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Aula 01
SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 175 CF e Art. 21, XI da CF.
	Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
Descentralização - Art. 10 DL 200/67
Opção política – transferência de serviço público
Outorga legal
Delegação negocial
Na outorga legal:
Autarquias e Fundações Públicas exercem funções típicas do estado
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (personalidade jurídica de direito privado) – objetivam lucro
Delegação negocial:
É a transferência de serviços feita pelo poder concedente titular do serviço precedido de licitação a preço certo e remunerado pelas tarifas pagas pelo usuário. As delegatárias do serviço são empresas privadas meramente executoras, mas que prestam serviço por sua conta e risco, tendo responsabilidade civil objetiva por todos os danos causados durante o prazo contratual.
Ex: Concessionárias permissionárias de serviços públicos, conforme Lei nº 8.987/95.
Conceito de serviço público
Serviço público é a atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente as necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público.
O art. 10 da Lei 7.783/89 define os serviços essenciais:
	Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI compensação bancária.
Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Divisão de competências entre os entes federados
Competência comum – Art. 23 (União e Estados)
Competência federativa – Art. 21 a 23 (União)
Art. 23 a 25 (Estados)
Art. 30 (Municípios)
PRINCÍPIOS:
Princípio da generalidade (ou da igualdade entre os usuários)
Esse serviço exige que os serviços públicos sejam prestados com a maior amplitude possível e sem discriminação entre os beneficiários quando eles tenham as mesmas condições técnicas e jurídicas para sua fruição (idem, ibidem).
A Lei 8.987/95, todavia, permite que as tarifas possam ser diferenciadas de acordo com as características técnicas e os custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
Princípio da modicidade das tarifas
Já que os serviços públicos devem ser acessíveis a todos, seu custo deve ser módico, adequado ao poder aquisitivo do particular, evitando a excessiva oneração daqueles que querem usufruir o serviço público.
Princípio da mutabilidade
Pode modificar/alterar o serviço para melhor atender ao usuário. O poder concedente, titular do serviço tem a prerrogativa de alterar unilateralmente a prestação do serviço para melhor adequação aos anseios do usuário. Contudo, havendo alteração que altere o equilíbrio econômico e financeiro da empresa, o poder público deve por aditamento reestabelecer tal equilíbrio, conforme art. 58 c/c art. 65 da Lei nº 8.666/93.
Princípio da continuidade ou permanência do serviço
Art. 6º, §1º, Lei nº 8.987/95
Art. 22 do CDC
Este princípio é a regra, mas se houver inadimplemento por parte do usuário o serviço pode ser interrompido.
1ª Corrente – Legalista – o serviço pode ser interrompido, bastando apenas ser avisado. Art. 6º, § 3º, II L. 8.987/95.
2ª Corrente - Humanista – se o usuário estiver em situação de vulnerabilidade e comprovar que depende da manutenção do serviço para manutenção de sua vida (situação de saúde) este deverá fazer o requerimento administrativo ou judicial no sentido de que a empresa venha a se abster de realizar o corte, com fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana.
Não se pode invocar a exceptio non adimplenti contractus
Tipos de Serviços
Serviços Delegáveis – são aqueles que o titular poderá prestá-lo de forma direta e centralizada, ou se houver previsão na legislação, poderá transferi-lo através de um contrato administrativo para uma delegatária de serviço público.
Ex: energia elétrica, transporte coletivo.
Serviços Indelegáveis – são aqueles que somente o ente federativo poderá prestá-lo com fundamento na soberania nacional, segurança pública, em razão das funções precípuas do estado.
Ex: Forças Armadas, Poder Judiciário, Emissão de Moeda e o Serviço de Correios e Telégrafos.
Remuneração dos Serviços Públicos:
Gratuitos – são os serviços custeados com arrecadação de impostos.
Tarifas – o valor da tarifa é definido pelo valor da proposta vencedora no processo licitatório. Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, conforme art. 9º da Lei 8.987/95.
Pode ocorrer reajuste e revisão, o reajuste não é aumento é recomposição de perda.
