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TRABALHO SOBRE RELAÇÃO DE TRABALHO

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3 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
3.1 Definições
Existem diversas definições importantes para que possamos compreender o direito do trabalho 
individual. Essas definições serão dadas a seguir.
3.1.1 Relação de trabalho
É um gênero que engloba todas as relações em que se tem prestação de serviço por pessoa física 
para outro tomador. Exemplos: trabalho voluntário, autônomo, eventual, empregado.
3.1.2 Relação de emprego
É uma das espécies da relação de trabalho e forma-se sempre que o trabalho for prestado por um 
empregado para um empregador.
A doutrina critica muito a expressão “contrato de trabalho”, que é utilizada em direito como sinônimo 
de relação de emprego, e afirma que a denominação deveria ser “contrato de emprego”.
3.1.3 Elementos caracterizadores da relação de emprego e de empregado
Os elementos caracterizadores da definição de empregado estão no Artigo 3º da CLT: “considera-
se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob 
dependência deste e mediante salário” (BRASIL, 1943).
Para compreender a definição exposta, passamos a descrever as partes:
• Pessoa física: o trabalho deve ser prestado sempre por uma pessoa física.
• Continuidade: o empregado presta serviços com regularidade, constantemente, de forma não 
eventual. Há um trato sucessivo na relação entre as partes, que perdura no tempo.29
Direito trabalhista e social
• Pessoalidade: o contrato de trabalho é celebrado intuitu personae, nos casos em que o 
serviço seja executado sempre por uma mesma pessoa. Pessoalidade significa, em primeiro 
lugar, a intransferibilidade, por iniciativa unilateral do prestador, dos serviços a serem 
prestados por ele; e em segundo lugar, indissociabilidade entre o trabalhador e o trabalho 
que presta.
• Onerosidade: o empregado recebe salário por seu trabalho prestado ao empregador. O empregado 
tem o dever de prestar serviços e o empregador, em contrapartida, deve pagar salários ao serviço 
prestado.
• Subordinação: conceitualmente, poderíamos dizer que subordinação é uma situação em 
que se encontra o trabalhador decorrente da limitação contratual da autonomia de sua 
vontade, para o fim de transferir ao empregador o poder de direção sobre a atividade que 
desempenhará. Assim, o obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, 
sendo dirigido por ele.
• Alteridade: significa que o empregado presta serviços por conta alheia. É requisito do contrato 
do trabalho o empregado prestar serviços por conta alheia e não por sua conta.
3.1.4 Empregado
Segundo o Artigo 3º da CLT (BRASIL, 1943), o empregado é a pessoa física que presta serviços de 
natureza não eventual a um empregador, sob dependência dele e mediante salário.
3.1.5 Tipos de empregados
Empregado rural
Pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual 
a empregador rural diretamente em atividade agrícola ou pecuária ou em atividade industrial agrária, 
sob dependência dele e mediante salário. Assim, empregado rural é aquele que presta serviços em 
propriedade rural, continuadamente e mediante subordinação. Exemplos: trabalhador que cultiva a 
terra, cuida do gado, administra a fazenda etc.
A Lei nº 5.889/73 em seu Artigo 2º, determina que a única diferença entre empregado rural e o 
urbano é o fato dele prestar serviços em propriedade rural. Com a Constituição de 1988, os direitos dos 
trabalhadores rurais foram igualados aos dos trabalhadores urbanos.
Empregado doméstico
É aquele que presta serviços continuados, de natureza não econômica, à pessoa ou à família, no 
âmbito residencial.
Devemos interpretar a definição exposta com alguns cuidados. O critério de atividade não lucrativa 
tem o objetivo de excluir do conceito do doméstico todo trabalho que, embora realizado no âmbito 30
Unidade i
residencial, não seja destinado ao desenvolvimento da vida do lar, mas a uma unidade comercial ou 
industrial. Por exemplo, a doméstica que ajuda a patroa na venda de docinhos deve ser considerada 
empregada, e não doméstica.
Outra questão diz respeito “ao âmbito residencial”. Esse conceito abrange não somente os afazeres 
dentro da residência, mas todo externo que tenha relação com a função. O motorista, por exemplo, é 
empregado doméstico, mas fica mais tempo na rua do que dentro da residência.
A Lei nº 5.859/72, em seu Artigo 1º, determina que o empregado doméstico, assim considerado, é 
aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no 
âmbito residencial.
São direitos reconhecidos à categoria pela Constituição Federal em seu Artigo 7º (Brasil, 1988):
• salário mínimo;
• irredutibilidade salarial;
• décimo terceiro salário;
• repouso semanal remunerado;
• aviso prévio;
• licença gestante de 120 dias;
• licença paternidade;
• férias com remuneração acrescida de 1/3;
• aposentadoria.
A Lei nº 11.324 de 2006 acrescentou mais alguns direitos:
• férias de 30 dias anuais;
• a proibição de descontar do salário do empregado o fornecimento de alimentação, vestuário e 
moradia;
• a proibição da dispensa arbitrária ou sem justa causa da gestante, desde a confirmação da gravidez 
até 5 meses após o parto.
