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FOCUSCONCURSOS.COM.BR Direito do Trabalho | Material Complementar Professor Guilherme Biazotto. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 1) CONCEITO São meios que dão origem ou se estabelecem as normas jurídicas, ou seja, é tudo o que dá origem, que produz o direito. 2) CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES A. Fontes Materiais: São os fatos sociais, políticos e econômicos que fazem nascer a regra jurídica, ou seja, é o acontecimento que inspira o legislador a editar a lei. Ex.: movimentos sociais, ecológicos, princípios ideológicos, necessidades locais, regionais, nacionais, forma de governo, riqueza econômica, crises econômicas, etc. B. Fontes Formais: São justamente aquelas que têm a forma do Direito; que vestem a regra jurídica, conferindo-lhe o aspecto de Direito Positivo. As fontes materiais sintetizam o conhecimento, a criação da norma jurídica. Por outro lado, as fontes formais são retratadas nas normas jurídicas. Ex.: leis, costumes, jurisprudência, doutrina. C. Fontes Heterônomas: São as criadas por uma terceira pessoa por agentes externos (Constituição, leis, etc.). D. Fontes Autônomas: São as elaboradas pelos próprios interessados (costume, convenção e acordos coletivos, etc.). E. Fontes Estatais: São fontes criadas pela Administração Pública - Estado (leis, sentença normativa, etc.). F. Fontes Extra-estatais/ Não Estatais: São fontes criadas pelos particulares (regulamento de empresa, contrato de trabalho, etc.); profissionais, são estabelecidas pelos trabalhadores e empregadores interessados (convenção e acordo coletivo de trabalho). G. Fontes Voluntárias: São fontes criadas pela vontade das partes (contrato de trabalho, convenção e acordo, etc.). H. Fontes Imperativas: São fontes criadas e impostas pelo Estado, (Constituição, leis, etc.). 1 FOCUSCONCURSOS.COM.BR Direito do Trabalho | Material Complementar Professor Guilherme Biazotto. I. Fontes Primárias: São fontes diretas e imediatas do Direito. (Constituição, as leis em geral, os costumes, as sentenças normativas, os acordos e convenções coletivas, os regulamentos de empresa e os contratos de trabalho). J. Fontes Secundárias: São fontes indiretas e mediatas do Direito. (Decretos, Regulamentos, Instruções Normativas, Jurisprudência, Doutrina, etc.) A lei é um elemento vital para a própria manutenção da ordem social, constituindo-se em fonte primordial do Direito. Por intermédio deste preceito o Direito atua como fonte reguladora dos comportamentos em sociedade, impondo regras e sanções. No Brasil, a lei trabalhista revela-se na Constituição, na Consolidação das Leis do trabalho e na legislação esparsa. O costume, como fonte de Direito, é uma forma reiterada e única de comportamento, caracterizando-se pela sua continuidade, publicidade e generalidade. Representava no direito antigo a essência quanto à origem do Direito. Hoje, não pode ser desprezado, pois é de vital importância no contexto social. No Direito do Trabalho os costumes são resultantes de três fontes de produção. Os costumes surgem no seio da própria empresa, fazendo com que os usos atinentes a um grupo de empregados passem a ser normas que aderem aos contratos de trabalho. Também podem surgir no seio da própria categoria econômica e profissional. Há categorias que possuem normas peculiares que derivam de padrões reiterados de comportamento e que, pela sua reprodução, se juntam aos contratos de trabalho destes trabalhadores. E, ainda, os costumes são representados pelos comportamentos globais nas relações de trabalho que refletem na ordem jurídica trabalhista. Quanto à jurisprudência, é um conjunto de decisões proferidas por um tribunal, reiteradamente e de forma a construir uma diretriz de solução para os casos futuros e iguais. No âmbito da Justiça do Trabalho temos enunciados, precedentes normativos e precedentes jurisprudenciais da seção especializada em dissídios individuais, todos de lavra do colendo Tribunal Superior do Trabalho. Aos tribunais regionais cabe a uniformização da sua jurisprudência (art. 896, §3° da CLT). A Constituição é a principal fonte do Direito, comum a todos os ramos, pois contém regras básicas de um determinado ordenamento jurídico. Sendo assim, na hierarquia das fontes no Direito do Trabalho, a Constituição Federal haverá de prevalecer em todo o ramo do ordenamento jurídico, mas se houver outras normas jurídicas mais benéficas ao trabalhador estas deverão predominar. É a influência do Princípio Protetor e a caracterização da norma mais favorável. 2 FOCUSCONCURSOS.COM.BR Direito do Trabalho | Material Complementar Professor Guilherme Biazotto. O Direito do Trabalho não adota o sistema clássico. Em havendo o conflito de normas, deverá imperar a norma mais benéfica ao trabalhador, mesmo que seja hierarquicamente inferior. Os direitos trabalhistas previstos na Constituição e na legislação extravagante representam o mínimo legal. Ao lado desses direitos outros podem ser criados, valorizando tanto a autonomia individual como a coletiva, justificando os contratos individuais e os instrumentos normativos, como a convenção coletiva, acordo coletivo e contrato coletivo de trabalho, todos são fontes do Direito do Trabalho. Importante frisar que somente a União tem competência para legislar acerca de Direito do Trabalho. Assim, somente a Constituição, a lei, o decreto, a portaria e regulamentos federais podem tratar do tema. Como já dito, a principal lei que regula a matéria é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O art. 8º dá uma orientação a respeito das fontes do Direito do Trabalho. Esse artigo determina que, na falta de disposições legais ou contratuais, as questões trabalhistas serão decididas levando em conta à jurisprudência, a analogia, a equidade, os princípios e normas gerais de Direito, principalmente do Direito do Trabalho, e ainda de acordo com os usos e costumes e o direito comparado. Na verdade, a equidade e a analogia são técnicas de integração, utilizadas apenas para suprir as eventuais lacunas existentes no ordenamento jurídico. A convenção coletiva (sindicato dos empregados e sindicato patronal) e o acordo coletivo (sindicato dos empregados e empresa) também constituem importante fonte do Direito do Trabalho. 3
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