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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Fernando Henrique Cardoso MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Paulo Renato Souza SECRETARIA EXECUTIVA DO MEC Luciano Oliva Patrício SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR Abílio Afonso Baeta Neves DEPARTAMENTO DE POLÍTICA DO ENSINO SUPERIOR Luiz Roberto Liza Curi Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação RELATÓRIO SÍNTESE 1998 DEPES - Departamento de Política do Ensino Superior Coordenador Geral de Avaliação: Eduardo Machado Gerente de Projetos: Cid Santos Gesteira Coordenador Técnico de Avaliação Daniel de Aquino Ximenes Assessoria Técnica Lécia Márcia Caixeta Viana Rodrigo Neves Moura Equipe de Apoio Danielly da Conceição Barros de Medeiros Vanízia Marques de Freitas Consultor Cosme Damião Bastos Massi Loussia Penha Musse Félix Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ministério da Educação e do Desporto (Brasil). Secretaria de Educação Superior. Avaliação das condições de oferta de cursos de graduação: relatório síntese 1998/Secretaria de Educação Superior. - Brasília: MEC, SESu, 1998. 120p.: il; - gráf. 1. Ensino Superior. 2. Qualidade do ensino. 3. Avaliação do ensino. I. Título CDU: 378.001.7 AVALIAÇÃO DAS C0NDIÇOES DE OFERTA DE CURSOS DE GRADUAÇÀO RELATÓRIO SÍNTESE 1998 COMISSÕES DE ESPECIALISTAS DE ENSINO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ADMINISTRAÇÃO - CEEA 1996/1997 Alexander Berndt Irene Carmem de Almeida Carvalho Luiz Gonzaga Godói Trigo Nério Amboni Rui Otávio Bernardes de Andrade (Presidente) DIREITO - CEED 1993/1997 Francisco dos Santos Amaral Neto José Geraldo de Souza Júnior Menelick de Carvalho Netto Paulo Luiz Neto Lobo Silvino Joaquim Lopes Neto (Presidente) ENGENHARIA - CEEEng 1996/1997 Letícia Sampaio Sune Luciano Vicente de Medeiros Marcius Fantozzi Giorgetti (Presidente) Renato Carlson Ruy Carlos de Camargo Vieira MEDICINA VETERINÁRIA - CEEMV ODONTOLOGIA - CEEO 1993/1997 Alfredo Júlio Fernandes Neto Arnaldo de Almeida Garrocho Edrízio Barbosa Pinto Fernando de Souza Lapa Orlando Ayrton de Toledo (Presidente) 1998 Almir Ferreira de Souza Dryden Castro de Arezzo Marília Gomes dos Reis Ansarah Míria Miranda de Freitas Oleto Nério Amboni Rui Otávio Bernardes de Andrade (Coordenador) 1998 Carlos Eduardo de Abreu Boucault Hermínio Alberto Marques Porto José Grandino Rodas Olga Maria Boschi Aguiar de Oliveira Silvino Joaquim Lopes Neto (Coordenador) 1998 Fernando Tadeu Boçon Letícia Sampaio Sune (Coordenador Eng.Quimica) Luciano Vicente de Medeiros (Coordenador Eng.Civil) Márcio Luiz de Andrade Netto Nivaldo Lemos Coppini Reyolando Manoel Lopes Rebelo Fonseca Brasil 1998 João Carlos Pereira da Silva (Coordenador) Eduardo Harry Birgel Eduardo de Bastos Santos Vicente Borelli 1998 Alfredo Júlio Fernandes Neto (Coordenador) Antônio César Perri de Carvalho Antônio Luiz Barbosa Pinheiro Edrízio Barbosa Pinto Elaine Bauer Veeck Orlando Ayrton de Toledo Sumário SUMÁRIO Apresentação Capítulo I A Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação O sistema de avaliação do ensino superior Organização do processo de avaliação Procedimentos e indicadores Apresentação dos resultados Capítulo II Os resultados obtidos na avaliação das condições de oferta Cursos de Administração Cursos de Direito Cursos de Engenharia Civil Cursos de Engenharia Química • Cursos de Medicina Veterinária Cursos de Odontologia Quadros-resumo da avaliação das condições de oferta - por áreas, regiões e dependência administrativa Gráficos de apresentação de resultados agregados por áreas e dimensões Anexos Anexo I Relatório síntese da avaliação dos cursos de Administração Anexo II Relatório síntese da avaliação dos cursos de Direito Anexo III Relatório síntese da avaliação dos cursos de Engenharia Civil • Anexo IV Relatório síntese da avaliação dos cursos de Engenharia Química , Anexo V Relatório síntese da avaliação dos cursos de Medicina Veterinária Anexo VI Relatório síntese da avaliação dos cursos de Odontologia 09 15 16 17 18 23 34 41 45 47 49 53 55 63 78 86 95 104 112 Apresentação A avaliação do ensino superior brasi- leiro, seus cursos e inst i tuições, no que concerne à graduação, compreende um con- jun to de procedimentos que vem sendo de- senvolvido e aplicado pelo Ministério da Educação e do Desporto - MEC desde 1995. O ensino de pós-graduação, embora os p ro - cedimentos tenham sido aperfeiçoados, já contava com um sistema de avaliação con- solidado antes dessa data. A aval iação do ensino de gradua- ção, objeto deste documento, compreende três procedimentos principais: a realização anual do Exame Nacional de Cursos, pelo Inst i tuto de Estudos e Pesquisas Educacio- nais - INEP, do MEC; a Avaliação das Con- dições de Oferta de Cursos de Gradua- ção submetidos aos exames nacionais de cursos, pela Secretaria de Educação Supe- rior - SESu, do MEC; e as Avaliações de Cursos de Graduação pelas Comissões de Ensino da SESu, previamente às respecti- vas autorizações ou reconhecimentos. Este documento apresenta os resulta- dos das avaliações das condições de oferta dos cursos de graduação das seis áreas in- cluídas nos exames nacionais de cursos de 1996 e 1997. No período de novembro de 1997 a outubro de 1998, esses cursos fo- ram avaliados, em seus locais de funciona- mento, por meio de visitas de especialistas treinados pelas comissões de especialistas de ensino da SESu, para verificação da quali- ficação do corpo docente, da organização d idát ico-pedagógica e das insta lações , aqui se destacando as bibliotecas e os la- boratórios de ensino. A avaliação das condições de oferta foi orientada por um roteiro de visita de veri- ficação e pela aplicação de um ins t rumen- to de avaliação, preenchido pelas comissões a part ir de informações verificadas em cada local. Os resultados aqui apresentados fo- ram sintetizados pelos conceitos atribuídos a cada um dos cursos, respectivamente em relação à qualificação de seu corpo docen- te, sua organização didático-pedagógica e suas instalações. Os conceitos definem as condições, em cada uma dessas dimensões, como muito boas, boas, regulares ou in- suficientes. As comissões de especialistas da SESu, após revisão e avalização do processo em cada uma das áreas, elaboraram recomendações para o aperfeiçoamento ou saneamento de deficiências de cada um dos cursos avalia- dos. O cumprimento dessas recomendações está sendo acompanhado pela SESu. Uma vez consolidada a avaliação da gra- duação e da pós-graduação, para que o siste- ma previsto na legislação esteja implementado era sua integralidade, a avaliação institucional terá de ser estabelecida como uma prática uni- versal nas instituições de ensino superior. Nes- se sentido, a SESu procedeu a uma reorganiza- ção do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras - PAIUB, com o obje- tivo de estendê-lo a todas as instituições de en- sino superior e de recuperar o objetivo funda- mental da avaliação institucional como um processo de contínuo aperfeiçoamento do de- sempenho acadêmico, de desenvolvimento e di- ferenciação institucional e de prestação de con- tas à sociedade. A avaliação institucional deve englobar os diferentes aspectos do ensino, da pesqui- sa, da extensão e da gestão e integrar, n u m amplo processo participativo de avaliação da instituição, os resultados dos demais proces- sos de avaliação conduzidos pelo MEC. Ao estabelecer e atualizar permanentemente um plano de desenvolvimento para cada institui- ção, a partir de um processo que agregue umaampla avaliação interna (auto-avaliação) e uma avaliação externa conduzida por comis- são externa qualificada, a avaliação institu- cional propicia que o conjunto dos processos de avaliação cumpra o objetivo maior de au- mentar a eficácia social das atividades do sis- tema de educação superior. Toda essa ampla reorganização de pro- cedimentos busca fazer com que a atual estru- tura de avaliação oriente as ações da supervi- são