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Andressa Marques – medicina UFR ESTÁTICA FETAL →Diz respeito ao estudo das relações do produto conceptual com a bacia e com o útero; →Seu estudo permite o conhecimento da nomenclatura obstétrica. →Assuntos a serem abordados: ATITUDE →Consiste na relação das diversas partes fetais entre si; →Útero a termo = 30cm; Feto a termo= 50cm; →Depende da disposição dos membros e da coluna vertebral; →Geralmente o feto apresenta atitude de flexão generalizada durante toda a gestação e o parto = coluna vertebral encurvada (formando uma concavidade voltada a face anterior do concepto); cabeça com o mento próximo ao tórax; membros fletidos com coxas fletidas sobre a bacia e as pernas sobre as coxas; braços na face anterior do tórax e antebraços também fletidos. →Configura uma formação de aspecto OVAL ou OVOIDE = duas extremidades representadas pelos polos cefálico e pélvico. Andressa Marques – medicina UFR (observação: em situações anômalas, pode haver extensão da coluna com deflexão do polo cefálico, o que leva às apresentações defletidas de 1º, 2º e 3º graus; a ausência persistente de flexão de todos os membros é ANORMAL e pode significar sofrimento fetal grave por perda do tônus muscular) SITUAÇÃO →Consiste na relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal; →Dá origem a três possibilidades de situação fetal: 1. LONGITUDINAL – quando os 2 eixos se coincidem 2. TRANSVERSA – quando o maior eixo do feto é perpendicular ao maior eixo materno 3. OBLÍQUA – é uma situação transitória que evoluirá para a longitudinal ou transversa APRESENTAÇÃO →É definida como a região fetal que ocupa a área do estreito superior e nela se insinua. →Para que existe apresentação é necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital; portanto, não existe apresentação antes do sexto mês ou quando a parte fetal é um membro, visto que os respectivos diâmetros são inferiores aos da bacia. (após o sexto mês geralmente ocorre mutação ou versão, que é a rotação do feto → “cambalhota”) ➢ SITUAÇÃO FETAL LONGITUDINAL APRESENTAÇÃO CEFÁLICA →Fletida – é a atitude fisiológica da cabeça fetal, pressupõe que ela esteja flexionada, com o mento aconchegado ao esterno, o que se denomina apresentação cefálica fletida, de vértice ou de occipício. Andressa Marques – medicina UFR →Defletida - pode acontecer que a cabeça se apresente em extensão ou defletida, às custas de afastamentos do mento em relação ao esterno, de graus variados: (bregma = 1ºgrau; fronte = 2º grau; face = 3º grau) • No primeiro grau de deflexão, surge, no centro da área do estreito superior, como ponto de referência fetal, o bregma (apresentação de bregma). • No segundo, surge a glabela como ponto de referência fetal (apresentação de fronte). • No terceiro, é o mento que surge como ponto de referência fetal (apresentação de face). APRESENTAÇÃO PÉLVICA →Completa – pernas e coxas fletidas →Incompleta – modo nádegas (ou agripina) – pernas distendidas sobre o abdome →Incompleta – variedade de pés ou joelhos – os joelhos e pés, por se tratarem de estruturas pequenas, não são capazes de comprimir o colo uterino durante o trabalho de parto e, portanto, são considerados procidências ou procúbitos. ➢ SITUAÇÃO TRANSVERSA APRESENTAÇÃO CÓRMICA →Apresenta o ombro do feto; →O dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente APRESENTAÇÕES DORSAIS SUPERIOR E INFERIOR – RARO! →O dorso fetal se apresenta superior ou inferiormente (nestes casos, o plano coronal fetal é perpendicular ao plano coronal materno) →Frequência de cada uma das apresentações: Andressa Marques – medicina UFR (Apresentações no feto normal de termo) A. Apresentação cefálica fletida; B. Apresentação cefálica defletida de 1º grau. C. Apresentação cefálica defletida de 2º grau; D. Apresentação cefálica defletida de 3º grau; E. Apresentação pélvica completa; F. Apresentação pélvica incompleta; G. Apresentação córmica dorsoanterior; H. Apresentação córmica dorsoposterior. →Na gestação a termo, a situação longitudinal do feto é muito mais frequente que as situações transversas e oblíquas, assim como a apresentação cefálica fletida é mais comum do que as demais. →Teoria da acomodação de Parjot – “todo sólido de superfícies arredondadas e lisas, contido em outro que apresente alternativas de contração e resolução, procura acomodar-se à forma e às dimensões do continente” →Quando uma parte fetal menor (por exemplo, um dos membros) se antepõe à apresentação durante o trabalho de parto, ocupando a vagina ou mesmo se exteriorizando pela vulva, denomina-se procidência ou prolapso. Existe ainda a possibilidade do que se chama de laterocidência, em que a pequena parte fetal em questão desce ao lado e junto de um dos polos fetais, conceituada nessa ocasião como apresentação composta. Andressa Marques – medicina UFR POSIÇÃO E VARIEDADE DE POSIÇÃO →Posição fetal – relação do dorso fetal com o lado materno. →Posição fetal ESQUERDA – primeira posição →Posição fetal DIREITA – segunda posição →A finalidade da posição é buscar a melhor localização para ausculta cardíaca fetal durante o trabalho de parto, que será ipsilateral a seu dorso na maioria das vezes. Exceção é feita para as apresentações cefálicas defletidas de 3º grau, em que os batimentos cardíacos fetais são audíveis com maior nitidez na face anterior do tronco do concepto. → A variedade de posição complementa a orientação espacial do concepto ao relacionar um ponto de referência da apresentação fetal com um ponto de referência ósseo da bacia materna, levando-se em consideração as faces anterior, posterior ou lateral da gestante. →Condicionou-se, para