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TIPOS DE DIETAS QUE PODEM SER OFERECIDAS NOS HOSPITAIS[1]

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TIPOS DE DIETAS QUE PODEM SER OFERECIDAS NOS HOSPITAIS
	
	As dietas hospitalares podem ser dietas normais e dietas especiais, esclarecendo-se o seguinte:
	* Dieta normal: Dieta balanceada em nutrientes. Adequada para indivíduos cuja patologia não exige nenhuma modificação alimentar. Fornece ao organismo todos os elementos necessários ao crescimento, á reparação dos tecidos e ao funcionamento normal dos órgãos.
	* Dieta especial: Apesar de ser adequada em nutrientes, tem suas características físicas e químicas modificadas a fim de melhor atender às necessidades do indivíduo. Essas modificações são feitas de acordo com alguns critérios, a saber: sabor, temperatura, consistência, quantidade de resíduos, quantidade de nutrientes e via de administração.
Modificações quanto ao sabor: a dieta pode ser doce, salgada, mista, ou ainda, de sabor suave ou moderado, intenso ou excitante. Devem-se evitar altas concentrações de açúcares, sal, ácidos e condimentos.
Exemplo: Quando um paciente apresentar um quadro de anorexia e sua doença não requerer nenhuma restrição alimentar, poderá lhe ser oferecida uma dieta com um sabor mais intenso, utilizando-se vários tipos de ervas naturais no tempero de sua refeição, de modo a estimular seu apetite.
Modificações quanto à temperatura: a dieta pode ser oferecida em temperatura ambiente, quente, fria ou mesmo gelada, dependendo de seu tipo. Os alimentos quentes produzem maior saciedade que os frios.
Exemplo: A pacientes que passaram por uma cirurgia de amígdalas, devem ser oferecidas dietas geladas. Já a dieta por sonda deve ser administrada em temperatura ambiente.
Modificações quanto ao volume: O volume de alimento deve ser oferecido conforme a capacidade gástrica do paciente e as necessidades ou restrições que se fizerem necessárias de acordo com a sua patologia.
Exemplo: Em caso de paciente que passou por uma intervenção cirúrgica do estômago, como a gastrectomia subtotal, por exemplo, a dieta deve ser iniciada com um volume reduzido de alimento, sendo este aumentado gradativamente.
D) Modificações quanto à consistência: A dieta pode ter consistência normal, branda, pastosa, semilíquida (líquido-pastosa) e líquida, em ordem progressiva, da mais consistente e completa a menos consistente e mais restrita.
* Consistência normal - destina-se ao paciente cuja patologia não determina nenhuma alteração alimentar. Tem por finalidade fornecer calorias e nutrientes em quantidades diárias recomendadas para a manutenção da saúde do indivíduo. Suas preferências, crenças e religiões devem ser respeitadas.
Preparações indicadas: saladas cruas e cozidas; carnes cozidas, grelhadas, assadas e fritas; vegetais crus ou cozidos, refogados ou fritos; frutas cruas, em compotas, assadas;purês; pastelaria; sopas; bolos e doces em geral; óleos, margarinas.
Consistência branda – dieta que facilita a digestão, diminuindo o tempo de sua realização. Possui menor quantidade de resíduo e todos os alimentos são modificados por cozimento ou mecanicamente (picados, ralados, moídos), para abrandar as fibras, dando-lhes uma consistência menos sólida. É também indicada para pacientes com restrição de mastigação.
Preparações indicadas: saladas cozidas (vegetais cozidos e temperados com molho simples); carnes cozidas, assadas e grelhadas; vegetais cozidos e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas em forma de sucos, cozidas, assadas, compotas, bem maduras sem casca; torradas, biscoitos e pães não integrais; pastelaria de forno; sopas; óleos vegetais, margarinas (não utilizar frituras).
Consistência pastosa – dieta que objetiva proporcionar certo repouso digestivo e facilitar a digestão dos alimentos. É indicada para pacientes com falta de dentes, dificuldade de deglutição e, ainda, para os que se encontram em fase crítica de doenças crônicas, como insuficiência cardíaca e respiratória. A fibra também está diminuída ou modificada pelo cozimento.
Preparações indicadas: leite e derivados (queijos cremosos, naturais ou coagulados); carnes moídas, desfiadas ou souflês; ovo (quente, pochê, cozido); frutas (cozidas, em purês, em sucos); sopas (massas, legumes liquidificados, farinhas e canjas); arroz papa; pão e similares (torradas, biscoitos tipo maisena); óleos vegetais, margarinas, creme de leite; sobremesas (sorvetes, geléia, gelatinas, doces em pasta, cremes, frutas cozidas).