Reajuste – é mera recomposição de perdas inflacionárias. Trata-se de atualização monetária e depende de cláusula contratual expressa definindo o mês e o índice a ser realizado.
Revisão – depende de fato novo, superveniente à assinatura do contrato, portanto independe de cláusula contratual. Por força do princípio da mutabilidade, o poder concedente pode alterar cláusulas contratuais e a concessionária terá em seu favor direito à majoração da tarifa com fundamento no equilíbrio econômico e financeiro do contrato. É possível a revisão desde que haja compensação.
Recursos Alternativos
O poder concedente poderá impor nos contratos a favor da concessionária outras fontes de receita que deverão ser levadas à planilha de custos para o fim de prestigiar a modicidade das tarifas, conforme art. 11, parágrafos da lei nº 8.987/95.
Ex: propagandas em ônibus, barcas...
Contudo, esses valores devem ser incluídos na planilha de custos a fim de melhorar o serviço.
Empresa pediu revisão da tarifa alegou que as demais empresas na licitação cobravam valores muito mais altos. Ela diz que 1 (um) ano após houve muitos buracos na via. Não houve alteração nas condições do contrato.
Serviços uti singuli (ou individuais) – São os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário, como ocorre com os serviços de telefonia, água e energia domiciliares. Podem ser remunerados mediante utilização individual de cada cidadão.
Serviços uti universi (ou gerais) – São os prestados à coletividade, sem usuários determinados, como os serviços e calçamento de ruas e saneamento.
Aula 02_07/03/18
Concessão de Serviços Públicos
Fonte normativa – art. 175 CF
		 Lei nº 8.987/95
É a delegação negocial firmada por contrato administrativo pelo poder concedente de certo serviço público à pessoa jurídica ou consórcio de empresas, por prazo certo e remunerada pelo sistema de tarifas pagas pelo usuário.
Características:
Poder Concedente: Ente federativo titular do serviço – art. 2º, I (Lei 8987/95).
O procedimento licitatório é obrigatório (modalidade concorrência). Art. 14
Supremacia do poder concedente – por força do princípio da mutabilidade e das cláusulas exorbitantes a administração pública poderá alterar unilateralmente o contrato.
Intervenção do poder concedente – é prerrogativa estatal intervir na concessão para o fim de adequar a prestação de serviço dos anseios do usuário. A intervenção é feita por decreto que deverá conter:
1. o nome do interveniente
2. o prazo e os limites da intervenção
Após a publicação do decreto deve ser instaurado procedimento administrativo garantindoampla defesa à concessionária. Ao final da intervenção o serviço poderá ser devolvido à concessionária ou o contrato será extinto por caducidade, nos termos do art. 32 ao 34 da Lei nº 8.987/95.
OBS: a interrupção é um ato discricionário do Poder Executivo.
Relação Contratual: a relação é personalíssima, tendo em vista que a empresa demonstrou a capacidade técnica, jurídica e financeira e deve prestar o serviço por sua conta e risco, conforme art. 29, II c/c Art. 25.
Exceções:
1. Subcontratação – a concessionária poderá contratar terceiros para prestarem serviços acessórios do serviço concedido (não se trata de atividade fim e sim de atividade meio). A relação entre a concessionária e a terceirizada realizar-se-á por normas de direito privado. Portanto a escolha independe de licitação, conforme art. 25, § 2º e §3º. Responde perante à concessionária.
2º Subconcessão – a concessionária pode transferir parcela do serviço concedido à empresa privada (subconcessionária). A empresa deverá prestar o serviço adequado e cumprir todas as regras do contrato primário, a escolha desta empresa depende de licitação na modalidade concorrência e autorização do Poder Executivo. Responde perante a Administração
3º Transferência Total – se a concessionária perde capacidade técnica, jurídica ou financeira poderá transferir o contrato para outra concessionária mediante anuência do Poder Público. A nova empresa deve se comprometer a cumprir o prazo e todas as cláusulas, do contrato em vigor, conforme art. 27.
É vedada cláusula de exclusividade na exploração do serviço, conforme art. 16.
