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Politicas educacionais, legislativo, etc

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POLÍTICA EDUCACIONAL: ORGANIZAÇÃO 
DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
EL 212 J
POLÍTICA(S) E GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
REVISITANDO CONCEITOS
Texto 01)
Autora – Sofia Lerche Vieira
Revista Brasileira de Política e Administração da Educação – vol. 23,
n.º 01, p. 53-59, jan. / abr. 2007.
ANPAE – Associação Nacional de Política e Administração da
Educação. Disponível em: http://www.anpae.org.br/website/ Acesso:
10/10/2015
POLÍTICA(S) E GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
REVISITANDO CONCEITOS
Texto 2)
Autor Dermeval Saviani
Revista de Educação PUC – Campinas, Campinas, n.º 24, p.7-16,
junho 2008.
Política Educacional Brasileira: Limites e Perspectivas
POLÍTICA(S) E GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
REVISITANDO CONCEITOS
Texto 3)
Autor: Rose Meri Trojan
SOUZA, Ângelo Ricardo de; GOUVEIA, Andréa Barbosa; TAVARES, Taís
Moura (orgs). Políticas educacionais: conceitos e debates. Curitiba:
Appris, 2016
Capítulo II – Politicas Educacionais na América Latina e os impactos
da Globalização
POLÍTICA(S) E GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
REVISITANDO CONCEITOS
O que fazer? 
POLÍTICA(S) E GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
REVISITANDO CONCEITOS
1) Leia os três textos;
2) Elabore um resumo indicativo de cada um dos três textos. 
Resumo Indicativo ou Descritivo:
É também conhecido como abstract (resumo em inglês), este tipo de resumo apenas
indica os pontos principais de um texto, sem detalhar aspectos como exemplos,
dados qualitativos ou quantitativos, etc. Um exemplo deste tipo de resumo são as
sinopses de filmes publicadas nos jornais. Ali você tem apenas uma ideia do enredo
de que trata o filme.
3) Escolha um dos textos para comentar em sala de aula. Você pode destacar três
pontos importantes para você durante a leitura .
POLÍTICA(S) E GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
REVISITANDO CONCEITOS
Tudo para: 19/04/2017
Alguns conceitos: 
CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS RELAÇÕES 
EXECUTIVO – LEGISLATIVO NO BRASIL
 O regime político brasileiro é o presidencialista, baseado na
existência de poderes autônomos (Executivo, Legislativo e Judiciário)
e independentes entre si.
Entretanto, muitas de suas prerrogativas não são exclusivas, e a
competição entre os poderes é um elemento-chave para que cada um
possa controlar excessos possíveis dos demais poderes.
Tal sistema favorece a ideia de controle, mas ao mesmo tempo cria
mais barreiras, ou pontos de veto.
A governabilidade é mais difícil em tal sistema.
CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS RELAÇÕES 
EXECUTIVO – LEGISLATIVO NO BRASIL
 As relações executivo-legislativo no Brasil são denominadas por um
tipo de arranjo institucional em que o presidente é a figura central.
 Segundo a literatura, o presidente brasileiro é considerado um dos
mais poderosos do mundo. Ele tem o poder de legislar (cerca de 85%
das leis são de origem do Poder Executivo) e o faz, frequentemente
por meio de medidas provisórias.
 O presidente tem iniciativa exclusiva em diversas matérias: como o
Orçamento Público (o qual pode, também, contingenciar (ou seja,
suspender os gastos) unilateralmente.
 No Brasil, o presidente também tem poderes para influenciar a
agenda legislativa.
COMO ACONTECE ESSA INFLUÊNCIA?
 Por exemplo, ao solicitar urgência
constitucional, que suspende os prazos do
processo legislativo (embora todas as etapas
sejam mantidas). Com isso, constata-se que os
projetos de interesse do presidente “andam”
com mais velocidade do que os projetos dos
próprios parlamentares.
QUEM LEGISLA NO BRASIL?
 O Congresso Nacional tem muitas iniciativas,
mas poucos projeto viram lei. Por outro lado, o
Executivo edita medidas provisórias, que têm
força de lei no nascimento e, consoante às
regras constitucionais e regimentais, acabam
tendo prioridade sobre os demais projetos.
DUAS CORRENTES SE DIVIDEM
 Uma corrente afirma que sim, o presidente está usurpando uma
prerrogativa que seria essencialmente do Poder Legislativo.
 Outra corrente diz que o que parece ser a “supremacia do poder
Executivo sobre o poder legislativo” não passa de delegação dos
próprios parlamentares. Eles delegam ao presidente a iniciativa das
leis, abrindo mão de buscar informações, formatar leis e negociá-las
entre os pares e com setores da sociedade, ganham tempo para levar
adiante projetos e ações mais próximos de suas bases eleitorais – e
ainda evitam ser, futuramente, culpados por uma política considerada
ruim.
