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C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Constituintes dos alimentos: química, propriedades físico-químicas e funcionais, reações e interações Paulo Henrique Fonseca da Silva, D.Sc. C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição ICB / Depto. de Nutrição UFJF Paulo Henrique Fonseca da Silva, D.Sc. Constituintes dos alimentos ! ! FIBRA ALIMENTAR C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição §Primeira definição em 1953 §Década de 1970 • Celulose, hemicelulose e lignina • Fibra bruta: materiais não digeríveis pelos organismos humano e animais, insolúveis em ácido e bases diluídos, em condições específicas de extração. • Método clássico: digestões ácida e alcalina Definição C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição • Fibra alimentar solúvel • reduz absorção glicose e lipídeos • pectinas, β-glicanos • Fibra alimentar insolúvel • melhor funcionamento intestinal • celulose e lignina • 1998: FAO recomenda descontinuidade dos termos Definição C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição • Fibra alimentar ! • Codex Alimentarius, 2008 • fibra alimentar é constituída de polímeros de carboidratos com dez ou mais unidades monoméricas, que não são hidrolisados pelas enzimas endógenas no intestino delgado. • Polêmica: • oligossacarídeos com três a nove monômeros • decisão soberana em cada país Definição C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição • Efeitos fisiológicos benéficos mínimos ! • redução nível sanguíneo de colesterol total e,ou LDL • redução nível sanguíneo pós-prandial de GLI e,ou insulina • elevado volume fecal e,ou tempo de trânsito reduzido • fermentabilidade pela microbiota do cólon Fibra Alimentar C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Teor médio de fibra alimentar? em alimentos brasileiros ______________________________________________________________ Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil (c on tin ua çã o) En er gi a (k ca l) Pr ot eí na (g ) Li pí di os to ta is (g ) Ca rb oi - dr at o (g ) Fi br a al im en ta r to ta l ( g) 63 00 10 1 A rr oz (p ol id o, p ar bo ili za do , a gu lh a, a gu lh in ha , e tc .) 99 N ão s e ap lic a 13 5, 62 2, 50 1, 20 27 ,7 8 1, 55 63 00 20 1 A rr oz in te gr al 99 N ão s e ap lic a 13 0, 95 2, 56 1, 97 25 ,5 6 2, 72 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 1 Cr u( a) 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 2 Co zi do (a ) 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 3 G re lh ad o( a) /b ra sa /c hu rr as co 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 4 A ss ad o( a) 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 7 Re fo ga do (a ) 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 13 En so pa do 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 1 M ilh o (e m g rã o) 99 N ão s e ap lic a 16 0, 14 3, 32 7, 18 25 ,1 1 4, 25 63 00 70 6 Ca nj iq ui nh a de m ilh o em g rã o 1 Cr u( a) 79 ,6 8 1, 24 2, 20 13 ,5 0 0, 67 63 00 70 6 Ca nj iq ui nh a de m ilh o em g rã o 2 Co zi do (a ) 62 ,9 5 1, 24 0, 31 13 ,5 0 0, 67 63 00 70 6 Ca nj iq ui nh a de m ilh o em g rã o 13 En so pa do 79 ,6 8 1, 24 2, 20 13 ,5 0 0, 67 63 00 70 6 Ca nj iq ui nh a de m ilh o em g rã o 14 M in ga u 62 ,9 5 1, 24 0, 31 13 ,5 0 0, 67 63 00 70 6 Ca nj iq ui nh a de m ilh o em g rã o 15 So pa 31 ,4 4 0, 95 0, 12 7, 01 0, 71 63 00 70 6 Ca nj iq ui nh a de m ilh o em g rã o 99 N ão s e ap lic a 62 ,9 5 1, 24 0, 31 13 ,5 0 0, 67 63 00 70 7 X er ém d e m ilh o 99 N ão s e ap lic a 62 ,9 5 1, 24 0, 31 13 ,5 0 0, 67 63 01 00 1 A m en do im (e m g rã o) in n at ur a 99 N ão s e ap lic a 56 7, 00 25 ,8 0 49 ,2 4 16 ,1 3 8, 50 63 01 10 1 Er vi lh a em g rã o 99 N ão s e ap lic a 10 9, 09 5, 36 3, 06 15 ,6 3 5, 50 63 01 20 1 Fa va (e m g rã o) 99 N ão s e ap lic a 85 ,6 2 4, 80 3, 17 10 ,1 0 3, 60 63 01 20 4 M an ga lô a m ar go e m g rã o 99 N ão s e ap lic a 85 ,6 2 4, 80 3, 17 10 ,1 0 3, 60 63 01 60 3 Fe ijã o- de -c or da 99 N ão s e ap lic a 12 1, 33 3, 17 3, 13 20 ,3 2 5, 00 63 01 63 4 Fe ijã o- ve rd e 99 N ão s e ap lic a 12 1, 33 3, 17 3, 13 20 ,3 2 5, 00 63 02 00 1 Se m en te d e lin ha ça 99 N ão s e ap lic a 53 4, 00 18 ,2 9 42 ,1 6 28 ,8 8 27 ,3 0 63 02 60 2 A nd u 99 N ão s e ap lic a 97 ,4 1 5, 84 1, 79 15 ,0 5 3, 78 63 02 80 1 G rã o de b ic o 99 N ão s e ap lic a 18 8, 48 8, 86 5, 36 27 ,4 2 7, 60 63 02 90 1 Le nt ilh a 99 N ão s e ap lic a 13 6, 28 9, 02 2, 67 20 ,1 3 5, 86 63 03 00 1 So ja e m g rã o 99 N ão s e ap lic a 19 6, 34 16 ,6 4 11 ,6 1 9, 93 6, 00 63 03 10 2 Fe ijã o (p re to , m ul at in ho , r ox o, ro si nh a, e tc .) 