Desapropriação
1ª Fase – Declaratória – Incumbe ao Poder Público declarar os bens necessários para fins de desapropriação (a execução do serviço).
A desapropriação é formalizada por decreto e deve conter os motivos, seja de utilidade pública, interesse social ou necessidade pública.
2ª Fase – Executória – Incumbe à concessionária (art. 31, VI, 8.987/95 c/c art. 3º Decreto 3.365/41) promover a ação judicial destinada à desapropriação e ainda executar os atos necessários, para a prestação do serviço, sendo esta necessária pelo pagamento das indenizações cabíveis.
Política tarifária – as tarifas pagas pelos usuários servem para amortizar os investimentos realizados pela concessionária. Os contratos deverão prever cláusulas de reajuste para fim de prestigiar o equilíbrio econômico financeiro contratual.
Bens irreversíveis – É cláusula essencial do contrato a indicação dos bens reversíveis conforme art. 23, X. Extinto o contrato haverá imediata assunção do serviço e retorna ao Poder Público todos os bens, direitos e privilégios concedidos.
Formas de Extinção do Contrato de Concessão
1º Advento do termo contratual
2º Encampação – É a retomada da prestação do serviço pelo Poder Concedente por razões de interesse público devidamente fundamentado. A encampação depende de lei autorizativa e a indenização será calculada pelos investimentos realizados ainda não amortizados (não há lucro cessante). Conforme Art. 37 (depende de lei).
3º Caducidade – se a concessionária estiver descumprindo total ou parcialmente o contrato o poder público poderá declarar a caducidade do contrato (por decreto). Antes de decretar a caducidade deve ser instaurado processo administrativo. Apontando falhas e más gestões contratuais dando um prazo para a concessionária corrigi-las.
Efeitos da caducidade
Extinção antecipada do contrato
Será declarada quando:
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão; 
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido; 
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e 
VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão,
Direito à indenização
A empresa tem direito a indenização que será calculada no final do processo administrativo pelos investimentos, deduzida a amortização e multas e danos causados pela concessionária.
A empresa é declarada inidônea (Art. 87, IV da Lei 8.666/93). 
Não resultará ao poder concedente qualquer responsabilidade pecuniária, seja, indenização aos empregados, seja com encargos fiscais comerciais, conforme art. 38 e §§.
4º Rescisão contratual
Se o poder concedente descumprir as obrigações assumidas no contrato a concessionária poderá requerer a rescisão contratual, todavia, deve propor ação judicial especialmente para esse fim. A concessionária não poderá paralisar o serviço até a ação transitar em julgado.
Obs. Não cabe exceção do contrato não cumprido e o art. 78, XV não se aplica aos contratos de concessão de serviço público pelo princípio da especialidade. Já tem lei específica para isso.
Responsabilidade Civil das Concessionárias
As delegatárias assumem por sua conta e risco a execução do serviço devendo responder por todos os danos causados por usuários e não usuários. A responsabilidade é objetiva com fundamento na teoria do risco administrativo. O poder concedente não tem responsabilidade primária nem solidária por culpa invigilandum ou inelegendo. A responsabilidade estatal é secundária e subsidiária. (Art. 37, §6º CF), (Art. 70 da Lei 8.666/93) e (Art. 25 da Lei 8.666/93).
PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
É o contrato administrativo a título precário feito pelo poder público permitente ao particular (pessoa física ou jurídica) precedida de licitação e a prazo certo. O contrato de permissão pode ser revogado unilateralmente pelo poder público com a devida motivação. No julgamento da ADI1491/98, o STF decidiu pela constitucionalidade da natureza contratual e precária da permissão conforme Art. 2º, IV c/c Art. 40 da Lei 8.987/95. Contrato de Adesão.
 
Aula 03_14/03/18
PARCERIA PUBLICO PRIVADA: Lei nº 11.079/04
É o acordo firmado entre a administração pública e a iniciativa privada com o objetivo de implantar e gerir obras publicas (GRANDES EMPREENDIMENOS / INFRA ESTRUTURA) com investimentos do parceiro privado e a contraprestação do parceiro público.
