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EXCELENTÌSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CIVEL DA COMARCA DE BAURU-SP
CAIPIRA HORTALIÇA ME, microempresa inscrita no CNPJ / MF sob o nº (...), sediada e estabelecida na (...), n.(...), CEP (...) bairro (...), na cidade de Bauru/SP, com endereço eletrônico (...), vem por seu advogado que subscreve por procuração em anexo, com endereço profissional na (...), bairro (...), cidade/estado, vem, respeitosamente perante vossa excelência propor. 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS com fulcro nos artigos 186, 927, 949, 942, 402, 932, III do Código Civil
EM DESFAVOR DE VIAÇÃO METEORO LTDA. pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ (...),endereço eletrônico com filial na (...), nº(...), bairro(...), CEP (...), cidade de bauru/SP. Pelas seguintes razões de fato e de Direito.
I – DOS FATOS
No dia 11/02/2017, o representante legal retornava a Bauru/SP conduzindo a Pick-up Ford Ranger, placa GGG-1223 de propriedade da empresa autora, após mais um dia cansativo de trabalho. Naquela noite, chovia muito e a estrada estava escorregadia, e havia também muita neblina. Ocorre que, quando trafegava na curva do km 447 da rodovia BR-345, no município de Jaú/SP, onde perdeu o controle do veículo. Os pneus traseiros derraparam, e o veículo rodopiou por sua pista, ficando atravessado na pista, sem, contudo, invadir a pista contrária. Em razão do acidente, a Polícia Rodoviária Federal interditou as pistas e chamou a perícia.
A perícia que esteve no local foi inconclusiva, pois, como estava chovendo, não conseguiu colher as medidas das derrapagens, embora tenha reconhecido a invasão à outra pista, mas não conseguiu definir se esta ocorreu antes ou após o choque. Estiveram também presentes a seguradora da pick-up, Shangai Marine, bem como a seguradora da empresa de ônibus da Viação Meteoro, a Seguradora Trafegar S/A. O relatório final de cada uma tinha conclusões distintas: a seguradora da empresa de ônibus considerou a pick-up como a responsável pelo acidente, enquanto que a seguradora da pick-up considerou a empresa de ônibus como a responsável. Após se submeter a cirurgias nos seus braços e pernas e tomar pontos na sua testa, embora agradecido por ter sobrevivido, o representante legal da empresa estava preocupado agora com a situação envolvendo o veículo e o seu sustento. Como ele trabalhava sozinho, não sabia como fazer para sobreviver no período de recuperação do acidente, e também como faria para transportar as hortaliças. A empresa de ônibus fez três orçamentos para o conserto do seu veículo, ficando apurado que o da concessionária Translíder ficaria em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), o da Oficina Battera ficaria em R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), enquanto que o orçamento da Oficina Restaurar Ltda. ficaria em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Por outro lado, foi apurada a perda total do veículo da empresa autora. 
Analisando o balanço mensal da empresa Caipira Hortaliças constatou se que esta possuía um faturamento mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sendo que o lucro líquido mensal chegava ao montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais). No período de três meses, necessário ao restabelecimento da saúde do representante da empresa, a empresa zerou o seu faturamento, e ficou em dificuldades com o locador da loja, bem como com seus fornecedores, acumulando um prejuízo de R$ 10.000,00.
: 
II – DO DIREITO
DA LEGITIMIDADE DE AÇÃO 
O empregador responde objetivamente pelos atos de seus trabalhadores, como foi demonstrado que o motorista conduzia o veículo de propriedade do réu, cabe a este a responsabilidade pela reparação civil em conformidade com o artigo 932, III, do Código Civil “São também responsáveis pela reparação civil: III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”.
Portanto, os danos ocasionados pelo motorista serão atribuídos à empresa VIAÇÃO METEORO LTDA, por força da teoria da responsabilidade objetiva.
Da Responsabilidade objetiva
Como já foi demonstrado, o autor sofreu danos materiais, pois, com o acidente causado pela parte ré, foi submetido a cirurgias nos seus braços e pernas e tomou pontos na sua testa, também foi apurada a perda total do veículo do autor, assim também como sua empresa deixou de faturar no período de recuperação da saúde autor. Portanto, a empresa ré deve ser responsabilizado pelo danos causados nos termos dos arts.186 c/c 927 do Código Civil: 
O parágrafo único do artigo 927 do Código Civil dispõe:
Nos termos do Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Nos termos do artigo 186 do Código Civil “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Assim também como o artigo 187 do Código Civil:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Portanto é evidente a responsabilidade da ré em função do descumprimento das normas de trânsito nos termos dos arts. 28, 29 e 34 do Código de Trânsito Brasileiro, onde agiu com imperícia e imprudência, descumprindo os preceitos do Código de Trânsito Brasileiro. 
DAS PERDAS E DANOS MATERIAS
A ré deve arcar com perdas e danos sofridos pelo autor, nos termos dos arts 402 e 403, CC:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Os seus prejuízos foram: veiculo danificado; redução do faturamento mensal; representante legal impossibilitado temporariamente de exercer as atividades indispensáveis a empresa.
Pois, o impacto o veículo do autor foi arremessado por cerca de10 (dez) metros, e bateu no barrancoda pista. Com o impacto, o autor feriu-se gravemente, apresentando um corte na testa, fratura nas pernas e nos braços. O veículo do mesmo, com o impacto, ficou todo amassado, com danos no chassi e por toda a lataria, depois vindo a ser apurada a perda total do veículo do autor.
Por todo o exposto, o autor REQUER como forma de reparação das perdas e danos materiais a condenação da ré no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), referentes ao conserto do veículo, de acordo com o menor orçamento e ao pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), correspondente aos lucros cessantes referentes ao período em que a empresa ficou impossibilitada de transportar os seus produtos, e ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), relativas ao prejuízo suportado com seus fornecedores e locador do imóvel, em vista da ausência do faturamento no período. 
III – DAS PROVAS
Para provar o alegado foi juntada a presente ação:
1 - Boletim de Ocorrência (em anexo)
2 - orçamentos do veículo Ford Ranger de propriedade da empresa, (em anexo)
3 - fotos dos danos causados no veículo, (em anexo)
4 - Trocas de e-mails com a transportadora e sua seguradora e balanços mensais da sua empresa. (em anexo)
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer a procedência dos pedidos a seguir:
1 - A citação da ré, para apresentar contestação, sob pena de revelia;
2 – A realização da audiência de conciliação nos termos do artigo 319, VII;
3 - seja julgada procedente a presente ação, condenando a requerida a reparar os danos causados ao requerente em conformidade aos orçamentos ora apresentados; 
4 – A condenação da ré ao pagamento de indenização por perdas e danos, no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), referentes ao conserto do veículo, de acordo com o menor orçamento.
5 - A condenação da ré ao pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), correspondente aos lucros cessantes referentes ao período em que a empresa ficou impossibilitada de transportar os seus produtos, e ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), relativas ao prejuízo suportado com seus fornecedores e locador do imóvel, em vista da ausência do faturamento no período. 
6 - A condenação da ré no pagamento de custas processuais e honorários de advogado, no percentual de 20% (vinte por cento).
7 - a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, inclusive documental, depoimento e testemunhal;
V - Valor da causa
Dá-se à causa o valor de R$ 75.000,00 (Setenta e cinco mil reais)
Nestes termos,
 
Pede deferimento
Bauru-SP, data
Advogado
 OAB nº
14
NPJ

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