o termo que amplia, resume, especifica, explica algo sobre um termo (nome) citado. Explicativo: O senhor Manuel, dono da farmácia, faleceu. Especificador: O poeta Manuel Bandeira fez grandes obras. Resumidor: Parentes, amigos, vizinhos, todos serão convidados para o nosso casamento. Enumerador: Todos serão convidados para a festa de casamento: parentes, amigos e vizinhos. Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa. Vocativo • Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. • É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Exemplos: Não fale tão alto, Rita! Vocativo Senhor presidente, queremos nossos direitos! Vocativo Distinção entre Vocativo e Aposto • O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração. Por Exemplo: Crianças, vamos entrar. Vocativo • O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração. Por Exemplo: A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. Sujeito Aposto ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA • São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase. Exemplo 1: A menina quis um sorvete. (período simples) • Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas. • Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como Objetiva direta (função de objeto direto). A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto) A menina = sujeito; Quis = verbo transitivo direto; Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta E ainda em: Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto) Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva; Quis = verbo transitivo direto; Um sorvete = Objeto direto; • Além das posições de sujeito e objeto direto, as orações subordinadas substantivas podem exercer a função de: • predicativo; • objeto indireto; • Aposto; • Complemento nominal; • Sujeito*; • Objeto direto; Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos. 1. Subjetiva: ocupa a função de sujeito. Exemplos: É preciso que o grupo melhore. Verbo de Ligação + predicativo + O. S. S. Subjetiva É necessário que você compareça à reunião. VL + predicat. O. S. S. Subjetiva • 2. Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito. • Sempre é regido por verbo de ligação. Exemplos: A verdade é que você não virá. Suj. + VL + O. S. S. Predicativa O importante era que todos viessem. 3. Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto. Exemplos: Nós queremos que você fique. Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta Os alunos pediram que a prova fosse adiada. Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta 4. Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto. Exemplos: As crianças gostam de que esteja tudo agitado. Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta A mulher precisa de que alguém a ajude. Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta 5. Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal. Exemplos: Tenho vontade de que aconteça algo inesperado. Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal Toda criança tem necessidade de que alguém a ame. Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom. 6. Apositiva: ocupa a função de um aposto. Exemplos: Toda a família tem amesma expectativa: que eu passe no vestibular. Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA • Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. • Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. • Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas. • O. S. Adjetivas Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. • Sua função é explicar, e funciona estruturalmente como um aposto explicativo. Exemplo: Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito. Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv. Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu. Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI O. S. Adjetivas Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere. Exemplo: Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito. Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv. Você é um dos poucos alunos que eu conheço. Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva ORAÇÕES REDUZIDAS Como identificar as orações reduzidas? • As orações reduzidas são caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo, ou seja, nas suas formas nominais. • Ao contrário das demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através de conectivo. • Para cada oração reduzida, tem-se uma desenvolvida correspondente. Para melhor identificarmos que tipo de oração reduzida temos, podemos desenvolvê-la. • Possuem as mesmas características sintáticas das orações subordinadas desenvolvidas. • Há três tipos de orações reduzidas: I. Reduzidas de Infinitivo Substantiva • Subjetivas: É necessário gostar de frutas e verduras. (que se goste de frutas e verduras) • Objetivas Diretas: O técnico assegurou serem seguras as máquinas. (que eram seguras as máquinas) • Objetivas Indiretas: Gosto de ficar sozinho. (que eu fique sozinho) • Predicativas: O melhor seria fazerem a viagem. (que fizessem a viagem) • Completivas Nominais: Eu estou disposto a arriscar tudo. (que eu arrisque tudo) • Apositivas: Ele nos fez um convite: comparecermos ao seu casamento. (que comparecêssemos ao seu casamento) I. Reduzidas de Infinitivo Adjetivas • Restritiva: Ela foi a única a apreciar o show. (que apreciou o show) • Explicativas: • Aquele, a cantar no palco, é meu amigo. (que canta no palco) Adverbiais • Causal: Eu lamento por ter chegado atrasado. (porque cheguei atrasado) • Final: Fiz um empréstimo para comprar um carro. (para que compre um carro) • Consecutiva: Ela se distraiu tanto a ponto de esquecer a discussão. (que esqueceu a discussão) II. Reduzidas de Gerúndio Adjetivas • Restritiva: Gosto de crianças correndo pela casa. (que corram pela casa) • Explicativas: Encontrei Maria, saindo de férias. (que saía de férias) Adverbiais • Causal: Não cumprindo a promessa, sentiu remorsos. (porque não cumpriu a promessa) • Temporal: Faltando alguns minutos para o final da prova, eu terminei. (quando faltavam alguns minutos para o final da prova) • Condicional: Mentindo assim você ficará em uma situação difícil. (caso você minta assim) III. Reduzidas de Particípio Adjetivas • Restritiva: Temos apenas um carro comprado com muito sacrifício. (que compramos com muito sacrifício) • Explicativas: Fiquei surpresa com a casa, pintada de branco. (que pintaram de branco) Adverbiais • Causal: Ferido na perna, ele não pode mais jogar. (porque se feriu na perna) • Temporal: Concluído o jogo, o time foi descansar. (quando concluíram o jogo) • Concessiva: Vencido o campeonato, permanecerão treinando. (mesmo que vençam o campeonato) • Condicional: Excluídas as doações, como funcionaremos? (caso excluam as doações) CONCORDÂNCIA VERBAL • Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito. Exemplos: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser. Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. Casos de concordância verbal: 1) Sujeito simples Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós vamos ao cinema. O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós). • Casos especiais: a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular. Ex.: A multidão gritou pelo rádio. Atenção: Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A multidão de fãs gritou. A multidão de fãs gritaram. b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural. Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão. A maioria dos alunos foram à excursão. c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio. Vossas Altezas pediram silêncio. d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu que derramei o café. Fomos nós que derramamos o café. e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. Ex.: Fui eu quem derramou o café. Fui eu quem derramei o café. f) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa. Os Estados Unidos são a maior potência mundial. g) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula. Mais de cinco alunos não compareceram à aula. h) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa). Ex.: A maioria dos candidatos desistiu. A maioria dos candidatos desistiram. i) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo. Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa. A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa. 2) SUJEITO COMPOSTO Regra geral O verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque. Casos especiais: a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos. O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. Eu e ele nos tornaremos amigos. Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos. O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. Tu e ele vos tornareis amigos. • Atenção: No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa. Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural) Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Irei eu e minhas amigas. b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo concordará com os dois núcleos. Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. Atenção: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. c) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo. Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam. Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. d) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto resumidor. Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. e) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro já veio. Um e outro já vieram. f) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão. Exemplos: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão) g) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. Exemplos: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo. Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo. • Outros casos: 1) Partícula “SE”: a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo. Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular. Exemplos: Precisa-se de secretárias. Confia-se em pessoas honestas. 2) Verbos impessoais São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular. Exemplos: Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Deve haver sérios problemas na cidade. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. Dicas: Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. O verbo existir não é impessoal. Veja: Existem sérios problemas na cidade. Devem existir sérios problemas na cidade. 3) Verbos dar, bater e soar Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar. Exemplos: O relógio deu duas horas. Deram duas horas no relógio da estação. Deu uma hora no relógio da estação. O sino da igreja bateu cinco badaladas. Bateram cinco badaladas no sino da igreja. Soaram dez badaladas no relógio da escola. 4) Concordância com o verbo ser: a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo. Exemplos: Tudo são flores. Aquilo parecem ilusões. • Dicas: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo. Ex.: Aquilo é sonhos vãos. b - O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que ou quem. Exemplos: Que são gametas? Quem foram os escolhidos? c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com a expressão numérica Exemplos: São nove horas. É uma hora. Dicas: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia. Exemplos: Hoje são 24 de outubro. Hoje é (dia) 24 de outubro. d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome. Ex.: Aqui o presidente sou eu. Dicas: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração. Ex.: Eu não sou tu e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo. Ex.: O menino era as esperanças da família. f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular. Exemplos: Cento e cinquenta é pouco. Cem metros é muito. g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo pode ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto. Exemplos: É necessário aqueles materiais. São necessários aqueles materiais. CONCORDÂNCIA NOMINAL • Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo. • Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. • Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal (que vimos anteriormente). • REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo. - A pequena criança é uma gracinha. - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. • CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima. a) Um adjetivo após vários substantivos 1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo. - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. 2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. - Ela tem pai e mãe louros. - Ela tem pai e mãe loura. 3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural. - O homem e o menino estavam perdidos. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos 1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo. Comi delicioso almoço e sobremesa. Provei deliciosa fruta e suco. 2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estavam feridos o pai e os filhos. Estava ferido o pai e os filhos. c) Um substantivo e mais de um adjetivo 1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. d) Pronomes de tratamento 1 – sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa santidade esteve no Brasil. e) Anexo, incluso, próprio, obrigado 1 – Concordam com o substantivo a que se referem. As cartas estão anexas. A bebida está inclusa. Precisamos de nomes próprios. Obrigado, disse o rapaz. f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) 1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural. Renato advogou um e outro caso fáceis. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. g) É bom, é necessário, é proibido 1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante. Canja é bom. / A canja é boa. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. É proibido entrada de pessoas
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