do ensino superior de forma sistemática, substituindo-se assim a prática passada, cal- cada em procedimentos eminentemente buro- cráticos, por uma supervisão pautada na veri- ficação de indicadores de significado social e que expressem o compromisso de qualidade da instituição para com a sociedade. Os resultados de avaliação que estamos dando a público por meio deste relatório cons- tituem significativo avanço na consolidação do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior e da supervisão deste no interesse de toda a sociedade. Abílio Afonso Baeta Neves Secretário de Educação Superior A Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação Capítulo I O sistema de avaliação do ensino superior 0 sistema de avaliação do ensino supe- rior que vem sendo implementado pelo MEC, desde 1995, tem como suporte, principalmen- te, os dispositivos legais contidos na Lei Nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, que insti- tuiu a realização anual de exames nacionais de cursos; no Decreto Nº 2.026, de 10 de ou- tubro de 1996, que estabeleceu procedimen- tos de avaliação de cursos e instituições de ensino superior; e na Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, de diretrizes e bases da edu- cação nacional, que estabeleceu em definitivo o processo de avaliação permanente do ensi- no superior, a este subordinando todos os atos de periódica autorização e reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições. A avaliação periódica de cursos e insti- tuições de ensino superior, como determina a lei, deve utilizar-se de procedimentos e crité- rios abrangentes dos diversos fatores que de- t e r m i n a m a qualidade e a eficiência das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Os procedimentos de avaliação do ensi- no superior, conforme dispõe o Decreto nº 2.026, de 1996, compreendem: 1 - a análise dos principais indicadores de desempenho global do sistema nacional de ensino superior, por região e unidade da fede- ração, segundo as áreas do conhecimento e o tipo ou a natureza das instituições de ensino; II - a avaliação do desempenho indivi- dual das instituições de ensino superior, com- preendendo todas as modalidades de ensino, pesquisa e extensão; III - a avaliação do ensino de gradua- ção, por curso, por meio da análise das con- dições de oferta pelas diferentes instituições de ensino e pela análise dos resultados do Exame Nacional de Cursos; IV - avaliação dos programas de mestrado e doutorado, por área de conhecimento. A avaliação da pós-graduação em ní- vel de mestrado e doutorado, realizada peri- odicamente pela Fundação Centro de Aper- feiçoamento do Pessoal do Ensino Superior - CAPES, do MEC, foi o primeiro processo de avaliação a ser consolidado, muito antes dos processos que vêm sendo implementados em relação ao ensino de graduação, que iniciam em 1996, ou mesmo da avaliação ins t i - tucional, que data de 1993. Esta avaliação abrange hoje todo o sistema de pós-gradua- ção stricto sensu e seus resultados são perio- dicamente dados a público. A avaliação institucional, realizada no âmbito do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras - PAIUB, coorde- nado pela Secretaria de Educação Superior - SESu, do MEC, foi recentemente reformulada para adequar-se ao sistema de avaliação pre- visto pelo Decreto Nº 2.026, de 1996, passan- do a responder pela avaliação do desempenho individual das instituições de ensino superior neste previstas. Na medida em que se consoli- de, o PAIUB deverá incorporar os resultados dos demais processos de aval iação implementados pelo MEC, integrando-os a um processo de contínuo aperfeiçoamento e de de- senvolvimento da educação superior. O sistema estatístico de educação, a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas e Es- tudos Educacionais - INEP, do MEC, entre ou- tras informações e indicadores sobre todos os níveis de ensino, após proceder a uma exten- sa revisão nos procedimentos do censo anual que realiza, está capacitado a fornecer os in- dicadores de desempenho global do sistema de ensino superior. O INEP, desde 1996, realiza anua l - mente o Exame Nacional de Cursos, que vem abrangendo, a cada realização, novas áreas de cursos. Em 1998, foram nove os cursos abrangidos. A Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação, conduzida pela SESu, cujo processo e resultados são apresen- tados neste documento, teve início em 1997 e compreendeu a avaliação, por especialistas em cada uma das áreas abrangidas, dos cursos submetidos ao Exame Nacional de Cursos em 1996 e em 1997, por meio de visitas de verifi- cação aos locais de funcionamento. O Sistema de Avaliação da Gradua- ção tem hoje todos os seus processos e proce- dimentos regularmente implementados, ain- da que em estágios diferentes no que se refere a suas abrangências. A Avaliação das Condi- ções de Oferta dos Cursos de Graduação vem somar-se ao Exame Nacional de Cursos e às avaliações continuamente realizadas pelas co- missões de especialistas de eNºino da SESu por ocasião da autorização ou do reconhecimento de cursos de graduação, incluindo sempre ve- rificações prévias in loco das condições de fun- cionamento destes. Organização do processo de avaliação A preparação e a organização do pro- cesso de avaliação das condições de oferta dos cursos de graduação foram alicerçadas na reestruturação, procedida pela SESu, dos pro- cedimentos de autorização e reconhecimento de cursos e de credenciamento de iNºtituições de eNºino superior. A reestruturação procedida, a partir de 1997, teve como objetivo principal dar ple- na eficácia ao espírito e à letra da Lei Nº 9.394, de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional. Esta, em seu art. 46, determina que: 'A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de iNºtituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo re- novados, periodicamente, após processo re- gular de avaliação". A Lei Nº 9.131, de 1995, que teve sua vigência mantida pela Lei ne 9.394, de 1996, já determinava, em seu art. 3Q. que: "... o Ministério da Educação e do Desporto fará realizar avaliações periódicas das iNºtituições e dos cursos, fazendo uso de procedimentos e critérios abrangentes dos diversos fatores que determinam a qualida- de e a eficiência das atividades de eNºino, pes- quisa e exteNºão". A avaliação periódica, prévia à autori- zação, ao reconhecimento de cursos e ao credenciamento de iNºtituições de eNºino su- perior, está hoje plenamente estabelecida. As comissões de especialistas de eNºino da SESu, nas diversas áreas de cursos, desenvolveram padrões de qualidade e roteiros de verificação de cursos. Com base nesses padrões, foram desenvolvidos iNºtrumentos de avaliação es- pecíficos para verificar as condições de oferta dos cursos de graduação. Os iNºtrumentos de avaliação aplicados nas verificações dos cursos de Administração, Direito, Engenharia Civil, Engenharia Quimi- ca, Medicina Veterinária e Odontologia foram organizados em três conjuntos. O primeiro coNºiste numa orientação para a coleta, por parte de cada iNºtituição e curso, previamen- te à visita de cada comissão de avaliação in loco, de informações e indicadores prede- finidos. O segundo coNºiste num questioná- rio estruturado com quesitos e respectivas conceituaçõese ponderações, organizados em torno das três dimeNºões principais analisa- das, ou seja: qualificação do corpo docente, organização didático-pedagógica e iNºta- lações (físicas em geral, laboratórios e equi- pamentos e bibliotecas). O terceiro coNºiste de um roteiro de orientação das verificações e aplicação do questionário. Os questionários estruturados, seus que- sitos, ponderações e conceitos, foram objeto de amplas discussões nas comunidades acadêmi- cas e profissionais das diversas áreas e foram testados por meio de aplicações experimentais pelas respectivas comissões de especialistas. Uma vez calibrados os iNºtrumentos de avaliação, as comissões de especialistas da SESu procederam ao treinamento de especia- listas