Buscar

Políticas públicas em saúde do idoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Políticas públicas em saúde do idoso
Atualmente, no Brasil, ser idoso implica muitas vezes em preconceitos carregados de estereótipos. Há uma necessidade de políticas públicas de saúde voltadas a esta categoria, que favoreçam a qualidade de vida no processo de envelhecimento.
A assistência á saúde do idoso tornou-se prioridade, tendo em vista o aumento progressivo da expectativa de vida observado nas últimas décadas. A população mundial com idade igual ou superior a 60 anos compreende cerca de 11% da população geral, com expectativa para o aumento nas próximas décadas. A Política Nacional do Idoso no artigo 2º considera idosa a pessoa maior de sessenta anos de idade, entretanto as ações voltadas ao idoso, além do atendimento de suas doenças, visam ao desenvolvimento de ações preventivas e educativas buscando melhorar a qualidade de vida.
 Neste contexto, a ação do estado no sentido de proporcionar qualidade de vida aos cidadãos é feita por intermédio das Políticas Públicas e, dentre as políticas voltadas para a proteção social, estão as políticas de saúde. O estado, como uma expressão maior de organização política de uma sociedade, estabelece relações entre indivíduos de uma organização. É importante considerar que as necessidades de saúde dos idosos requerem uma atenção especifica que pode evitar altos custos para o Sistema de Saúde e, sobretudo proporcionar melhores condições de saúde a essas pessoas. Em atenção as necessidades políticas implementou-se, no Brasil, a Política Nacional da Saúde do Idoso(PNSI) que tem por objetivo permitir um envelhecimento saudável, isto é, preservar a capacidade funcional e sua autonomia.
 São inegáveis os avanços no campo da saúde no Brasil, principalmente, a partir do processo de construção do SUS. O modelo de assistência à saúde é marcada pela prática médica, que não consegue abarcar todas as necessidades e acaba gerando insatisfação nos próprios profissionais de saúde, nos gestores e na população em geral. O Estatuto do Idoso cria meio e obrigações legais para o melhor cumprimento das ações de atenção à saúde dos idosos. Os programas implementados pelo Governo Federal voltados ao idoso são: a vacinação; programa de valorização e saúde; mutirão de cirurgia de cataratas; distribuição de medicamentos para doenças prevalentes. Dos governos estaduais, somente o de Minas Gerais integraliza as ações previstas na PNSI. As Políticas direcionadas aos idosos e a atenção dada a esta faixa etária da população ainda está muito aquém do necessário, esforços têm sido engendrados pela sociedade civil organizada na expectativa de uma rápida e eficiente contrapartida oficial em colaboração à iniciativa nacional.
 A PNSI, instrumento de que o setor de saúde passa a dispor, estabelece as diretrizes essenciais para a redefiniçao dos programas, planos, projetos e atividades do setor na atenção integral ás pessoas em processo de envelhecimento. Essas diretrizes são: Promoção do envelhecimento ativo e saudável; Manutenção e reabilitação da capacidade funcional; Apoio ao desenvolvimento de cuidados informais.
A rede de atenção básica ainda não trata a questão da saúde do idoso de maneira coletiva, exceto por programas que indiretamente contemplam a questão. O importante mesmo é qualificar os serviços de saúde para trabalhar com aspectos específicos da saúde da pessoa idosa e que haja como garantir o acesso a instrumentos diagnósticos adequados, a medicação e a reabilitação funcional da população idosa e é claro, prevenir a perca de capacidade funcional ou reduzir os efeitos negativos de eventos que a ocasionem.
Portanto, cabe a gestão municipal da saúde desenvolver ações que objetivem a construção de uma atenção integral á saúde dos idosos em seu território. É fundamental organizar as equipes de Saúde da Família e atenção básica, incluir a população idosa em suas ações, com profissionais capacitados a identificar as necessidades dessa população.
Referências 
BRASIL, Estatuto do Idoso e outros Atos Legais. Secretaria de Direitos Humanos,
Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2010.
BRASIL, Estatuto do Idoso, Lei Federal no. 10.741, 1º de outubro de 2003.
Farmacologia no idoso e avaliação global
O aumento na expectativa de vida da população trouxe um desafio aos sistemas de saúde, uma vez que a população idosa apresenta, na maioria das vezes, uma ou mais doenças crônicas que requerem o uso de medicação diária. Dessa forma, o risco de ocorrer as chamadas interações medicamentosas indesejáveis entre as drogas de uso odontológico e as que o paciente usa de forma contínua devem ser evitadas.