Quando o governo fala que vai vincular imposto a fazer uma obra publica é inconstitucional (167, IV CF/88). Fala que vincula as receitas da ADM publica ao privados, totalmente inconstitucional.
Se vier na prova questão sobre vincular receita para as PPP, falar que não pode, pois receita não vincula. Art. 167, IV CF/88.
Por isso que no Brasil a PPP não avança, pois os parceiros privados não tem garantia financeira. 
	 
Características do PPP:
• é uma forma de contrato de concessão especial.
• a escolha do parceiro depende de licitação na modalidade concorrência.
 • existem 2 (duas) modalidades do PPP - administrativa e patrocinada. 
A administrativa é aquela que a Administração Pública é usuária de forma direta ou indireta e cabe ao poder público a contraprestação pecuniária.
A PPP patrocinada, os investimentos são do poder público, mas envolve adicionalmente tarifa cobrada dos usuários.
 • Art. 8º da lei oferece garantias aos parceiros privados para fim de fomentar o ajuste, tais como:
Contratação de seguro garantia, fundo garantidor (criado pela lei 13.529/17) e vinculação de receitas de impostos (art. 167, IV da CF/88), esse por sua vez é inconstitucional segundo a CF/88.
• prazo contratual não pode ser inferior a 5 (cinco) anos nem superior a 35 (trinta e cinco). 
• É vedado contrato inferior a 10 milhões dereais. Antes o valor era 20 milhões. 
Art. 2º § 4 . Ele foi revogado pela lei 13.529/17 no art. 6º. Com o intuito de fomentar a economia.
• O parceiro público vai dividir os riscos até em caso fortuito e força maior. (risco integral). Nos contratos de PPP o parceiro público irá repartir os riscos, mesmo nos casos fortuito, força maior e fato do príncipe. Art. 4º, VI c/c art. 5º, X.
• É vedado ao parceiro publico criar empresa pública ou sociedade de economia mista e com isso ter a maioria do capital votante com o objetivo de futuramente fazer uma PPP. Art. 9º § 4º da lei 13.529/17.
• É vedado contratar por PPP quando o objeto do contrato for unicamente o fornecimento de mão de obra.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS: 
São entes federativos comprando juntos para que o serviço fique mais barato pra todo mudo, ou seja, pra todos os entes federativos. No qual são feitos pelo um protocolo de intenções, e são para:
Município + Município
Estado + Estado
Estado + Município
Estado + Município + União. 
(Obs: a União só vai entrar no consórcio se o Estado de onde os Municípios estejam localizados entrarem. A União somente participará do rateio das despesas do consórcio se o Estado onde o município esteja localizado também participar).
O objetivo não é lucrativo, mas somente de ratear despesas. 
O Art. 241 da CF/88 que foi regulamentado pela Lei 11.107/05, instituiu uma gestão associada na prestação de serviços públicos. Que são parcerias formadas por dois ou mais entes federativos para realização de objetivos de interesses comuns e qualquer área de atuação. Os consórcios buscam promover o desenvolvimento regional e a solução de problemas comuns.
	
Constituição do consórcio:
• Deverá ser elaborado um protocolo de intenções pelos entes interessados. Estabelecendo a denominação / finalidade (objeto), prazo de duração e a personalidade jurídica do consórcio.
Personalidade Jurídica:
Não há nenhuma inconstitucionalidade , aqui são esses entes e a lei fala que se optarem pela pessoa jurídica de direito publico, será esse consorcio de natureza autárquica e vai fazer parte do rol da Administração Pública Indireta. Art. 6º § 1 da lei.
E se optarem pela natureza jurídica privada, o consórcio terá que fazer licitação, os contratos serão administrativos, esses contratos prestarão contas junto ao TCU (tribunal de contas), quem for trabalhar lá terão que ser feitos concursos públicos. Mas o regime jurídico dos empregados de lá, mesmo passando em concurso será o celetista. Aqui a ideia é que esse consórcio um dia acaba e se fossem estatutários iria complicar.
• Protocolo de intenções depende de lei aprovada pelo poder legislativo de cada ente consorciado, sob pena de exclusão.