selecionados em cada uma das áreas que, integrando comissões de avaliação de dois membros, realizaram visitas às iNºtituições e aos cursos. Os questionários preenchidos e concei- tuados, a par dos relatórios das visitas e reco- mendações para o aperfeiçoamento dos cur- sos, foram analisados pelas comissões de es- pecialistas que revisaram e avalizaram seus resultados e elaboraram as recomendações fi- nais que foram enviadas a cada curso, junta- mente com os conceitos obtidos na avaliação. Em alguNº casos, as comissões solicitaram in- formações adicionais ou recomendaram a re- alização de novas visitas de avaliação. A SESu acompanhará o cumprimento das recomendações feitas para cada curso e estas serão coNºideradas, sobretudo, por oca- sião do reconhecimento ou renovação do re- conhecimento dos cursos e do credenciamento ou recredenciamento das iNºtituições. As comissões de especialistas elaboraram, também, relatórios de análise dos resultados das avaliações em cada uma das áreas, que in- tegram este relatório síntese como anexos. Procedimentos e indicadores O trabalho foi desenvolvido dentro de uma metodologia comum a todas as áreas. Os procedimentos e os iNºtrumentos de ava- liação, no entanto, respeitaram a diversida- de e as especificidades das seis áreas de cur- sos abrangidas. As visitas de avaliação foram realizadas entre novembro de 1997 e outubro de 1998. Foram inicialmente visitados e avaliados os cursos qualificados com os conceitos D ou E no ENC de 1996 e, em seguida, os cursos de mesmos conceitos no ENC de 1997. As avali- ações prosseguiram, então, abrangendo os cursos com conceitos C, B e A, no ENC de 1996 e n o d e 1997. As comissões de especialistas do MEC/ SESu, cujos integrantes são originários e indi- cados pela comunidade acadêmica e profissi- onal em cada área de conhecimento, tiveram como objetivo central, neste processo, o de re- comendar ações para a melhoria da qualidade do eNºino dos cursos avaliados, propiciando, inclusive, a disseminação dos padrões de qua- lidade das iNºtituições mais bem conceituadas. Os procedimentos, os indicadores e as ponderações adotadas na avaliação das con- dições de oferta dos cursos correspondem a uma perspectiva qualitativa de análise da ade- quação e da potencialidade dos cursos. Os in- dicadores foram organizados em três grupos, correspondentes às três dimeNºões avaliadas: qualificação do corpo docente, organiza- ção didático-pedagógica e iNºtalações (fí- sicas em geral, laboratórios e equipamentos e bibliotecas). Qualificação do corpo docente Os indicadores utilizados para a avalia- ção da qualificação do corpo docente foram organizados em dois grandes grupos. O pri- meiro grupo está dirigido para verificar a qua- lificação das atividades de eNºino, pesquisa e exteNºão, entre estas a titulação formal, a pro- dução científica e a experiência profissional não estritamente acadêmica, as quais, para al- gumas carreiras de nível superior, são fatores indiscutíveis de qualificação. O segundo gru- po está dirigido para verificar as condições pro- piciadas para o desempenho docente, entre elas a existência de carreira docente organizada e o regime de trabalho. A coleta de informações e a verificação no local de cada iNºtituição e curso incluiu que- sitos referentes aos seguintes tópicos principais: • titulação acadêmica; • regime de trabalho; • publicações científicas nos últimos três anos; • experiência de magistério superior; • experiência profissional não acadê- mica; • qualificação e regime de trabalho do coordenador do curso; • relação professor/alunos; • plano de cargos e salários. Organização didático-pedagógica A avaliação da organização didático-pe- dagógica congregou tanto elementos de con- cepção e execução do currículo quanto a pró- pria estrutura curricular, a pesquisa e a pro- dução científica, estágios desenvolvidos ou propiciados pelo curso e pelas atividades per- manentes de exteNºão. A coleta de informações e a verificação no local de cada iNºtituição e curso incluiu que- sitos referentes aos seguintes tópicos principais: • missão da iNºtituição; • objetivos do curso; • perfil profissional pretendido; • distribuição da carga horária segun- do o currículo; • habilitações; • alterações curriculares; • práticas pedagógicas inovadoras; • procedimentos formais de avaliação; • estágio supervisionado; • ementários; • bibliografia. INºtalações A verificação realizada em cada iNºtitui- ção e curso avaliou suas iNºtalações gerais e, especialmente, as bibliotecas, laboratórios, ofi- cinas, salas de aula e equipamentos indispeNºáveis à boa execução do currículo. A coleta de informações e a verificação no local de cada iNºtituição e curso incluiu que- sitos referentes aos seguintes tópicos principais: INºtalações gerais: • espaço físico disponível adequado às atividades acadêmicas em relação ao número de docentes, alunos e demais integrantes da iNºtituição; • condições de manutenção e coNºer- vação; • planos de expaNºão. INºtalações especiais: • laboratórios, auditórios, oficinas; • equipamentos de informática, núme- ro de computadores dedicados à pes- quisa e ao eNºino e acesso a redes de informação; • equipamentos, iNºtrumentos e iNºu- mos de laboratório adequados à pra- tica de eNºino e à pesquisa; • plano de modernização de laborató- rios e informatização. Biblioteca: • número de títulos e exemplares de li- vros e periódicos; • espaço físico para leitura; • formas de catalogação do acervo; • acesso a redes de informação; • qualificação técnica do pessoal; • plano de atualização do acervo. Apresentação dos resultados Um total de 811 cursos, que partici- param dos exames nacionais de cursos de 1996 e 1997, foram visitados e avaliados. Os resultados com conceitos obtidos pelos cursos, nas três dimeNºões avaliadas, são apresentados no Capítulo II e analisados nos anexos, por meio de relatórios para as áreas de Administração, Direito, Engenharia Ci- vi l , E n g e n h a r i a Q u í m i c a , Medic ina Veterinária e Odontologia. A apresentação dos conceitos obtidos pelos cursos é feita por áreas, regiões e de- pendência administrativa. O processo de ava- liação das condições de oferta ateve-se à ve- rificação de condições que não são expressas num único conceito ou nota final. Grande parte dos indicadores verificados é de natu- reza q u a l i t a t i v a e ser ia i n a d e q u a d o apresentá-la ou coNºolidá-la por meio de es- calas numéricas ou simbólicas qualitativas. No sentido de favorecer a análise e a compreeNºão dos resultados nas áreas de cur- sos avaliados, são apresentados a seguir al- guNº dados e informações complementares. Administração - 503 cursos de gradu- ação, 25 de mestrado e 7 de doutorado, con- tando atualmente com 11.435 docentes (22% em regime de tempo integral), dos quais 7,5% são doutores, 26,5% mestres, 50,3% especia- listas e 15,7% graduados; titulação anual mé- dia de 27.849 graduados,288 mestres e 40 doutores, com média anual de 26 novas au- torizações de cursos. Direito - 262 cursos de graduação, 17 de mest rado e 4 de doutorado, contando atualmente com 9.386 docentes (19,2% em re- gime de tempo integral), dos quais 9,1% são doutores, 19,1% mestres, 37,2% especialistas e 34,6% graduados; titulação anual média de 29.122 graduados, 153 mestres e 32 douto- res, com média anual de 5 novas autorizações de cursos. Engenharia Civil - 110 cursos de gra- duação, 20 de mestrado e 8 de doutorado, con- tando atualmente com 5.501 docentes (50,6% em regime de tempo integral), dos quais 22,6% são doutores, 32,6% mestres, 26,7% especia- listas e 18,1% graduados; titulação anual mé- dia de 224 mestres e 48 doutores, com média anual de 1 nova autorização de curso (núme- ro de graduados não disponível). Engenharia Química - 47 cursos de gra- duação, 15 de mestrado e 5 de doutorado, con- tando atualmente com 2.218 docentes (62,4% em regime de tempo integral), dos quais 32,9% são doutores, 37,4% mestres, 17,0% especia- listas e 12,7% graduados; titulação anual mé- dia de 