 Mesmo um paciente idoso sistemicamente saudável que se apresenta ao consultório para tratamento odontológico, possui alterações fisiológicas importantes decorrentes do envelhecimento que devem ser estudadas cuidadosamente. No caso do idoso, as alterações relacionadas às funções orgânicas e à presença de patologias tornam mais difícil o estabelecimento do regime terapêutico ideal já que a absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos medicamentos são menos previsíveis. Os idosos apresentam, em média, uma diminuição do volume de plasma e dos líquidos corporais em torno de 8% e 17%, respectivamente, e possuem a massa muscular corporal diminuída, com cerca de 35% de tecido gorduroso aumentado. Tudo isso modifica as propriedades farmacocinéticas dos medicamentos nesses pacientes, principalmente em relação aos processos de distribuição e excreção.
 Da mesma forma, uma redução no número de proteínas plasmáticas contribui para que uma maior quantidade de medicamento fique na forma livre circulante, podendo tornar-se um fator de sobredose e toxicidade.
 Pode-se concluir que a prescrição correta é de grande importância quando do tratamento do idoso:
 a) o quadro clínico geral do paciente deve ser sempre considerado;
 b) o número total de fármacos a serem administradas deve ser minimizado;
 c) o tratamento deve sempre ser iniciado com doses mais baixas e adequadas conforme a resposta do paciente;
 d) o uso de medicamentos impróprios deve ser sempre evitado;
 e) o paciente idoso deve ser constantemente monitorado.
Diante disso aumenta-se a preocupação com a capacitação dos profissionais de saúde, pois, a maioria não está preparada para atender tal demanda, tendo em vista que os idosos que possuem maior número de diagnósticos, consequentemente adotam maior uso de medicamentos. Com isso a chance de aparecimento de novos problemas relacionados à farmacoterapia aumenta, ampliando também a necessidade de profissionais com conhecimento ostensivo sobre medicações e alterações fisiológicas apresentadas em idosos, e ao mesmo tempo examinando prescrições ou sugerindo possíveis mudanças para aprimorar tratamentos. O Profissional de Enfermagem tem em sua formação a capacitação para realizar estes procedimentos.
Referências
Nobrega, OT. Karnikowski, MGO. A terapia medicamentosa no idoso: cuidados na medicação. Ciência & Saúde Coletiva. 2005; 10 (2): 309-13.
Fonseca JE, Carmo TA. O idoso e os medicamentos. Saúde em Revista. 2000;2 (4):35-41.
Alzheimer
A doença de Alzheimer é a patologia neurodegenerativa mais freqüente associada à idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em deficiência progressiva e incapacitação. A doença afeta aproximadamente 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos e 40% acima de 80 anos. O sintoma inicial da doença é caracterizado pela perda progressiva da memória recente. Com a evolução da patologia, outras alterações ocorrem na memória e na cognição, entre elas as deficiências de linguagem e nas funções vísuo-espaciais. Esses sintomas são freqüentemente acompanhados por distúrbios comportamentais, incluindo agressividade, depressão e alucinações. Esses sintomas são freqüentemente acompanhados por distúrbios comportamentais, como agressividade,alucinações, hiperatividade, irritabilidade e depressão4. Transtornos do humor afetam uma porcentagem considerável de indivíduos que desenvolvem doença de Alzheimer, em algum ponto da evolução da síndrome demencial. Sintomas depressivos são observados em até 40-50% dos pacientes, enquanto transtornos depressivos acometem em torno de 10- 20% dos casos. Outros sintomas, como a apatia, a lentificação (da marcha ou do discurso), a dificuldade de concentração, a perda de peso, a insônia e a agitação podem ocorrer como parte da síndrome demencial.
A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral.
Na maioria dos casos, a DA apresenta três estágios: leve, moderado e grave, porém podem ocorrer variações.
 Estágio leve: perda de memória recente, dificuldade de memorização, esquecimentos, dificuldade de realizar atividades complexas, desorientação de espaço e tempo, perda de motivação, sinais de depressão.
Estágio moderado: domínios intelectuais prejudicados, alteração de compreensão, esquecimento de fatos importantes, nomes de familiares e amigos, perda de iniciativa, dificuldade em realizar tarefas diárias, agressividade.
 Estágio grave: perda total da independência, atividades cognitivas bruscamente prejudicadas, incapacidade de andar, dificuldade para deglutir, aparência fragilizada, os membros passam a ter rigidez, incontinência intestinal, infecção do trato urinário (ITU).
 O tratamento é complexo e envolve uso de fármacos e medidas não farmacológicas com intervenções psicossociais para o paciente e familiar. A intenção do tratamento é retardar a evolução, tratar os sintomas e controlar as alterações comportamentais. O enfermeiro tem o papel fundamental na orientação e cuidados de enfermagem ao paciente e sua família, desde o diagnóstico ao estágio mais grave. Logo, é importante possuir conhecimentos, habilidades, técnicas e humanização para o manejo dos casos. Os sinais mais comuns estão presentes em idosos na forma de demência, declínio de funções intelectuais e aprendizado, desorientação no tempo e espaço, distúrbios da linguagem e dificuldade de realizar atividades da vida diária.
