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RESENHA EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO, SINDICALISMO E A FLEXIBILIZAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS NO BRASIL

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*Discente na Faculdade Alfredo Nasser no curso de Ciências Contábeis. 
 EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO, SINDICALISMO E A 
FLEXIBILIZAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS NO BRASIL 
Rafaela Ferreira Lopes* 
 
A formação histórica da política trabalhista advém das grandes indústrias no século 
XVIII essa linhagem cronológica foi fundamental para criar evidencias e pretextos das 
necessidades inspirando o pensamento e a expansão política. A partir de 1930 no Brasil inicia-
se o desenvolvimento do direito do trabalho e o sindicalismo que ainda é moldada a partir das 
necessidades dos trabalhadores e empregadores, mas a flexibilização tende a limitar algumas 
normas. 
Em 1930 no governo Getúlio Vargas foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e 
Comércio (Dec. n. 19.433) com o intuito de proteção ao trabalhador onde surgiu a Lei dos 
dois Terços nesta mesma década estabeleceram a Carteira Profissional. Com o inicio do 
sindicalismo no exterior veio também influenciar o pensamento dos trabalhadores, 
consequentemente o Estado tomou uma posição sobre esse movimento que tinha intuito de 
melhorar as condições de trabalho com a concretização da justiça social. Fatos marcantes 
ocorridos no governo de Getúlio Vargas foram cruciais para influenciar a expansão do 
sindicalismo no Brasil. Em agosto de 1932 foi instituída a legalização do direito de 
convenções coletivas de trabalho (Dec. n. 21.761). 
Os sindicatos funcionavam em defesa dos seus associados e também na coordenação 
dos deveres dos trabalhadores e empregadores. A partir de 1937 o País adotou ao 
corporativismo italiano através da Carta Constitucional onde os sindicatos permaneciam sobre 
controle do estado sendo assim órgãos de colaboração do Estado. Os sindicatos dividiam-se 
entre os empregados e os empregadores, ou seja, eram órgãos bilaterais. Ainda no ano de 
1937 através dos princípios de exercer fiscalização e a união de cada órgão e garantindo suas 
respectivas representações instituiu-se o Conselho da Economia Nacional composto por 
vários representantes dos ramos da produção nacional. 
Com o crescimento das leis trabalhistas de cada profissão consequentemente 
prejudicou as profissões que não tinham proteção legal. A Lei primeira a ser aplicada foi dos 
industriários e comerciários que os assegurou diversos direitos. Com essas divergências das 
normas das profissões o Governo reuniu leis do direito individual, coletivo e o processual do 
trabalho, porem acrescentou inovações aproximando-se de um verdadeiro código, mas não 
acrescentou sobre a previdência social e acidentes de trabalho. Em 1° de maio de 1943 foi 
promulgada pelo Decreto-lei n. 5.452 a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
Com a reformulação econômica 1964 as leis trabalhistas sofreram mudanças de caráter 
econômico para as metas prioritárias, os trabalhadores teriam que seguir e atingir metas onde 
repercutiu o combate a inflação. Em 1966 foi instituído pela Lei n. 5.107, o Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço com a função de captar recursos e garantir indenização para 
emergências e ajuda de custo para saúde e habitação. Com a Lei complementar n. 7 de 1970, 
instituiu o Programa de Integração Social, seu objetivo é a integração do empregado do setor 
privado com o desenvolvimento da empresa. 
A aprovação de uma nova Constituição, 5 de outubro de 1988 veio a modificar alguns 
aspectos no sistema jurídico em relação ao trabalho. Com essa modificação veio a 
classificação de novos princípios o primeiro concedeu a livre criação dos sindicatos sem a 
intervenção do Estado, o segundo estabeleceu que os sindicatos tivessem a liberdade de 
praticar atos de interesse interno. O direito de greve também foi assumido tendo uma 
limitação com o abuso de direito que o movimento se responsabiliza pelos suas respectivas 
infrações. 
Outra vertente de suma importância no direito do trabalho foi o garantismo que 
assegurou os trabalhadores dos seus direitos quanto de cidadão quanto de trabalhador de 
acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho. Com a proibição de discriminação, apoio 
aos portadores de deficiência e licença maternidade. As condições justas para o trabalhador 
ainda não é possível por diversas razões o Estado tem moderado o seu papel, referente as 
normas de defesa do trabalhador. 
A flexibilização do direito do trabalho busca a mudança da legislação trabalhista que 
está estabilizado nos dispositivos legais. Sendo que o conteúdo normativo sofrerá diminuição 
da proteção da classe trabalhadora beneficiando os empregadores, ou seja, as empresas 
precisam crescer e impulsionar a economia. 
Por sua vez, Antero Arantes Martins, afirma que “a flexibilização não é um instituto 
jurídico, e sim uma reação do subsistema jurídico a uma provocação de outros subsistemas, 
principalmente o econômico e o social [...]. Pode-se dizer, assim, que flexibilização é a ação 
de flexibilizar, de tornar flexível, ou seja, de minimizar a rigidez das normas do Direito do 
Trabalho no campo em que estiver atuando”. Esta minimização de rigidez das normas na 
verdade é um retrocesso, pois o Direito do Trabalho vai reduzir a proteção do trabalhador 
ajustando-se nos preceitos impostos pela realidade econômica, politica e social do país. 
Conclui-se que todo o aparato instituído para os trabalhadores esta sendo infringido e 
veem a exploração da força de trabalho com a riqueza econômica e não de acordo com as 
necessidades do trabalhador. No entanto há que afirme que a rigidez das normas de proteção 
*Discente na Faculdade Alfredo Nasser no curso de Ciências Contábeis. 
retrai o crescimento econômico e diminui o número de empregos formais. Ocorre que não se 
pode pensar em desenvolvimento nacional ou mesmo no aumento das taxas de emprego, sem 
a preservação da dignidade humana. É preciso garantir aos trabalhadores condições 
satisfatórias de trabalho para que ambos possam obter seus direitos e cumprir seus deveres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
MASCARO, Amauri. Curso de Direito no Trabalho. 26. Ed. São Paulo: Saraiva, 
2011. 
MARTINS, Antero Arantes. A oposição entre a flexibilização e o princípio da 
norma mais favorável ante a crise de efetividade do Direito do Trabalho brasileiro. 
Revista da Amatra II, n° 7, p. 5-12, out. 2002. p. 6. 
SÃO PEDRO, Bruno Lessa Pedreira. Flexibilização do Direito do Trabalho: 
avanço ou retrocesso?. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVI, n. 111, 
abr2013.<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&a
rtigo_id=12742&revista_caderno=25>. Acesso em set 2014.

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