• Após a publicação da lei será firmado contrato administrativo estabelecendo direitos e obrigações. 
Obs: Os recursos a serem destinados para financiar o consórcio devem ser rateados pelos entes consorciados e tais despesas devem estar consignadas na lei orçamentárias. Art. 8º da lei.
Obs: Os entes consorciados poderão indicar servidores de confiança para o gerenciamento do consórcio. Os agentes públicos responsáveis pela gestão não terão responsabilidade civil pelas obrigações assumidas pelo consórcio, salvo hipóteses de ilegalidade e ato de improbidade administrativa.
Obs: os consórcios estão sujeitos a fiscalização do tribunal de contas, através de controle externo bem como controle interno de cada poder. 
Questão de prova!, Os consórcios poderão firmar acordo de qualquer natureza
Obs: para o cumprimento e seus objetivos os consórcios poderão firmar convênios, contratos e acordos de qualquer natureza, alem de emitir documentos e arrecadar tarifas. Os consórcios podem ser contratados pela administração direta e indireta SEM LICITAÇAO. 
	
Desapropriação:
1° Fase é a declaratória, ato que o chefe do executivo faz por decreto.
2° Fase é a executória, e cabe ao executivo entrar com uma ação cujo objetivo é desapropriar. Isso se a pessoa não quiser sair. 
E quem pode propor a ação? Entes públicos, concessionárias e consórcios públicos.
Logo, os consórcios públicos podem promover a ação judicial destinada a desapropriação, desde que haja previsão contratual. Art. 2º § 1º, II da lei.
TERCEIRO SETOR:
Entidades privadas, sem fins lucrativos em colaboração governamental.
• OS => organização social
• OSCIP => organização da sociedade civil de interesse publico
• SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS =>
Organização social: Lei 9.637/98
São entidades criadas por particular, sem fim lucrativo, cujas atividades sejam sociais dirigidas ao ensino , saúde , proteção do meio ambiente, cultura e etc. 
Obs: a qualificação como OS é um titulo outorgado pelo Poder Executivo, esse titulo é transitório e temporário. 
A qualificação é um ato discricionário, sob responsabilidade do Ministro de Estado de acordo com a área de atuação. Art. 2, II da Lei 9.637/98.
O instrumento básico para firmar o compromisso é um CONTRATO DE GESTÃO e vai estabelecer atribuições, responsabilidades e obrigações.
Para fomentar a execução das atividades, o poder público irá destinar recursos orçamentários, permissão de uso de bens seção/ceder de servidores públicos (ceder o servidor público).
São assegurados às O.S os créditos orçamentários e as respectivas liberações financeiras, sendo vedado a utilização destas verbas para outras finalidades.
As OS são dispensadas de procedimentos licitatórios. Os bens destinados as OS devem ser gravados com a cláusula de inalienabilidade. 
A fiscalização dos serviços prestados será feita pela entidade fomentadora (quem libera o dinheiro será responsável pela fiscalização, aqui são as Secretarias de Saúde, cultura e outras). E se souber/tomar ciência de alguma irregularidade, deve denunciar ao MP/Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária. 
Art. 8º e 9º da lei 9637/98.
Desqualificação => se a OS descumprir as regras de contrato de gestão, o Poder Público poderá desqualificar precedido de processo administrativo, garantindo a ampla defesa. Os dirigentes (pessoalmente) serão responsabilizados de forma individual e solidariamente por ilegalidade de danos causados. Os bens e valores destinados a OS serão revertidos. Art. 16 §§.
Aula 04_21/03/18
OSCIP => Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Lei n° 97990/99
São entidades privadas criadas por particulares, sem fins lucrativos, cujo objeto seja atividade social, financiada e fiscalizada pelo órgão fomentador.
OSCIP é um titulo/certificação expedida pelo executivo com o objetivo de formar parcerias.
