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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II – CCJ0036
Semana 6
Provas. Teoria geral. Prova emprestada. Prova lícita e ilícita. Ônus da prova. Carga
estática e dinâmica do ônus da prova.
Questão Discursiva. 
Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas
de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no
sistema, o que levou Max a ajuizar demanda em face do fabricante, pleiteando a
substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve
sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. 
O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que
o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-
se: 
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
Resposta:
Não. A distribuição dinâmica do ônus da prova é exceção à regra geral do CPC, que traz a
teoria estática, conforme Art. 373, I e II. Ao aplicar a carga dinâmica da prova, o juiz,
diante das peculiaridades do caso, deverá distribuir o ônus da prova para a parte que
tenha melhores condições de fazê-lo, sem evidentemente colocar a outra em
desvantagem excessiva, conforme os §§ 1o e 2o do Art. 373. Ademais, no caso em tela,
trata-se de relação de consumo, cabendo também a inversão do ônus da prova, prevista
no Art. 6o, Inciso VIII, do CDC. 
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser
distribuído o ônus? 
Resposta:
A carga estática do ônus da prova prevê que cabe ao autor provar fato constitutivo do seu
direito e ao réu fato impeditivo, extintivo ou modificativo do direito do autor, conforme Art.
373, caput, e Incisos I e II.
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os
critérios para utilização dessa espécie de prova?
Resposta:
Sim, é possível o uso de prova emprestada (aquela produzida em outro processo),
conforme Art. 372 do CPC, a qual deverá ser utilizada segundo o contraditório e a ampla
defesa, devendo, portanto, a outra parte falar sobre a prova emprestada que for admitida,
cabendo ao juiz atribuir-lhe o valor que entender correto. Trata-se de aplicação do
princípio da economia processual.
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade
ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde
que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
CDC
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor,
no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Questões Objetivas 
1ª Questão. 
O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: 
a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as
sentenças que resolvem o mérito. 
b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não
havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da
fonte jurídica para o julgamento. 
c) as partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e
processuais.
d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão
fundamentada do caso.
Resposta: a) Art. 93, IX da CF/88, e Art. 371 do CPC.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (CF/88)
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver
promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. (CPC)
2ª Questão 
Marque a opção correta: 
a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se
assim determinar o juiz. 
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. 
c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde
seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito.
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não
havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos.
Resposta: a) Art, 375, CPC.
Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que
ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o
exame pericial.

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