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Direito Civil 1 Resumo BENS

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Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
Monitoria FADIC 2017.2 – Fernanda Holanda 
duvidasmonitoriacivil@gmail.com 
 
duvidasmonitoriacivil@gmail.com 
 
1 
 
 Conceito: 
 
 De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, “Bens são coisas 
materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, 
suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial 
economicamente apreciáveis”; 
 
 Para Silvio de Salvo Venosa, sobre o mesmo assunto – “Entende-se 
por bens tudo o que pode proporcionar utilidade aos homens. (...) Bem, 
numa concepção ampla, é tudo que corresponde a nossos desejos, nosso 
afeto em uma visão não jurídica. No campo jurídico, bem deve ser 
considerado aquilo que tem valor, abstraindo-se daí a noção pecuniária 
do termo”; 
 
 E, ainda, Washington de Barros Monteiro assim lecionava – 
“Juridicamente falando, bens são valores materiais ou imateriais que 
podem ser objeto de uma relação de direito”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Código Civil de 2002 em seu livro II, denominado Dos bens, apresenta 
um Título único – Das Diferentes Classes de Bens, entretanto o 
DOS BENS – arts. 79/103, CC. 
Independente da problemática que envolve os conceitos de bens e coisas, 
podemos concluir que bens são coisas concretas como um carro, uma 
casa, uma joia, que possuem valor econômico e que podem ser 
apropriados ao patrimônio da pessoa – tanto natural, quanto jurídica – mas, 
também, podem ser coisas imateriais, coisas que não são concretas, mas 
que tenham uma valoração econômica, a exemplo da propriedade 
intelectual (conhecimento que o criador detém de como produzir a sua 
criação). 
 
Existem determinadas coisas que, podendo integrar o patrimônio de 
alguém, não estão ligadas a ninguém, como, por exemplo, é o caso das 
coisas de ninguém (res nullius) – que são coisas sem dono, que nunca 
pertenceram a ninguém, como os peixes do mar – e também das coisas 
abandonadas (res derelictae) – que são coisas que foram jogadas fora. 
Além disso, outras coisas não estarão no patrimônio de ninguém 
especificamente porque pertencem a todos (a coletividade), como é o caso 
das coisas de uso comum do povo – a exemplo da praia, das praças e dos 
parques públicos. 
DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS 
Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
Monitoria FADIC 2017.2 – Fernanda Holanda 
duvidasmonitoriacivil@gmail.com 
 
duvidasmonitoriacivil@gmail.com 
 
2 
subdivide em três capítulos: 
 
 Dos bens considerados em si mesmos; 
 Dos bens reciprocamente considerados; 
 Dos bens públicos. 
 
 
 
 
 
 
 A classificação pode ser assim esquematizada: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esta talvez seja a mais importante classificação (é também a mais 
extensa). É a classificação mais importante porque diz respeito à 
natureza dos bens. Neste sentido, os bens podem ser: imóveis ou 
móveis; fungíveis ou infungíveis; consumíveis ou inconsumíveis; 
divisíveis ou indivisíveis; e singulares ou coletivos. 
Obs: cada classificação baseia-se numa característica peculiar do bem, 
entretanto, este bem pode enquadrar-se em várias categorias, 
dependendo das características que serão intrínsecas a ele. 
 
1. DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS – arts. 79 ao 91, CC. 
Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
Monitoria FADIC 2017.2 – Fernanda Holanda 
duvidasmonitoriacivil@gmail.com 
 
duvidasmonitoriacivil@gmail.com 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Bens Imóveis e Bens Móveis: 
 
 Bens imóveis – art. 79 do CC: também conhecidos como bens de 
raíz, os bens imóveis são aqueles que, absolutamente, não podemos 
transportar ou remover, sem alteração de sua substância. 
 
