Buscar

cap 04 Feto, Bacia Óssea materna e Mecanismo de Parto

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

04 
Fet o, Bacia Óssea Materna 
e Mecanismo do Parto 
Feto 
E5trutu ras Ó sseas 
Dilmctros 
Cir cunfedncia Cr.:míana 
Bacia Óssea Materna 
Estreitos 
Avaliação d a fiacia Óssea 
Estática Fetal 
Situação 
Posição 
Apresentaç.5.o 
A assist~ncia. a.opa.rto,paraatlngirse. u~objetivos ~ recém-nascido c parturiente sem problc· ma" rel a.e~on ados ao pano-, e1ugc o conhe-
ci mente) pré\'iO de alguns aSp<'Ctos específicos do feto 
c outro~ da bacia óssea mate rna. J,, no inicio do trab,\· 
lho de parto, c durante tod:~. ~uaevolução, é importante 
que se conhcç.un e se identifiquem os tempos de mc-
C:l.nismos do parto. "lf.xim csscs d ado!i, analisados t·m 
conjunto, s,,o fundamentais na cond uÇ10 do parto. na 
determinação no momento certo se cxi~tc ou n.io pro-
porção feto -pel\·ica e , portanto, na escolh.1 d.1 via c.orre-
ta p.m.oparto. 
Osob}cti\'OS deste capitulo s.lo: c~tudodo feto, da ba· 
da óssea materna c do~ tempos do mecanismo de p.utn 
c o diagnóstico de proporção fcto-pêlvic.l. 
FETO 
M ário D ias CorTêa 
Variedade de Apre~entação 
Variedade de Posição 
Mecanismo do Parto 
Insin uação - Encai.;fame nto - Flexão 
Descida - Rotaçlo Interna 
Sinditismo - Assindit i ~mo 
Defl exão 
Rotaç.'io E xterna 
Desprendimento 
Proporção Feto-pélvica 
D iagnóstico 
Planos de De ~c 
E sTRUT U RAS óssEAS 
1\'o feto, além dr Sl t.\ cst.\tica, é r11xcs.t..irio et)nh ccer e 
i clcnt i fic;~.r dctcrnün.,das cmutur.ls ósse<'ls qnc interferem 
n:t evolução do p;} rtO e, portanto, na sua conduçáo. 
I\ o poh ce[:ilico, sob (l r~::mto de vina cxd usin.mcntc 
oh~tétri.::o, e nece~5.lrto qtlC se identifiquem os dois ossos 
fro nt.tis, os doi~ paridJi ~ e c> o-::cr ·ita l {Figu ra 4.1). f sses 
ossos s:.lo scpJr.tdos por linh;tS form:u.b .~ pt>~ tecido mem 
br.tnoso, que sjo chanudas de sutur.ts, assim Jcscril.\~ 
• [l l tnji-o~tt;T/- ~ep.1ra os do is ossos fron tais {FigurJ 
4.1-A); 
• S.1J.:il.11 entre OS <•~sos p.1rietai~ (Pigtm.4.1-l3): 
• Cm,'f.'oh ri- cntrt J.S fwnt~i l> i: p.1.r ieLli\ (Figu~ 4.1-C); 
tmn/od(lia't ~mrcos p:.net.1is c o cx:<ipttJI (Figur.l 
HD); 
A·l-le:'l'lCJI 
.. ,.,. 
C- Ccrmtr~ 
ll - l.a-.:tó:M~ 
l-igur.t4.1 I Rckri."nci.1!; do polo afá OCo. 
NJ condução do parto, é fundament~ l ,1 klcntificação 
d.ls font::r.nclas c.'Ci,tentes no pc:tlo cdi lico do feto. Fonta· 
ndu ~o ckprc'Sl~Ôe5 - ausência de tcOdo ósseo que se 
fOrm.tm no encontro de sutur.u .. As font:.~l.1s de impor· 
t.lnci.l obstétricaslo: 
""l'r.á:J(.d - ronto de enrontrodas.sutur:u interfront.l.l. 
s.tg!Uleroroo.\ru,r:alTIOduntoe~umlo(F'Silra<4.1 
E}.Por~r a maior. é conhtt•Kf:~ como gr.mde font.m~b 
e, por se localizar nati-tntc do f":okJ cf'rihco. é conhecida 
como IOnuneb anterior; tm &nna ®nguhr; 
<t<a1ontal- ponto de encontro entre :1. sutura SJ.gTIJI 
c os. r.õlmOS dtrcito e esquerdo da suhm lambJoi 
de (Figur.t 4.1-F), de rorm<~ triangular, conhccidJ. 
como ~ocna fontand.1 ou font.1ncU pmti.•r)Or. 
ldcnti!ÍcanHc a ~o font:mcb s no exame p(lvlco (jUando 
e:nstc <t.l::r.taçào ccr'Vical . .\1cnibr<Jn;a.s amniót~e;u fntegr<~S 
d.ficultJm sw idcntlliaçioc .a p~nçJ.dt'bo$s..t scroo.~n 
guínN impede odt.tgnóst!CO. 
DIÁMETROS 
No pc.Jio crfJ:liw há de se conhecer tólmbtm algum dr 
~'1.1!1 d1.\nll:lrt>5.:l scgu•rdi~nmtn.kios: 
52 
(X(Ij'Jto-jrmlfuf distinci:a entre o m.~, f'rontal c 
o occipitaL mcJmclo aproxim:~d.1mcnte 11 ,0 cm 
(~•gu.a 42); 
O((IJiillHI!~tdom'rfi'IP ent re o OC<:ipital c o rnenlo. 
comaproximad.llll~'flte 13,5 cm (Figur:a4.1); 
S:•N<c:p:!o lmgmJI•co COffiCt,"J. n:a regtlo inferior 
d<, occtpit.al e termina na fo.uanela bregmãtKa 
(9,5 cm} (figur.l4.2). 