Consistência semilíquida (líquido-pastosa) – objetiva manter o repouso digestivo ou atender às necessidades do paciente quando alimentos sólidos não são bem tolerados. O valor calórico desse tipo de dieta é menor do que o das já citadas, em virtude de uma maior limitação em relação aos alimentos permitidos e o tipo de preparação utilizada.
Preparações indicadas: água e infusos (café, chá, mate); sucos ( de carnes, verduras e frutas) coados; purê de vegetais; caldos de carne e vegetais desengordurados; sopas espessadas, liquidificadas; leite, coalhada, creme, queijos cremosos, margarinas; frutas em papa ou liquidificadas; sobremesas (sorvetes, gelatinas e pudins).
Consistência líquida completa – dieta composta totalmente por preparações líquidas. Visa a fornecer nutrientes de forma a exigir o mínimo esforço no processo de digestão e absorção. É indicada quando se deseja um repouso gastrintestinal maior do que nos casos anteriores( pós-operatórios, transtornos gastrintestinais).
Preparações indicadas: leite, iogurte, leite geleificado, creme de leite; gelatinas, geléia de mocotó, sorvetes; bebidas (café, chá, chocolate, gemadas, suco de frutas e vegetais coados); papas de cereais; sopas de vegetais liquidificados e coados, caldo de carne, caldo de feijão; ovo quente; óleos vegetais, margarinas, creme de leite; alimentos espessantes (farinhas pré-cozidas, isolados protéicos e clara de ovo).
Consistência líquida restrita ou cristalina – dieta muito restrita. Geralmente é utilizada no pré-operatório, no pós-operatório ou em preparo de exames. Fornece um mínimo de resíduos para proporcionar o máximo de repouso gastrointestinal. Por ter baixo valor nutritivo e calórico, não deve ser utilizada por um período superior a três dias.
Preparações indicadas: água e infusos adocicados (chá, café e mate); sucos de frutas coados; caldo de carnes e legumes coados; geléia de mocotó, picolés de suco de frutas coadas, gelatina.
Modificações quanto à quantidade de resíduos – as dietas são classificadas de acordo com a quantidade de resíduo que oferecem, podendo ser:
Isenta de resíduos – quando se deseja um repouso gastrointestinal.
Exemplo: dieta para gastroenterites.
Com pouco resíduo – quando se deseja um repouso gastrointestinal moderado.
Exemplo: dietas indicadas no tratamento de diarréias moderadas.
Ricas em resíduos – quando se deseja estimular o trânsito gastrointestinal.
Exemplo: dietas indicadas no tratamento de constipações intestinais.
Modificações quanto ao teor de nutrientes – a dieta poderá ter diminuição, restrição ou aumento de um ou mais nutrientes, independentemente de sua consistência. A seguir, estão citados alguns exemplos:
DIETA HIPERPROTEICA : - dieta com quantidade de proteína maior do que o normal. Geralmente, essa dieta é enriquecida com alimentos ricos em proteína de alto valor biológico ( leite, carnes magras, ovos) ou complementos industrializados com composição química definida (clara de ovo em pó, caseinato de cálcio). É indicada para pacientes que se submeteram a grandes traumas ou que apresentam algum grau de desnutrição.
DIETA HIPOPROTEICA: dieta com quantidade de proteína menor do que a dieta normal. É indicada para pacientes com problemas de insuficiência renal e doenças hepáticas com encefalopatia. Normalmente, é uma dieta que apresenta uma baixa aceitação por parte dos pacientes, já que o hábito alimentar do brasileiro é o de consumir grande quantidade de proteína e por estar essa dieta associada, geralmente, à restrição de sal.
DIETA HIPOCALÓRICA – dieta com quantidade de caloria menor do que a normal.A redução calórica é feita com diminuição dos alimentos ricos em carboidratos, principalmente os carboidratos simples e os alimentos ricos em gorduras saturadas. É indicada para controle e perda de peso corporal e para pacientes diabéticos que necessitam perder peso.
Hipertenso (HAS) DIETA HIPOSSÓDICA – dieta com pouca quantidade de sódio (sal). Nesse tipo de dieta, é reduzido ou retirado não somente o sal de adição das refeições, mas também os alimentos que contém grande quantidade de sódio em sua composição ou em seu preparo e conservação, como as carnes vermelhas, os embutidos e os enlatados. É indicada no tratamento de hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, cirrose com ascite, diabetes e insuficiência renal.
DIETA HIPOLIPÍDICA – dieta pobre em lipídios( gorduras). A redução de gordura é feita com diminuição ou restrição de alimentos gordurosos, principalmente os de origem animal, e do uso de gorduras saturadas, provenientes principalmente de frituras. É indicada no tratamento das dislipidemias, doenças hepáticas, diabetes e doenças de má absorção, é indicada também para o controle de peso.