Os bens imóveis podem ser subdivididos em: 
 
Imóveis por 
natureza 
Imóveis por 
acessão natural 
Imóveis por 
acessão artificial 
ou industrial 
Imóveis por 
determinação 
legal 
É imóvel por 
natureza o solo, 
incluídos a sua 
superfície, o seu 
subsolo e o seu 
espaço aéreo. 
Aqui estão 
incluídas as 
árvores com seus 
frutos, desde que 
ainda pendentes 
(enquanto não se 
destacarem da 
árvore); as águas, 
as pedras, as 
fontes (naturais). 
Enfim, tudo que 
for ligado ao 
solo de forma 
natural. 
Incluem-se nesta 
categoria tudo que 
o homem 
incorporar 
permanentemente 
ao solo. Como 
exemplos, temos as 
plantações e as 
construções. 
Enquanto são, por 
exemplo, sementes 
ou, então, materiais 
de construção, são 
bens móveis. No 
entanto, uma vez 
incorporados ao solo 
se tornam bens 
imóveis por acessão 
industrial ou artificial. 
Trata-se de bens 
incorpóreos, 
imateriais 
(direitos), que não 
são, em si, móveis 
ou imóveis. No 
entanto, para maior 
segurança das 
relações jurídicas, o 
Legislador os 
considera imóveis. 
Compreendem, 
portanto, certos 
direitos que se 
equiparam à 
imóveis. São os 
Direitos reais sobre 
imóveis e ações e o 
Direito à sucessão 
aberta.* 
 
* Direitos reais sobre imóveis e ações: são “gravames”. Vinculam uma coisa a 
um certo poder. Ex: hipoteca → casa vinculada ao poder de um banco. 
* Direito à sucessão aberta: ex: herança → a herança, mesmo que composta de 
bens móveis será considerada um bem imóvel. 
Bens considerados em si mesmos 
Móveis ou 
Imóveis 
Fungíveis ou 
Infungíveis 
Consumíveis ou 
Inconsumíveis 
Singulares ou 
Coletivos 
Divisíveis ou 
Indivisíveis 
Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
Monitoria FADIC 2017.2 – Fernanda Holanda 
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4 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Bens móveis – art. 82 do CC: são, portanto, coisas corpóreas que podem 
se movimentar (por força própria ou alheia) sem que esta capacidade de 
movimentação prejudique ou altere a sua essência ou o seu valor comercial. 
Trata–se dos móveis por natureza, que se dividem em semoventes e 
propriamente ditos. Ambos são corpóreos. 
 
Outros são móveis para os efeitos legais (CC, art. 83), sendo que 
a doutrina menciona ainda a existência de móveis por antecipação. 
 
 Os bens móveis podem ser esquematicamente classificados do seguinte 
modo: 
 
ATENÇÃO! → art. 81 do CC: 
Não perdem o caráter de imóveis: 
 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
 
Obs: Já os materiais descartados ou retirados para outro fim passam a ser 
MÓVEIS. 
Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
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1.2 Bens Fungíveis e Bens Infungíveis: 
 
 Bens fungíveis – art. 85 do CC: bens móveis que podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Ex: dinheiro e os gêneros alimentícios em geral. 
 
 Bens infungíveis: são aqueles que são únicos, personalizados. São 
insubstituíveis. Ex: o quadro de um pintor célebre; uma escultura 
famosa; um apartamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 Bens Consumíveis e Bens Inconsumíveis: 
Móveis por natureza Móveis para os efeitos 
legais 
Móveis por 
antecipação 
São os bens que, sem 
deterioração na substância, 
podem ser transportados de 
um lugar para outro, por 
força própria ou estranha. 
 
*Semoventes: são os 
suscetíveisde movimento 
próprio, como os animais. 
Movem-se de um local para 
outro por força própria. 
 