Na assistência de enfermagem, deve ser adotada o Processo de Enfermagem, para facilitar o atendimento do paciente tanto nos hospitais como na orientação dos familiares de uma forma mais eficaz. No ambiente domiciliar, é importante que a enfermagem prepare o cuidador para execução das atividades assistenciais necessárias do cotidiano. Cabe à enfermagem a possibilidade de fazer visitas domiciliares e encaminhamentos para outros profissionais, além de planejar, executar, monitorar e avaliar planos de cuidados. A enfermagem pode estimular a família a envolver-se ao máximo para, assim, verificar se há a necessidade de uma revisão e modificação nos planos de cuidados, considerando que a evolução da doença se torna cada vez maior a sua dependência.
No ambiente hospitalar, uma das atribuições da assistência de enfermagem é orientar e fiscalizar a equipe de trabalho para que a prescrição médica e terapêutica seja seguida corretamente, orientar a equipe a auxiliar os pacientes durante todo o processo, solicitar o acompanhamento multiprofissional com médicos, nutricionistas, psicólogos quando necessário.
 O atendimento também pode ocorrer em ambulatórios, onde a enfermeira faz o exame físico, coleta de dados e aplicação de instrumentos de avaliação cognitiva e funcional, elabora um plano de cuidados intra e extradomiciliares para cada paciente. A enfermeira por meio da consulta de enfermagem deve identificar o cuidador principal, verificar a estrutura e dinâmica familiar e estruturas sociais e econômicas. Após a avaliação diagnóstica, a família deve receber esclarecimentos quanto à patologia, tratamento e prognóstico. A família é essencial nesse quadro para que a enfermeira possa fazer as primeiras orientações.
Diagnósticos de enfermagem
Confusão crônica.
Risco de lesão.
Ansiedade.
Intolerância à atividade.
Déficit de autocuidado, banho e higiene íntima.
Interação social prejudicada.
Processos familiares interrompidos.
 Intervenções de Enfermagem
 Proporcionar um ambiente calmo e previsível para reduzir ao mínimo a confusão e a desorientação do paciente.
Proporcionar um ambiente seguro (seja em casa ou no hospital) que permita ao paciente movimentar-se da maneira mais livre possível, e ajudar a aliviar a família da preocupação sobre a segurança do paciente.
Manter o ambiente simples, familiar e sem ruídos.
Simplificar as atividades diárias ao dividi-las em etapas curtas e realizáveis, de modo que o paciente possa ter uma sensação de realização.
Incentivar o paciente a fazer escolhas, quando apropriado, e a participar nas atividades de autocuidado o máximo possível.
Incentivar as visitas, cartas e telefonemas da família e amigos (as visitas devem ser breves e não devem causar estresse, limitando-se a um ou dois por vez).
Referência 
. Forlenza OV. Transtornos depressivos na doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento. Rev Bras Psiquiatr. 2000;22(2):87-95.
JOHNSON, Marion et al. Ligações NANDA NOC-NIC. Condições clínicas suporte ao raciocínio e assistência de qualidade. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
Parkinson
A doença de parkinson é uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso, caracterizada pelos sinais cardinais de rigidez, acinesia, bradicinesia, tremor e instabilidade postural. Apresenta uma etiologia idiopática, porém acredita-se que os seus surgimentos provem de fatores ambientais e genéticos, podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento neurodegenerativo da DP4. Afirma-se ainda que o processo de envelhecimento está intimamente interligado a esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios dopaminérgicos com o passar dos anos. Quando os sinais e sintomas são detectados,nprovavelmente já ocorreu a perda de aproximadamente 60% dos neurônios dopaminérgicos, e o conteúdo de dopamina no estriado é cerca de 80% inferior ao normal.
A etiologia é tida como idiopática, mas estudos acreditam que a DP pode ser decorrente de um conjunto de fatores, sejam eles genéticos, toxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou alterações do envelhecimento. À medida que a doença progride e os neurônios se degeneram, eles desenvolvem corpos citoplasmáticos inclusos, que são os chamados corpos de Lewys, sendo estes corpos de inclusão citoplasmática dos eosinófilos, existentes na substância negra do mesencéfalo, os quais se aglomeram em grande quantidade. Os sinais cardinais da doença de parkinson. Sendo eles: rigidez,tremor, bradicinesia e instabilidade postural.

Continue navegando