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PSICOLOGIA aula 1 exercicios

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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
Aula 1 - Exercícios
A Psicologia do Desenvolvimento tem objetivos e métodos bem definidos. Sobre os mesmos, pode-se afirmar que seus objetivos procuram descrever quanto possível as funções psicológicas das crianças, em diferentes idades, e descobrir como tais funções mudam com a idade, bem como, descobrir quando e como cada tipo de comportamento vai aparecendo.
Quando um aluno foi encaminhado à avaliação psicopedagógica para que fossem analisados seus processos de aprendizagem e desenvolvimento, com vistas a descobrir as possíveis causas do seu baixo rendimento escolar. O resultado da avaliação indicou que a criança estava sofrendo bullying na escola, razão a qual dificultava o processo de aprendizagem. Esta situação, se analisada à luz da teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow, pode ser justifica considerando que a aprendizagem não se edifica porque a motivação da criança para a aprendizagem está comprometida no nível da necessidade social.
A famosa hierarquia de necessidades de Maslow, proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow, baseia-se na idéia de que cada ser humano esforça-se muito para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Segundo esta teoria, cada indivíduo tem de realizar uma “escalada” hierárquica de necessidades para atingir a sua plena auto-realização.
A hierarquia de necessidades de Maslow
Para tanto, Maslow definiu uma série de cinco necessidades do ser, dispostas na pirâmide abaixo e explicadas uma a uma a seguir:
Onde existem as necessidades primárias (básicas) que são as fisiológicas e as de segurança e as necessidades secundárias, que são as sociais, estima e auto-realização. Abaixo a explicação de cada uma delas:
1 – Necessidades fisiológicas: São aquelas que relacionam-se com o ser humano como ser biológico. São as mais importantes: necessidades de manter-se vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais, etc.
No trabalho: Necessidade de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de trabalho etc.
2 – Necessidades de segurança: São aquelas que estão vinculadas com as necessidades de sentir-se seguros: sem perigo, em ordem, com segurança, de conservar o emprego etc. No trabalho: emprego estável, plano de saúde, seguro de vida etc.
No trabalho: Necessidade de estabilidade no emprego, boa remuneração, condições seguras de trabalho etc.
3 – Necessidades sociais: São necessidades de manter relações humanas com harmonia: sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber carinho e afeto dos familiares, amigos e pessoas do sexo oposto.
No trabalho: Necessidade de conquistar amizades, manter boas relações, ter superiores gentis etc.
4 – Necessidades de estima: Existem dois tipos: o reconhecimento das nossas capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros da nossa capacidade de adequação. Em geral é a necessidade de sentir-se digno, respeitado por si e pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho etc. Incluem-se também as necessidades de auto-estima.
No trabalho: Responsabilidade pelos resultados, reconhecimento por todos, promoções ao longo da carreira, feedback etc.
5 – Necessidades de auto-realização: Também conhecidas como necessidades de crescimento. Incluem a realização, aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima: a autonomia, a independência e o auto controle.
No trabalho: Desafios no trabalho, necessidade de influenciar nas decisões, autonomia etc.
A educação nos acompanha por toda a vida. A todo o momento estamos aprendendo, ensinando, nos educando e participando da educação de alguém. Assim, a educação é um processo que guarda múltiplas dimensões: pessoal, social, econômica, política, filosófica. Diz respeito a processos individuais e coletivos de aprendizagem, diz respeito as diversas culturas, e histórias de vida. Nesse sentido, responder sobre o conceito de aprendizagem não é tarefa fácil e considera-se que os alunos apresentem diversos saberes e ritmos cognitivos e que, portanto, devem ser respeitados seu tempo de aprendizagem.
No período operatório formal, A criança já consegue ter noção da conservação de líquido, volume e massa. Consegue ter reversibilidade no pensamento e usa explicações causais para compreender os fatos. E lida com o pensamento abstrato em sua plenitude. 
Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a, basicamente, em 4 estados, que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET, 1975). Essas 4 fases são:
 • Sensório-motor (0 – 2 anos); 
Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio (LOPES, 1996). Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo (MACEDO, 1991). As noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma inteligência essencialmente prática. 
Conforme MACEDO (1991, p. 124) é assim que os esquemas vão "pouco a pouco, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais complexa." O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento. 
Exemplos: O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.
• Pré-operatório ( 2 – 7,8 anos); 
É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível graças à função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
Contudo, MACEDO (1991) lembra que a atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas.
A criança deste estágio: 
• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro. 
• Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês"). 
• Já pode agir por simulação, "como se". 
• Possui percepção global sem discriminar detalhes. 
• Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos: Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.
• Operatório-concreto ( 8 – 11 anos); 
Neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.
 Exemplos: Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
• Operatório-formal (8 – 14 anos);
É neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agoraa criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade. 
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. 
Exemplos: Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
As observações longitudinais são efetuadas durante um longo período de tempo, empregando sempre os mesmos sujeitos.
Equilibração é o fator fundamental que intervém no desenvolvimento intelectual, de acordo com Piaget.
Pensando na juventude x projeto de vida, Piaget (apud Bock, p. 125) afirma que ¿a personalidade começa a se formar no final da infância, entre 08 e 12 anos, com a organização autônoma das regras, dos valores e a afirmação da vontade. Esses aspectos subordinam‐se num sistema único e pessoal e vão se exteriorizar na construção de um projeto de vida, que irá nortear o indivíduo em sua adaptação ativa à realidade, por meio de sua inserção no mundo do trabalho ou na preparação para ele. De acordo com o desenvolvimento da personalidade por Piaget, afirmasse que no processo juventude x projeto de vida não ocorre um equilíbrio entre o real e os ideais do indivíduo, isto é, de revolucionário, no plano das ideias, ele se torna transformador, no plano da ação. Contudo, os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a proximidade da vida adulta.

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