Figur~ 4.21 Oi.l.mctros do pólocl~f.íhco. 
C IRCUNFE R ÊNCIA C R.AN IANA 
Ainda no JX"lo cd".llico intcr<~sam .1 identJfX:JÇlo e a 
loc.1lil.lÇ~ de- sua m.atOr circunft!'tiKia: ~ é que rode 
dificult.u ou impedir :1 dt"SC).;:\a do polo c:d11 ico na bad J 
Ó\~t<l nu tcrn::r. 
A gr.lndc circunkrtnci.a cranL:In:a p.,~sa pcl:a ~fjO das 
boosa_~ p;aneuh dire~ta e e-squerda (ftgun 4.3). Out..o dado 
imp-urtantc cm rt'bç;\o à gr:~mle c.in.:tw ferCncüt é que sua 
distJ.nd .a ~té-ovértice rm linharet.l~dc ::r.pro.l..im~amc"ntc 
3,5 a 4,0 cm (1.-JgUr.l ·1..3) Com e--.~ conhecimento, tornK 
M! possível determin.lr J .1ftur.1 d.J. gr:~ndc circun(er~ncia na 
bJ.ó a óssc.l rnaternJ.. 
Not6e$ J)rJitica-s de Obsttttfci<J 
BACIA ÓSSEA MATERNA 
O cstudo da bacia ós.~ea matcrn:t, e de sua~ princlp:lis es-
truturas, contribui parJ o d iagnósticu da proporç.)o ii--to-pél-
vica c, portJ.nto. p:tra a d.etcrmituçoi.o corrctJ. da via de p.1.rto. 
A bada, posteriormente, forma-se pcb. um.lo da quinta 
\~ebra iombar ..-:om 3 primd rJ. s.K.rJ; dessa união resulta 
uma sal~ncia ósse~t denominada promontório. L1ter.ll-
mcntc,Ol> ln:~os iliacos: d ireito e esquerdo deli mitam a bacia 
lt, na ~ua região J nterior. situa-se o pube. 
Entre os quat ro princip:~ i\ tipos de bacia descr itm - gi 
nccoide, <lr~Jroide, Jnt ropnide e pl.:ttipelo ide , apenaS- agi-
necoidc, própriJ. do S\:XO feminino hu marlO, ser .i. estudada. 
Na avaliaç.lo d.1 bacia é fl('C.Cssi rio quc se conheçam c se 
ident ifiqm•m seus u~s estreitos - supcnor, médio e inferior 
e alguns de .seus dtlmctros. 
ESTREITOS 
N,l pcqucnJ. haci:t cxistcm trCs cstrcitoscom carJ.ctcris-
tK.:ar. d istintas: supcnor, médio c inferior. 
Es rH..tJ ru Su!'u toR 
É a entrada da pt:qocna bacia. f.ormólda postt:riormL·nte 
pe-la uni~ dJ. quln\J. \'éttcbra lombar com a primeira SJ.Cr:l, 
resulta na formação de saliCnciJ. ós.sc.:t, o prornontório, que 
terá muita mtlucnc1a no p.:trto. As. pan:-dcs btcraJs da bacJJ. for-
mam-se peb uni.lo das asas do sacro, das artJCul.tções sanoi· 
lb.ca~. da~ li nlu.~ inominada~ e d:~.s eminências ileopectinea~ 
O lim ite ant~·riordo estreito \Upt:rior da bacia é a siníist" 
púbka. No c~treito supt>rior, tr~s di:ímt'lms .~.J.o impürt:m -
tes: o ãntero-p<Htcrior, o transvL'f'SO c ()S oblíq uo.~ d ircito c 
esqu ~rdo ( f igura 4.4A, U, C I, c C2). 
O d iâmetro ântero-posterior representa a d istil!lci J en-
tre o pmrnontório e a sinfi!'e púbica e se subdivide em: 
• Oiàm ftm r m mtmtop!Í:JIW sup.:rit'!r on C.Ot'jugata wr.1 
ou, ainda, conjugaln t 'ml nr.atómica: C()mpreende J 
dist;lncia entre o promontório c a bordJ. superior 
daslnfisc púbicJ.,mcdindo cm torno de II cm (l'i-
gura4 . .S-C); 
• Ju1metn.1 pr~molltcp:íb;ctlmt'lJ itrou Ctlll)ll§lf« obsti!ri-
ca: ê a disti ncla ent re o pr(lmontórkl e a reg i.w m e'-
~aliCnciJ. ósse.a aí presente. Seu comprimento C d e 
.1proxinudamcntc 10.5 cm (Figura4.S-B); 
• didmrlro prt,mm:to-SIIhpíobiw ou wnj11gma d!<l.~anr.!:s: 
éJ. dist.\nn.\ entre o promontúno c a horda int"cnor 
da sínfise pUbk.l: n.ls b.1c1.u ginccoi.dcs, d e m!.'dc 
por volta dc 12 cm. !Ns t r..?s diàmetros citados. e o 
único que se pod r medir d in icamrntc. Consegue• 
se com o ~ dedos - toque \"J.ginal - J distAncia ~ntre 
dois pontos de relt-rência, bo rda intCrlor da sínfise 
l'"·í.bX:a epromontórin (Pigura 4·.5·A). 
A 
Figura 4.4 I Dümelro\ do estnoito ~uperim da b~.cia. 
