Buscar

Transp Beterraba

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �1�
UDESC – CAV
DEPARTAMENTO de AGRONOMIA
DISCIPLINA de OLERICULTURA 
BETERRABA (Beta vulgaris)
Planta possível de ser utilizada com vários fins: olerícola (consumo in natura), forrageira, açucareira e álcool. 
Além disso, na industrialização podem ser encontrados os seguintes produtos a partir da beterraba: Conserva, corantes, sopas, iogurtes e catchup.
No Brasil é utilizada somente para consumo in natura e conserva.
 
Valor nutritivo:
Vitamina A, Ferro, Na
Cor vermelha na raiz, hipocótilo e nervuras: antocianina
É uma quenopodiácea, mesma família do espinafre (Spinacia oleracea) e acelga (Beta vulgaris var. cicla)
Origem:
Europa e norte da África
É planta bianual, com alta necessidade de frio para florescer. Por isso 100% da semente é importada, pois não foi identificado no Brasil um clima que possibilite boa floração desta planta.
Flores:
Pendão floral com 60 a 100cm e espiga ramificada
Frutos:
Glomérulo corticoso (mais ou menos 4mm por diâmetro) com 2 a 5 sementes.
As “sementes” são comercializadas nos frutos ou na forma “descortiçada”
O sistema hipocótilo/raiz é pivotante, podendo atingir até 60cm de profundidade e tem pouca ramificação lateral.
Possui sabor acentuado doce, com até 20% de açúcar (peso fresco) nas cultivares açucareiras.
A parte comercializável (hipocótilo), cresce quase que totalmente acima da superfície do solo.
Cultivares
Foram todas importadas e adaptadas ao Brasil. Introdução mais conhecida: Asgrow Wonder (Early Wonder)
Muito precoce (60 dias), “raízes” arredondadas.
Colheita tardia torna produto alongado (baixo valor comercial) e fibroso.
Tem ótima qualidade para consumo como salada.
Folhas grandes, eretas e de coloração forte excelente para comercialização em maços.
Detroit
Para industria (EUA).
Tardias e com “raízes” longas.
Pouco difundida no Brasil.
Cultivares precoces apresentam “raízes” achatadas
Cultivares tardias apresentam “raízes” alongadas
É a 14ª hortaliça em produção e a 20ª em importância econômica no Brasil.
SC produz próximo de 7.000 t/ano (10% da produção nacional)
São Paulo – 50% e Rio Grande do Sul - 15%
Mão de obra maior que 40% do custo 
Adubos 21% do custo
Agrotóxicos 9% do custo
Acima de 60% da produção é comercializada por intermediários 
Comércio exterior é muito baixo (Argentina e Paraguai)
Santa Catarina tem um dos mais altos consumos per capta.
Regiões produtoras: Grande Florianópolis, Urubici, Região Carbonífera, Médio Vale do Itajaí.
�
Clima
Planta de clima temperado
Bom desenvolvimento com temperatura entre 10 e 20°C
Resiste bem ao frio. As folhas morrem com a geada mais a planta rebrota
Não produz bem no calor:
Ataque nas folhas (Cercospora beticola)
Coloração clara internamente 
Diminui o teor de açúcar
Sul do Brasil, maior que 800mts de altitude, pode-se semear o tempo todo. A baixo de 400 metros - semeadura de Abril a Junho.
No inverno tem temperatura para crescer, mas morte das folhas não permite crescimento.
Solo e Adubação
Muito sensível a acidez ( ideal de 6,0 a 6,8) ideal acima de 6,2
Deficiência B em pH alto
Exigência em nutriente:
Alta de N e B 
Média de K e S
Baixa de P e Mg
N – as recomendações variam muito na bibliografia (tipo de solo, formas de aplicação, umidade e destino do produto)
Altas doses: aumentam o diâmetro, diminuem a cor e diminuem a SST.
Extrai até 275 Kg/ha (para produção de 65 t/ha ), em média aproximadamente acima de 100 Kg/ha .
Forma nítrica é a melhor resposta.
P – Pouca pesquisa 
Em solos com baixa MO o SPS é mais eficiente, devido ao Ca e S.
K – Média a alta exigência. Até 475 Kg/ha para alta produtividade (65 t/ha) 
Teores acima de 145 ppm no solo, não há resposta.
Alteração de espaçamentos não alteram os teores de nutrientes nas folhas e raízes.
Aumento relativo de produção, com aplicação de NPK, é próximo ao tomate.
Preparo do Solo:
Pode ser muito variável, pois pode ser propagado por semente ou muda.
Propagação:
Mudas ou semeadura direta no campo?
Melhores resultados com semeadura direta ( EPAGRI – ITAJAÍ)
Maior Produtividade com maior qualidade!
Em algumas situações pode ser vantajosa a produção de mudas. Ex:
Produtor de beterraba, no planalto catarinense, para venda a industria de conserva.
Indústria necessita de beterrabas grandes (maior que 350g) da cultivar “ Evergreen”.
Usa se até 10 Kg/ha – Semeadura direta e até 4 Kg para formar mudas.
Maior parte das sementes é comercializada no glomérulo (2 a 4 sementes)
Espaçamento:
10 a 15 cm entre plantas
25 a 30 cm entre as filas
Ex: 10 por 30 igual a 333,333 plantas/ha 
30 cm – facilita a limpeza (capina)
Uso de canteiros não é obrigatório. Não necessita arrancador.
Desbaste – quando estiverem com 5cm de altura.
Não é recomendado replantar as plantas que foram desbastadas. Estas plantas são retiradas por serem menos vigorosas, de baixa qualidade.
�
Irrigação: 
Falta de água: diminuição da produtividade e aumento das fibras.
Colheita:
Com 60 a 70 dias – atrasar é arriscado.
Raízes com até 300g arredondadas e de coloração intensa e uniforme.
Pode-se colher mais de uma vez (uniformidade)
Produtividade 20 a 35 t/ha 
Caixa K com 23 a 24 Kg.
Opção de comercialização em maços

Continue navegando