COMO O PRESIDENTE NEGOCIA COM O 
LEGISLATIVO?
 É fato que o presidente, no Brasil, formalmente – e, muitas
vezes, na prática – prepondera. Mas ele não pode governar
isoladamente.
 Embora a Constituição e outras normas o dotem de poderes
formais, ele precisa aprovar matérias no Congresso – as
medidas provisórias, o orçamento, as reformas constitucionais
etc.
 No Brasil, a Constituição não trata somente de regras gerais
ou de um arcabouço filosófico-moral para a sociedade, mas
também trata, às vezes minuciosamente, de políticas públicas,
que mudam a cada governo.
COMO O PRESIDENTE NEGOCIA COM O 
LEGISLATIVO?
 Em tese, todos os governos, se pretendem reformas mais
profundas no País, necessitarão alterar a Constituição.
 E para aprovar uma Emenda Constitucional é preciso ter 60%
dos votos de cada Casa do Parlamento em dois turnos de
votação em cada uma delas.
COM UMA MINORIA E AMPLA FRAGMENTAÇÃO 
DO CONGRESSO COMO FAZ O EXECUTIVO?
 Ele constrói uma coalizão com outros partidos – o famoso
presidencialismo de coalização, expressão cunhada por Sergio
Abranches no fim dos anos 1980, com forte tom critico, mas
que hoje está assimilado no vocabulário e no comportamento
político do país.
 Ela significa que o presidente é minoritário (seu partido não
tem maioria), mas ele atrai para sua base, para apoiá-lo, outros
partidos.
COMO É CONSTRUÍDA A COALIZÃO?
 Diz a literatura que, basicamente, com o compartilhamento
do gabinete ministerial e a liberação de emendas orçamentárias
para a base parlamentar.
 Segundo Amorim Neto (2007), existe uma certa
proporcionalidade entre o número de cadeiras de um
determinado partido e a sua alocação em pastas ministeriais.
 Ou seja, há uma redistribuição de poder na coalização – não
somente o partido do presidente que governa, mas também
aqueles que se juntam para fazer maioria.
 Esse é o resultado da elevada fragmentação partidária.
CRÍTICAS AO PRESIDENCIALISMO DE 
COALIZÃO?
 Brigas de jurisdição entre pastas ministeriais (uma defenderia a
política X, enquanto a outra a Y, até mesmo contraditória);
 Paralisia decisória, causada pela heterogeneidade das alianças –
partidos distintos da coalizão “brigando” para que o governo tome
caminhos diferentes;
 Necessidade de negociações constantes, ponto por ponto, de
políticas, acima de identidades ideológicas ou programáticas já
existentes;
 Custo moral que representaria um sistema baseado na barganha
constante, sem âncora em projetos de longo prazo – isso geraria
irracionalidade da produção normativa e, consequentemente, de
políticas públicas.
CRÍTICAS AO PRESIDENCIALISMO DE 
COALIZÃO?
 A solução viria com uma reforma política, especialmente do
sistema eleitoral e partidário, que reduzisse o número de
partidos e concedesse a eles mais poder, em detrimento de um
sistema hoje considerado altamente individualista.
DEFESA AO PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO?
 Já os defensores do nosso sistema apontam para a
governabilidade e estabilidade que ele representa –
 O Brasil vem sendo administrado, ao menos nos últimos 18
anos pelo presidencialismo de coalizão.
CONCLUSÃO
 No Brasil, o presidente tem muitos poderes, e de fato é
considerado por muitos estudiosos como a força gravitacional
do sistema político – é quem mais legisla. Entretanto, ele não
governa sem o Congresso. Em vista disso, existe um debate
sobre se os maiores poderespresidenciais se devem a uma
usurpação do presidente ou a uma ação estratégica dos
parlamentares.
 Os presidentes no Brasil são minoritários (não têm maioria no
Congresso). Isso porque o sistema partidário é bastante
fragmentado. Portanto, precisam formar uma base de apoio.
Segundo estudiosos, a base aliada também compartilha a forma
de administrar o orçamento.
CONCLUSÃO
 Os críticos ao sistema fazem a defesa da reforma política,
para que haja mais governabilidade (menos partidos); os
defensores afirma que o presidencialismo de coalizão não
necessita de reformas, porque se mostrou estável e governável.
Além da atividade legislativa, também a atividade de controle é
afetada pela dinâmica do presidencialismo de coalizão.
CONCEITOS 
GOVERNO
Em termos genéricos, o conceito de governo compreende um
conjunto de instituições permanentes cuja função é manter a ordem
pública e formular e implementar normas e ações de interesse
coletivo. Nessa perspectiva, o conceito abrangeria os três poderes em
que tradicionalmente se divide o poder estatal. Neste caso, os traços
distintivos entre Governo e Estado seriam apenas a continuidade
histórica e a ideia de soberania inerente a este último. É mais comum,
no entanto, designar por governo o conjunto menos abrangente das
instituições conformadoras do poder executivo, ou seja, um grupo
específico de ministros ou secretários e um aparato de servidores
públicos, operando sob a liderança de um chefe, seja este um
presidente ou primeiro-ministro (ou governador ou prefeito, no
sistema federativo brasileiro).