A qualificação como OSCIP É ATO VINCULADO desde que a entidade cumpra os seguintes requisitos: 
1° Estatuto registrado em cartório;
2° Ata de eleição e posse da diretoria;
3° Balanço patrimonial; 
4° Comprovante de isento do imposto de renda
5º CNPJ 
Obs: A entidade interessada deve elaborar um projeto indicando objeto, finalidade, metas qualitativas e quantitativas e anexar os requisitos anteriores citados acima e encaminhar o pedido ao Ministério da Justiça. A decisão pela parceria e liberação de recursos é discricionária do ministro do estado de cada área de atuação
	
Obs: A OSCIP deve comprovar que está em pleno funcionamento há mais de 3 anos.
Obs: o art. 2º da Lei 9.790/99, enumera um rol de atividades que não podem ser qualificadas como OSCIP. Tais como: Igrejas, partidos políticos, OS ou sindicatos, sociedade comercial.
	Art. 2o Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei:
I - as sociedades comerciais;
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ouserviços a um círculo restrito de associados ou sócios;
VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas;
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal .
Obs: o instrumento firmado entre o poder públicoe a OSCIP é o "TP - TERMO DE PARCERIA" conforme art. 9º e 10. O responsável pela fiscalização da execução das atividades é o órgão que realizou a liberação financeira. Se o responsável pela fiscalização tomar ciência de irregularidades deve denunciar ao MP e ao tribunal de contas. Sob pena de responsabilidade solidaria. Art 11, 12 e 13 da lei 
Obs: se a entidade descumprir obrigações do "termo de parceria", poderá ser desqualificada precedida de processo administrativo, assegurada a ampla defesa. Os diretores poderão ser responsabilizados individual e solidariamente pelos danos causados.
Os requisitos para que uma organização seja qualificada como OSCIP incluem a exigência de que o seu estatuto contenha normas expressas sobre a observância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da economicidade e da eficiência.
Nos dois casos (OS e OSCIP):
 • Os bens e valores deverão ser revertidos 
• Nesses dois casos precisam de concurso público? Não aqui contratam quem quiserem, serão celetistas.
• Tem que fazer licitação? As duas entidades não precisam fazer licitação, são dispensadas de procedimento licitatório. Aqui não é um financiamento total do serviço, mas sim pra ajudar problemas para a sociedade.
SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO: esse é o terceiro no qual iremos falar do terceiro setor.
Exemplos de entidades de serviços sociais autônomos => SESC, SENAC, SESI, SENAI, SEBRAE.
Seu conceito é que são entidades privadas criadas por lei pela confederação nacional do comércio e da indústria com autorização do presidente da republica através de 'decreto' com a finalidade de prestar serviços assistenciais para qualidade de vida do trabalhador e ministrar cursos profissionalizantes para certas categorias profissionais.
Os recursos para financiar tais entidades são provenientes da contribuição compulsória previdenciária (tributo parafiscal), recolhidas pelo empregador na forma do art. 240 da CF/88.
Em razão da natureza dos recursos tais entidades devem realizar o procedimento licitatório para aquisição de bens e serviços bem como o dever jurídico de prestar contas de receitas e dispersas junto ao tribunal de contas da união. 
Obs: os empregados do sistema no qual estamos falando acima tem o regime privado celetista e o acesso aos cargos independe de concursos.
Não são prestadoras de serviço publico. Mas sim de serviço de utilidade pública em colaboração com o governo. Aqui são entidades que colaboram com o estado.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA: 
Aqui mudamos totalmente o rumo teorico do que estavamos falando acima!
O art. 5º, XXII cf/88, garante o direito de propriedade. Contudo o art 5, XXIII cf/88, dispões que a propriedade deve cumprir sua função social, assim o dispositivo garante ao estado intervir na propriedade que se descompassa com a função social e ao mesmo tempo obriga o proprietário cumprir tal dispositivo sob pena de sofrer multas restrições ou até perder.
	Aqui é uma decisão do estado , mas essa decisão com justificativa para qual ( teoria dos motivos determinantes) para que não ocorra o desvio de finalidade. Aqui não cabe em tese ao poder judiciário analisar, adentrar nesse poder admininstrativo . Por outro lado se o poder administrativo não cumprir, vai ocorrer desvio de finalidade e com isso o judiciário apoderar entra na analise do tema.