99 N ão s e ap lic a 97 ,4 1 5, 84 1, 79 15 ,0 5 3, 78 63 03 50 1 Q ui re ra n ão e sp ec ifi ca da 99 N ão s e ap lic a 62 ,9 5 1, 24 0, 31 13 ,5 0 0, 67 63 04 03 4 Fe ijão- ve rd e or gâ ni co 99 N ão s e ap lic a 12 1, 33 3, 17 3, 13 20 ,3 2 5, 00 63 04 10 1 Fe ijã o or gâ ni co 99 N ão s e ap lic a 97 ,4 1 5, 84 1, 79 15 ,0 5 3, 78 63 04 20 1 Pi po ca l ig ht 99 N ão s e ap lic a 44 5, 94 10 ,7 7 17 ,7 8 64 ,8 5 12 ,0 7 63 04 30 1 A rr oz o rg ân ic o 99 N ão s e ap lic a 13 5, 62 2, 50 1, 20 27 ,7 8 1, 55 63 04 40 1 A rr oz in te gr al o rg ân ic o 99 N ão s e ap lic a 13 0, 95 2, 56 1, 97 25 ,5 6 2, 72 63 04 60 2 Fe ijã o- de -s oj a or gâ ni co 99 N ão s e ap lic a 19 6, 34 16 ,6 4 11 ,6 1 9, 93 6, 00 63 04 90 1 Q ui no a 99 N ão s e ap lic a 13 5, 47 4, 37 4, 33 19 ,8 3 2, 16 Có di go e d es cr iç ão d o al im en to Có di go e d es cr iç ão d a pr ep ar aç ão Ta be la 1 - En er gi a, m ac ro nu tr ie nt es e fi br a na c om po si çã o de a lim en to s po r 10 0 gr am as d e pa rt e co m es tí ve l Ce re ai s e le gu m in os as Fibra alimentar Teor (g.100g Arroz integral 1,55 Lentilha 7,6 Feijão preto 3,78 Ervilha 5,5 Aveia em flocos 9,8 Coco da bahia 9 Açaí 5,92 IBGE - POF 2008-2009 C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Componentes da Fibra Alimentar e fontes Componentes Principais grupos Polissacarídeos não amido Celulose frutas com casca, farelo de trigo, leguminosas, milho, verduras Hemicelulose farelo e gérmen de trigo, milho, abóbora, beterraba, mandioca, amendoim Gomas e mucilagens farelo de aveia e de cevada, sementes de plantas, alginatos, carragenas, polissacarídeos de algas Pectinas frutas, legumes, batata, farelo de trigo, leguminosas, amendoim Giuntini & Menezes, 2011. Pacheco, 2011. C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Componentes da Fibra Alimentar e fontes Componentes Principais grupos Carboidratos análogos Amido resistente e maltodextrinas resistentes leguminosas, milho, banana verde, amido gelatinizado Sínteses químicas polidextrose, lactulose, metilcelulose Sínteses enzimáticas frutoligossacarídeos, galactoligossacarídeos, goma xantana, goma guar hidrolizada Lignina Lignina farelo de trigo, verduras, brócolis, ervilha, aspargo Giuntini & Menezes, 2011. Pacheco, 2011. C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Componentes da Fibra Alimentar e fontes Componentes Principais grupos Substâncias associadas aos polissacarídeos não amido Compostos fenólicos, proteínas da parede celular, oxalatos, fitatos, ceras fibras de plantas Fibras de origem animal Quitina, quitosana, colágeno e condroitina fungos, leveduras e invertebrados Giuntini & Menezes, 2011. Pacheco, 2011. C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Fibra Alimentar Giuntini & Menezes, 2011. • Propriedades, local de ação e implicações C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Prebióticos §Componentes das fibras alimentares que estimulam o desenvolvimento de bactérias benéficas ! • modificação seletiva na composição e,ou atividade da microbiota do trato gastrintestinal • efeitos benéficos no cólon • contribuição para diminuição do risco de doenças intestinais ou sistêmicas C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Prebióticos • Exemplos: ! • inulina • frutoligossacarídeos (FOS) • galacto-oligossacarídeos (GOS) • lactulose C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Prebióticos §Critérios ! • resistentes: • acidez gástrica, hidrólise por enzimas de mamíferos • não absorvíveis no trato gastintestinal • fermentados pela microbiota do cólon • estimular, seletivamente, o crescimento e,ou atividade de bactérias benéficas • bifidobactérias e bactérias láticas C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Fibra Alimentar • Recomendações ! • Ingestão maior que 25g/dia • 20g/dia no caso de polissacarídeos não amido • Consumo de frutas e hortaliças