FEDERAÇÃO
Sistema político pelo qual vários estados se reúnem para formar um Estado
federal, cada um conservando sua autonomia. Dá-se o nome
de Federação (do latim: foedus, foedera "aliança", "pacto", "contrato")
ou Estado federal a um Estado soberano composto por diversas entidades
territoriais autônomas dotadas de governo próprio. Como regra geral, os
estados ("estados federados") que se unem para constituir a federação (o
"Estado federal") são autônomos, isto é, possuem um conjunto de
competências ou prerrogativas garantidas pela Constituição que não podem
ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central.
Entretanto, apenas o Estado federal é considerado soberano, inclusive para
fins de direito internacional. Normalmente, apenas ele possui personalidade
internacional e os estados federados são reconhecidos pelo direito
internacional apenas na medida em que o respectivo Estado federal o
autorizar.
BICAMERALISMO
É a prática política em que a legislatura de um país é dividida
em duas câmaras ou casas representativas da vontade popular:
a "câmara baixa" (Câmara dos Deputados) e a "câmara alta"
(Senado).
MEDIDA PROVISÓRIA
 Pela legislação, MPs só devem ser editadas em casos de relevância e
urgência
 A Medida Provisória (MP) é uma norma legislativa adotada pelo
presidente da República que, pela sua definição, deve ser editada
somente em casos de relevância e urgência. A MP começa a vigorar
imediatamente após sua edição, mas, para virar lei, precisa ser
aprovada pelo Congresso.
 Em abril de 2002, o Congresso aprovou a Resolução 1/02, que
instituiu novas regras sobre a apreciação das MPs pelo Legislativo.
Por essas regras, as MPs têm duração de 60 dias, e não mais de 30 –
como ocorria anteriormente –, podendo sua vigência ser prorrogada
por igual período, caso não sejam aprovadas no prazo inicial. A MP
que não obtiver aprovação na Câmara e no Senado até o prazo final
perde a validade desde a edição, ficando o presidente da República
impedido de reeditá-la na mesma sessão legislativa.
O PODER EXECUTIVO
 O Poder Executivo tem a função de governar o povo e
administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas
na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime
presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da
República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo. O
Presidente é eleito democraticamente para mandato com
duração de quatro anos e possibilidade de uma reeleição
consecutiva para igual período.
O PODER LEGISLATIVO
 Poder Legislativo é representado pelo Congresso, Parlamento,
Câmaras ou Assembleias. Na verdade, a função do Parlamento
não se limita à elaboração das leis; sua influência tem-se
tornado cada vez maior. Basicamente o Poder Legislativo, sendo
a emanação da soberania nacional, tem a função de fazer as
leis que devem dirigir o Estado e assegurar as liberdades do
cidadão, porém, não as pode executar. Em alguns regimes,
como no Governo parlamentar, é o Parlamento afinal quem
nomeia e destitui o Poder Executivo, o Conselho de Ministros e
Gabinetes. Em muitos Estados, o órgão legislativo é dividido em
duas assembleias. No Brasil, o Poder Legislativo nacional está
representado pelo Congresso Nacional, formado pela Câmara
dos Deputados e o Senado Federal.
O PODER JUDICIÁRIO
 A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais,
coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades
e Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira
garantidas pela Constituição Federal.
 São órgãos do Poder Judiciário o Supremo Tribunal Federal
(STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), além dos Tribunais
Regionais Federais (TRF), Tribunais e Juízes do Trabalho,
Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares e os
Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito Federal e
Territórios.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Maria Izabel Valladão de. Crise ou falência: partidos 
políticos ontem e hoje. In O estudo da política. Brasília: Paralelo 
15, p. 105-122, 1998.
FIGUEIREDO, Argelina e LIMONGI, Fernando. Executivo e 
Legislativo na nova ordem constitucional. Rio de Janeiro: FGV 
Editora, 1999.
LAMOUNIER, Bolívar e KINZO, Maria D. Partidos políticos, 
representação e processo eleitoral no Brasil, 1945-1978. n. 19, 
p. 11-32, 1978.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Romualdo Portela de; SANTANA, Wagner. (Orgs). 
Educação e Federalismo no Brasil: combater as desigualdades, 
garantir a diversidade. Brasília: UNESCO, 2010.
PEREIRA, Carlos e MUELLER, Bernardo. Comportamento 
Estratégico em Presidencialismo de Coalizão: As Relações entre 
Executivo e Legislativo na Elaboração do Orçamento Brasileiro. 
2002. v. 45, nº 2.

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