141 mestres e 31 doutores, com média anual de 1 nova autorização de curso (número de graduados não disponível). Medicina Veterinária - 47 cursos de graduação, 25 de mestrado e 9 de doutorado, contando atualmente com 2.451 docentes (80,3% em regime de tempo integral), dos quais 33,0% são doutores, 42,9% mestres, 13,8% especialistas e 10,3% g r a d u a d o s ; titulação anual média de 2.049 graduados, 172 mestres e 47 doutores, com média anual de 3 novas autorizações de cursos. Odontologia - 92 cursos de graduação, 63 de mestrado e 40 de doutorado, contando atualmente com 6.689 docentes (38,2% em regime de tempo integral), dos quais 20,7% são doutores, 26,8% mestres, 42,5% especia- listas e 10,0% graduados; titulação anual mé- dia de 6.909 graduados, 187 mestres e 66 doutores, cora média anual de 1 nova au to- rização de curso. Conceituação Os resultados obtidos na Avaliação das Condições de Oferta, em cada uma das três dimeNºões finais agregadoras, Qualificação do Corpo Docente, Organização Didáti- co-pedagógica e INºtalações, são apresen- tados na seguinte escala de conceitos em ordem decrescente: O conceito CMB - Condições Muito Boas indica um padrão de excelência no aten- dimento das atividades acadêmicas. O con- ceito CB - Condições Boas indica um padrão de boa qualidade no atendimento das referi- das atividades. O conceito CR - Condições Regulares denota um padrão minimamente adequado no atendimento das atividades aca- dêmicas. Por fim, o conceito CI - Condições INºuficientes, indica que o padrão de atendi- mento das atividades acadêmicas do curso avaliado apresenta condições de atendimen- to iNºuficientes. O conceito final de cada uma destas três dimeNºões referidas é decorrente da combi- nação da pontuação e ponderação diferenci- ada de diversos indicadores. Por exemplo, na dimeNºão da Qualificação do Corpo Docente, ind icadores como reg ime de t r a b a l h o , titulação acadêmica, experiência de magisté- rio superior, experiência profissional não aca- dêmica, entre outros, são qualificados a par- tir de pontuações específicas que, no seu con- junto, uma vez ponderadas, resultam no con- ceito final. Exemplificando, uma iNºtituição que obteve o conceito final CMB numa das dimeNºões, teve em torno de 70% dos indicadores pontuados e avaliados com a conceituação máxima. O conceito CB atribuído a essa mes- ma dimeNºão indica que aproximadamente entre 40% e 60% dos indicadores pontuados e avaliados atingiram a conceituação máxima na dimeNºão coNºiderada. O conceito CR indica que aproximadamente entre 20% e 40% dos indicadores pontuados e avaliados obti- veram conceituação máxima na dimeNºão. O conceito CI indica que cerca de menos de 20% dos indicadores pontuados e avaliados obtiveram a conceituação máxima na dimeNºão. Capítulo II Os resultados obtidos na avaliação das condições de oferta A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s « C B - C on di çõ es B oa s « C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão 1 CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as • CB - Co nd içõ es Bo as • CR - Co nd içõ es Re gu la re s ' CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - S em C on ce ito CM B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - S em C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - S em C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to Bo as • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - S em C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as « C B - Co nd içõ es Bo as « C R - Co nd içõ es Re gu lar es • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di ções de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s « C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - S em C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - Se m C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - Se m C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as ' C B - Co nd içõ es Bo as • CR - Co nd içõ es Re gu la re s • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ien te s • SC - Se m C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as « C B - Co nd içõ es Bo as • CR - Co nd içõ es Re gu la re s • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es ' S C - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es ' S C - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as « C B - Co nd içõ es Bo as • CR - Co nd içõ es R eg ul ar es • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as • CB - Co nd içõ es Bo as « C R - Co nd içõ es Re gu lar es • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es * SC - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as ' C B - Co nd içõ es Bo as ' C R - Co nd içõ es Re gu lar es • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es ' S C - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s « C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - S em C on ce ito • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s « C B - C on di çõ es B oa s « C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - S emC on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s • C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - S em C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s « C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as « C B - Co nd içõ es Bo as • CR - Co nd içõ es Re gu lar es • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m Co nc ei to A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s « C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - S em C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • CM B - C on di çõ es M ui to B oa s « C B - C on di çõ es B oa s « C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es « S C - S em C on ce ito A va lia çã o da s C on di çõ es de O fe rta de C ur so s de G ra du aç ão • C M B - C on di çõ es M ui to B oa s ' C B - C on di çõ es B oa s • C R - C on di çõ es R eg ul ar es • C I - C on di çõ es IN ºu fic ie nt es • S C - S em C on ce ito Av al ia çã o da s Co nd içõ es de O fe rta de Cu rs os de G ra du aç ão • CM B - Co nd içõ es M uit o Bo as • CB - Co nd içõ es Bo as • CR - Co nd içõ es R eg ul ar es • CI - Co nd içõ es IN ºu fic ie nt es • SC - Se m Co nc ei to QUADROS-RESUMO DA AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE OFERTA NÚMERO DE CURSOS POR ÁREAS, REGIÕES E DEPENDÊNCIA ADMINISTRADA ADMINISTRAÇÃO Dependência administrativa FEDERAL 40 ESTADUAL 32 MUNICIPAL 23 PARTICULAR 257 TOTAL 352 Região NORTE 13 NORDESTE 38 SUDESTE 178 SUL 91 CENTRO-OESTE 32 TOTAL 352 DIREITO Dependência administrativa FEDERAL 35 ESTADUAL 1 3 MUNICIPAL Ifl PARTICULAR 128 TOTAL 194 Região NORTE 13 NORDESTE 25 SUDESTE 89 SUL 49 CENTRO-OESTE 18 TOTAL 194 ENGENHARIA CIVIL Dependência administrativa FEDERAL i i OM ESTADUAL 1 A l o MUNICIPAL 4 PARTICULAR 53 TOTAL 105 Região NORTE 4 NORDESTE 15 SUDESTE 61 SUL 19 CENTRO-OESTE 6 TOTAL 105 ENGENHARIA QUÍMICA Dependência administrativa FEDERAL 19 ESTADUAL 5 MUNICIPAL 2 PARTICULAR 16 TOTAL 42 Região NORTE 1 NORDESTE 8 SUDESTE 21 SUL 12 CENTRO-OESTE 0 TOTAL 42 Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação MEDICINA VETERINÁRIA Dependência administrativa FEDERAL 17 ESTADl 8 AL MUNICIPAL 0 PARTICULAR 10 TOTAL 35 Região NORTE 2 NORDESTE 6 SUDESTE 15 SUL 9 CENTRO-OESTE 3 TOTAL 35 ODONTOLOGIA Dependência administrativa 27 ESTADUAL 13 MUNICIPAL 4 PARTICULAR 39 TOTAL 83 Região NORTE 2 NORDESTE 13 SUDESTE 46 SUL 16 CENTRO-OESTE 6 TOTAL 83 GERAL Dependência administrativa CURSOS • • • • • • • • • • • Administração Direito Engenharia Civil Engenharia Química Medicina Veterinária Odontologia TOTAL TOTAL GERAL FEDERAL 40 35 32 19 17 27 170 ESTADUAL 32 13 16 5 8 13 87 MUNICIPAL 23 18 4 2 0 4 51 PARTICULAR 257 128 53 16 10 39 503 811 Região Administração Direito Engenharia Civil Engenharia Quimica Medicina Veterinária Odontologia TOTAL TOTAL GERAL NORTE 13 13 4 I 2 2 35 NORDESTE 38 25 15 8 6 13 105 SUDESTE 178 89 61 21 15 46 410 SUL 91 49 19 12 9 16 196 CENTRO-OESTE 32 18 6 0 3 6 65 811 