maior que 400g/dia • Carboidratos totais devem corresponder a 55% a 75% energia WHO/FAO, 2003. C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Fibra Alimentar • Ingestão ! • Brasil, segundo a POF (2008/2009) • média de 12,5g/dia dentro do domicílio • 50% meta preconizada pela WHO/FAO Diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Fibra Alimentar Análise dos resultados _____________________________________________________________________________________ 3 Consumo de alimentos e nutrientes Nessa seção conjugou-se a análise do consumo alimentar com a ingestão de nutrientes marcadores de qualidade da dieta e de micronutrientes de importância para as ações de saúde pública, como ferro, ácido fólico, vitamina A e vitamina C. Com a finalidade de avaliar quais grupos de alimentos seriam melhores marcadores de adequação ou inadequação da dieta utilizaram-se as médias populacionais e os valores médios acima e abaixo da média populacional calculados para vários nutrientes, dentro de cada grupo de indivíduos que reportaram o consumo de cada um dos alimentos selecionados. Os grupos formados a partir de cada alimento selecionado não são exclusivos, podendo um mesmo indivíduo estar presente em vários grupos, em função dos alimentos que reportou consumir. Em relação ao consumo de energia, os grupos de indivíduos que reportaram o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces e refrigerantes apresentaram as maiores médias de consumo de energia quando comparadas com a média populacional. Por outro lado, a ingestão média de energia dos indivíduos que reportaram o consumo de arroz integral, biscoito salgado e feijão associou-se às menores médias de consumo energético. (Gráfi co 3.1). Portanto, os alimentos marcadores de uma dieta não saudável, ricos em açúcares e gorduras como os fast-food, doces e refrigerantes foram os que mais se associaram aos maiores valores de consumo energético da população. O percentual de gordura saturada é outro marcador de qualidade da dieta sendo que o máximo recomendado é de 7% do consumo de energia (Sposito et al., 2007). A média percentual de consumo de gordura saturada em relação ao consumo de energia na população total foi de aproximadamente 9%,sendo que o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces, e refrigerante se associou a médias elevadas de contribuição percentual das gorduras saturadas para o consumo energético total, quando comparadas à média geral da população. Em contrapartida, o consumo de arroz integral, biscoito salgado, feijão e legumes e verduras associou- se aos menores valores médio de contribuição percentual da gordura saturada para o consumo energético total (Gráfi co 3.2). 10 a 13 anos 14 a 18 anos 19 a 59 anos 60 anos ou mais Açúcar livre 80,0 74,0 67,0 50,0 Gordura saturada 83,0 80,0 82,0 80,0 Fibras 78,0 77,0 71,0 60,0 Açúcar livre 82,0 83,0 67,0 53,0 Gordura saturada 89,0 90,0 87,0 84,0 Fibras 82,0 86,0 75,0 61,0 Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras (1), por grupos de idade e sexo Tabela 2.23 - Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras, por grupos de idade e sexo - Brasil - período 2008-2009 (1) Acima de 10% do total de energia para açúcar livre, acima de 7% para gordura saturada e menor ou igual a 12,5 g por 1 000 kcal para fibras. Feminino Masculino Nutrientes Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Análise dos resultados _____________________________________________________________________________________ 3 Consumo de alimentos e nutrientes Nessa seção conjugou-se a análise do consumo alimentar com a ingestão de nutrientes marcadores de qualidade da dieta e de micronutrientes de importância para as ações de saúde pública, como ferro, ácido fólico, vitamina A e vitamina C. Com a finalidade de avaliar quais grupos de alimentos seriam melhores marcadores de adequação ou inadequação da dieta utilizaram-se as médias populacionais e os valores médios acima e abaixo da média populacional calculados para vários nutrientes, dentro de cada grupo de indivíduos que reportaram o consumo de cada um dos alimentos selecionados. Os grupos formados a partir de cada alimento selecionado não são exclusivos, podendo um mesmo indivíduo estar presente em vários grupos, em função dos alimentos