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Aluno: Lucas Henrique de Carvalho Pereira Matricula: 16213110218 Polo: Nova Iguaçu Curso: Administração Pública Com base na leitura do capítulo 13 (Fordismo e Taylorismo) do livro Sociologia e Administração, apresente os dilemas criados pela implantação do Fordismo e do Taylorismo na dinâmica da moderna organização. Obs: A resposta deve ter no máximo 3 páginas em PDF. Letra Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, justificado. O surgimento bem-sucedido das fábricas certamente se deu devido à retirada do controle do processo de produção das mãos dos operários e a transferência de tal controle para os capitalistas. Outro fator que contribuiu também foi a constituição do trabalhador coletivo, assim um único trabalhador não pode dominar todo o processo de produção e o produto do trabalho passa a ser produto de vários trabalhadores. No início do século XX Taylor propõe a organização científica do trabalho visando o maior aproveitamento possível dos recursos humanos. O tempo gasto em cada movimento do operário na realização de uma tarefa era medido e reorganizado a fim de diminuir o tempo total gasto para executar a atividade. A concepção, o planejamento e gestão do processo de trabalho passam a ser domínio dos gestores e quadros técnicos, enquanto as tarefas de produção de mercadorias ficavam a cargo dos operários. A seleção de trabalhadores passou a ser científica a fim de se ter um trabalhador mais adequado para cada função e o treinamento visava obter um trabalhador mais produtivo com a possibilidade de receber inclusive salários mais elevados. A execução das atividades era supervisionada a fim de garantir sua realização de acordo com as normas prescritas. Com a aplicação da proposta de Taylor houve uma brusca diminuição da margem de manobra dos operários nos locais de trabalho, assim como, redução das suas capacidades no que diz respeito à perícia profissional e as habilidades. A tendência desenvolvida por Taylor continuou a ser seguida por Ford, porém acentuando-se a divisão social e técnica do trabalho introduzindo a linha de montagem. Os operários, que outrora, antes da administração científica do trabalho, podiam interagir quase livremente, usando suas experiências, conhecimentos e saber-fazer no processo de trabalho, passaram, então, a seguir o ritmo da máquina como se fossem extensão da mesma. Porém, o fordismo se estendia para além das fábricas tornando-se um modo de vida baseado na produção e no consumo em larga escala. Como no período entreguerras não havia uma fácil aceitação de um sistema de produção com muitas horas de trabalho rotinizado e quase sem nenhuma autonomia do Aluno: Lucas Henrique de Carvalho Pereira Matricula: 16213110218 Polo: Nova Iguaçu Curso: Administração Pública trabalhador, Ford usou quase exclusivamente de mão de obra imigrante no seu sistema de produção com uma elevada rotatividade da força de trabalho. Outra barreira enfrentada pela sociedade capitalista era a necessidade de uma nova forma de uso dos poderes do Estado com um novo modo de regulamentação para atender ao fordismo. Entre 1950 e 1960 o capitalismo mundial passa por grande expansão econômica através do modelo fordista, haviam grandes investimentos, pleno emprego, expansão da produção e da produtividade, aumento real dos salários, consumo em massa e ganhos em escala. Mas nem todos recebiam os benefícios do fordismo e havia grande insatisfação com o sistema mesmo durante seu ápice. A pobreza e as desigualdades, a má remuneração das mulheres, por exemplo, deram origem aos movimentos sociais. Quem não tinha acesso aos empregos privilegiados também não tinha acesso ao consumo em massa o que gerava grande insatisfação. A publicidade e a propaganda incentivavam a contínua aquisição de bens e serviços como forma de sustentar a produção e o crescimento econômico, isto gerava revolta, uma vez que, apenas parte dos trabalhadores fazia parte dessa sociedade e as diferenças de gênero e etnias geravam desigualdades de acesso aos melhores empregos. Em 1960 o fordismo entra em crise devido à queda na demanda por bens produzidos, o aumento dos estoques e a ampliação dos custos de mão de obra resultado dos constantes aumentos salariais. A substituição de mão de obra na produção se torna um dos principais motivos das lutas e resistência dos trabalhadores às tarefas repetitivas. Os choques do petróleo, o crescimento dos juros e a queda dos investimentos desequilibraram as contas externas dos países. Com o desenvolvimento da crise da indústria as empresas precisaram buscar novas tecnologias, busca da qualidade e personalização dos seus produtos mantendo a “fábrica mínima”, ou seja, operando com baixa capacidade ociosa tanto no que diz respeito aos equipamentos quanto aos trabalhadores e estoque. Com isso, os padrões tayloristas/fordistas foram sendo substituídos (pós-fordismo) ou alterados (neofordismo). Após a crise ocorreram transformações intensas que visavam a garantia do lucro das empresas e que tem como desafios diminuir os ganhos de produtividade, reduzir o poder de compra dos mercados e aumentar a competição internacional. Aluno: Lucas Henrique de Carvalho Pereira Matricula: 16213110218 Polo: Nova Iguaçu Curso: Administração Pública No Brasil, os movimentos pela racionalização das práticas de gestão e organização do trabalho só ocorreram na década de 1930, mas não se tratava da introdução de um modelo fordista, e sim das práticas tayloristas, nesta década se inicia uma aceleração do processo de industrialização. Neste período houve intensa migração de trabalhadores do campo para a cidade em busca de oportunidades nos setores de serviço e indústria, cessado o fluxo de imigrantes europeus houve mudança no perfil dos operários, que eram antes mais qualificados e politi ados. A estruturação das relações de trabalho nas indústrias reproduziam o modelo das relações da economia agrícola com péssimas condições de trabalho, baixa remuneração e praticamente sem treinamento. Provavelmente, até a década de 1940 o taylorismo e o fordismo eram apenas modelos a serem buscados pela indústria brasileira. Apenas na segunda metade da década de 1950 ocorre um impulso para a implementação do modelo fordista, aderido vigorosamente pelas industrias automotivas e de autopeças na região do ABC paulista dando origem a um novo modelo de organização produtiva no país. O novo modelo se expandiu e chegou ao auge em 1968 e 1973, Após isso a indústria brasileira também sentiu os efeitos da crise que atingiu também os países capitalistas centrais, embora no Brasil o modelo fordista não tenha se concretizado plenamente. Atualmente, defensores da ruptura da continuidade do modelo fordista alegam que os mercados não aceitam mais a padronização da produção exigindo produtos diferenciados de acordo com as demandas dos diversos segmentos sociais. Já os defensores da continuidade afirmam que é impossível romper com os princípios básicos do fordismo, concepção e execução, por exemplo. No século presente, os princípios tayloristas continuam sendo aplicados, total ou parcialmente, em todos os setores produtivos apesar das novas formas de trabalho baseadas na autonomia relativa dos trabalhadores. Aluno: Lucas Henrique de Carvalho Pereira Matricula: 16213110218 Polo: Nova Iguaçu Curso: Administração Pública
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