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TEORIAS DE ENFERMAGEM Profa. Ma. Bruna Panarra Evolução Histórica do Cuidado ■ O cuidado ao ser humano baseava-se nas forças natural e espiritual. ■ Hipócrates, na Grécia: O cuidado propiciava equilíbrio , era realizado por pessoas despreparadas. ■ Na Era Cristã e na Idade Média, o cuidado passou a ter conotação religiosa de caridade, compaixão e misericórdia. Executado por pessoas religiosas e leigas. Evolução Histórica das Teorias de Enfermagem ■ No início a ENFERMAGEM era dependente de outras ciências. ■ Com a evolução da Enfermagem, os profissionais passaram a questionar os preceitos tradicionais. Levando ao desenvolvimento das TEORIAS. ■ A construção das próprias TEORIAS de ENFERMAGEM. Evolução Histórica das Teorias de Enfermagem ■ A formação do ENFERMEIRO para o CUIDADO, como prática profissional, teve início em 1860, na Inglaterra com Florence Nightingale. ■ Nesse período encontra-se a primeira tentativa de distinguir os saberes da medicina e dos saberes da enfermagem. ■ Florence realizou uma mudança significativa no cuidado. ■ Ela fundamentou os princípios do cuidado, mudando a forma de prestar o cuidado. Evolução Histórica das Teorias de Enfermagem ■ Em 1940, a Enfermagem passou a centrar suas ações nas tarefas e procedimentos. Desconsiderando sua construção intelectual. ■ Em 1950, a Enfermagem voltou a buscar embasamentos científicos, a fim de concretizar a dimensão intelectual do seu trabalho. ■ Esses conhecimentos foram incorporados ao conjunto de saberes necessários ao processo cuidativo. ■ Formulação de TEORIAS e modelos explicativos dos processos e ações de enfermagem. Evolução Histórica das Teorias de Enfermagem ■ No final de 1960, teóricas de enfermagem começavam a construir um conhecimentos próprio da enfermagem para conferir status de CIÊNCIA. ■ Atualmente, a Enfermagem como ciência desenvolve suas atividades com base no saber de outras ciências. ■ Com o desenvolvimento e aplicação da Teorias, a Enfermagem passou a ser reconhecida, com importante papel na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. RESOLUÇÃO COFEN 358/2009 SAE e implementação do Processo de Enfermagem Em ambientes públicos, privados em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem e dá outras providencias Processo de Enfermagem Baseado em um suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnóstico de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem Base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados Processo de enfermagem Não teoria Teoria é a ferramenta (maneira) Para o enfermeiro utilizar o processo de enfermagem Componentes da Teoria de Enfermagem CONCEITOS Enfermagem Saúde HomemAmbiente CONCEITOS A Enfermagem possui um conjunto de teorias embasadas na prática do cuidado, conceituando a saúde, o homem, o ambiente e a própria enfermagem. SAÚDE: Representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente-enfermeiro; finalidade da assistência de enfermagem. AMBIENTE: Representa os arredores imediatos, a comunidade daqueles que recebem o cuidado. HOMEM/PESSOA: Representa um indivíduo, uma família, uma comunidade ou toda a humanidade; aquele que recebe o cuidado. ENFERMAGEM: É a ciência e a arte da disciplina, é executada a partir de uma metodologia de trabalho Metaparadigmas de enfermagem CONCEITOS ■ TEORIA: Tem sua origem do grego theoria que significa visão. ■ O desenvolvimento de teorias deve ser encarado como racional e intelectual, conduzindo a descoberta da verdade. ■ Observar e examinar ■ Teorias constituem uma forma sistemática de olhar para o mundo e descrever, explicar, prever ou controlar. ■ Também pode ser definida como um corpo de conceitos sistematizados que permite conhecer um dado domínio da realidade. Características básicas de uma Teoria Devem ser lógicas Devem ser simples Podem ser a base para hipóteses Podem ser utilizadas como um guia. Devem ser compatíveis com outras teorias. Podem inter-relacionar conceitos de modo a criar uma forma diferente de encarar um determinado fenômeno. TEORIAS TEORIAS ■ Os modelos teóricos contribuem para a formação de conceitos com significados para a enfermagem, como autocuidado, déficit de autocuidado, adaptação, modo de adaptação, transação, necessidade básica, equilíbrio e desequilíbrio, cuidado cultural, conservação de energia, apoio e enfrentamento. ■ O ponto central da enfermagem é a pessoa humana, fazendo-se necessário desenvolver conhecimento, compreensão dos indivíduos, famílias e grupos sociais. TEORIA DE ENFERMAGEM DO DEFICIT DO AUTOCUIDADO DOROTHEA OREM ■ Uma das primeiras teóricas de enfermagem, Orem, contribuiu para formar o conhecimento