*Móveis propriamente 
ditos: são os que admitem 
remoção por força alheia, 
sem dano, como os objetos 
inanimados, não imobilizados 
por sua destinação 
econômico-social. 
São bens imateriais, que 
adquirem essa qualidade 
jurídica por disposição legal. 
Desse modo, configuram-se 
como certos tipos de 
direito, categorias jurídicas 
consideradas móveis. 
*Direitos reais sobre 
móveis e ações → ex: 
penhor. 
*Direitos pessoais de 
caráter patrimonial e 
ações → direitos que 
vinculam pessoas. 
*Energia → ex: energia 
elétrica. 
São bens incorporados 
ao solo, mas com a 
intenção de separá-los 
oportunamente e 
convertê-los em 
móveis, como as 
árvores destinadas ao 
corte e os frutos ainda 
não colhidos. Assim, 
são os frutos e 
produtos que, 
incorporados ao solo, 
destinam-se a ser 
objeto de negócio 
jurídico. (art. 95, CC) 
 
 OBS: IMÓVEIS são sempre INFUNGÍVEIS. 
 
 OBS2: para saber se um bem possui a característica da fungibilidade, 
devemos comparar com outro que seja equivalente. Pois a fungibilidade 
deriva da própria natureza do bem. No entanto, pode acontecer de um 
bem, que por sua natureza seja fungível, tornar-se infungível por 
vontade das partes. Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem 
fungível, mas que para um colecionador pode tornar-se infungível. 
Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
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 Bens consumíveis – art. 86 do CC: bens móveis cujo uso destrói a 
substância. Ex: alimentos, perfumes, tinta, maquiagem... 
 
 Bens inconsumíveis: são os bens que podem ser usados 
continuadamente, ou seja, os que permitem utilização contínua, sem 
destruição da substância. Ex: livro em relação ao seu dono. 
 
 
 
 
 
 
 
1.4 Bens Divisíveis e Bens Indivisíveis: 
 
 Bens divisíveis – art. 87 do CC: são aqueles que se podem repartir 
em porção, desde que não alterem a substância, não prejudiquem a 
utilização ou não acarrete diminuição considerável do seu valor. Ex: 
barra de ouro. 
 
 Bens indivisíveis: não admitem fracionamento sem perda de valor 
ou utilidade. Podem ser: 
 
 Indivisíveis por natureza (indivisibilidade natural) 
 Indivisíveis por determinação legal 
 Indivisíveis por vontade das partes 
Indivisíveis por 
natureza 
Indivisíveis por 
determinação legal 
Indivisíveis por 
vontade das partes 
 
Os que não podem ser 
fracionados sem 
alteração na sua 
substância, diminuição 
de valor ou prejuízo do 
uso. Ex: um animal, 
um relógio, um 
quadro, um brilhante 
etc. 
 
Quando a lei 
expressamente 
impede o seu 
fracionamento. 
Ex: servidões prediais 
(art. 1.386); hipoteca 
(art. 1.421). 
 
Quando as partes 
convencionam que não 
deve haver o 
fracionamento do bem. 
Obs: a rigor, a utilização mais ou menos prolongada acaba por consumir 
qualquer objeto, ainda que leve bastante tempo. Entretanto, no sentido 
jurídico, bem consumível é apenas o que desaparece com o primeiro 
uso; não é, portanto, juridicamente consumível a roupa, que lentamente se 
gasta com o uso ordinário. 
 
Outra classificação: também são consumíveis os bens móveis 
destinados à alienação. Ex: uma peça de roupa na vitrine para a venda 
(bem consumível). Após o uso, a roupa torna-se inconsumível. 
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1.5 Bens Singulares e Bens Coletivos: 
 
 Bens singulares – art. 89 do CC: são aqueles que, embora reunido 
a outro, considera-se de modo isolado (de per si). Para esta 
classificação, os bens são analisados em sua individualidade. Como 
exemplo, serão bens singulares: um boi, um lápis, um carro, uma 
casa. 
 
 Os bens singulares podem ser: simples → quando suas partes 
são unidas pela própria natureza. Ex: boi; ou podem ser compostos 
→ quando suas partes são unidas pelo esforço do homem. Ex: carro, 
casa. 
 
 
 
 
 Bens coletivos: as coisas coletivas ou universais são formadas por 
várias coisas singulares, que consideradas conjuntamente, formam 
um todo único que passa a ter uma identidade própria, distinta 
das partes que a compõe. Como exemplo clássico, temos uma 
floresta ou rebanho. 
 