Ü objetivo de se identificar ,l (t~ll}U§lla diagor.o1/i.< t!, in· 
d i reta mente (dinicamente}, determ inJ r a cor.pgat.1 obsté-
tric<~ . .a. que realmente intere~una conduç.io do par lo. PJTa 
i~.~,, b~a que do re~uk1dO encontmdo na detcrrninaç:1o 
da con}l!§ l!a d~{l~'i.lr!:ili> se subtraia 1.5 cm c, J.ssim, .~c encon-
tra o VJ.lor dJ. CL'11jr1g.11.1 obstétrica.. Cof!jrt§lld d!:i),'Cnrdis igual 
ou supcnor a 12 cm cquh•alc ,\ COii]!<g.-lta obsWrica. JSU.~ ou 
m.lior qne JO.S cm, portamo, normal. 
diJ. dJ sínfi ~c púbica (superfície interna) cm uma Figur.l 4.5 1 Cm~•ltg:l!:.s. 
Feto. Sacia óssea Materna e Mec<"lrl4smo do Parto 53 
O diimctro tr;~nwer~o do cstrcih) ~up<'rior (nuior ~~­
trcito) estende-se t.b linha inonunaJJ. de um lado até .1. do
outro lado da prlw,cm umadistlncuc.ntornode 13cm,c 
scromtitui ma m.&IOI' abcrtur.adoestrtiiO SUJX'rior~ h~1a. 
l.ocJ.I•.ta·~ ~ptmim.kb.mente 5 cm na frtnte do promon-
tório c 6cm .atrás da sfnfisc pUbia (Ftgur-J.4.4 - B}. 
o~ dJ:i.mdm~ oblfquos são Juis. o prundro comcÇJ. 
n3 tmin~ncia illl..'<'f'«IÍI'l('ô\ dircitJ. e tt:rmm.l na articuiJ 
c;l<• '-Jcrotlíaca rsquerd~. O segundo comtÇt na crnut~n 
c~ íleop«tínc.:t c.squcn:b e ternunJ. "" ;tMtculacão sacro• 
l/;tn direita. .lmbo~ medindo aproxim;td;tmente 12.;) t.m 
(H~uca 4.4 - CI c C2). 
l·.\l'R[ITOi\1~010 
O C'streito m(odio d:. b.ldasitu.:t-se cmtrc as espin!u s d 
Jtic.aseTll('deccrl-a dc 10cm. 
E sTRFt ro I NFERIOR 
O estreito inferior é a .s.lfd.a d;t b.Kia. No ~ntklo long•· 
tudmJ.~ estende .se da e.xtl'l..'fl'lido~<k do cóccix :ue a bon.+a 
mfmor da .sfnfi<.e púbta.. mcdnldo :apro'tnna.dtmt'nle 9,5 
cm. t\o momento do dt"<-prendimt.•nto do feto, o poJo k.1al 
e-mpurra .l ankulaçlo ~Jcrococcígc:\ para tr.is, aummt.ln· 
do su:1 extens~ pJrJ. qu;~~ IO...S cm, 
1\o sentldo tr.ms.,.--m.al. a dist.\nci.l mede po1 ... -clt-;a de 
10,5 cm e vai d.-. tubcrmidade tsqm..ttica de um l.ldo .lté :1 
do outro lado. 
AVALIAÇÃO DA IJACIA ÓSSEA 
Conhecendo-st tooric.lme:ntt: os ossos que compõem 
a pequtna bacia, .seus tstrcitos ~ di:l!Tit'tros, torn.J;-sc po.ssf-
vel avaliá·!.-. c ch(."g:lr·st :1 uma conclus~o~1lt~llltO ;\ vio~ ade 
quada ao p3rto. 
A avaliação labor.ltorul dotanunhoda b.x:ia pcb r-.ad1o 
pclv1metr~ nlo maU: se re~liU~.ck"'\·idoi d•ficuldack t&nic'.a 
e aos mcorn-"enientt.s do c-ntpregQdOS R.llos·X em ge~tJntc-s. 
A rcssonància m;lgnétkJ. ainda n~o C us.·ula. l·m Obstctrf· 
tia na.uúlisedasdimensõc.s d.ab;iõli.Oqucscr.J:L.n.~rr.ftit;l, 
t :a a'·o~lração dinO. Por meio desu_ f"''C'JTa·SC de1enmn.tr 
u dm1eruóes d.t biac1a, recorrendo-se l ptlvunttri.J. inti."''tl:a 
54 
Esta consi~tc t:m drterminarcm·SC :~lguns estreito.s d:1 b:\CU 
com o ;UIXiho do~ dt!dm utiliz.100! no exame ['élvk'o. 
Noestrtito.supt.Tior,o que nws intero.."ia ao obstetra~ 
.1 deti.'1Tll•IU<Jo da cm.~""<ftd obsttt:nc-J. - mt'1l0r d1lmeuo 
do ~r~ to s-uperior. Essa determlllaçio se laz indl rt't.lMlCil-
lC', mt:dinda (C a C'-'IIJliSilla dutS'mflll$. P3ra rcJ.li1.1r St" c-.ss.l 
mc-diJJ., introdmc-m-sC" o.s dedu~ por trJ.s do colo uterino, 
pelo funJo.dt ~1co posterior da \'1gina e. Jcomp3nhando.-
~a C'Ofl(';lvtdo~de do sacro, procur;~ \t" alanç.u o promon 
tóno (fJSUrJ. 4 6). 
Quando .l COtl)l1g.1ta dwgor.nlls é normJ.I c o ex:.me ~ 
realizado ad~·clu~damcnte, n.io !l-C ;~lcanç.'l o pronl<.mtório: 
n.ls anOC"mJi~. t."i!le é abnçado (xi lmentc-,;\lgurnJ!I \"e7es, 
qtl.l!(' S('mpre 1)()( intXpt'riênCIJ, o eu me é mronclu-.i\'0. 
