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NEOPLASIA TROFOBL+üSTICA GESTACIONAL

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NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL
 Temos uma proliferação anormal do trofoblasto, é uma degeneração dos blastomas. São os blastomas originários do tecido de revestimento das vilosidades coriais (cisto e sinciciotrofoblasto), caracterizado por alguns aspectos degenerativos (hidropsia do estroma) e proliferativos (hiperplasia, anaplasia). 
 A paciente tem um atraso menstrual mais BHCG +! Ela está gravida, mas a divisão celular do resultado do processo de fecundação é alterado, ou seja, você tem uma gravidez, mas ao invés de um feto e placentas normais você pode formar um blastoma. 
Classificação:
Mola Hidatiforme parcial ou completa
Mola Invasora
Coriocarcinoma
Tumor do leito placentário (PSTT)
Epidemiologia – Fatores de Risco:
- Idade Materna avançada (> 40 anos idade)
- antecedentes de mola (estes 2 primeiros são os únicos seguramente estabelecidos como fatores de risco)
- Não existe correlação com paridade
Patologia:
Mola Hidatiforme Parcial
 Apresenta degeneração LIMITADA da placenta, que exibe vilosidades anormais e distendidas, hidrópicas, mas você pode encontrar TECIDO FETAL NORMAL. Ou sejam temos 2 populações distintas de vilosidades coriais, uma normal e outra com degeneração hidrópica. 
Citogenética= predominam casos com anomalia cromossomial incluindo trissomias, triploidias e tetraploidias. 
Obs: geralmente todo este material da NTG será abortada, com eliminação antes de 22 semanas. 
Mola Hidatiforme Completa
 É difusamente hidrópica (degeneração hidrópica das vilosidades coriais, dando origem as vesículas – hidátides- que caracterizam a doença), com vários graus de atipia, NÃO TEM TECIDO FETAL NORMAL. É associada a trofoblasto hiperplásico e vários graus de atipia. 
Citogenética: Cariótipo 90% 46XX , 10% 46XY. É produto de concepção onde DNA nuclear é de origem paterna e todo DNA citoplasmático é de origem materna. 
Sinais e Sintomas:
- Sangramentos (mais comum)
- ** altos níveis de HCG! ( é o que é avaliado no primeiro momento)
- atraso menstrual
- emissão de vesículas! (é uma massa friável)
- dores abdominais não são frequentes
- altura uterina maior que o esperado para a IG (o útero só passa da sínfise pubiana normalmente acima de 12 semanas)
- cistos tecaluteínicos (devido ao grande estímulo hormonal da gonadotrofina, com aumento dos ovários)
- DHEG (cursando com HAS) e hipertireoidismo e Ins. Respiratória
 A HAS vai surgir antes de 20 semanas ( o normal é surgir depois de 20 semanas na DHEG)!
 Lembrar que geralmente temos aborto espontâneo antes de 22 semanas deste material. 
 * Um fato que poderia diferenciar a Mola Parcial da Completa é que a Parcial o tamanho uterino é pequeno para IG e uma menor porcentagem evolui para um Tumor Trofobástico, já a Completa o tamanho uterino é maior , uma maior porcentagem evolui para tumor trofobástico (coriocarcinoma ou PSTT) e os níveis de BHCG estarão mais elevados que na parcial. 
Diagnóstico:
- Dosagens de BHCG  é importante no diagnóstico e no acompanhamento pós molar. Fica muito elevada, acima de 40.000mUL\ml
- USG  temos um padrão característico das vesículas coriônicas (anecóico – preto) – imagem de queijo suíço - e nos anexos os cistos tecaluteínicos
Lembrar que o diagnóstico de certeza é pelo histopatológico!
Prognóstico:
80% são benignas, 20% são malignas, sendo 18% das malignas o corioadenoma destruens e 20% a degeneração coriocarcinomatosa.
Mola Invasora
 Temos invasão da parede uterina e produção de metástases em órgãos distantes, ou seja, a presença de vesículas na intimidade do miométrio, nos espaços vasculares ou em locais a distância, principalmente vagina e pulmões, caracteriza a mola invasora, considerada sequela da mola hidatiforme completa ou parcial.
Quadro clínico= Metrorragias, subinvolução uterina e infecção.
Diagnóstico= A USG sugere invasão miometrial e o BHCG não negativa
Prognóstico= pode evoluir para coriocarcinoma. O óbito ocorre por complicações de hemorragias, infecções, perfurações, traumatismos e metástases.
Coriocarcinoma
 É a forma maligna das molas, pode surgir após qualquer tipo de gestação (a termo, ectópica, abortada ou molar). Pode começar direto, primariamente, ou evoluir de uma mola prévia.
Patologia: temos um trofoblasto anaplásico, que metastiza via sanguínea para pulmão, vagina, cérebro e fígado. 
Quadro clínico= o útero permanece aumentado e persiste o sangramento após retirada da mola da cavidade uterina. O BHCG não negativa. Os sinais de metástase são: hematêmese, lesões pulmonares ao raio x, sinais de dano cerebral, hemorragia intra-abdominal, lesões vaginais. 
Tumor Trofoblástico do Sítio Placentário
 É um tumor que compromete o útero, endométrio e miométrio, é um trofobasto intermediário. Pode ser benigno ou exibir, eventualmente, alta malignidade. Os níveis de HCG costumam ser baixos ( livro: e os níveis de hPL costumam ser altos) , e essa forma responde melhor a CIRURGIA que a quimio. 
Tratamento:
- Dilatação e esvaziamento  pode ser feito por 3 métodos, por curetagem, Vacuoaspiração e AMIU (aspiração manual intrauterina), porém o que é feito é pela Vacuoaspiração!
- Quimio  Actinomicina D 17 ou 12 (não entendi minha letra! Rs) g/kg/dia IV por 5 dias ou Metrotexato com resgate de Ác. Folínico. Previne a forma metaastásica e reduz significativamente a não metastática.
- Histerectomia  é feita eventualmente. É indicada nos casos de prole definida ou quando na presença de grande tumor uterino, sepse ou intensa hemorragia. 
- cirurgia para intervenção em metástase
Os cistos tecaluteínicos, se presentes, involuirão espontaneamente com a queda do BHCG.
Seguimento pós molar:
 É clínico, USG, radiológico e Hormonal.
- Dosagem semanal de BHCG após esvaziamento uterino. Quando o nível de HCG for zero por 3 semanas consecutivas, dosá-lo mensalmente por 6 meses. Se persistir negativo, atesta cura da doença.
- não utilizar Quimioterapia enquanto os níveis de BHCG forem decrescentes. Se não negativar BHCG, iniciar a Quimioterapia (se a mola for invasora não esperar por esses 6 meses até negativar o BHCG, vc entra logo com o tto)
- evitar gravidez com Anticoncepcional Oral (para não confundir caso haja uma nova elevação do BHCG)
- descontinuar o segmento após 6 meses consecutivos se os níveis forem zero de HCG
- após o tratamento e segmento a gravidez pode ser permitida. 
- controle USG e radiológico tb ( quando tivermos sintomas sugestivos ou quando não negativar bhcg, para ver se ocorreu metástase)
Estadiamento:
I – limita-se ao útero
II – limita-se a pelve
III – limita-se ao pulmão
IV – atinge cérebro e/ou fígado (órgãos à distância)
Obs: no acompanhamento posterior ao tratamento da mola, você vê se a paciente está livre da mola se o BHCG negativar.

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