que reportou consumir. Em relação ao consumo de energia, os grupos de indivíduos que reportaram o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces e refrigerantes apresentaram as maiores médias de consumo de energia quando comparadas com a média populacional. Por outro lado, a ingestão média de energia dos indivíduos que reportaram o consumo de arroz integral, biscoito salgado e feijão associou-se às menores médias de consumo energético. (Gráfi co 3.1). Portanto, os alimentos marcadores de uma dieta não saudável, ricos em açúcares e gorduras como os fast-food, doces e refrigerantes foram os que mais se associaram aos maiores valores de consumo energético da população. O percentual de gordura saturada é outro marcador de qualidade da dieta sendo que o máximo recomendado é de 7% do consumo de energia (Sposito et al., 2007). A média percentual de consumo de gordura saturada em relação ao consumo de energia na população total foi de aproximadamente 9%, sendo que o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces, e refrigerante se associou a médias elevadas de contribuição percentual das gorduras saturadas para o consumo energético total, quando comparadas à média geral da população. Em contrapartida, o consumo de arroz integral, biscoito salgado, feijão e legumes e verduras associou- se aos menores valores médio de contribuição percentual da gordura saturada para o consumo energético total (Gráfi co 3.2). 10 a 13 anos 14 a 18 anos 19 a 59 anos 60 anos ou mais Açúcar livre 80,0 74,0 67,0 50,0 Gordura saturada 83,0 80,0 82,0 80,0 Fibras 78,0 77,0 71,0 60,0 Açúcar livre 82,0 83,0 67,0 53,0 Gordura saturada 89,0 90,0 87,0 84,0 Fibras 82,0 86,0 75,0 61,0 Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras (1), por grupos de idade e sexo Tabela 2.23 - Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras, por grupos de idade e sexo - Brasil - período 2008-2009 (1) Acima de 10% do total de energia para açúcar livre, acima de 7% para gordura saturada e menor ou igual a 12,5 g por 1 000 kcal para fibras. Feminino Masculino Nutrientes Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Análise dos resultados _____________________________________________________________________________________ 3 Consumo de alimentos e nutrientes Nessa seção conjugou-se a análise do consumo alimentar com a ingestão de nutrientes marcadores de qualidade da dieta e de micronutrientes de importância para as ações de saúde pública, como ferro, ácido fólico, vitamina A e vitamina C. Com a finalidade de avaliar quais grupos de alimentos seriam melhores marcadores de adequação ou inadequação da dieta utilizaram-se as médias populacionais e os valores médios acima e abaixo da média populacional calculados para vários nutrientes, dentro de cada grupo de indivíduos que reportaram o consumo de cada um dos alimentos selecionados. Os grupos formados a partir de cada alimento selecionado não são exclusivos, podendo um mesmo indivíduo estar presente em vários grupos, em função dos alimentos que reportou consumir. Em relação ao consumo de energia, os grupos de indivíduos que reportaram o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces e refrigerantes apresentaram as maiores médias de consumo de energia quando comparadas com a média populacional. Por outro lado, a ingestão média de energia dos indivíduos que reportaram o consumo de arroz integral, biscoito salgado e feijão associou-se às menores médias de consumo energético. (Gráfi co 3.1). Portanto, os alimentos marcadores de uma dieta não saudável, ricos em açúcares e gorduras como os fast-food, doces e refrigerantes foram os que mais se associaram aos maiores valores de consumo energético da população. O percentual de gordura saturada é outro marcador de qualidade da dieta sendo que o máximo recomendado é de 7% do consumo de energia (Sposito et al., 2007). A média percentual de consumo de gordura saturada em relação ao consumo de energia na população total foi de aproximadamente 9%, sendo que o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces, e refrigerante se associou a médias elevadas de contribuição percentual das gorduras saturadas para o consumo energético total, quando comparadas à média geral da população. Em contrapartida, o consumo de arroz integral, biscoito salgado, feijão e legumes e verduras associou- se aos menores valores médio de contribuição percentual da gordura saturada para o consumo energético total (Gráfi co 3.2). 