A dctcrmu~ do esuc1t0 méd10 d.t b.K1a pd:a pc:l\') 
mctria climc.1 ê mais dif.cit Consestc- c-m se h."kntl6cJr. cum 
o.s deJO"i util i1~dos no ex.~ me ptlvico, a locali7;açjo d.ls es-
pinhas l'iJ.tit.·a, na ca.vk:b de ~at;:i n~ l e adistl!"K:ia entrt ~l as. 
N3s OOn.u normais, asc-spinh;t~ cdiiCas t~n poUCI Ql~n­
cia n.1 C..1.vKI.ade vag1n.~l e pma11.1 K consegue tOQr •~ duas 
ao mesmo tempo. ~o estrrito mé<ho reduz.do,.u espinha~ 
ciát ico~., ~ f.lCtlmc-ntc tocadas e, )s \"C"t.cs, sentem-si! :1~ 
dttas mai., pró-dmas 
~·o e.~t~ito inf.._y;or, o que ch.lma a J.IL'nçlo t: ;a abcttun 
do an:o püb.co. Q\undo norma L o 1tro púbico ~ bem ..1bctto 
e nãodlflcult..l l)toqu~: nosanonm•~.deé fixhadoe a..Snlise 
púhica bem baua. eh resuhado-sdJ. pcl\·imetria mtc-ma cliní 
c a c~t:'io dirctamcntc reladonados l c~perit.~da do cuminJ. 
dor e a~ cuid~ xlotados na sua rt:~li'J..açào. Se uxonclusi· 
WlS,..Isol~trt-J.~uradum:.d:. t>ROVAOETRAI~l,IIO 
DE PAR lU, do.:nt.l no carftulo SJ - AssiSI.bKia .au Parto. 
NoçDu PrJ.tic.t~s de Obmtrlcta 
EsTÁTICA F ET'}L 
1: a maneira como o fct'o ~ posk·iona de-ntro da c.lwd.l-
de uterina. Compreende J Situação, a posição, a aprcscnt.l-
çJo, a \'aricdadc dr apresentação c a variedade de posição. 
:-Jos dois prirneiros. trimestres da gr.r.,idcz, .l dctt'rmina-
ç:ín da estática tet ~l é menos import .:~nte : o feto pode alter;i-
-b. frequentemente. Já no terceiro trimestre, qua ndo mo..i i 
ficaçUt's s.i.o pouco (requenh.•\, sua determinação adquire 
sJgclificativa importància, porque, Se houver alg uma anc:)r 
nulid.tdc n.1 o:st:ltica fct.1L pode-M' corrigi-la por meic>Je ma-
nobras, a chJ.mJ.da \'crsâo txtcrna. Ao illl!"rnar l parturiente, 
é indispensável que se faça o diagnóstico correto da cstitica 
ft!tal p<~ U que se drrida qual a \'13 n.·c.omcndad.l para o parto. 
O diagnóstlco dínico da estática fe tal baseia-se na 
an<lm nese, n ~ ,w ,lku;âo do abdome materno- f\..hnobr.1s 
de Lcop<lld · c no exa me pd vlco. O exame laboratorial. se 
nc-,css..i.rio, con$i~te nJ ultras~onografia do abdomé. 
SITUAÇÃO 
!'i ~ relaç.to ql.le guarda o maior eixo do corpo tctal -
cab~ç:t·n:idegas -com o maior eixo do títero- canal cervi-
cal, cor;x)uterino 
As ~ituaçúe<; pos~íveis d e): longitudinal, transvers;al e 
oblíqua. :-.la ~itu;~çáo lo ngitud inal (FigurJ 4.7-A), h.í <'óin -
cid~ncu ent re os maiores eixos fct..lis c utaino~. Na ~itua­
ção tr.msYersal (Figura 4.7-B),o maior eixo fct.ll cntrccruza 
o maior ci.xo uterino. A situação obliqua (figura 4.7-C) é 
intermediária entre as dua~ anteriores: o maior eixo il'lJ.l 
segue cm scnlido ob!iq liO ao gr.1nde eixo uterino. 
O p•uto trampdvico só é possivd qu.1ndo o feto se cn-
contr.l J),1 situação longnudin.1l; nas outras duas -1 ransvers..1l 
ou obliqua - ou se corrige a situaç..'lo por mdo de manobras 
- vcrs.'to externa-ou o parto se rã pela via tra.ns.1bdominal. 
P OSIÇÃO 
r: a rebção que guarda pOnto~ de referência no feto -
dorso, coluna com pontm de referênci-a no abdome ml-
tcrno - lado direito, esquerdo c região superior ou inferior 
Na situ:~ç;'io longitud inal, as posições possi-r;cLS üo: di-
reita, dorso fetal voltado p.ua o h do direito do abdome; cs-
qur-rd.t,dorso fetal no bdo esquerdo do a!xlomc materno. 
Na situaçiotransven.1!, as posições possíveisskl: ante· 
rim , dorw ft:tal voltado para a rcgi.io superior do ólbdome 
materno; infe-rior, dorso voltado para .1 região do pubc 
A PRESE NTA ÇÃO 
É a relação que gtlarda estn.ltura definida no feto- polo 
cet:--tlko, p<>lo pélvk:(l ou ombro - com o estreito superior 
da bacia ci:.:sea materna 
Nas situaçót<s longituJ inal ou óblíqua, a~ apre~enta­
çôe-s possíveis s.io: cefálica, a cabeça está junto ou próximo 
do estreito supcrilX da bacia; ou pél-r;ica, se é o polo pélvico 
(nãdeg.u} que se posic1ona. 
Situação l:1 ~:fuj iral B S~u2çãotransvers~ 
Figura 4. 71 SituJÇk• ft.-L~l 
Feto, 8-ac l-ll Ó~~e~ Mattrna e Mecan~mo do Parto 55 
>J;~ situaç.io tr.ms.,.crsal. é o ombro do feto (acrómKl) 
que 5e pt~OOn~ junto d;a csuutur.l "uptnor da OOcu. c tl'-
ccbe o nom..- de a.pre5t:ntac:ão de .Króm10 ou córmk.l. 