	Obs: toda medida interventiva visa alcançar interesse publico e o bem estar da coletividade, contudo deve ser uma medida excepicional e impessoal observado o princípio da proporcionalidade. 
	Todos os entes federativos tem competência administrativa para impor medidas interventivas contudo , entre os entes federativos devem ser observados o princípio da hierarquia federativa.
	Obs: os entes hierarquicamente inferiores para proceder a desapropriação de bens publicos dependem de autorização legislativa. Art 2° § 2 DL 3365/41.
	Logo, Uma empresa publica federal não pode ser desapropriada pelo município, salvo autorização legislativa.
	Fundamento: 
Principio da função social da propriedade
Principio da supremacia do interesse publico sobre o interesse privado.
Fonte normativa:
Art 5, XXII a XXIV ;Art 170, III ; Art 182 ao 186; art 243. Todos da cf/88
Decreto 3365/41; decreto 25/37 ; LC 76/93; lei 4132/62 ; lei 10257/01.
	Modalidades restritivas:
	São aquelas em que o poder publico utilizando suas prerrogativas intervem na propriedade privada limitando ou condicionando o uso, sem interferir no domínio ( retirar do seu dono) apenas impondo obrigações e restrições ao uso da propriedade e em regra sem direito a indenizaçao. 
	São elas: 
Servidão ADM , requisição ADM, ocupação temporária, limitaçao ADM e tombamento.
	A modalidade supressiva é aquela em que o estado retira compulsoriamente a propriedade, tendo como fundamento , necessidade publica , utilidade publica ou interesse social , e em regra, compensando o proprietário com indenização justa, previa em dinheiro. 
	Os fundamentos para todas as modalidades das medidas interventivas são o princípio da função social na sociedade e supremacia do interesse publico ao interesse privado.
	Servidão administrativa:
 A palvra servidao remtir-se ao direito civil no qual sgnifica 'uma passagem' Aqui é uma passagem de serviço publico em um local. Sua natureza juridica é o direito real de uso do estado sobre coisa alheia.
	 É a forma de intervenção branda pela qual o estado utiliza a propriedade particular para implantação e execução dos serviços públicos. A servidão tem natureza jurídica de direito real de uso do estado sobre coisa alheia. E o objeto da servidão incide sobre bens imóveis. Sendo instituída por Lei ou Decreto.
	Obs: neste caso não há de se falar na imposição estatal sob fundamento da auto executoriedade ( é quando o estado toma a decisão e executa de forma arbitrária) assim, se o particular descordar da decisão estatal o poder publico ou os legitimados deverão propor ação judicial especialmente para este fim. Aqui o particular pode se negar. Aqui depende da anuência do particular.
	E se o particular não deixar o estado fazer a obra, o estado entra com essa açao contra o particular. Em regra não ha direito de indenização ao particular, mas se gerar aniquilação da propriedade particular, pode gerar indenização.
	Obs: Lembrando que os legitimados para propor essa ação são: união, estados, DF, mun, ocncessionarias e consorcios.
	questão de prova! o juiz não interfere na decisão de implatar ou nao aquele serviço, mas ele vai interferir na decisão indenizatória e ate mesmo na ótica de desapropriação / indenização. O decreto serve para dizer a motivação pelo qual é declarado a intervenção estatal.
	Indenizaçao => em regra a imposição de servidão não gera direito a indenização, contudo se houver redução patrimonial ou aniquilamento ao uso da propriedade o particular terá direito a indenização mediante a comprovação dos danos sofridos, dessa forma o ônus probatório é do particular/ proprietário.
	Obs: características
 1° todos os entes ferativos tem competência para instituir e declarar servidões ( observando o principio da hierarquia federativa).
2° a servidão é definitiva, somente sendo extinta se desaparecer os motivos da instituição da mesma. Que deve ser feita pela mesma forma de regulamentaçao.3° a servidão deve ser registrada no registro de imoveis para fins de efeitos erga omnes.
	 Exemplos de servidão: gásoduto, linha férrea, serviço de telefonia, 
	
	
	
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