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PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PAT Desempenho do trabalhador PRODUTIVIDADE (performance, rendimento) z • Relação direta com o estado nutricional do trabalhador • Desnutrido → ⇓ resistência física → ⇑ risco de acidentes de trabalho (atenção reduzida, apatia, dificuldade de coordenação de movimentos e de iniciativa) • Acidentes de trabalho → incapacitação e morte Determinantes da Produtividade: Produtividade= Capacidade de Trabalho x Esforço x Eficiência X Resistência (performance) Capacidade de trabalho = depende da qtde de energia liberada nos processos anaeróbicos e aeróbicos • - ⇑ durante o crescimento até a idade adulta • - ⇓ com o envelhecimento • - < em indivíduos sedentários • - < no sexo feminino (composição corporal, atividade e condicionamento físico) • - < no desnutrido → baixo peso = ⇓ massa muscular, anêmico= prejuízo na utilização do O2 Esforço = percentual da capacidade de trabalho utilizado durante a execução da atividade < capacidade de trabalho = > esforço (> trabalho cardiovascular) Eficiência = fração da energia gasta que é recuperada como trabalho Resistência = depende da capacidade, treinamento, condição física (nutrição) O Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT Foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, • Priorizam trabalhadores de baixa renda(5 sm), • Estruturado entre Governo, empresa e trabalhador, • Gestores Secretaria de Inspeção do Trabalho / Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Objetivo • Melhorar as condições nutricionais • Qualidade de vida, • Na redução de acidentes de trabalho • No aumento da produtividade. Benefícios: a) Para Trabalhador • Melhoria de suas condições nutricionais e de • Qualidade de vida; • Aumento de sua capacidade física; • Aumento de resistência à fadiga; • Aumento de resistência a doenças; • Redução de riscos de acidentes de trabalho. b) Para Empresas • Aumento de produtividade; • Maior integração entre trabalhador e empresa; • Redução do absenteísmo (atrasos e faltas); • Redução da rotatividade; • Isenção de encargos sociais sobre o valor da • Alimentação fornecida; • Incentivo fiscal (dedução de até 4% no IR. c) Para o Governo • Redução de despesas e investimentos na área da • Saúde; • Crescimento da atividade econômica; • Bem-estar social. Pontos fortes • Não é um programa assistencialista PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PAT • Complementação alimentar na perspectiva do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas; • Contribui na melhoria da saúde e do estado nutricional dos trabalhadores; • A maior parte da despesa é arcada pela iniciativa privada; • O controle social é exercido pela Comissão Tripartite do Programa de • Alimentação do Trabalhador (CTPAT), • Contribui para a maior produtividade da empresa através de: – È de absenteísmo, rotatividade, do número de consultas e de licenças médicas; – Ç satisfação do trabalhador na empresa com reflexos positivos na qualidade do produto final, sejam serviços ou bens de consumo; Pontos fracos • È % na adesão ao PAT por parte das micro e pequenas empresas; • Ç nº trabalhadores no mercado informal • Dificuldade empregadores rurais ; • Falta de sintonia, de compatibilidade, entre o disposto nos Acordos e nas • Convenções Coletivas e a legislação do PAT; • Dificuldade na inspeção sistemática do programa, • Falta de informação nº de trabalhadores beneficiados por faixa salarial prioritária; • Falta de ações sobre avaliação da qualidade da refeição: aspectos da segurança microbiológica e de adequação nutricional; • Carência de programas e atividades de Educação Alimentar – Promoção da Saúde – Boas práticas alimentares – Vida saudável. Tipos de serviços ou modalidades • a) Serviço Próprio (autogestão) – – A empresa beneficiária – Contratação de pessoal até a distribuição aos usuários. – O próprio estabelecimento faz a refeição ou distribuição de alimentos (cestas de alimentos). • b) Terceirização (serviços terceirizados) – O fornecimento das refeições, – Cestas de alimentos ou documentos de legitimação (impressos, cartões eletrônicos ou magnéticos) é contratado pela empresa. 1. Fornecedora de alimentação coletiva: – Operadora de cozinha industrial e fornecedora de refeições preparadas e transportadas; – Administradora de cozinha da contratante; – Fornecedora de cestas de alimentos e similares para transporte individual. 