O diagn&.>tiro de ;aprc:sent..çlo (ct.l! é dcdm·"O na ~ 
colhJ da \"ia de ~rto e n~ conduçlo do traNlho de [>Jrto. 
O p.1rto tr.m~pél~·iro é nuis t~al na aprescnt;açjocef:llica,. 
m"is ditkil na péhrica e rUo :~conl«t 0..1. córmlca 
VA R IE DA DE DE A P R ES E.N1"AÇÃO 
r\ a ccfilic.a, :as YJriedadcs de .lprt~t·nt;açio possh'C'is s.\o: 
\'tlrllcc, brl-gma.nawc mento. Na de \~rlict (Figur;a4 S A), 
o polo celllico pcnetr.a ru biKi;. tot.tlmcntc flct..OO mento 
prM:1mo do tórax- e no eultlC pti\1C~ pode-se St.'nt1r en 
Ire a gr;.nc:k foniJ.nclo~ {bregmltJC.t) e a pequena rontane\a 
(IX'riJ'ii.JI), na SUIUf.l. SJSII.ll UllU sah~naa ÓSSN, O \\.~K:C. 
X a ''aried~debfegma. o poloctfJJ,ro estJ. ~gtir.J.mentc 
Jclk"t.do defk.cio do pimeiro gr.1u - c a referência~ a fon-
tanrb brrgm;ltic.t (Figura 4.S-U). Quando :1 dcllexlo é ma1s 
iloCenn• ~d.l - ddkxão do 1° grau - , o ponto de rcfcrênd~ é 
n n:."o (n;ui~). \'Jtiedade de apresentaclo Jc naso l )U fronte 
(Figura 4.8-C). Se- a dcfiex.i.o ti_, tota! - dclk.xJo
do 3" gTJu 
1 o ponto de- l'('fc-róx:iJ. ~o mento {qu~ixo), urnctcri:tarKkJ a 
\"Jrirdack de apresentação de menro oo f.tct {t:1gUrJ 4.8-D). 
Faz scod•agnóstico dínicuda Y.õlried.ldcdc 01prescnta-
ClOt1!'31iundo M:Oeum\' pélvk'oc,dur:anteotoquC",Idcn-
I!6C3m-st cxpontosck refrr,_\nc1a no pelo cdiltco (('tal. U-
boraronalmcnte,consegue--scodiagnó\IICo~ndo-S<" 
à ultr.usonogr:afi<t. E.ssC' du.gnóst!CO é 1mport:;mte porqu(' 
o pano u·J.nspéh•ico e~pont.lni!O só J.COntect 03 '""ncdJ.de 
de apreseotação de véftacc. 
VA RIEDA DE DE POSIÇÀO 
É a relação que gwrd.:. pontos de rcferênà.a no polo 
fC'tal com pontos de ~~rfnc'i3 na bacia materna. I'\ esta, 
os pontos de refen!ncia do sempre os mesmw.: pubc 
(regJ.'lo anterior), ucro (regdo poste:rrot) c os lados, d i-
reito e esquerdo da b;acia. :-.Jn feto, rsSC's pontos variam 
conforme sua aprescntJ.Çlo. 
A~~i m, m cefál ic;l scr;'lo a sutura ;,agitai.,, fom.mc!J 
pu~terior (oct:ipital) c a fonlJI'IdJ antcríc.r (brcgnütica). 
t\.1 pélvica, cc:msi<kr.un-sc a dircç.io do d iân1etro bitro-
cantéricu e n bdod~ bacia onde se cncontr.1 o ~acro id.ll. 
VARIED."-OP; Dli. J>0\1(...\1.) I'\ A 
ArR[,.ENTAÇ.-\OC! t-htC\ 
:\s d ife~ntes \";m<"dadcs slO: 
Otc:p1to r:íh:(a (OJ1: .l sutura sasital <tcomp<tnha o 
sentido do d1J.mt:tro J.ntcro-po.~tcrior, a fontanell 
posterior (occipit:)!) ru:l JUnto do pubc l' a anterior 
{brcgmJtica) junto do ~.-.cro (lligur.\4.9-A); 
l1CC:pito-$(1ml (0.\): a sutur.l c.ominuJ no tncsmo 
sentkto do di.\metru ~ntero-postcrioc, por~m • .ago-
ra. afont.lnd.t antcr1nr.:;,t;i junto do pub~ c a poué-
r~pró.'limo dol'Jcro (F,~uril 4.9-8): 
oc.;~plto dirt:IMrtJrtjl'mJ (ODT): ~utur.t ~gital no 
diJmdtn tf..ll'\5\"tf'SO da b.lciól, font;meb. postt:no: 
no bdo d1re•to da pch'<' c .l.lfltcnor no seu bdo cs-
qU<!roo (Fogu" 4 9·C), 
(l(cp:!o-oil:'m/.1 tr.u:svtl'$a (01;~1} lpcnas se mn-
ditica .l loc:alluç.lo da;, fontanei.J.S: J. posterior N..i 
Fig11ra 4.81 VaricJ~~ de apre~:e~1t.tçlocl"f.t.lie4 A- 'útice; B bregma: C - nJ<.a; D - mrnto. 