 Os bens coletivos abrangem as universalidades: 
 
1. De Fato – art. 90, CC: complexo de bens singulares que, 
pertencentes a mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Exs: biblioteca, galeria de obras de arte. 
2. De Direito – art. 91, CC: complexo de relações jurídicas de 
uma pessoa dotadas de valor econômico. Ex: patrimônio, 
herança. 
 
 
 
 
 
 
Obs: as coisas simples que formam a coisa composta, mantendo sua 
identidade, denominam-se partes integrantes. Se perdem a 
identidade, chamam-se partes componentes. As partes integrantes, 
como as peças de máquinas, podem ser separadas do todo, as 
componentes, como o cimento de uma parede, não. 
 
A diferença básica entre uma universalidade de fato e uma 
universalidade de direito é que a universalidade de fato assim o é por 
uma vontade particular de seu proprietário, enquanto que uma 
universalidade de direito advém da lei, ou seja, “da pluralidade de bens 
corpóreos e incorpóreos a que a lei, para certos efeitos, atribui o caráter de 
unidade, como, por exemplo: na herança, no patrimônio, na massa falida”. 
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 Esta categoria estuda os bens em sua relação entre uns e outros. 
 
 
 
 
 
 Bens principais: é o bem que tem existência própria, autônoma, 
que existe por si. 
 Bens acessórios: é aquele cuja existência depende do principal. 
Assim, o solo é bem principal, porque existe por si, concretamente, 
sem qualquer dependência. A árvore, por sua vez, é acessório, 
porque sua existência supõe a do solo onde foi plantada. 
 
 
 
 
 
 Os bens acessórios dividem-se em: 
 
A) Produtos: são as utilidades que se retiram da coisa, 
diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem 
periodicamente, como as pedras e os metais, que se extraem das 
pedreiras e das minas. Distinguem-se dos frutos porque a colheita 
destes não diminui o valor nem a substância da fonte e a 
daqueles, sim. 
 
B) Frutos: são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. 
Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição 
no todo ou em parte, como as frutas brotadas das árvores, os 
vegetais espontaneamente fornecidos pelo solo, o leite dos 
animais etc. 
 
* Quanto à origem, os frutos podem ser: 
 
▪ Naturais: se desenvolvem e se renovam periodicamente, em 
2. DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS – arts. 92 ao 97, CC. 
Bens reciprocamente considerados 
Principais Acessórios 
PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA 
 
Como regra, o bem acessório segue o destino do principal 
(acessorium sequitur suum principale). Para que tal não ocorra, é 
necessário que tenha sido convencionado o contrário ou que, de modo 
contrário, estabeleça algum dispositivo legal. 
 
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virtude da força orgânica da própria natureza, como os frutos das 
árvores, os vegetais, as criasdos animais etc. 
 ▪ Industriais: os que aparecem pela mão do homem, isto é, os 
 que surgem em razão da atuação ou indústria do homem sobre 
 a natureza, como a produção de uma fábrica. 
 ▪ Civis: são os rendimentos produzidos pela coisa em virtude de 
 sua utilização por outrem que não o proprietário, como os juros 
 e os aluguéis. 
* Quanto ao seu estado, os frutos podem ser: 
 ▪Pendentes: enquanto unidos à coisa que os produziu; 
 ▪Percebidos ou colhidos: depois de separados; 
 ▪Estantes: os separados e armazenados ou acondicionados para 
 venda; 
 ▪Percipiendos: os que deviam ser, mas não foram, colhidos ou 
 percebidos; 
 ▪Consumidos: os que não existem mais porque foram utilizados. 
 
C) Benfeitorias: despesas ou os melhoramentos que podem ser 
realizados nas coisas. 
 ▪ Necessárias: as benfeitorias que têm por fim conservar o bem 
 ou evitar que se deteriore; 
 ▪ Úteis: as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem; 
 ▪Voluptuárias: as de mero deleite ou recreio, que não aumentam 
o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam 
de elevado valor. 
 