2. Prestadora de serviço de alimentação coletiva: – Administradora de documentos de legitimação para aquisição de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares (refeição-convênio); – Administradora de documentos de legitimação para aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais (alimentação- convênio). Recomendações nutricionais Recomendações Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991 Portaria interministerial nº. 66, de 25 de agosto de 2006 Refeições principais (almoço, jantar e ceia) kcal 1.400 (1200 a 1600) 600 a 800 ( + 20%) Refeições menores (desjejum e merenda) kcal 300 mínimo 300 a 400 ( + 20%) Carboidrato ; 55 a 60% 55 -75% Proteína ; 10 a 15% 10-15% Lipídeos 25 a 30% de 15-30% PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PAT (Ndpcal) 6 % mínimo 6% a 10% Gordura saturada < 10% Fibra (desjejum e merenda) 4 a 5 g Fibra (almoço, jantar e ceia) 7 a 10 g Sodio (desjejum e merenda) 360 a 480 mg Sodio (almoço, jantar e ceia) 720 a 960 mg • Necessidade energética do trabalhador = necessidade do adulto → diferença em relação ao gasto com atividade física • Gasto com atividade física: varia com a ocupação, tempo de realização . • Deve-se considerar as necessidades da coletividade e não o indivíduo – Média da necessidade energética trabalhadores – Média da idade dos trabalhadores – Média da altura dos trabalhadores – Média do peso dos trabalhadores – Sexo dos trabalhadores – Tipo de trabalho Características de PAT. Promover educação nutricional, disponibilização, sugestão de cardápio saudável aos trabalhadores, O cálculo do VET será alterado, às exigências laborais, • Leve: sentar, estar parado em pé – motorista, trabalhador de laboratório, pintor, datilógrafo/digitador, professor, profissionais liberais, vendedor, dona-de-casa com eletrodomésticos, bancário, manobrista, eletricista, cozinheiro, telefonista, administrativo, supervisor, balconista e estudante. • Moderada: caminhar em superfície plana carregando peso – carpinteiro, faxineira, auxiliar de serviços, auxiliar de cozinha, dona-de-casa sem eletrodoméstico, etc. • 3. Intensa: caminhar, subir carregando peso – agricultor não-mecanizado, operários da construção civil (ferreiro, pedreiro, servente,...), metalúrgicos, soldados em atividade e atletas. Formas e Distribuição de Gêneros • Quando a distribuição de gêneros alimentícios constituir benefício adicional àqueles referidos nos incisos I, II e III do § 3º deste artigo, os índices de NdPCal e percentuais de macro e micronutrientes poderão deixar de obedecer aos parâmetros determinados nesta Portaria, com exceção do sódio e das gorduras saturadas. • As empresas beneficiárias deverão fornecer aos trabalhadores portadores de doenças • Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche). No cardápio estabelecido deve-se levar em consideração: – Aspectos nutricionais, – O aspecto cultural, regional – Apresentação, – Alimentação adequada – Tipo de população – Estrutura – Finalidade de serviçoPROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PAT COMPOSIÇÃO DO CARDÁPIO 55 a 60% de carboidrato; 10 a 15% de proteína; 25 a 30% de lipídeo. CALCULO DO NDPcal % • NDPcal (Net Dietary Protein calory): é a quantidade de calorias fornecida pela proteína líquida do cardápio NDpCal = proteína bruta x calorias x FCPB PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR PAT Fatores de Correção da Proteína Bruta (FCPB) – 0,7 - proteína de origem animal (carne, frango, peixe, leite e derivados, etc...) – 0,6 -proteína de leguminosas (feijão soja, ervilha, lentilha...) – 0,5 - proteína de cereais (arroz, milho, centeio, trigo e derivados, etc...) – 1,0 Protéinas do ovo OBS: Não considerar para cálculo da proteína líquida, o amendoim, castanha, chocolate, farinha de mandioca, gelatina, polvilho, sagu, vegetais e frutas. • NDPcal %: é o percentual fornecido pela proteína líquida em relação ao valor calórico total do cardápio no mínimo 6% (seis por cento) e no máximo 10 % (dez por cento). NDPcal % = NDPcal x 100 VET Calcule as kcal da refeição, proteínas e o NDPCal% do Almoço com: • Arroz 170g = 100g de arroz - 2,38g de proteína • Carne 150g = 150g de carne - 21,5g de proteína • Alface 15g = 100g de alface -1,3g de proteína • Tomate 50g = 100g de tomate - 0,8g de proteína • Óleo 15ml – 0,7 - proteína de origem animal (carne, frango, peixe, leite e derivados, etc...) – 0,6 -proteína de leguminosas (feijão soja, ervilha, lentilha...) – 0,5 - proteína de cereais (arroz, milho, centeio, trigo e derivados, etc...) – 1,0 Protéinas do ovo