Avaliação das Condições de Oferta de Cursos de Graduação GRÁFICOS DE APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS AGREGADOS POR ÁREAS E DIMENºÕES ADMINISTRAÇÃO QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INºTALAÇÕES DIREITO QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INºTALAÇÕES ENGENHARIA CIVIL QUALIFICAÇÃO PO CORPO DOCENTE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INºTALAÇÕES ENGENHARIA QUÍMICA QUALIFICAÇÃO PO CORPO DOCENTE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INºTALAÇÕES MEDICINA VETERINÁRIA QUALIFICAÇÃO PO CORPO DOCENTE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INºTALAÇÕES ODONTOLOGIA QUALIFICAÇÃO DO CORPO DOCENTE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INºTALAÇÕES Anexos ANEXO I - RELATÓRIO SÍNTESE DA AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO A síntese dos conceitos obtidos na etapa de avaliação das categorias levadas em conta para verificar as condições de oferta pode ser observada nos gráficos, a seguir discriminados, relativos às dimeNºões qualificação do corpo docente, organização didático-pedagógicado curso e iNºtalações. O referido documen- to apresenta percentuais em termos gerais, por região e dependência administrativa, de acor- do com os seguintes indicadores: CMB - Condições Muito Boas CB - Condições Boas CR - Condições Regulares CI - Condições INºuficientes A) Qualificação do corpo docente A partir dos percentuais obtidos para os indicadores relativos à qualificação do cor- po docente, no tocante às categorias (titula- ção, regime de trabalho, produção acadêmica e qualificação do coordenador do curso), ob- serva-se, em termos gerais, que 51,02% dos 352 cursos de Administração avaliados apre- sentam docentes com titulação em Condições INºuficientes (gráfico 1). A p r e d o m i n â n c i a de docentes com titulação em Condições INºuficientes é influ- enciada pela natureza da dependência admi- nistrativa dos cursos, entre os quais, em 25 7 cursos de iNºtituições particulares, mais de 50% apresentam corpo docente com titulação em Condições INºuficientes para a ministra- ção das aulas. Além disso, a titulação em Con- dições INºuficientes é observada em 82,61% dos 23 cursos de iNºtituições municipais e em 48,39% dos 32 cursos de iNºtituições estadu- ais. O percentual significativo de docentes com titulação em Condições INºuficientes pode ser influenciado pela natureza dos cursos munici- pais iNºtalados na Região Sul. Nessa região, os cursos municipais são subsidiados, em parte, pelos municípios, além dos recursos oriundos das meNºalidades. Por essa razão, os mesmos apresentam muitas características comuNº aos cursos privados. Além disso, a Região Sul apa- rece como a segunda região com o maior con- tingente de docentes com titulação em Condi- ções INºuficientes em decorrência da predomi- nância de cursos privados. Por outro lado, dos 40 cursos de iNºtituições federais, 52,63% de- les apresentam corpo docente com titulação em Condições Muito Boas (gráfico 2). GRÁFICO 1 - TITULAÇÃO GERAL DO CORPO DOCENTE Administração - Número de cursos avaliados por dependência administrativa e por região Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Federais 5 12 12 6 5 40 Estaduais 1 10 8 13 2 32 Municipais 2 3 6 9 3 23 Privados 5 13 154 63 22 257 Cursos 13 38 178 91 32 352 GRÁFICO 2 - TITULAÇÃO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA No e n t a n t o , q u a n d o se a n a l i s a a titulação do corpo docente por região geo- gráfica (gráfico 3), observam-se disparidades de titulação entre as regiões, uma vez que 62,08% dos cursos de Administração da Re- gião Sul apresentam titulação em Condições INºuficientes, seguidas pelas Regiões Norte, C e n t r o - O e s t e , Sudes te e Nordes t e . Em 13,51% dos cursos da Região Nordeste, a titulação do corpo docente representa Con- dições Muito Boas e, em 24,32%, Condições Boas, já que nos 38 cursos existentes na Re- gião Nordeste 25 são de iNºtituições públi- cas . A p r e d o m i n â n c i a de docentes com t i tulação em Condições INºuficientes nas Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste pode ser influenciada, de um lado, pela predominân- cia de cursos privados, dos quais, dos 25 7 cursos privados de Administração do país, 239 se encontram nessas regiões. Ainda, os resultados também podem ser decorrentes da indefinição de políticas e de incentivos para os docentes participarem de cursos de pós-graduação. GRÁFICO 3 - TITULAÇÃO POR REGlÃO Em relação ao regime de trabalho, pode- se coNºtatar que apenas 19,24% dos cursos avaliados possuem regime de trabalho em Condições INºuficientes e 19,53% em Condi- ções Regulares (gráfico 4). O regime de traba- lho do corpo docente dos cursos de Adminis- tração avaliados evidencia um percentual sig- nificativo em Condições Muito Boas (44,61%). GRÁFICO 4 - REGIME DE TRABALHO DO CORPO DOCENTE Todavia, quando se comparam as de- pendências administrativas (federal, estadu- al, municipal e particular) dos cursos avali- ados, percebe-se que as iNºtituições estadu- ais e federais apresentam o maior percentual de docentes em Condições Muito Boas (grá- fico 5) em comparação com as municipais e as particulares. GRÁFICO 5 - REGIME DE TRABALHO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Por outro lado, a Região Nordeste apre- senta o maior contingente de docentes cora re- gime de trabalho acima de 30 horas (gráfico 6) e nas Regiões Centro-Oeste (26,47%) e Sudeste (23,43%) figuram docentes com menos de 20 horas. Isso porque, como já ressaltado, nessas regiões prevalecem os cursos privados e notur- nos, o que, de certo modo, justifica a contra- tação de docentes em regime parcial e não in- tegral. Além do mais, nas iNºtituições particu- lares ainda se verificam políticas obscuras de planejamento de carreira docente, fortalecen- do a contratação de professores em regime horista e parcial, ao invés de integral. Verifica- se na Região Nordeste que 81,08% dos cursos possuem docentes em regime de trabalho em tempo integral ou de dedicação exclusiva, e dos 38 cursos existentes nesta região, 25 deles são públicos e apenas 13 são privados. GRÁFICO 6 - REGIME DE TRABALHO POR REGlÃO No tocante à produção acadêmica, ob- serva-se que a mesma é INºuficiente em 64,73% dos cursos avaliados (gráfico 7). GRÁFICO 7 - PRODUÇÃO ACADÊMICA A produção acadêmica em Condições INºuficientes também é coNºtatada quando se analisa a dependência administrativa dos cursos, principalmente nas iNºtituições mu- nicipais (73,91%), estaduais (70,97%), parti- culares (65,73%) e federais (47,37%), confor- me o gráfico 8. GRÁFICO 8 - PRODUÇÃO ACADÊMICA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA No entanto, quando se compara o re- gime de trabalho com a produção acadêmi- ca, nota-se que apenas 15,97% dos cursos de iNºtituições federais apresentam produ- ção acadêmica em Condições Muito Boas, não demoNºtrando coerência com o regime de trabalho, ou seja, em 92,11% das iNºti- tuições federais o regime de trabalho apre- senta Condições Muito Boas, isto é, profes- sores em regime de tempo integral ou em dedicação exclusiva. Também 87,10% dos docentes das iNºtituições estaduais possu- em regime de trabalho em Condições Muito Boas, o mesmo não ocorrendo com a p ro - dução acadêmica, pelo contrário, a produ- ção acadêmica das estaduais em 70,97% dos casos é INºuficiente, superando até as iNºti- tuições particulares. A iNºuficiência da p ro - dução acadêmica pode estar associada à titulação dos docentes em Condições INºufi- cientes, como apresentado nas iNºtituições estaduais e part iculares. Esses resultados podem estar associados com a pouca tradi- ção no desenvolvimento e publicação de es- tudos e pesquisas no campo da administra- ção, como também do modesto nível de co- nhecimento dos métodos e técnicas de pes- quisa por parte do corpo docente. Por essa razão, a produção acadêmica é INºuficiente em todas as regiões geográficas (gráfico 9). GRÁFICO 9 - PRODUÇÃO ACADÊMICA POR REGlÃO