56 N o~Ots Pr~tlcõJs de Obsttuícia 
A 
a~;m:1 no b do eM]_uerdo da pelve e a anterior no di-
reito {Figura 4.9 -D); 
1Xcipifo-t$i.)ucrdcNmltriuf (OEA): a suturJ. sagital SJ· 
tllil-Sl' no primeiro diâmetro obliquo d.1 b.Ki.l, com 
a fontancl.:t postl'rior próximo d;l sínfise póbKJ. e do 
seu lado esq t1c-rdo (figura4.9-E); 
occipito-tlirt:ta-postm·.w (ODl::l: a sutm.l sagital con-
tinua noprinleirod i.i.nletroobli<]l)(leagorJ a fonta 
nela po>terior e~lá na regiãc>inferiQrd::a pelve, próxi-
mo de> sacro, e à direita (FigurJ 4.9-F}; 
occ~OJito-dmit.1·CII!terio?r (Oll'\): a ~utura ~JgitJ. l E.".Sti 
no segundo di.àmetro obliquo, com J. fontJneb po.,.-
tcrior J. dirCita da sínfise pl1bica c a anterior 1 esquer-
da dos.Kro (Figura 4.9-C); 
L1(ci?ito-r~qumfo-po~tmor (OCP): a sutura sagit.tl 
situHe oo Sl.."'gundo diâmetro oblíquo, fontaneh 
posterXlr .~ esque.rdJ do sacro e a .lnterior à direita 
da ~íntise púbica (Figura 4.9-H). 
~, , ~ I -~- ~" . \ 
OP OS 
~(j& 
ODT OET 
~~ 
OEA OOP 
~~H 
OOA 
Figura 4.9 J Vari('l.i.tdts dt posição tla aptcSt'nt;lçáoc<'làLc;\ 
.-\ ldentiíicação dessas ~·J.ricdades d~ po~iç;io no de-
correr do trJbalho de parto, c pnndpJlmentt no pnít:Xkl 
o:xpuhivo, é do: importànd a fundamental m conduç;'lo do 
parto. na ident ihcJç,.lo de problcm.u no mecamsmo do 
parto e na coc-n::ç.lo desses problemas 
Feto, B<lcia Ossea M<Ltern a e Mecanls.mo do Parto 
M ECANISMO D O PARTO 
Em d ecom:ncia da constituição da ba<ia óssea mJ· 
terna. com estreitos e cl iàmetros de dimen~Oe~ ditCrentc,, 
associada ,,o (Jto de que as estrutura~ {•~se a~ fetai~ apre· 
scnt.-1m também dimensões variãvei ~. o fetQ, para pemtrJ.r 
no ~treito ~uperi<.1r, pa~~Jr fX'Io e~treito médlo c sair pelo 
estreitu inferior, sé ~ubmetc J um proctsso Je adJ.pt.~ç:>.o 
e de JCumo<b.ç.3;o t realiLJ. uma sétiC Jo: movimentos que 
carad.:riL..1m o ch:mudo m~cani.smo do parto. AlttrJ.ções 
ne.~~c n~c:mismo çontrlbuem para que o p.1rto tr.mspd'l-"i-
co scj..1mais dtfkil ou até me mm não Jcontcça. Os tempos 
do mccamsmo do parto e a 1mport.lncia de c.1d~ um deles 
são controversos. Citam-se como tempos de mecanismo 
do p.uro: insinnaç.iio. enca ixa.mento, tlexãn, descida, rota-
çMl Jntern:t. detle:do .• rotaçio externa e desprt:ndimerl!O. 
Alguns de., se' tempos ~o considi:rados essenciais- des-
cida, rotaçlo interna t dctlcxão ~c os outros são ,\Cessórios 
oucoadju\'Jtllts. 
Ape-sar de descritos isol.ad.unente para st cnctnder me-
lhor o p.1pd de cad.1um dd cs, na rcalkl .ldc eles acontecem 
simultaneame nte, n11ma perfeit~ combinaç;ío d<: movi· 
mcmos. Dcscrevcremo"' o meçanismo do parto na bacia 
ginecoide - própri<t da nmlher- e na apresentJÇJo cd:ílica 
cle vert ice. 
Como !'e sabe, o mecanismu de parto é o me~mo n::a~ 
nuhparJS c n.as multíparas. Ainda txi~lcm dúvidas sobre 
como o polo ctfilico pcnttra no estreito su~'Crior Ja b,\· 
ciJ. - st no dilmr:tro transverso ou cm um dos di:i.metros 
oblfquo.s. 
Estudos rad1ológkos rc;tli-z.,dos por Caldwell & fvlolo}~ 
em 28 .494 parturil!"n tes, re'·E."b.r<~m ~uE." a pE."net:uçlo do 
?'io cefálico a.::tmte~.:e no diámetro transverso. na mJ.ioria 
das vezes: 63,9~ (OET) I!" 35,9% (ODT). 
I NS IN UAÇÃO - t-:NCA IXAM I~N'I'O - PL BXÃO 
)J~ maioria das n\llrparas, em cerc.1 de SO'X•, J.ntes do 
início éo traba lho de parto. o 1mlo cetàlico aproximJ·.se 
dó e~trl"ito SuperiO~ dJ. baci.a - iminuJ.ç:io - e o seu ponto 
m~is s:tlientt, o \'ért[t'C, penetra no tstrcito s•tpcrim, poden-
do atingtr o c~tr~ito médio - tncaix.lmmto. f.sse conl.llo 
do polo ccf.lliw com o estreito supc·rior d.l bacia obriga-o a 
faz.t'r um nxWlmcnto de tle:do. Em consequ~ncia à ilcx.io. 
o diâmetm occipito-fmntal que 6tava cm contato com a 
57 
bJ.cu é ~u~1tufdo pdo diimetro suboccipito-~gm~uco 
e o mcnto dn feto aproxuna-se do seu tór.J.x. Nas multíp.l· 
nts, na m.lioria das vezes, ISSO n5o :lcontece antes do parto. 