tal, o emprego de 3 letras como nomenclatura definidora de apresentação, posição e variedade de posições fetais: ➢ A primeira letra diz respeito ao ponto de referência da apresentação fetal: O (occipício). B (bregma), N (naso), M (mento), S (sacro) e A (acrômio). ➢ A segunda letra refere-se ao lado materno para o qual está voltado o ponto de referência fetal (posição): D (direita) e E (esquerda). É importante lembrar que essa letra é suprimida nas variedades anteroposteriores (sacral e púbica). De modo geral, as posições esquerdas são mais frequentes. ➢ A terceira letra indica a variedade de posição, conforme o feto esteja voltado para o ponto de referência ósseo da bacia materna: A (anterior) - eminência ileopectínea, T {transversa) - extremidade do diâmetro transverso, P (posterior ou púbis) - sinostose sacroilíaca ou púbis, S (sacro) – materno →Para a avaliação fetal durante o trabalho de parto realiza-se o toque vaginal procurando identificar a variedade de posição, tendo por base a relação entre pontos de reparo materno e fetais (pontos de reparo= acidentes ósseos reais; pontos de referência = convenções para nomear os pontos de reparo); →Além da variedade de posição, pode-se lançar mão das linhas de orientação, que são formações lineares da superfície da apresentação fetal tomadas por reparo e que coincidem com um dos diâmetros da bacia em determinado momento do trabalho de parto; →Entre os pontos de referência é importante diferenciar ao exame clínico de toque vaginal a: fontanela lambdoide (em forma de y; posterior) e a fontanela bregmática (em forma de losango; anterior) para determinar corretamente a variedade de posição. Andressa Marques – medicina UFR ASSINCLITISMO E SINCLITISMO ➢ SINCLITISMO: o feto penetra no estreito superior da pelve materna na mesma distância entre a pube e o sacro; ➢ ASSINCLITISMO: a sutura sagital do feto inclina-se mais para um lado do que para outro, podendo ser denominada: A. Anterior (obliquidade de Nagele) – quando o feto penetraprimeiro no esteiro superior da pelve materna, inclinando-se mais para o sacro. Com isso, o parietal anterior é o primeiro a penetrar na pelve. B. Posterior (obliquidade de Litzmann) – quando o feto penetra no estreito superior da pelve materna, inclinando a sutura sagital mais para a pube. Com isso o parietal posterior entra primeiro na pelve. Andressa Marques – medicina UFR →A articulação entre a cabeça e a coluna vertebral do feto é bastante móvel, logo, o polo cefálico assume não apenas movimentos de flexão anteroposterior como também movimentos de flexão lateral. →Durante o processo de insinuação, um dos ossos parietais atravessará o estreito superior da pelve antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos do eixo anteroposterior da bacia materna (púbis ou sacro); →Quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno, diz-se que há assinclitismo posterior. →Quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro, o parietal anterior estará mais baixo e o assinclitismo é chamado de anterior. →Durante o trabalho de parto, existe um momento em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico; isso traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o promontório e a cabeça fica em sinclitismo nesse momento. →Além de flexão e assinclitismo, outro processo que contribui para o mecanismo de insinuação é o cavalgamento dos ossos do crânio fetal, levando a redução das dimensões do polo cefálico, posto que o maciço frontal e o occipital se locam por baixo dos parietais; do mesmo modo, a borda interna de um dos parietais se sobrepões à outra. →Devido à grande capacidade plástica da cabeça fetal, esse mecanismo torna possível como que bipartir o polo cefálico em duas metades para, então, imprimi-las em direção ao canal de parto (teoria de Sellheim). Andressa Marques – medicina UFR AVALIAÇÃO DA ALTURA DA APRESENTAÇÃO PLANOS DE DE LEE →Toma como referência as espinhas isquiáticas. →Se estiver acima deste ponto é considerado negativo (-1 a -5); se estiver abaixo deste ponto é considerado positivo (+1 a +5). PLANOS DE HODGE →1º plano= bordo superior da pube; →2º plano= bordo inferior da pube; →3º plano= espinha isquiática →4º plano= ponta do cóccix. PLANO ZERO DE DE LEE = PLANO 3 DE HODGE Andressa Marques – medicina UFR Andressa Marques – medicina UFR PARTOGRAMA →É um documento que serve como subsidio para o acompanhamento do processo de trabalho de parto, sendo possível diagnosticar alterações e a tomada de conduta adequada. →Trata-se de um instrumento de representação gráfica que utiliza as linhas de alerta e de ação, permitindo realizar a documentação e acompanhamento da evolução do trabalho de parto, a fim de detectar possíveis anormalidades no processo de parturição para assim poder realizar intervenções necessárias e contribuir para tomada de decisão da equipe obstétrica. →Os parâmetros utilizados para realizar a avaliação são: integridade da bolsa, batimentos cardíacos fetais, características do líquido amniótico, descida da apresentação, dilatação do colo, frequência das contrações, medicamentos e líquidos administrados. Andressa Marques – medicina UFR Movimento para a direita da linha de alerta: necessidade de maior vigilância Linha de ação: ponto crítico – decisão específica de conduta deve ser tomada. Andressa Marques – medicina UFR RETOMANDO.... Andressa Marques – medicina UFR REFERÊNCIAS Zugaib, obstetrícia, 3ª edição, seção 4 – parto e puerpério. Fiocruz:https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/29761/2/PREENCHIMENTO%20DE%20PAR TOGRAMA.pdf
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