Quando se analisa a dependência admi- nistrativa dos cursos, observa-se que 59,46% dos cursos das iNºtituições federais apresen- tam Condições Muito Boas em relação à qua- lificação e ao regime de trabalho do coorde- nador do curso. As Condições INºuficientes em termos de qualificação e regime de trabalho do coordenador do curso (gráfico 11) são evi- denc iadas n a s iNº t i tu ições m u n i c i p a i s (82,61%), particulares (64,14%) e nas estadu- ais (58,07%). Percebe-se, deste modo, que os cursos de Administração, independentemente da região e da dependência administrativa, precisam ur- gentemente implementar políticas que incen- tivem os docentes a incrementar a produção acadêmica. Esta deve ser incentivada por meio do desenvolvimento de "cases empresariais" e de pesquisas deavaliação que possam ser traNºformados em artigos técnico-científicos e/ou que beneficiem os segmentos envolvidos, por meio da implementação de estratégias que venham a minimizar os problemas empresa- riais e da sociedade. Ainda, em 60,82% dos cursos de Admi- nistração, os coordenadores apresentam Con- dições INºuficientes pelo fato de não possuí- rem regime de trabalho acima de 20 horas, além da falta de titulação correspondente a mestrado e/ou doutorado (gráfico 10). GRÁFICO 10 - QUALIFICAÇÃO E REGIME DE TRABALHO DO COORDENADOR DO CURSO Analisando as regiões, verifica-se que 77,78% dos cursos existentes na Região Nor- te (gráfico 12) possuem coordenadores de curso com qualificação e regime de t raba- lho em Condições INºuficientes p a r a o gerenciamento dos cursos de graduação em Administração, seguidos pelos cursos das Regiões Sul (67 ,81%) , C e n t r o - O e s t e (67,65%), Nordes te (56,75%) e Sudeste (56,00%). GRÁFICO 12 - QUALIFICAÇÃO E REGIME DE TRABALHO DO COORDENADOR DO CURSO POR REGlÃO NORTE CMB 22,22% CI 77,78% -I Conclui-se que, em mais de 50% dos 352 cursos de Administração avaliados, o gerenciamento é feito por professores sem qualificação correspondente a mestrado e/ ou doutorado, com regime de trabalho com 30 horas ou mais. Isto é decorrente do nú - mero de cursos privados, ou seja, dos 352 cursos, 257 deles são privados, contribuin- do, de certo modo, para a efetivação de do- centes com mui to mais horas destinadas ao eNºino do que pa ra o desenvolvimento e implementação de estratégias com o intuito de melhorar os padrões de qualidade de eNºino do curso como um todo. Este dado foi coNºtatado pela maioria dos avaliadores que realizou in loco as avaliações das condições de oferta. Ainda, os avaliadores puderam coNºtatar que grande parte dos coordena- dores está mais envolvida com as atividades burocráticas do que com as atividades rela- tivas à melhoria da qualidade do eNºino e, principalmente, com o desenvolvimento de novas competências e habilidades dos seg- mentos envolvidos no processo. Assim, torna-se necessário que os cur- sos de graduação em Administração imple- mentem políticas que venham a incrementar cada vez mais os padrões de qualidade do cor- po docente, principalmente a titulação, regi- me de trabalho, produção acadêmica e quali- ficação, além do regime de trabalho do coor- denador do curso para que os mesmos pos- sam sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, marcado por traNºformações que estão requerendo um repeNºar dos cursos em relação à sua real contribuição para a so- ciedade e para o mercado. Os resultados gerais sinalizam para a ne- cessidade de revitalização e contínua atualiza- ção teórica e técnica das disciplinas ministra- das, por meio do permanente aperfeiçoamento e atualização acadêmica dos professores. Essas análises podem contribuir para se projetar, em cada caso, as possíveis composições ideais do corpo docente, de modo compatível com as ca- racterísticas dos cursos de Administração. É importante ressaltar que a Lei de Di- retrizes e Bases da Educação Nacional obriga as iNºtituições de eNºino superior, sem exce- ção, a informar aos candidatos dos cursos de graduação a qualificação dos docentes que neles a tuam (art. 47, § 1º). Estabelece ainda que um dos três requisitos básicos para uma iNºtituição ser coNºiderada universidade é ter "um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutora- do" (art. 52, inciso II). A qualidade do corpo docente, em sínte- se, tem sido universalmente coNºiderada in- dispeNºável, não apenas para desenvolver a produção científica das iNºtituições, mas tam- bém para garantir níveis mínimos de quali- dade e inovação permanentes no eNºino su- perior, mesmo nos cursos voltados exclusiva- mente para a formação profissional e técnica. Aliada a esta questão, a experiência profissio- nal de parte dos docentes pode ser tão neces- sária quanto a formação acadêmica obtida nos cursos de pós-graduação. B) Organização didático-pedagógica Em relação à dimeNºão da organiza- ção didático-pedagógica do curso com suas respectivas categorias (missão, objetivos, perfil profissiográfico, distribuição da car- ga horária segundo o currículo mínimo, al- terações curriculares, práticas pedagógicas inovadoras, práticas formais de avaliação, estágio supervisionado, processo de a u t o - avaliação, ementários e bibliografias), ob- serva-se, em termos gerais, que dos 352 cur- sos avaliados, apenas 13,91% apresentam a organização didático-pedagógica do curso em Condições Muito Boas (gráfico 13). Independentemente da dependência ad- ministrativa e da região geográfica, perce- be-se que os cursos de Administração tanto das iNºtituições públicas como das privadas apresentam percentuais expressivos de Con- dições Regulares no quesito em questão (grá- ficos 14 e 15). GRÁFICO 13 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA GRÁFICO 14 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA GRÁFICO 15 - ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA POR REGlÃO Os resultados indicam que a organiza- ção didático-pedagógica dos cursos de Admi- nistração, em geral, ainda está centrada ape- nas na definição de grades cur r icu la res dissociadas de um projeto pedagógico que con- temple as categorias de forma congruente (missão, objetivos, perfil profissiográfico, dis- tribuição da carga horária segundo o currí- culo minimo, alterações curriculares, práti- cas pedagógicas inovadoras, práticas formais de avaliação, estágio supervisionado, processo de auto-avaliação, ementários e bibliografias), ainda que estas tenham por finalidade o aper- feiçoamento significativo da política e da prá- tica gerencial trazendo, para o primeiro pla- no, a questão da qualidade de eNºino, nas di- meNºões política, social e técnica. Sob este prisma, o processo educativo deve estar voltado para a formação do aluno com competência técnico-científica e compro- misso social relativos aos serviços prestados pelas organizações à sociedade. Esse processo, por sua vez, deve representar o resultado de um conjunto de relações sociais com o conhe- cimento, compreendido no contexto social onde os cursos se encontram iNºeridos. Assim, o currículo do curso de Admi- nistração, iNºtrumento principal de veiculação do saber, tomado n u m a concepção ampla, como tudo o que acontece no curso e que afe- ta direta ou indiretamente o processo de traNº- missão, apropriação e ampliação do conheci- mento, deve ser coNºiderado como fonte de reflexão, análise e redefinição do Projeto Pe- dagógico para que os cursos possam: a) de- sencadear um processo de avaliação com o intuito de se explicitar qual o verdadeiro pa- pel social do curso de Administração, perante uma sociedade mais justa, democrática, m o - derna e exigente; b) ampliar os níveis de qua- lidade do eNºino do curso mediante a análise, revisão e recoNºtrução do currículo; c) definir uma política acadêmica globalizadora que possibilite na práxis pedagógica a integração dos aspectos teóricos e práticos e d) redefinir a sua organização didático-pedagógica, com vistas a uma melhor adequação às expectati- vas e necessidades sociais, políticas e econô- micas da atual conjuntura. C) INStalações