Direitos que não são previstos para essa categoria:
• horas extras;
• FGTS.31
Direito trabalhista e social
Empregado aprendiz
É a contratação de pessoa entre 14 e 24 anos, que recebe formação profissional metódica no trabalho 
ou é matriculado em Curso do Serviço Nacional de Aprendizagem ou outra entidade qualificada. Sua 
jornada não excede 6 horas diárias, sendo pago a ele o salário mínimo-hora.
De acordo com o Artigo 428 da CLT (Brasil, 1943), o contrato de aprendizagem é um contrato de 
trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado – não pode exceder a 2 anos, exceto em 
caso de deficientes.
São exigências desse tipo de contrato:
• anotação na CTPS;
• matrícula e frequência do aprendiz à escola e inscrição em programa de aprendizagem;
• duração máxima do contrato de 2 anos (exceto no caso de pessoas deficientes);
• jornada de trabalho de 6 horas diárias;
• garantia do salário mínimo-hora;
Empregado público
É aquele que presta serviços a órgãos públicos. Contratado pela CLT – caso das empresas públicas 
(Correios) e sociedades de economia mista (Petrobras). Ele pode ser demitido, mas se faz necessário um 
processo administrativo para apurar a falta cometida.
Empregado acionista
Enquanto existir o requisito da subordinação, ele pode ser empregado e acionista. Caso detenha 
quantidade de ações suficientes para definir os rumos da empresa, desaparecerá a subordinação, 
descaracterizando a relação de emprego.
O mesmo ocorre com o diretor de sociedade, conforme visto na Súmula 269 do TST: “o empregado 
eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando 
o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de 
emprego” (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, 1988).
Estagiário
O estagiário não é empregado, pois o estágio não cria vínculo de emprego.
Ele poderá receber bolsa de estudos ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada 
pelas partes. A jornada de trabalho atual é de 6 horas diárias, tendo direito a férias.32
Unidade i
O estágio deverá ocorrer mediante termo de compromisso celebrado entre o estudante e a empresa, 
com interveniência obrigatória da instituição de estágio.
Trabalhador autônomo
É a pessoa física que exerce, por conta e risco próprio, atividade econômica de natureza urbana, com 
fins lucrativos ou não. O que o diferencia do empregado é o fato de o trabalhador autônomo não ser 
subordinado.
Um ponto a ser comentado é que o empregado é protegido e regulamentado pela CLT, enquanto 
que o trabalhador autônomo é o prestador de serviço regido pelo Código Civil ou Código de Defesa do 
Consumidor, dependendo do tipo de relação jurídica.São exemplos os profissionais liberais em geral, como o advogado e o engenheiro, e podemos citar 
também o ambulante, a manicure etc. Todos trabalham por sua conta e assumem o risco do próprio 
negócio, sem qualquer tipo de subordinação.
Empregado terceirizado
Com o intuito de reduzir os custos operacionais e pela necessidade de especialização nos serviços, as 
empresas, atualmente, contratam terceiros para desempenhar algumas atividades que não constituem 
sua atividade final (objeto principal). A contratação pode ocorrer se tratando de:
• serviços de limpeza;
• serviços de vigilância;
• serviços especializados envolvendo atividade-meio do tomador.
Não é possível terceirizar a atividade final, somente a atividade-meio. Conforme o Artigo 71 
da Lei nº 8.666/93, há responsabilidade subsidiária se a empregadora não cumprir com os débitos 
trabalhistas; nesse caso, a empresa tomadora responderá subsidiariamente. Na terceirização não pode 
estar presente a pessoalidade, nem a subordinação direta.
Trabalhador eventual
É aquele que presta serviços de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais 
empresas, sem relação de emprego. É a pessoa que presta serviços esporádicos, recebendo somente o 
preço avençado.
O eventual vai cumprir na empresa algo que ficou estabelecido e não terá duração longa. Terminada 
sua missão, ele será automaticamente desligado.
Exemplo: uma babá contratada para cuidar de um bebê durante as férias. Passado o período, ela 
poderá ser dispensada.33
Direito trabalhista e social
Trabalhador avulso
Esse tipo de trabalhador surge da necessidade de carga e descarga de mercadorias nos portos. Quando 
uma empresa de navegação precisava de mão de obra, solicitava ao sindicato dos trabalhadores. A 
entidade sindical recrutava seu pessoal para trabalhar durante a carga e descarga de determinado navio. 
Terminada a operação, o preço global era pago para o sindicato, que fazia o rateio com os trabalhadores.
Atualmente, as características do trabalhador avulso são: a intermediação de um sindicato na 
colocação de mão de obra, a curta duração dos serviços prestados a um beneficiado e a remuneração 
paga em forma de rateio procedido pelo sindicato.
Exemplos: aquele que faz carga e descarga e o amarrador de barcos nos portos.
Segundo o Artigo 7º, XXXIV, da Constituição Federal (Brasil, 1988), os direitos trabalhistas para os 
empregados são os mesmos que para os trabalhadores avulsos. E estes não são subordinados nem ao 
sindicado, nem ao tomador de serviços.
3.1.6 Empregador
De acordo com o Artigo 2º da CLT, “é pessoa física ou jurídica, individual ou coletiva que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços” (BRASIL, 
1943).
Lê-se, no Parágrafo 1º do mesmo documento, que “equiparam-se ao empregador, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou instituições sem fins lucrativos, 
que admitirem trabalhadores como empregados.”
Outros: condomínio, massa falida, autarquias.

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