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O uso de fluoretos em Odontopediatria

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Diego Mardegan 
 
1 O uso de Fluoretos em Odontopediatria 
Histórico 
 Introduzido na odontologia a partir da observação da correlação entre 
populações com dentes manchados e a redução na incidência de cárie. 
 Estudos epidemiológicos associaram a redução de cárie à presença de flúor 
na água. 
 Desde então, os fluoretos foram introduzidos em diversos produtos e a 
principal questão diz respeito a fluorose dental, causada pelo excesso de 
ingestão de flúor. 
 
Fontes de flúor 
 Água fluoretada 
 Amplamente utilizada pela relação custo-benefício 
 O flúor deve estar sob concentração constante de 0,6 a 0,8 mg F/ l 
 Heterocontrole: meio de fiscalizar o nível de flúor presente na água 
 Água mineral: valor muito acima ou muito abaixo do recomendado 
 Dieta 
 Frango, carne, alimentos industrializados e leite podem conter até 2 
ppm de flúor. 
 Suplementos fluoretados 
 Ausência de comprovação científica sobre o efeito anticárie 
 A posologia é baseada em estudos epidemiológicos e empírico 
 Contraindicado devido ao declínio da cárie, fenômeno de polarização, 
risco de fluorose e pelo mecanismo de ação tópico do flúor. 
 Dentifrícios 
 Remoção mecânica do biofilme e aplicação tópica de flúor 
 As indicações e contraindicações variam de acordo com o risco a 
cárie e idade da criança. 
 Cerca de 80% do dentifrício é ingerido pela criança e associado à 
dieta e água fluoretada pode exceder a dose diária de 0,07 mg/F. 
 
 
 
 
Diego Mardegan 
 
2 O uso de Fluoretos em Odontopediatria 
Faixa de risco 
 Idade: 0 a 6 anos – formação de incisivos e molares decíduos, e caninos, 
pré-molares e segundos molares permanentes. Cuidado com a associação 
de fluoretos da dieta e dentifrícios. 
 A alta ingestão nessa fase acarretará em fluorose em grau moderado a 
severo, que aumenta a susceptibilidade a cárie. 
 Fase de amelogênese: determina a severidade de agressão ao esmalte em 
formação. 
 
Mecanismo de ação 
 Uso tópico: ação local sob concentração constante no meio bucal e 
superfície do esmalte, alterando as propriedades físico-químicas da saliva, 
reduzindo a perda mineral. 
 O flúor ingerido é levado pela corrente sanguínea e retorna a cavidade 
através do fluido gengival e saliva. 
 O esmalte dentário é formado por hidroxiapatita carbonatada, uma forma 
mais solúvel diante da redução do pH (5,5); o fluoreto reage com os 
produtos da dissolução, formando fluoreto de cálcio, que fica na superfície 
do esmalte e envolto por fosfatos e proteínas. 
 Diante de um desafio ácido, a camada é removida, o fluoreto de cálcio libera 
os íons flúor e cálcio e o pH é restabelecido, promovendo a remineralização. 
 Quando a concentração de flúor é constante na cavidade bucal e há lesões 
de cárie com dentina exposta, a queda do pH aumenta a formação de 
fluoreto de cálcio pela dissolução mineral. 
 Dentes recém-irrompidos também permitem maior formação de fluoreto de 
cálcio, pois é uma estrutura pobremente mineralizada. 
 
Métodos caseiros 
 Dentifrício fluoretado: a partir da erupção do primeiro dente decíduo com 
quantidade adequada, aumentando progressivamente de acordo com a 
erupção dos demais. 
 500 ppm F: baixa atividade de cárie e acesso a água fluoretada 
 
Diego Mardegan 
 
3 O uso de Fluoretos em Odontopediatria 
 1100 ppm F: presença de cárie ativa 
 A escovação deve ser supervisionada e as crianças devem ser estimuladas 
a cuspir. 
 Frequência: duas vezes ao dia, privilegiando a escovação noturna 
 
Métodos profissionais 
 Compensar o mau uso de fluoretos, deficiência de medidas preventivas ou 
de acordo com a necessidade do paciente. 
 Indicações: cárie ativa, dentes recém-erupcionados, deficiência salivar, 
tratamento ortodôntico, e paciente com necessidades especiais. 
 Meios adequados para fazer o uso de fluoretos sem aumentar a ingestão. 
 Veículos tópicos: gel, espuma, solução e verniz – indicados de acordo com a 
capacidade da criança em se adequar ao método. 
 Verniz (22600 ppm F): crianças menores, maior conforto, rápido e 
seguro, liberação lenta do flúor e necessita permanecer em contato 
com o dente por pelo menos 6 horas – orientar a não escovar durante 
esse período. A superfície deve estar úmida antes da aplicação e o 
frasco deve ser homogeneizado antes do procedimento. 
 Gel: aplicado com moldeira ou cotonete (por quadrante), utilizar 
sugador, produto tixotrópico, aplicado por 1 a 4 minutos, remover o 
excesso com gaze e instruir a criança a cuspir. Gel a 1,23% acidulado 
e 2%: o primeiro é mais concentrado, pois o flúor está na forma iônica 
(pronto para reagir). Orientar a não ingerir água e se alimentar por 30 
minutos após a aplicação. 
 Soluções: indicadas e utilizadas para bebês na concentração de 
0,02% ou 0,05%, são aplicadas com cotonete. 
 Bochechos: contraindicados para crianças menores de 6 anos – risco 
de deglutição.

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