No que se refere às iNºtalações, em ter- mos gerais, para funcionamento dos cur- sos de Adminis t ração, pôde-se coNºtatar pelos resultados obtidos que 35,5 7% apre- sen tam iNºtalações em Condições Mui to Boas. Apenas 8,75% dos cursos avaliados apresentam iNºtalações em Condições INºuficientes (gráfico 16). GRÁFICO 16 - INºTALAÇÕES GRÁFICO 1 7 - INºTALAÇÕES POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA No que se refere às categorias espaço fí- sico disponível adequado ao número de alu- nos porturma, iluminação e ventilação, iNº- talações sanitárias, iNºtalações especiais, con- vênios e planos de expaNºão, observa-se que as iNºtituições particulares (36,65%) possu- em Condições Muito Boas, seguidas pelas es- taduais (29,03%). A Região Nordeste (24,32%) é a que apresenta percentuais mais expressivos de iNºtalações em Condições INºuficientes. No- v a m e n t e , os r e s u l t a d o s p o d e m ser influenciados pela dependência administrativa, já que nesta região, dos 38 cursos existentes, 25 deles são públicos (gráficos 17 e 18). GRÁFICO 18 - INºTALAÇÕES POR REGlÃO Portanto, quando são levadas em conta as categorias acervo bibliográfico de livros e número de computadores, notamos que as iNºtituições particulares (55,78%) apresentam o acervo (livros) em Condições Muito Boas, seguidas pelas municipais (47,83%), federais (44,74%) e pelas estaduais (41,94%). Os cur- sos localizados na Região Sul (58,62%) apre- sentam Condições Muito Boas em termos de acervo (livros) para atender às necessidades dos seus públicos internos e externos. Por ou- tro lado, 44,12% dos cursos das Regiões Cen- tro-Oeste e Norte apresentam Condições INºuficientes em termos de acervo (livros), ou seja, os cursos de Administração da referida região possuem menos de 1.000 títulos de li- vros. O acervo em Condições INºuficientes é decorrente da indefinição de políticas de aqui- sição que mantenham a atualização sistemá- tica do acerco das bibliotecas, de forma geral. Em muitos casos, também se observou in loco que não estão previstos nos orçamentos da maioria dos cursos recursos destinados para a modernização da biblioteca, bem como para o incremento do acervo. Não basta os cursos de Administração possuírem bibliotecas com um número expressivo de livros. Os cursos precisam adotar políticas de aquisição que as- segurem a diversificação do acervo, por cam- po de conhecimento ou matéria, para atender às necessidades de seus públicos internos e ex- ternos, por meio de orçamento próprio e/ou pelo estabelecimento de parcerias com o setor produtivo para que ambos possam tirar pro- veito do que é publicado. Já no que se refere ao número de com- putadores, coNºtatou-se que as iNºtituições particulares (56,97%) apresentam Condições Mui to Boas, seguidas pelas munic ipa i s (47,83%), pelo fato de as mesmas apresenta- rem um número expressivo de recursos infor- macionais para atender às necessidades dos seg- mentos envolvidos no processo. A Região Su- deste (56,00%) possui o maior número de com- putadores e de laboratórios de informática, se- guida pela Região Sul (50,57%). O maior nú- mero de computadores é resultante da concen- tração de cursos privados nestas regiões, como também do número de cursos de Administra- ção com habilitação em Gestão da Informação para atender às demandas do mercado. Em síntese, afirma-se que, além da qua- lidade do corpo docente e da organização didá- tico-pedagógica do curso, comentadas anteri- ormente, as iNºtalações também podem influ- enciar os níveis de qualidade de eNºino dos cur- sos de Administração, já que estas dimeNºões não podem ser verificadas de modo estanque ou dissociadas umas das outras. Por esta ra- zão, o Projeto Pedagógico do curso deve englo- bar indicadores internos e externos, com o in- tuito de se assegurar o incremento dos seus níveis de qualidade. Enfatiza-se, assim, que em muitos cursos de Administração ainda não se verifica o desenvolvimento de ações de forma sinérgica em prol da melhoria da qualidade do curso como um todo. Muitas ações ainda es- tão sendo implementadas de forma isolada sem nenhuma relação com o todo do curso. Nesse caso, não basta os cursos apresentarem Con- dições Muito Boas em termos de corpo docente e iNºtalações quando os mesmos não têm defi- nido o tipo de egresso que querem colocar no mercado. As iNºtalações, tais como acervo e/ ou computadores, por exemplo, devem estar em sintonia com as práticas pedagógicas leva- das em conta pelo curso; caso contrário, o acer- vo de l ivros, como os l abora tó r ios de informática, podem demoNºtrar uma realida- de sem utilidade e aplicabilidade. ANEXO II - RELATÓRIO SÍNTESE DA AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE DIREITO Introdução A análise que se segue é o resultado das visitas das Comissões de Avaliadores às INºti- tuições de ENºino Superior que ministram cur- sos de graduação em Direito, já reconhecidos pelo MEC, com o objetivo de levantar indica- dores das condições de oferta desses cursos. O iNºtrumento utilizado nas visitas con- templa os seguintes grupos de indicadores de avaliação: a) Qualificação do corpo docente - regi- me de trabalho, titulação acadêmica, experiência docente e profissional, po- lítica de qualificação e produção aca- dêmica e profissional, etc. b) Organização didático-pedagógica - projeto pedagógico do curso, pesqui- sa e produção científica, núcleo de prática jurídica, atividades perma- nentes de exteNºão, etc. c) INºtalações - iNºtalações físicas, bibli- oteca, recursos computacionais, iNº- talações para a prática jurídica, etc. O iNºtrumento de avaliação foi elaborado pela Comissão de Especialistas do ENºino de Di- reito - CEED, com a participação da comunida- de acadêmica da área do direito e da Comissão de ENºino Jurídico do CoNºelho Federal da Or- dem dos Advogados do Brasil. Como todo iNºtrumento de avaliação, ele é susceptível de aperfeiçoamentos. No entanto, de uma maneira geral, os seus resultados refle- tem o panorama atual das condições de eNºino nos cursos de graduação em Direito no país. Foram avaliados 194 cursos de Direito, assim distribuídos: A) Qualificação do corpo docente Um panorama geral do grupo de indica- dores sobre o corpo docente revela uma situa- ção bem desfavorável do conjunto dos cursos de Direito do país. Mais de 60% dos cursos re- ceberam, neste indicador, conceitos que vari- am de CI (Condições INºuficientes) a CR (Con- dições Regulares). Apenas 7,77% dos cursos re- ceberam conceito CMB (Condições Muito Boas). CORPO DOCENTE - BRASIL Por região geográfica, verifica-se uma si- tuação de relativo equilíbrio entre as Regiões Sui, Sudeste e Nordeste, com cerca de 60% dos cursos variando de INºuficiente a Regular (CI a CR). Na Região Centro-Oeste, este percentual é um pouco menor, em torno de 55%; e na Região Norte, o percentual é bem pior, cerca de 76%. Distribuição por dependência administrativa lAi&A^H 35 ESTADUAL 13 18 PAL PARTICULAR 128 Distribuição por região NORTE 13 NORDESTE 25 SUDESTE 89 SUL 49 CENTRO-OESTE 18 CORPO DOCENTE POR REGlÃO As federais e estaduais, nessa ordem, des- tacam-se como as que receberam as melhores notas. Aproximadamente 66% dos cursos das particulares receberam conceitos variando de INºuficiente a Regular. As municipais tiveram um grande percentual (cerca de 61%) de con- ceito Regular. CORPO DOCENTE - POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA REGIME DE TRABALHO Em regime de trabalho, as iNºtituições federais, estaduais e municipais, nessa ordem, apresentaram os melhores índices. Em geral, verificou-se que em 48% dos cursos de Direito do país o indicador regime de trabalho rece- beu conceito variando de INºuficiente a Regu- lar, o mesmo acontecendo com o indicador titulação acadêmica (cerca de 67% dos cursos). Na maioria dos cursos de Direito do país, o regime de trabalho é horista e com poucos docentes com titulação de mestre ou de dou- tor. Há pouca disponibilidade de tempo para as atividades extraclasse, principalmente a pesquisa