na enfermagem. ■ Para Orem, o cuidado é próprio da ação positiva que tem uma prática e um caminho terapêutico, visando manter e promover o funcionamento normal do ser humano. TEORIA DE ENFERMAGEM DO DEFICIT DO AUTOCUIDADO DOROTHEA OREM ■ Orem define a enfermagem como: ■ “Um serviço de saúde especializado, distinguindo-se de outros serviços por ter seu foco de atenção nas pessoas com incapacidades para a contínua provisão de quantidade e qualidade de cuidados em um momento específico, sendo eles reguladores de seu próprio funcionamento e desenvolvimento”. ■ O autocuidado é indispensável à sobrevivência do ser humano com qualidade no mundo em que vive. TEORIA DE ENFERMAGEM DO DEFICIT DO AUTOCUIDADO DOROTHEA OREM ■ Assim, o enfermeiro, deve sistematizar o autocuidado, isto é, levar o ser humano a cuidar de si, desempenhando atividades em seu próprio benefício, a fim de manter a vida, a saúde e o bem-estar próprio, reintegrando-se à sociedade. ■ A teoria do déficit do autocuidado está presente como referencial na prática e na fundamentação teórica de estudos, na identificação de déficit de autocuidado e na utilização do sistema de apoio-educação como instrumento do cuidar. Autocuidado ■ Dorothea Orem, participou de um projeto para melhoria do treinamento prático de enfermagem, estimulando a questão de pesquisa: ■ Que condição existe na pessoa quando essa pessoa ou outros determinam que ela deva estar sob cuidados de enfermagem? ■ Essa ideia evoluiu para sua primeira Teoria: “Teoria do autocuidado” que se refere à realização do autocuidado em si, explicando e justificando porque o autocuidado é necessário à saúde. ■ De acordo com Orem, quando as pessoas são capazes, elas cuidam de si mesmas. ■ Quando a pessoa é incapaz de proporcionar o autocuidado, elas apresentam- se em déficit do autocuidado, surgindo assim a segunda teoria “Teoria do déficit do Autocuidado”. ■ Quando a enfermagem é necessária para auxiliar o indivíduo a providenciar o autocuidado, tem-se a origem “Teoria dos Sistemas de Enfermagem”. A Teoria de Enfermagem do Déficit do autocuidado ■ É constituída por: Teoria de Autocuidado Teoria de Déficit do autocuidado Teoria do Sistema de Enfermagem 1. Teoria de Autocuidado ■ Descreve e explica os motivos pelos quais o autocuidado é necessário para a vida, saúde e bem-estar da pessoa ■ São as práticas ou as atividades que as pessoas iniciam e realizam em benefício próprio com a finalidade de manter a vida, saúde e qualidade de vida. ■ As práticas de autocuidado são condutas aprendidas e demonstradas. ■ É a realização consciente de algo que pressupõe a decisão da pessoa em querer realiza-lo. 2. Teoria do Déficit de Autocuidado ■ Consiste em explicar quando e porque a enfermagem torna- se necessária e imprescindível à pessoa emrelação ao processo cuidativo. ■ Nessa relação as capacidades de autocuidado são inferiores às demandas, demonstrando com isso a necessidade obter conhecimento, habilidades e experiências para nivelar ou superar as demandas próprias daquele momento ou período de vida. 3. Teoria do Sistema de Enfermagem ■ Relaciona-se ao fato de a pessoa estar em situação de déficit de autocuidado e para compensá-lo, necessita do cuidado de enfermagem. ■ Essa teoria se limita a explicar a maneira pela qual as pessoas são ajudadas pela enfermagem. ■ É classificado: I. Totalmente compensatório: Quando a pessoa é incapaz de engajar-se nas ações de autocuidado. II. Parcialmente compensatório: Refere ao fato de tanto o enfermeiro quanto o paciente desempenharem as ações de autocuidado. CASO CLÍNICO ■ JFC, masculino, 45 anos, casado, católico, professor. Reside com a esposa e três filhos adolescentes em casa alugada. Seu pai faleceu há dois anos com câncer prostático. A mãe é portadora de DM há 5 anos e faz uso de hipoglicemiante oral. ■ Ele percebeu seu estado de saúde com regular e ao compará-lo com as últimas quatro semanas e com as pessoas da mesma idade, classificou-o como regular. É portador de HÁ há 4 anos e faz uso de captopril 12,5mg,1 comprimido 2x ao dia. Não faz dieta hipossódica nem controle médico periódico devido a falta de tempo e de interesse para adquirir conhecimento sobre sua patologia. ■ Há 5 dias atrás acordou durante a noite com polidpsia, poliúria e polifagia. Referiu sudorese fria e pegajosa, acompanhada de desfalecimento. Há um mês apresentou perda ponderal de 10kg. Mediante esses sintomas procurou a UBS. ■ Foi encaminhado à internação, sendo diagnosticado DM. Foi prescrito insulina NPH 80 UI pela manhã. Cliente e família desconhecem as patologias, tratamento e os cuidados relacionados com essa situação.
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