Diabético (DM) DIETA HIPOGLICÍDICA – dieta pobre em carboidratos. As dietas hipoglicídicas normalmente apresentam um valor calórico mais baixo que o normal, já que a melhor fonte calórica é obtida através dos carboidratos. A restrição deve se relacionar principalmente à ingestão de carboidratos simples. É indicada no controle de peso e no tratamento do diabetes.
DIETA COM CONTRLE DE POTÁSSIO – O potássio é largamente distribuído nos alimentos, mas a sua maior fonte enconta-se nas frutas e vegetais. Portanto, nas dietas tanto de restrição, como de suplementação de potássio, o consumo do grupo de alimentos que contém este nutriente deve ser, respectivamente, reduzido ou aumentado. É indicado no tratamento da hipopotassemia decorrente do uso de diuréticos, em casos de insuficiência cardíaca e de insuficiência renal.
Existem alguns estados patológicos que requerem dietas especiais, como a diarréia e a constipação.
DIETA PARA CONTROLE DE DIARRÉIA – dieta que, além de ter uma consistência branda, deve conter alimentos constipantes (ou obstipantes): batata, arroz, cenoura, chuchu, mandioca, banana prata, maçã, frango cozido sem gordura, goiaba e evitar alimentos que aceleram o trânsito intestinal, como vegetais crus e frutas com casca. Deve-se ter uma atenção especial quanto ao consumo de líquidos, para evitar desidratação.
DIETA PARA CONTROLE DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL – dieta rica em alimentos laxantes, como os vegetais crus (alface, almeirão, couve, repolho, agrião, tomate) e cozidos (espinafre, abóbora, beterraba, inhame, taioba, brócolis), algumas frutas (laranja com bagaço, mamão, manga, abacate, mexerica), alimentos ricos em fibras, como os pães e cereais integrais, farelo de trigo e aveia.É importante um consumo maior de água.
Modificações quanto à via de administação – as dietas podem ser administradas por via oral, enteral e/ou parenteral. As dietas por via nasogátrica e enteral são comumente denominadas dietas de nutrição enteral e as por via parenteral são chamadas dietas de nutrição parenteral.
NUTRIÇÃO ENTERAL - a alimentação enteral é utilizada quando o paciente não tem condições de receber por via oral todos os nutrientes adequados às suas necessidades e suas funções gastrointestinais se encontram normais. Essa alimentação é administrada via sonda, de forma lenta e contínua (gota a gota), ou intermitentemente (por porções ao longo do dia).
As dietas enterais, por serem administradas diretamente no trato gastrointestinal, estão sujeitas a uma maior contaminação do que as dietas oferecidas por via oral. Assim sendo, é necessário cuidado maior durante seu preparo e sua administração, para evitar qualquer tipo de contaminação, tais como:
As dietas enterais devem ser manipuladas e preparadas em áreas específicas para este fim;
A dieta enteral não industrializada deve ser administrada imediatamente após sua manipulação, enquanto a dieta enteral industrializada deve ser administrada conforme as recomendações do fabricante;
O transporte da dieta enteral deve ser feito em recipientes térmicos exclusivos para este fim, por um período máximo de 2 horas;
Quando for necessária a conservação da dieta enteral na unidade de enfermagem, esta deve ser mantida sob refrigeração em geladeira exclusiva para medicamentos;
A enfermagem, ao receber a dieta enteral, deve proceder à correta lavagem das mãos, antes de administrar a dieta;
A enfermagem deve confirmar a localização da sonda e sua permeabilidade, nome do paciente, horário e dose, antes de iniciar a administração;
As complicações possíveis decorrentes da dieta enteral devem ser observadas (diarréias, vômitos, distensão abdominal e outros);
Na administração da dieta na forma intermitente (dividida por porções ao dia) deve-se fazer aspiração gástrica antes de cada refeição, a fim de avaliar o aproveitamento da dieta.
NUTRIÇÃO ENTERAL - a alimentação enteral é utilizada quando o paciente não tem condições de receber por via oral todos os nutrientes adequados às suas necessidades e suas funções gastrointestinais se encontram normais.
NUTRIÇÃO PARENTERAL - dieta administrada para o paciente, utilizando-se de outra via, que não o trato digestivo. As duas principais vias utilizadas são a subcutânea e a endovenosa. A primeira é menos utilizada em virtude das limitações relacionadas aos líquidos que podem ser utilizados; a segunda consiste no uso de nutrientes já na sua forma própria para utilização pelo organismo.

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