e a exteNºão. A produção científica reflete esta situação. REGIME DE TRABALHO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA TITULAÇÃO ACADÊMICA TITULAÇÃO ACADÊMICA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA PRODUÇÃOCIENTÍFICA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA B) Organização didático-pedagógica Em termos gerais, a organização didáti- co-pedagógica dos cursos de Direito do país também não é boa. Mais de 55% dos cursos variaram de INºuficiente a Regular. MUNICIPAL CB 27,78% \ CMB 22,22% ci 11,11% CR 38,89% Destacamos alguNº pontos específicos. O estágio desenvolvido pelo núcleo de prática jurídica cumpre o seu papel em boa parte das iNºtituições (mais de 70%), porém em cerca 17% dos cursos as condições são iNºuficientes. Conforme demoNºtram os relató- rios das Comissões Avaliadoras, os cursos de Direito estão apenas começando a implantar uma estrutura adequada para os núcleos de prática jurídica. Muito ainda deve ser feito nes- se sentido. Com respeito à estrutura curricular dos cursos de Direito do país, a situação é bem pior. Mais de 54% dos cursos variaram de INºuficiente a Regular, mostrando que as dire- trizes curriculares coNºtantes da Portaria MEC Nº 1.886/94 ainda não foram satisfatoriamen- te atendidas. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ESTÁGIO/NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA ESTRUTURA CURRICULAR Na organização didático-pedagógica, as federais tiveram o melhor desempenho, com cerca de 60% dos cursos variando de Bom (CB) a Muito Bom (CMB). As particulares ficaram em segundo lugar, com cerca de 43% dos cur- sos variando de Bom a Muito Bom. Novamen- te, as municipais tiveram um alto índice de conceito Regular (50% dos cursos). ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA C) INºtalações Se em corpo docente e organização didá- tico-pedagógica a situação dos cursos de Di- reito do Brasil é desfavorável, em iNºtalações a situação é relativamente diferente. A maior parte dos cursos (cerca de 60%) apresenta con- ceito variando de Bom a Muito Bom. No en- tanto, há ainda um alto percentual de cursos com iNºtalações iNºuficientes (cerca de 24%). INºTALAÇÕES Por dependêncía administrativa, a situ- ação de iNºuficiência das iNºtalações dos cur- sos de Direito mostra-se completamente dife- rente. As federais, estaduais e municipais, nes- sa ordem, apresentaram os piores índices. Ape- nas cerca de 19% das particulares tiveram con- ceito INºuficiente. As Regiões Sudeste e Sul apresentam pra- ticamente a mesma situação e são as que estão em melhores condições. A Região Norte encon- tra-se em situação melhor que as Regiões Cen- tro-Oeste e Nordeste. A Região Nordeste apre- senta 48% dos cursos com iNºtalações iNºufici- entes e a Região Centro-Oeste não possui ne- nhum curso com conceito Muito Bom (CMB) em iNºtalações. INºTALAÇÕES - POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA INºTALAÇÕES - POR REGlÃO ANEXO III - RELATÓRIO SÍNTESE DA AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL Introdução Conforme disposto no Decreto Nº 2026, de 10 de outubro de 1996, que estabelece os procedimentos de avaliação dos cursos e iNº- tituições de eNºino superior, e obedecendo à determinação ministerial, a Secretaria de Edu- cação Superior do MEC solicitou à CEEENG que procedesse à verificação das condições de oferta dos cursos de Engenharia abrangidos pelo ENC. O presente relatório objetiva a divulga- ção e a análise do resultado dos indicadores das condições de oferta dos cursos de Enge- nharia Civil. Os indicadores supramencionados fo- ram definidos pela Comissão de Especialistas de ENºino de Engenharia (CEEENG) e siste- matizados na forma de um roteiro, a ser apli- cado por coNºultores ad hoc em visita às iNº- tituições. Dentre os indicadores definidos, listam-se: • projeto do curso, destacando-se a sua concepção, controle e estrutura; • administração acadêmica do curso, incluindo-se a sua coordenação, bem como sua infra-estrutura física e de pessoal de apoio administrativo; • corpo docente, em aspectos tais como: sua formação acadêmica e profissio- nal, seu regime de trabalho, produ- ção acadêmica e profissional, bem como a política de qualificação docen- te da IES; • biblioteca, em aspectos tais como qua- lidade e adequação do acervo, espaço físico e serviços disponibilizados; • infra-estrutura física, compreenden- do laboratórios, salas de aula e iNºta- lações gerais; e • equipamentos e materiais, avaliando- se a sua disponibilidade e qualidade. O processo avaliativo, objeto do presen- te relatório, desenvolveu-se no período com- preendido entre setembro de 1997 e setem- bro de 1998. Os avaliadores permaneceram dois dias em média em contato com a comu- nidade acadêmica da iNºtituição, incluindo docentes, discentes e funcionários, bem como u m a análise in loco dos indicadores su- pramencionados . A aplicação do iNºtrumento foi precedi- da de medidas preparatórias, dentre as quais citam-se: • verificação da coNºistência do iNºtru- mento por meio de sua aplicação pi- loto em duas iNºtituições, com dis- tintos perfis acadêmicos, metodolò- gicamente selecionadas para tal; • socialização de informações e concei- tos, por meio da realização de dois se- minários preparatórios com a parti- cipação de aproximadamente trinta coNºultores, componentes das Comis- sões de Avaliadores; • divulgação às IES da natureza do pro- cesso e dos indicadores de qualidade a serem avaliados, bem como do mate- rial e das informações a serem disponi- bilizados para a avaliação; e • articulação com as IES do período das visitas. Qualificação da metodologia adotada Trata-se de avaliação externa e, como tal, tem entre seus aspectos enriquecedores a pos- sibilidade de levar à iNºtituição avaliada a lei- tura de sua realidade com base em referencial exógeno, próprio de experiência - vivência - do avaliador, agregando valores outros que não o da IES avaliada. A CEEENG coNºidera que a diversidade de leituras e enfoques sobre uma mesma questão é enriquecedora, estimu- lando a discussão e a busca de alternativas, dinamizando a evolução do processo de eNºi- no-aprendizagem. Uma equipe composta por mais de sessenta avaliadores, oriundos das mais diversas iNºtituições, participou da ava- liação supramencionada. Apresentação dos resultados O processo de avaliação inclui três as- pectos fundamentais que podem ser sinteti- zados em: • qualificação do corpo docente • organização didático-pedagógica • iNºtalações Os resultados do processo avaliativo fo- ram sintetizados e explicitados na forma de conceitos: CMB -Condições Muito Boas CB -Condições Boas CR -Condições Regulares CI -Condições INºuficientes A ava l i ação a b r a n g e um un ive r so coNºtituído por 105 cursos de Engenharia Civil, cujas distribuição geográfica e relação de dependência administrativa são descritas nos gráficos da tabela 1. A lei tura da tabela 1 revela impor- tantes assimetrias inter-regionais no que se refere ao número e à dependência ad- minis t ra t iva das iNºtituições. A origem e a história dessas diversas classes de IES re- su l ta ram em diferenças interiNºtitucionais que poderão influir de modo marcan te na leitura e na interpretação dos resul tados do presente t rabalho. Pode-se observar, por exemplo, que nas Regiões Sudeste e Sul há predominância de iNºtituições privadas de eNºino de Engenharia Civil; a presença de iNºti tuições de eNºino munic ipa i s nes ta área é observada apenas nas Regiões Sul e Sudeste. A) Qualificação do corpo docente A avaliação do corpo docente inclui a análise da titulação, a experiência profissio- nal, a produção acadêmica, o regime de tra- balho e a política de qualificação das IES. Os gráficos 1, 2 e 3 permitem uma comparação de desempenho quanto ao corpo docente. Vê- se, claramente, que no conjunto dos cursos avaliados no país predomina o conceito CR para a dimeNºão qualificação do corpo do- cente. Nos cursos submetidos à avaliação,
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