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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE AGUDOS – ESTADO DE SÃO PAULO
DISPENSA DE AUDIÊNCIA DE CONCILIÇÃO
REGIANE GERALDA DA SILVA MELOS, brasileira, separada, autônoma, portadora do documento de identidade RG sob o nº 29.112.953-5 SSP/SP, inscrita no CPF sob o nº 216.924.028-46, residente e domiciliada Rua Pedro Serem, nº 145, Jardim Portal do Sol, CEP 17519-330, Marília/SP, por meio de seu procurador infra-assinado, mandato procuratório incluso, com endereço profissional sito à Rua Bandeirantes, nº 213, Centro, Marília/SP e Avenida Nações Unidas, nº 11.633 – CJ 51, Itaim Bibi, São Paulo/SP, com endereço eletrônico mazuquelli@adv.oabsp.org.br, para fins do art. 106, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigos 5º, inciso XXXV, da CF, 61, da Lei nº 7.357/85 e 319 e seguintes, do Novo CPC, propor
	AÇÃO DE LOCUPLETAMENTO ILÍCITO
 
em face da ANA GABRIELA GASPAR ROCHA 36349822846, pessoa jurídica de direito privado, instituída como empresa individual, inscrita no CNPJ sob o nº 20.698.540/0001-06, situada na Rua Sete de Setembro, nº 1032, Centro, CEP 17.120-000, Agudos/SP, representada por ANA GABRIELA GASPAR ROCHA, portadora do documento de identidade RG sob o nº 34.529.385-X SSP/SP e inscrita no CPF sob o nº 363.498.338-46, pelas razões a seguir expostas:
1- PRELIMINARMENTE: DA JUSTIÇA GRATUITA
A Autora não tem condições de assumir as custas e despesas relativas ao processo, sem, contudo, prejudicar seu sustento e de sua família. A mesma mora de aluguel, não possui carro próprio, nem casa própria e nem emprego fixo. Atua como autônoma, com trabalhos de organização de eventos e promoções para vendas em empresas, feiras e festividades, inaugurações de lojas e escolas, ações de panfletagens, treinamentos, aplicações de provas e vestibulares (fiscal de sala), e trabalhos de RH, tendo, portanto, uma pequena agência, numa sala locada para elaborar e organizar seus atendimentos, bem como pratica esse tipo de locação quando necessário for, ao atender eventos promocionais em outras cidades.
Nestes termos, faz jus à gratuidade da justiça, que é um direito subjetivo, com fulcro no artigo 98, do Código de Processo Civil e pela Constituição Federal (artigo 5º), abrangendo todos aqueles que comprovarem sua insuficiência de recursos. A Autora faz jus à concessão do benefício da Justiça Gratuita, isto porque não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais.
Diante disso, requer a concessão dos efeitos da assistência judiciária gratuita, em conformidade com a legislação atual pertinente, eis que a renda financeira familiar é de pequena monta econômica, sendo certo que o pagamento das custas processuais consumiria grande parte de seu rendimento comprometendo sua sobrevivência mensal.
2- DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A Autora é credora da Ré da importância líquida, certa e exigível, referente ao cheque nº 000022, do Banco Santander, agência 0440, em nome da Ré, no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) o qual atualizado chega a um valor de R$ 708,14 (setecentos e oito reais e quatorze centavos), conforme planilha de cálculo em anexo.
Infelizmente, o cheque voltou pela primeira vez em 22 de dezembro de 2016, pelo motivo 11 (sem fundos) e, numa segunda tentativa, em 27 de dezembro de 2016, pelo motivo 12 (sem fundos, 2ª apresentação). Portanto, o referido foi devolvido sem compensação, por insuficiência de fundos na conta corrente da Ré.
Em que pesaram os esforços da Autora na tentativa de um acordo com a Ré, para o devido pagamento do débito, restaram-se infrutíferas todas as tentativas, assim, como não poderia deixar de ser, a Autora amarga o prejuízo causado pela inadimplência da parte Ré, restando unicamente a possibilidade de ressarcimento através da propositura da presente demanda.
O presente instituto da ação de locupletamento, tem previsão antiga no ordenamento jurídico brasileiro, tendo sido introduzido, inicialmente, pelo Decreto nº 2044/1908, posteriormente amparada pela Lei 7.357/85, artigo 61, conhecida como Lei do Cheque.
Destarte, a preocupação do legislador em assegurar a cobrança de Cheque através da Lei nº 7.357/85, protege o direito da Autora, especialmente com base no disposto no art. 61:
Art. 61. A Ação de enriquecimento ilícito contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta lei. (grifo nosso)
Verifica-se através do Título Extrajudicial em comento, que a Ré, emitiu cártula de crédito (cheque) com ordem de pagamento a prazo, porém, não adimpliu sua obrigação, uma vez que ao ser apresentado na instituição bancária a cártula fora devolvido sem o pagamento pelo motivo “sem provisão de fundos” (11), quando reapresentado, fora novamente devolvido com o mesmo motivo, com o código 12.
No elucidativo magistério de FÁBIO ULHOA COELHO:
As ações cambiais do cheque são duas: a execução, que prescreve nos 6 meses seguintes ao término do prazo de apresentação; e a de enriquecimento indevido, que tem natureza cognitiva e pode ser proposta nos dois anos seguintes à prescrição da execução.
Ademais, considerando que a cártula fora emitida em dezembro de 2016, e considerando a praça diversa para apresentação, o prazo prescricional se iniciou 60 dias após, e, portanto, a presente ação de locupleteamento ilícito é a medida necessária para a cobrança do cheque prescrito.
