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NEUROSE

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NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO
Psicopatologia – dividi-se basicamente em três grandes estruturas.
Ao profissional do Direito – não cabe a função de diagnosticar que é exclusiva dos especialistas em Saúde.
Porém é útil o conhecimento de sinais, ou seja, manifestações visíveis porque estes sugerem linhas de ação para aqueles que os observam.
NEUROSE
O psiquismo encontra-se ligado à realidade, a personalidade geralmente está socialmente adaptada, sendo os sintomas quando existentes reconhecidos como patológicos, embora nem sempre a pessoa seja capaz de associá-los a dificuldades de ordem emocional.
Pode-se dizer que a neurose ocorre quando existe um conflito entre o ego e o id, e os assim chamados mecanismos de defesa constituem um modo através do qual o ego impede a demanda de impulsos instintivos e inaceitáveis produzidos pelo id.
 PSICOPATOLOGIAS ASSOCIADAS À NEUROSE
Neurose obsessiva-compulsiva = personalidade rígida, é moralmente correto, asseado, pontual, controlador. Apresenta compulsão nas atividades e humor limitado.
Neurose histérica = necessita se sentir o centro das atenções, não tolera ser desprezado. Possui gosto pela sedução, erotismo, sensibilidade estética e a apreciação por parte dos demais.
Neurose fóbica/síndrome do pânico = temor excessivo e/ou de evitação do objeto, inofensivo, ao qual a fobia está direcionada. Geralmente o sujeito está adaptado, apresentando reações e desorganização apenas quando o estímulo que causa a fobia está presente.
Neurose hipocondríaca = preocupação constante com a presença eventual de uma ou várias doenças reais ou imaginárias. O sujeito manifesta queixas recorrentes e persistentes, ou preocupação duradoura com a sua aparência física 
PSICOSE
Maior comprometimento psíquico, criação de uma nova realidade, um mundo à parte que só é reconhecido pelo próprio sujeito. Os sintomas incluem delírios e alucinações ( distúrbios da percepção).
Incapacita o sujeito , tornando impossível construir uma vida laboral ou até mesmo familiar, devido a perturbações de autopreservação. 
Desorganização do pensamento e outros comprometimentos.
O ego a serviço do id.
Esquizofrenia = Esquizo = cisão/divisão e Frenia = personalidade/alma, ou seja, representa a ruptura com a realidade.
Possuem comportamentos bizarros ou estranhos, geralmente se isolam devido à dificuldade de socialização, podendo apresentar comportamentos sexuais inadequados e agressivos. 
Paranóia = Apresenta desconfiança e delírios de perseguição. É rígido, inadequado, reservado, o humor é instável, tem poucos amigos em razão dos pensamentos persecutórios. O conteúdo dos delírios pode envolver também sentimentos de grandeza e pensamentos dessa ordem, nos quais o sujeito acredita que deve salvar o mundo ou que recebeu uma mensagem divina e por somente ele deter o conhecimento é perseguido.
Psicose maníaco-depressiva = oscilação entre os ciclos de mania (euforia extrema) e depressão (tristeza profunda). Na fase maníaca, apresenta grande energia, atividade incessante e bem-estar exagerado. A impulsividade e a excitação motora podem ser acentuadas, e suas ideias de grandiosidade e invencibilidade estão presentes e se manifestam através de um falar quase ininterrupto (taquilalia). Juízo desordenado, capacidade para concluir pensamento diminuído. Ideação suicida durante fase depressiva assim como condições emocionais dolorosas (desgraça, desesperança,culpa, desespero etc.) 
PERVERSÃO
Verbo latino – pervertere = corromper, desmoralizar, depravar, ou seja, necessidade do sujeito tirar proveito do outro, manipulando-o, desmoralizando-o. 
O sujeito perverso não respeita normas e regras,mais transgride valores em benefício próprio.
Numa perspectiva sócio-histórica e clínica, a perversão poderia constituir em uma única anomalia psíquica do indivíduo, ou fazer-se acompanhar por alguma doença mental intercorrente. 
 O comportamento do pervertido seria, então, determinado pelo seu nível intelectual: enquanto as perversões dos com o "nível intelectual inferior" seriam impulsivas, brutais, praticadas sem rebuço, as dos "indivíduos de bom nível intelectual" seriam quase sempre astuciosas, dissimuladas, encobertas. 
Por se desviarem de forma mais grave do comportamento tido como normal do ponto de vista social, os entre os atos mais apontados como perversões destacam-se os desvios sexuais: sadismo, masoquismo, pedofilia, exibicionismo, voyeurismo, etc. 
Na medicina sexual moderna, considera-se perversão quando o comportamento individual de excitação sexual somente se dá em resposta a objetos ou situações diferentes das tidas como normais, e quando esse comportamento interfere na capacidade do indivíduo de ter  relações sexuais e/ou afetivas tidas como normais, dá-se o nome a essa disfunção de parafilia .
Simbolização flexível: Devido à sua subversão aos ditames sociais tidos como verdades, aplicáveis em contextos culturalmente determinados, o perverso percebe o mundo através de um descolamento parcial entre signo e significado, que, comparado à percepção simbólica restrita acometida aos neuróticos (e ainda mais restrita, no caso de pessoas estruturadas psicoticamente), lhe possibilita uma margem de percepção menos restrita aos discursos sociais (sejam dominantes ou alternativos), porém também o traz um incômodo com uma falta de proximidade em seus laços com outras pessoas, graças à falta de significado emocional de símbolos socialmente difundidos.
Fetiche:  o perverso também possui emoções atreladas à simbolização, porém de forma muito mais concentrada, dada a escassez de símbolos emocionalmente significativos. Assim, perversos concentram sua libido em um único, símbolo valorativo, que independe da pessoa que o carrega (pode ser uma característica de uma parte do corpo, algum adereço, cheiro, ou qualquer forma a ser percebida e atribuída valor). Há perversos que encontram restrição a um único símbolo atrelado à sua sexualidade e grande carga emocional, encontrando dificuldades para relacionar-se pessoalmente com a pessoa que carrega tal característica, mas também é possível uma flexibilidade aberta à ressignificação para uma ampla gama de formas perceptivas
Sedução: Graças à sua flexibilidade simbólica, não raro o perverso encontra-se distante das representações sociais que aproximam pessoas com um senso de união, o que o leva à possibilidade de utilizar-se de tais recursos sem envolver-se emocionalmente. Assim, diversas formas de comunicação com peso emocional, como a incitação sexual, o choro, a dependência financeira, perversos podem influenciar de forma que são percebidos em seus relacionamentos. Tal possibilidade é frequentemente (e as vezes compulsivamente) utilizada para satisfazer a necessidade que sentem de manutenção de sua organização fantasiosa de si e de mundo. Assim, grande parte de seus recursos psíquicos mobilizam-se para a manutenção de padrões de relacionamentos com um senso de controle, devido ao significativo terror que sentem quanto à movimentação autônoma do outro, que revive temores primordiais de serem controlados pelas expectativas e significações alheias que não respeitaram sua individualidade.

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