D ESCIDA- ROTAÇÃO INT ERNA 
P;m que ococm o parto tr:m(pélvJCO, s.1o indhpc:nd-
''eis J dcsckl :~ e a rotJçjo inte-rna do poJo ccf:ilico. Esses 
dois tempo.~ aconte<cm simultane.llmcntc. 
Como j:i fOi dito. nas null~r.a' a ~scida da abrç<l co-
m<'(a antc.s do inicio do 1r-.1Niho ck p.mo c pode ahng.•ro 
e"tll'IIO ml\ho. Ao mesmo tnnpo, •contece a roeu:-lo mter 
n:&. r,ta ocorre dcpoi~ qt•e a cabcç:~ ultrapassa o estrctto mé· 
dto e v:J ri.l conforme l>Uól entr.1d:1 no e~treito supcnor. t\a~ 
trJ.m\'CJla5, a rotJ.ç.io intern ~ será de 90 gr:JUs, d ~ esquerda 
para o centro ou d.1 direita par.1 o centro (~ín fise plibic.l). 
Qu.1ndu a penctr-J.çlo ~ (.u no5 diimctrm oblíquos. a 
rotJçloscr.i deotSsnus; n~ antcriores,d1rcitac cooqUffd.J: 
oo de llS gr.1m. nas postcnorcs. :--.lt5t.ts, a rot1çlo p<xk 
tamhtm ser de 45 graus na d1{'('Ç.kl &:, S:Jcro. 
SJNCLIT ISMO - ASSINCLIT ISMO 
N.a IT\.I.I<ma das \'C"I.CS, o pokJ ccf.thco penetn no ts-
treito SUfX"rior da b.l<:ia c in1ci.l ~u~ d~kla com sua sutura 
$3j.;ÍI-'] d irccionada no sentido do diâmetro transvet\l) da 
pel ... -e e a igu.1l distJnd a da s.(nfisc pUbk.1 e do SJ.cro, carac 
terinndo-sc o dumado smd1t1~mo (FigurJ4.10-A). 
Cc.mtudo. na su;a deKidJ pcl.:. pcl,-e, e em razlo d.u 
dmlCn~ dJfc-~nte.s do ucro e d.1 sin6sc púbio, a )UCU· 
r.t SJ.~';Jt.ll S(! <~prw:ima ou~ .ll.f.a~ta ~sS<"s dois ponto~ de 
rcfer~nci:'l da b~ia, ocorr\'ndu o c:ham.ldo ass.ind ít1~mo. 
Este ser.\ po~terior, ou de Lil:tmJ.n, qumdo a ~utur.~. s:•gi-
t.Jl, Af'l"'dm.\rldo·~ da ~ínfi~e pl1bk;~, (aT aparecer mab u 
pariCtal posterior (Figura 4.10·U). l\'o .:.s~ndit•smo .:.ntc-
rior, ou de ~.lgclk-, a ~utun s.ag.tJI se apf'O.'{iJTU. do ucro, 
determinando .lgot'31 predom1n~ncu do parietal ant~rlor 
(Figura 4.10 C). A descida e a rot.){lo interna. ~ comple· 
t.un qu.mdo o vértice Jtingc o C!'tre•to infcdor da bac1a e 
a sutura sagital se po~icion~ no d1l rnctro i ntero-postcrkH.
sa 
A 
Sinclitismo 
Assinclitismo posttnor Asslnclil•smo anterior 
Figur.a 4.10 I Smd1Usmoeauindit1smo. 
DEFLBXÀO 
.-\ocumplet.lradcscid.lea rut.lÇlo IRtctnJ.,o polocefá-
l~eofaz.um tnO\'Imcntodcdcllexio, n«cs.s.irio para asakla 
do menta fel:al. 
ROTAÇÃO EXT ERNA 
Apt\~ .a ddk1l0. o polo cefihco se cxt:eriorW.a e, na 
mJiori3 da~ \'e1ts,sofre um movimento de rotaç.io; o occi-
pital que se desprendeu no diâmetro :\ntero-poucrior roda 
de modo a ~c colocar do mesmu lado d.l coluna wrtebral. 
Tudo ISSO aconttct forJ dos gcnit:ai': t quando nio ocoll"e 
espont.meamcntc, compete a quem ~u.mce ao parto reo'lli-
ure\~rotaçlo. 
D ESPREN DIMENTO 
f o ttmpo fino'll do m«.anismo do pouto. Após a sakla 
do polo cefibco, Sufb>e o ombro :mtcnor, depoi5 o poste· 
rior t, hnal~ntc, o abdome e os mcrnb~ inferiores do 
feto. As contro'IÇÕCS uterinas e o C!f()('Ço da parturiente 
rcspons;~bil itam-~ por esse desprendimento ou, então, o 
obstctrJ ajud:a. 
No.:;tles Pr~tlcas de Obsmrlcia 
PROPORÇÃO F EirO-PÉLV I CA 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstK:o mais precocemente possívd d.:~ propor-
~feto-pélvica é funtbmcntal na condllÇJO do p.lrtoc nos 
n5Uitados pcrinatais. 
As dúvidas em rC'lação .i proporç~o +eto·pd,•ica cxis-
llml pri ncip.1lmeme na nu!ipara: as dimem()e.~ de suJ 
bac:i~ .tinda não foram testadas. Ne~~3S parturient("'>, a dc-
lttmimçao da alt\lra do. polo fe tal no.~ v.í.rim estreitos d.l 
bacia permite conduir se exi~k ou nJo J proporç.lo. Essa 
dcterminaçiu se f.tz recorrendo -se- aos chamados planos 
dr De Lcc. Esse obstetra tdc.lli:z.ou pb.nos cm que obser-
1'2 a alturJ da mJ.ior cil\'unfcr~nda cram.lna em relação 
.aos c-.strt'itos superior, nW.dio c Inferior. Adist,'\ncil t:ntre :1 
grande d rcunferênd.l c o vértice da cabeça fetal ponto 
nuis salie!1tt" nesu e~tmtura e q ue se perc~be no c.xJ.mc 
pélvico mt>de, em li nha n:ta, 3,5 c 4,0 cm. Já a Jistlnda 
Jo estreito ~uperior <lO L'~t r~ito médio, tamWm cm linha 
Ma, é de aproximadamente 5 cm~ o mesmo acontec.e- entre 
o estreito médio c o in fl.'rior. 