Prescrita a execução, o portador do cheque sem fundos poderá, nos 2 anos seguintes, promover a ação de enriquecimento indevido contra o emitente, endossante e avalistas (LC, art. 61). Trata-se de modalidade de ação cambial, de natureza não executiva.
Ou seja, no caso, a portadora do cheque, através do processo de conhecimento, pede a condenação judicial de qualquer devedor cambiário no pagamento do valor do título, sob o fundamento que se operou o enriquecimento indevido.
De fato, se o cheque está sem fundos, o demandado locupletou-se sem causa lícita, em prejuízo do demandante, e essa é, em princípio, a matéria de discussão. (Curso de Direito Comercial, v. 1, Saraiva, 2a edição, 1999-g. N.).
Nisso corrobora o entendimento jurisprudencial:
CHEQUE. AÇÃO DE LOCUPLETAMENTO ILÍCITO. Demanda cambial fundada em locupletamento ilícito, prevista no art. 61 da Lei nº 7.357/85. Desnecessária a especificação da causa subjacente. Cheque. Protesto por falta de pagamento. Ausência de prova de fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor. Cobrança regular das cártulas. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO. (TJSP APL 1003314-88.2015.8.26.0008; 17ª Câmara de Direito Privado; j. em 16 de outubro de 2017; Rel. Afonso Bráz).
Ação de Locupletamento Ilícito. Cheque prescrito. Causa subjacente. 1. Na ação de locupletamento ilícito fundada em cheque prescrito, não é necessária a descrição da causa subjacente na petição inicial, eis que o documento constitui prova do prejuízo, estabelecendo presunção da existência do crédito nele representado. Inteligência da Súmula 299 do Superior Tribunal de Justiça. 2. Estando o título formalmente em ordem, o ônus da prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor incumbe ao devedor (artigo 333, II do CPC). Recurso não provido. (TJSP APL 990103025296; 21ª Câmara de Direito Privado; j. 24 de novembro de 2010; Rel. Itamar Gaino).
Presente está, portanto, o direito da Autora na presente ação, com a existência do título devolvido pelo banco sacado, daí a razão da propositura da presente ação, visando ao pagamento da quantia mencionada, para que não permaneça maculado o direito lídimo e cristalino da Autora em perceberem a dívida obrigada.
3- DOS REQUERIMENTOS FINAIS
De acordo com o disposto, requer:
a) a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita,uma vez que a Autora não tem condições de arcar com as custas e despesas processuais, sem contudo prejudicar o seu sustento familiar;
b) que seja citado a Ré para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de suportar os efeitos da revelia;
b) e ao final que seja julgada PROCEDENTE a presente ação, para condenar a Ré ao pagamento da quantia de R$ 708,14 (setecentos e oito reais e quatorze centavos), consoante as exposições supra, acrescido de correção monetária e juros legais, bem como ao pagamento de honorários e custas processuais em razão da sucumbência;
c) Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidas.
Com a devida vênia, Excelência, tendo em vista que a Autora já buscou por meio de todas as formas amigáveis o pagamento da dívida, não logrando êxito em nenhuma delas, restando demonstrada a intenção da Ré em não cumprir com suas obrigações, a DISPENSA DE DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO é medida que desde já se requer, devendo, portanto, prosseguir a execução em seus ulteriores atos, nos termos do art. 334, § 5º, do Novo CPC.
Ademais, requer prazo suplementar para a apresentação da procuração, nos termos do artigo 104, § 1º, do Novo CPC.
Dá-se à causa o valor de R$ 708,14 (setecentos e oito reais e quatorze centavos).
Sem prejuízo, requer que seja determinado que todas as notificações, intimações e demais comunicações processuais sejam realizadas em nome deste subscritor, com escritório profissional sito à Rua Bandeirantes, nº 213, Centro, Marília/SP e Avenida Nações Unidas, nº 11.633 – CJ 51, Itaim Bibi, São Paulo/SP, sob pena de nulidade do § 2º, do art. 272, do Código de Processo Civil.
Termos em que, 
Pede deferimento.
DE Marília para Agudos, 23 de março de 2018.
JOSÉ LUÍS MAZUQUELLI JUNIOR
OAB/SP Nº 389.651
MEMÓRIA DE CÁLCULO
CORREÇÃO MONETÁRIA
Termo a quo --------------------------------------------------- dezembro/2016
Termo final ---------------------------------------------------- março/2018
Índice inicial -------------------------------------------------- 66,096324
	
Índice final --------------------------------------------------- 67,834193
METODOLOGIA DE CÁLCULO DA TABELA PRÁTICA - Dividir o valor a atualizar (observar o padrão monetário vigente à época) pelo fator do mês do termo inicial e multiplicar pelo fator do mês do termo final, obtendo-se o resultado na moeda vigente na data do termo final, não sendo necessário efetuar qualquer conversão. Esclarecendo que, nesta tabela, estão incluídos os juros moratórios, na proporção simples, de 1% (um por cento) a. m. 
VALOR DEVIDO
VALOR DO TÍTULO -----------------------------------------	R$ 600,00
VALOR ATUALIZADO --------------------------------------	R$ 615,77
JUROS (1% a. m.) -----------------------------------------------	R$ 92,36
VALOR ATUALIZADO COM JUROS -------------------	R$ 708,14

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