10 a 13 anos 14 a 18 anos 19 a 59 anos 60 anos ou mais Açúcar livre 80,0 74,0 67,0 50,0 Gordura saturada 83,0 80,0 82,0 80,0 Fibras 78,0 77,0 71,0 60,0 Açúcar livre 82,0 83,0 67,0 53,0 Gordura saturada 89,0 90,0 87,0 84,0 Fibras 82,0 86,0 75,0 61,0 Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras (1), por grupos de idade e sexo Tabela 2.23 - Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras, por grupos de idade e sexo - Brasil - período 2008-2009 (1) Acima de 10% do total de energia para açúcar livre, acima de 7% para gordura saturada e menor ou igual a 12,5 g por 1 000 kcal para fibras. Feminino Masculino Nutrientes Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Análise dos resultados _____________________________________________________________________________________ 3 Consumo de alimentose nutrientes Nessa seção conjugou-se a análise do consumo alimentar com a ingestão de nutrientes marcadores de qualidade da dieta e de micronutrientes de importância para as ações de saúde pública, como ferro, ácido fólico, vitamina A e vitamina C. Com a finalidade de avaliar quais grupos de alimentos seriam melhores marcadores de adequação ou inadequação da dieta utilizaram-se as médias populacionais e os valores médios acima e abaixo da média populacional calculados para vários nutrientes, dentro de cada grupo de indivíduos que reportaram o consumo de cada um dos alimentos selecionados. Os grupos formados a partir de cada alimento selecionado não são exclusivos, podendo um mesmo indivíduo estar presente em vários grupos, em função dos alimentos que reportou consumir. Em relação ao consumo de energia, os grupos de indivíduos que reportaram o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces e refrigerantes apresentaram as maiores médias de consumo de energia quando comparadas com a média populacional. Por outro lado, a ingestão média de energia dos indivíduos que reportaram o consumo de arroz integral, biscoito salgado e feijão associou-se às menores médias de consumo energético. (Gráfi co 3.1). Portanto, os alimentos marcadores de uma dieta não saudável, ricos em açúcares e gorduras como os fast-food, doces e refrigerantes foram os que mais se associaram aos maiores valores de consumo energético da população. O percentual de gordura saturada é outro marcador de qualidade da dieta sendo que o máximo recomendado é de 7% do consumo de energia (Sposito et al., 2007). A média percentual de consumo de gordura saturada em relação ao consumo de energia na população total foi de aproximadamente 9%, sendo que o consumo de biscoito recheado, salgadinhos industrializados, pizza, doces, e refrigerante se associou a médias elevadas de contribuição percentual das gorduras saturadas para o consumo energético total, quando comparadas à média geral da população. Em contrapartida, o consumo de arroz integral, biscoito salgado, feijão e legumes e verduras associou- se aos menores valores médio de contribuição percentual da gordura saturada para o consumo energético total (Gráfi co 3.2). 10 a 13 anos 14 a 18 anos 19 a 59 anos 60 anos ou mais Açúcar livre 80,0 74,0 67,0 50,0 Gordura saturada 83,0 80,0 82,0 80,0 Fibras 78,0 77,0 71,0 60,0 Açúcar livre 82,0 83,0 67,0 53,0 Gordura saturada 89,0 90,0 87,0 84,0 Fibras 82,0 86,0 75,0 61,0 Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras (1), por grupos de idade e sexo Tabela 2.23 - Prevalência de inadequação de consumo de açúcar livre, gordura saturada e fibras, por grupos de idade e sexo - Brasil - período 2008-2009 (1) Acima de 10% do total de energia para açúcar livre, acima de 7% para gordura saturada e menor ou igual a 12,5 g por 1 000 kcal para fibras. Feminino Masculino Nutrientes Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. C O N S T I T U I N T E S D O S A L I M E N T O S : F I B R A S Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição Considerações finais Alegação de propriedades funcionais aprovadas - ANVISA http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno_lista_alega.htm
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