 
 
 
 
 
 
D) Pertenças: são os bens móveis que, não constituindo partes 
integrantes (como o são os frutos, produtos e benfeitorias), estão afetados 
por forma duradoura ao serviço ou ornamentação de outro, como os 
tratores destinados a uma melhor exploração de propriedade agrícola e os 
objetos de decoração de uma residência. 
ATENÇÃO! 
OBS: Essa classificação não tem caráter absoluto, pois uma mesma 
benfeitoria pode enquadrar-se em uma ou outra espécie, dependendo das 
circunstâncias. Uma piscina, por exemplo, pode ser considerada benfeitoria 
voluptuária em uma casa ou condomínio, mas útil ou necessária em uma escola 
de natação. 
 
 
 
Resumo AV2 - Direito Civil I - Bens 
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10 
São acessórios estruturais. 
(pneu em relação ao carro, teto 
em relação ao apartamento). 
Segue o princípio da gravitação jurídica 
São acessórios utilitários. Não constituem 
parte integrante. Incrementam o bem para 
propiciar uso, serviço ou aformoseamento do 
principal. (móveis no apartamento, som no 
carro...). 
*NÃO segue o princípio da gravitação jurídica 
 
 Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* EXCEÇÕES (QUANDO AS PERTENÇAS SEGUEM O PRINCIPAL) – 
Art.94, CC: 
 
 Salvo se o contrário resultar da lei (ex: extintor em relação ao 
carro), da vontade (acordado pelas partes), ou das circunstâncias 
(som que veio de fábrica, em relação ao carro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bens públicos: art. 98 - são os do domínio nacional pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público interno (art. 41, CC). 
 
 Espécies: 
 
 Bens de uso comum do povo; 
 Bens de uso especial; 
 Bens dominicais. 
 
 
Bens 
Acessórios 
Partes Integrantes 
Pertenças 
3. DOS BENS QUANTO À TITULARIDADE DO DOMÍNIO – arts. 92 ao 103, CC. 
Bens quanto ao titular do domínio 
Públicos Particulares 
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Bens de uso comum 
do povo 
Bens de uso 
especial 
Bens dominicais 
São os que podem ser 
utilizados por 
qualquer um do 
povo, sem 
formalidades. O Código 
Civil menciona “os rios, 
mares, estradas, ruas e 
praças” (art. 99, I). Via 
de regra, são gratuitos. 
Todavia, não perdem 
essa característica se o 
Poder Público 
regulamentar seu uso 
ou torná-lo oneroso, a 
exemplo do pedágio. 
São inalienáveis. 
São os que se 
destinam 
especialmente à 
execução dos 
serviços públicos. 
São os edifícios onde 
estão instalados os 
serviços públicos, 
inclusive os das 
autarquias, e os órgãos 
da administração 
(repartições públicas, 
secretarias, escolas, 
ministérios etc. — CC, 
art. 99, II). São 
utilizados 
exclusivamente pelo 
Poder Público. São 
inalienáveis. 
São os que constituem 
o patrimônio das 
pessoas jurídicas de 
direito público, como 
objeto de direito 
pessoal ou real de cada 
uma dessas entidades 
(CC, art. 99, III). Sobre 
eles, o Poder Público 
exerce poderes de 
proprietário. Incluem-
se nessa categoria as 
terras devolutas, as 
estradas de ferro, 
oficinas e fazendas 
pertencentes ao 
Estado. São 
alienáveis na forma 
de lei. 
 
 Características dos bens públicos: 
 
 Inalienabilidade (não é absoluta); 
 Imprescritibilidade (não se adquirem por usucapião); 
 Impenhorabilidade; 
 Impossibilidade de oneração (os bens públicos não podem ser 
gravados com esse tipo de garantia - penhor, anticrese e hipoteca - 
em favor de terceiro). 
 
 Bens particulares: por exclusão, são todos os outros bens não 
pertencentes a qualquer pessoa jurídica de direito público interno, 
mas à pessoa natural ou jurídica de direito privado (art. 98).

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