PLANOS 1>E O E L BB 
lR Lec considt:rou " l'~lróto mé-dio o limite, ou S..'Jil• 
o plano zero: para cima, ;lté o estreito Sll(.-'Ctior, phnos nc -
gatims, \'ariJndo de 1 aS cm; pu.\ b.lixo, planos positivos. 
variando também de 1 aS cm. PlJnosm~gJtivos signi~(am 
que a grande: drnm(cn':n<ia ai nd.1 nao uhrap.1s:sou o C\lrt:i· 
to médio d.l b.1ci.l. Na~ nul iparas wm gravidez a tl'rmo l' 
t'm trabalho de P'!r!o, isso sugere desproporção, porque na 
maioria dela~ c~:rca de SO% - o polo cct?tlicosc insmua 
c se cnC<Iixa antes ou loj.tO 110 ink io do tr."lb.llho de p.1r10. 
De Lec, <lO criar seus planos, considerou todas as dis 
tàncias em centímetros, que pratiçamente é impü::-:sí\·1!1 de 
se determinar, pois não cxi~tem régua~ c~ptciai ~ p;ua me-
direm \e as distâncias em cenlímetnJS na pel\'l' feminina 
Na pr.ític:J., (><;;S:J. ~ nwdid as 55.0 ddcrminadas utilizando-se 
os dedos empregJ.do.s no exame p~lvico.Assim, ql1~ndo c> 
\'êrtK"c cncontr.t-sc umdcdo acima da ('sptnha ciátic<~, cor-
responde ao plano menos um; dois dedos .t<:i ma, ment•~ 2; 
e nms alto. menos 3. Se o vértice ji ultrapas\a a e~pinha ó 
ãtica um dedo, eopL1 no m ai\ l; doi\ dedos, mais 2; cquan 
do <ltillt->e o pt:·ril\l'O. mais3 (figurJ 4.11). 
Feto. Bacia OsM!êl Matern.1 e Mecanismo do P;uto 
f.igura 4.11 I Pl.mo.s d~ De- Ltt. 
Sob o ponto de vh!;ljxático, o essencial na dch.-rmin.t-
çáo de De 1 ,t:e é poder condu ir se o H:rticc do pclo cct:ilico 
cst.l :~cima ou abJillo do e\trt:iW ml'dio ~ phl.no Zl'ro. I'.,r-.1 
i~~o. b ~ta verificar ru.• eum~pel l' ico se o pt."">lo cdálico está 
móvd ilCim.l do plano zero - ou fixo- J.b..1ixo do plano 
:zero. Essa comprov.'lç.\o é que permite ck<:idir:~. \"ia de parto 
Omro pbno tam!Jém criado para a determina~5.() da 
.litur.l do polo fet.:~l é o pl ~no <le 1-ltx:lge. 1\t"~tt:, :1. b.1ci:t;; 
dividida em <jllJtro pia nn~ paraleb~ . u primeiro cmnl'~·a no 
promt)ntório l' tl-rmina 11il borda superior da sínfise p1.íbk;t; 
o segundo I' J l do sacro J. borda infcriorda sintise públ.::a; o 
terceiro tem eomo ponto de refer..-:nda as esrinhas<:iiltl.::as; 
c 01..1uarto considera a linha do cócd x- (Pigm~t 4.12) 
Os p!J.nos de HCid_ge n.\o sio nuis empregados. fm 
.::{•ndu~t\ pode-se J izcr que, em nuliparas com gr.widc:z 
a termo, em trahallw de parto, pol.o cefálico ainda móvel 
vértice J.óma do rl.:mo zero de De Lcc - persistem as 
dúvidas quanto l proporção fclo-pdvica. A solu<;ão que 
preconizamos<: a rc,)!izac.ãod{' J't{OVt\ OE "I' R•\ I);\ LHO 
DE l'i\R.TO.des.:ritrt nocapituk, 53 -Assi~t~ncia;,o Parto 
59 
F;gun 4.121 Pl.u"" d. Ho%"-
NJ J.presentJ.çoio pél\•icol, quJ.ndo c..tistcm <kh·tt,l.u 
t"Ol rd<tçlo à proporçâ0, nlo se recomenda a PROVA l)E 
TR.~MLHO O~ PARTO. 
60 
R EFER.ÊNCIAS 
L r J\Im:ln NJ ~n:J.tbnaJpQSknoft~~:~ f- IL'tl:oJ 
L.f J.-:3-. lfl.; W!llilt'U OMtrtria.. lO""~ 'WwYI.'d...: ·\f 
J".":t..'fi·('C"l~Ur}~Croft,.; 195(1 
R~lcnJ:j.O l'r.3;ct<l.ln R~t~ericj.Ob51:o::r'N. tO•tC. R.o 
d~JJ~~ttro: Gumab.t.1J K,.oogm; 1005-
3. C:ll..ll\'tlJ WE. Moloy HC. Ano:tomcCl~ unltl('ll' n th:: 't:-
,.,, ,~f'C'\-kJr.Ct~rir~t.nb301Wi:h~u~Nd i~lhc.i­
t~Am_l('lb,;:ctGyrt«'' 19.\3;26-0. 
Noç6e~PrAtic:as de Obstttrlci;J

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais