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Manual e Dicas 
para nosso dia a dia 
de Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESF VENTO (CAMPINHO) Lambari-MG 
Av. Dr. José Nicolau Mileo, S/N 
Enfª. Marlene de Fátima dos Santos Toniato 
Cel.: (35) 9 9717-2954 – COREN-MG: 316-103 
E-mail: marlen_fs@yahoo.com.br 
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APRESENTAÇÃO 
 
Caros Colegas de trabalho! 
 
Com carinho, quero depositar em suas mãos esse pequeno “manual” que contém dicas e orientações 
para ajudar-nos em nosso ambiente de trabalho e em nossa prestação de serviço ao público. 
Temos nossas dificuldades pessoais. Precisamos, porém, nos esforçar, a todo momento, para 
desempenhar da melhor maneira possível nosso trabalho e nossas atribuições. 
Sabemos o quanto é exigente lidar com as pessoas e trabalhar com o público. É um constante 
exercício de paciência e “jogo de cintura”. 
Por outro lado, vale a pena investir em nós mesmos e executar nossas tarefas com profissionalismo e 
primar pela perfeição. Jamais seremos perfeitos, mas a nossa meta deve ser a perfeição, o “top”, o ótimo, o 
excelente. 
Proponho de estudarmos juntos esse presente “manual” e um ajudar outro a ser melhor para a/o 
Colega. 
Nós que trabalhamos na área da saúde, devemos olhar para o nosso trabalho muito mais como uma 
vocação/missão do que simplesmente como uma profissão. 
Se as pessoas veem até nós é porque necessitam de nossa ajuda. Precisamos fazer de tudo para ajudar 
e facilitar a vida dessas pessoas que já sofrem tanto no campo social e, sobretudo, na saúde. 
Penso que podemos e temos o dever de facilitar a vida das pessoas que veem aos nossos Postos. 
Temos por compromisso, aliviar, pelo menos um pouquinho, suas angústias e suas doenças. 
A cura de nossos males começa pelo bom atendimento e pelo modo como acolhemos e somos 
acolhidos. Estamos juntas! Estamos juntos! 
Com apreço e votos de melhorias em nossos ambientes, a começar por nós mesmas/os. 
 
 
 
Marlene Toniato 
16 de abril de 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1. Delicadezas pequenas que fazem toda a diferença.........................................................................04 
2. Automotivação no trabalho............................................................................................................04 
3. Ações benéficas para a autoconfiança e autoestima.......................................................................06 
4. Atribuições comuns a todos os profissionais que integram as equipes..........................................09 
5. Atribuições especificas da recepcionista........................................................................................10 
6. A comunicação da recepcionista....................................................................................................10 
7. Agente comunitário de saúde.........................................................................................................14 
8. Visita domiciliar.............................................................................................................................15 
9. As atribuições específicas do ACS são as seguintes......................................................................17 
10. Atribuições específicas do auxiliar de enfermagem.....................................................................18 
11. Atribuições específicas do enfermeiro.........................................................................................20 
12. Atribuições específicas do médico...............................................................................................21 
13. O trabalho em equipe....................................................................................................................22 
14. Pérolas no ambiente de trabalho...................................................................................................23 
15. As virtudes na comunicação pessoal e grupal.............................................................................................23 
16. Dez mandamentos das relações humanas.....................................................................................23 
17. Dicas do Papa Francisco para sermos felizes...............................................................................24 
18. Referências...................................................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. DELICADEZAS PEQUENAS QUE FAZEM TODA A DIFERENÇA 
Comecemos o dia com pequenos gestos de amor e delicadezas. Trazem alegria e paz ao coração: 
– Começar bem o dia com o pé direito no chão e com um “muito obrigado” a Deus por mais um dia de vida. 
– Dizer bom dia a quem está do nosso lado. 
– Olhar com brandura para quem mora ou trabalha conosco. 
– Começar mais uma jornada de trabalho com um sorriso feliz é bom para a alma e traz saúde para o corpo. 
– Atender com ternura a campainha que toca. 
– Com voz suave dizer “Alô” ao telefone que chama. 
– Cumprir com leveza e simpatia as tarefas diárias. 
– Conseguir perdoar as ofensas inevitáveis. 
– Na nobreza da alma, saber relevar pequenos desaforos. 
– Na rua, sempre cumprimentar os transeuntes que passam por nós. São nossos irmãos e irmãs. 
– Superar os desafios. 
– Sorrir e agradecer o funcionário do mercado, do Banco ou da farmácia. 
- Cumprimentar o Coletor do lixo e o varredor de rua. Agradecer a eles pelo trabalho que prestam na 
comunidade. 
– Desenvolver a paciência e a resiliência nas pequenas e grandes contrariedades. 
– Valorizar os gestos. 
– Ficar atento para acolher, perdoar, esperar, ajudar. 
– Cultivar a serenidade e transmitir coragem e fé. 
– Desenvolver a capacidade de resistir e de ser “manso e humilde de coração”. 
– Pedir a Deus um coração sensível para sentir com o próximo as suas alegrias e as suas tristezas. 
– Ser solidário. 
- Ser sincero, ser franco. Ser amável. 
 
 
2. AUTOMOTIVAÇÃO NO TRABALHO 
Todos os profissionais, em maior ou menor escala, trabalham em busca de bons resultados. Não por 
acaso. Para termos energia e motivação para nos levantarmos todos os dias e ir para o trabalho, precisamos 
crer que aquilo que fazemos impacta positivamente para nós mesmos e para quem se beneficia de nosso 
trabalho. 
Permita-se ir além! Chegou o momento de Você iniciar uma nova etapa em sua história! 
Lute por seus ideais! 
Tenha metas bem definidas! 
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Segundo pesquisa da consultoria Manpowergroup, realizada no Brasil e noutros 40 países, com cerca 
de 60 mil empresas, de diferentes segmentos, uma das competências comportamentais mais valorizadas pelas 
empresas, com 14% é a Motivação. 
Outro elemento essencial para que produzamos com qualidade é a automotivação. Esta permite 
realizar as tarefas com qualidade, inovar, relacionar-se bem com colegas e superiores, focar de forma 
assertiva no trabalho e entregar, com eficiência e agilidade, as solicitações. 
Neste sentido, a automotivação e o entusiasmo ao realizar um trabalho são indispensáveis a todo 
profissional. Este estímulo, independente dos fatores externos, é o que faz toda a diferença em seus 
resultados. 
Com este apoio, mesmo passando por situações adversas, é possível ter forças motivadoras para 
cumprir, com qualidade e efetividade, suas tarefas, engajar-se na realização destas e a manter um ambiente 
agradável. 
1. Mantenha o Foco – Mesmo que problemas externos queiram interferir no seu trabalho, mantenha o foco 
em realizar suas tarefas. Não dê ouvido a conversase evite passar tempo demais em redes sociais. 
2. Defina Metas Realistas – Para alcançar seus resultados efetivamente é preciso definir metas que 
realmente são possíveis de alcançar. Isso possibilita acompanhar seu desenvolvimento e não desanimar se 
algo der errado. 
3. Invista em aprimoramento – Quanto mais subsídios técnicos e comportamentais Você tiver, mais 
preparado estará para realizar seu trabalho e alcançar reconhecimento. Faça cursos, mantenha-se atualizado e 
busque evolução contínua. 
4. Cultive bons relacionamentos – Ter um bom relacionamento interpessoal com colegas e superiores no 
trabalho favorece o bom desenvolvimento de suas competências e ajuda na harmonia do ambiente. 
5. Aproveite o tempo livre – Descanse; relaxe, saia e divirta-se com sua família, namorado(a) e seus 
amigos. Este tempo para Você é essencial para seu equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. AÇÕES BENÉFICAS PARA A AUTOCONFIANÇA E AUTOESTIMA 
Felizmente, há uma série de ações simples que qualquer pessoa pode fazer para aumentar a sua 
autoestima e, esperançosamente, romper com esse círculo vicioso. Você pode praticar algumas das coisas 
sugeridas na lista que se segue, e certamente não precisa fazê-las todas. Basta fazer aquelas em que se sinta 
mais confortável: 
 
1. Faça três listas: 
Numa folha de papel escreva as suas forças, uma das suas conquistas mais importantes para si, e uma 
das coisas que Você admira mais em si mesmo. Tente a colaboração de um amigo ou parente para ajudá-lo 
com essas listas. Mantenha as listas num lugar seguro e leia-as regularmente. 
2. Pense positivamente acerca de si mesmo: 
Lembre-se que, apesar dos seus problemas, Você é uma pessoa única, especial e valiosa, e que Você 
merece e pode vir a sentir-se bem acerca de si mesmo, se fizer coisas nesse sentido. Identifique e conteste os 
pensamentos negativos que tem acerca de si mesmo, como “Eu sou um perdedor”, “Eu nunca faço nada 
certo”, ou “Ninguém gosta de mim”. Certamente estas crenças acerca de si mesmo estão distorcidas por erros 
de pensamento devido à sua baixa autoconfiança e autoestima. Faça um acordo consigo mesmo, sendo o seu 
principal aliado. 
Sempre que surjam na sua mente pensamentos depreciativos acerca de si mesmo, não os siga. Crie 
outros pensamentos que possam orientá-lo para as coisas que quer alcançar e que o ajudem a transmitir-lhe 
confiança. A confiança em si mesmo pode ser construída. 
3. Preste especial atenção à sua higiene pessoal e aparência: 
Por exemplo, cuidar do estilo do seu cabelo, aparar as unhas, usar fio dental nos dentes. Vestir 
roupas que façam Você sentir-se bem consigo mesmo. 
Cuidar de nós mesmos representa o valor que damos a nós mesmos, mas igualmente à preservação 
da nossa imagem junto dos outros. 
4. Coma boa comida como parte de uma alimentação saudável e equilibrada: 
Faça refeições a pensar em si mesmo, torne isso um momento especial, mesmo se Você estiver 
comendo sozinho. Desligue a TV ou rádio, ponha a mesa, e prime na disposição da comida no prato para que 
pareça atraente. Evite guloseimas. Troque o refrigerante por suco de frutas natural. Coma verduras e 
legumes. Você também merece mimar-se a si mesmo. Se Você não cuidar bem de si, quem cuidará? Pense 
nisso. 
5. Exercite-se regularmente: 
Sair para uma caminhada todos os dias, caminhe ao ar livre, olhe a natureza. Admire o que está ao 
seu redor. Contemple uma formiga, uma flor, um detalhe, sinta a brisa da manhã ou da tarde... Faça 
exercícios mais vigorosos (exercícios que façam Você suar) três vezes por semana é uma prática de enorme 
retorno e satisfação. A prática do exercício físico regular é um propulsor da autoestima, eleva os níveis de 
energia, promove o humor, faz libertar na corrente sanguínea endorfina (conhecida por hormônio do bem-
estar). 
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6. Verifique se Você está dormindo o suficiente: 
Após um dia de trabalho a nossa energia diminui, é importante repormos os nossos níveis de energia. 
Para isso, o descanso conseguido através de uma noite bem dormida é um dos principais restauradores do 
corpo e mente. Evite olhar o celular antes de dormir. A luz do celular é prejudicial para o descanso da mente. 
7. Aprenda a gerir os seus níveis de stress: 
Na vida, as exigências por vezes são mais que muitas. Exercem uma enorme pressão sobre os nossos 
recursos e a nossa capacidade de resposta. É importante perceber a exigência das tarefas que tem de realizar 
e entender se está preparado para responder-lhes ou resolvê-las de forma eficaz. Caso verifique que a sua 
ansiedade e irritabilidade estejam a aumentar e consequentemente a sentir uma diminuição no seu humor, 
provavelmente está a sofrer de stress. O stress faz-se sentir sempre que a sua capacidade de resposta seja 
inferior às exigências que enfrenta. Se Você não é capaz de responder de forma funcional e eficaz às 
exigências do seu dia-a-dia, a sua autoestima pode sofrer abalos. 
8. Organize o seu espaço pessoal e profissional, mantenha-o limpo, confortável e atraente: 
Sentirmo-nos bem nos espaços onde passamos a grande maioria do nosso tempo é essencial para que 
possamos receber estímulos de bem-estar. Organize as coisas de forma a que possa ter a maior satisfação 
possível. 
Em casa, organize suas gavetas e guarda roupas por cores, por tamanhos, por estações 
(inverno/verão). Na cozinha, guarde seus utensílios por ordem de uso e praticidade. Na despensa, guarde os 
alimentos por ordem de validade. 
Lembre-se: nosso exterior reflete nosso interior. Se nossas coisas externas estão em ordem, 
certamente as “coisas” internas também estarão. 
9. Faça coisas que Você gosta de fazer: 
Por vezes, quando andamos em baixa, com preocupações a ocuparem-nos a cabeça e na presença de 
alguns sentimentos negativos, cedemo-nos a isso e deixamos de fazer coisas que nos fazem sentir bem. Este 
é um problema para a autoestima. É importante promover atividades que possam ter um retorno positivo, que 
promovam sentimentos positivos. Ao experienciar boas sensações, certamente isso fará com que todo o seu 
ser fique mais animado, mais positivo e com mais esperança. Promova aquilo que o faz sentir-se bem, 
mesmo que esteja a sentir-se mal. Reagir é a arma de nossa vontade pessoal. 
10. Envolva-se em atividades lúdicas como música, pintura, poesia ou dança: 
Este tipo de atividades lúdicas e artísticas permitem que Você possa expressar-se, e adquirir um 
senso de domínio, levando-o a interagir positivamente com os outros. Procure uma destas atividades ou 
outras na sua localidade. Invista em si mesmo e na promoção do seu bem-estar. 
11. Estabeleça um desafio que Você possa realmente conseguir, e não pare até alcançá-lo: 
Por exemplo, fazer visitas, aprender a cantar, ou cozinhar, planeje um jantar para um pequeno grupo 
de pessoas em sua casa. Aprenda um esporte, etc. 
12. Faça algumas das coisas que Você tem adiado constantemente: 
O sentimento de eficácia e de dever cumprido ao realizarmos algo que nos custa ou que não 
gostamos muito, mas que é necessário ser feito, produz um retorno de satisfação e de valor de nós mesmos. 
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Por este motivo é um excelente promotor da autoestima. Proponha-se igualmente a fazer algo que lhe gera 
medo, receio ou dúvida, sobretudo acerca das suas habilidades ou competências necessárias à boa realização. 
Ao enfrentar o que teme, pode vir a ser bem sucedido, tendo como retorno o aumento e o reforço da 
confiança em si mesmo. O impossível não existe para quem tem fé e vi à luta. 
13. Faça algo que beneficie os outros; 
A prática da compaixão ou do reconhecimento do valor humano é algo que promove a satisfação 
geral, que nos permite olharmo-nos como benevolentes.Por exemplo, visitar um amigo que está doente, ou 
envolver-se com uma instituição de caridade local (visitar idosos, “emprestar” seus ouvidos para ouvir 
pessoas idosas, traz imensa satisfação, além de proporcionar alegria e alívio para as pessoas idosas que 
muitas vezes se sentem só). Tais ações podem fazê-lo sentir-se bem consigo mesmo só pelo fato de sentir 
que está a valorizar e a ajudar outras pessoas. 
14. Envolva os outros no seu objetivo: 
Informe alguns dos seus amigos e familiares de confiança pelo que Você está passando e peça 
conselho e apoio. Talvez eles também tenham problemas semelhantes. Passar por momentos difíceis 
sozinhos é algo terrível e pode ser destrutivo e traumático. Partilhar promove grande parte da cura e da 
libertação. 
15. Tente passar mais tempo com as pessoas que Você gosta; 
Não se afaste das pessoas que gostam de Você, não restrinja a sua vida social. Afastar-se das pessoas 
que lhe são queridas poderia conduzi-lo ao isolamento e piorar ainda mais o estado que possa estar a passar 
neste momento. Esforce-se por promover ações sociais com os seus amigos, ou conhecer pessoas novas. 
Visite seus pais, seus parentes. A vida passa rápido demais... Telefone para pessoas que há tempo Você não 
conversa. Um telefonema pode trazer inúmeros benefícios para quem chama e para quem recebe a ligação. 
Tempo a gente faz, porque tempo é questão de amor. 
16. Por outro lado, evite as pessoas ou lugares que o façam sentir-se mal acerca de si mesmo: 
Não recomendo que faça isto durante toda a sua vida, mas se está a travessar por um período de 
baixa autoconfiança e baixa autoestima, este é o momento de fazê-lo. É importante que se proteja no sentido 
de não piorar o seu estado, nem comprovar algumas das dúvidas que possa ter acerca de si mesmo. 
17. Crie o hábito da leitura: 
Ler faz bem, leva a gente a viajar para mundos imaginários. Ler desenvolve nosso raciocínio e 
capacidade de conversar melhor, de pensar, de interpretar e compreender textos. A leitura é uma riqueza 
inestimável e só traz benefícios. Leia Jornais e revista em quadrinhos, faça palavras cruzadas. 
18. Organize seus pensamentos: 
Tenha tempo para si mesmo. Aprenda o exercício da respiração para manter o foco nas coisas 
realmente importantes. Seja o seu próprio psicólogo. Mas, se for necessário, consulte um profissional. 
19. Tenha uma Religião: 
 Somos seres religiosos por natureza. O louvor a Deus liberta o nosso coração e traz vida nova para a 
nossa alma. Rezar faz bem e resolve sempre. Reze pela manhã, ao se levantar, reze antes e depois das 
refeições, reze antes de uma reunião importante, reze antes de dormir e nunca deixe de passar em sua mente 
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o filme do dia para agradecer a Deus e pedir perdão das faltas cometidas contre si, contra o próximo e contra 
Deus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. ATRIBUIÇÕES COMUNS A TODOS OS PROFISSIONAIS QUE INTEGRAM A 
EQUIPE: 
- Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis com ênfase nas suas características 
sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas; 
- Identificar os problemas de saúde e situações de risco mais comuns aos quais aquela população 
está exposta; 
- Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos problemas 
de saúde e fatores que colocam em risco a saúde; 
- Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância e de 
vigilância epidemiológica, nas diferentes fases do ciclo de vida; 
- Valorizar a relação com o usuário e com a família, para a criação de vínculo de confiança, de 
afeto, de respeito; 
- Realizar visitas domiciliares de acordo com o planejamento; 
- Resolver os problemas de saúde do nível de atenção básica; 
- Garantir acesso à continuidade do tratamento dentro de um sistema de referência e contra-refência 
para os casos de maios complexidade ou que necessitem de internação hospitalar; 
- Prestar assistência integral à população adscrita, respondendo à demanda de forma contínua e 
racionalista; 
- Coordenar, participar de e/ou organizar grupos de educação para a saúde; 
- Promovendo ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na 
comunidade para o enfretamento conjunto dos problemas identificados; 
- Fomentar a participação popular, discutindo com a comunidade conceitos de cidadania, de direitos 
à saúde e suas bases legais; 
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- Incentivar a formação e/ou participação ativa da comunidade nos conselho locais de saúde e no 
conselho Municipal de Saúde; 
- Auxiliar na implantação do cartão Nacional de Saúde. 
 
5. AS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DA RECEPCIONISTA: 
- Prestar atenção e ouvir bem para atender as solicitação feitas. 
- Realizar agendamento de consultas, visitas domiciliares e preventivos; 
- Realizar atendimentos das consultas agendadas: Prontuário da família, FAAS, sempre preencher todos os 
dados do paciente. 
- Encaminhar as fichas para pré consulta, orientar os pacientes após as consultas, onde realizar os 
agendamentos de exames, especialidades e retornos. 
- Ao telefonar para alguém, identificar-se e falar só o necessário. 
- Ao atender um telefonema, ser elegante e educada/o. 
- Fazer as devidas perguntas para atender as necessidades de quem telefona. 
- Caneta e papel na mão para anotar os recados com precisão. 
- Jamais se esquecer de dar os recados. 
- Nome e sobrenome são fundamentais. 
- Na recepção, é fundamental Entender para Atender. 
- Saber dizer um não como se fosse um sim. 
 - Fazer de tudo para ajudar quem chega e quem precisa. 
 - Demonstrar boa vontade e interesse. 
 
 
 
 
 
 
 
6. A COMUNICAÇÃO DA RECEPCIONISTA 
A Comunicação é algo que uma pessoa concebe, codifica e emite intencionalmente para obter de 
outra pessoa uma reação, estabelecendo-se um intercâmbio de sentimentos e ideias orientadoras de sua 
conduta em determinada situação. Este processo, por sua vez, é dinâmico, pois sempre é um doar e receber 
algo. E sendo dinâmico significa que é um processo em marcha, em curso, em seguimento, em trajetória e 
que no decorrer do processo não se pode identificar seu começo e seu fim. 
A partir desse conceito de comunicação, podemos concluir que qualquer pessoa quando se encontra 
com outra, mesmo que não tenha intenção de comunicar, se comunica. 
Então temos os seguintes tipos de Comunicação: 
 
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1. Comunicação não-verbal: 
Comunicar é muito mais do que falar. Não comunicação somente com palavras. Comunicamos com 
tudo o que somos, com todo o nosso ser. 
Quando usamos o nosso corpo para comunicar, dizemos que a comunicação é corporal. Ex.: mesmo 
que a pessoa não diga nada, somos capazes de deduzir se ela esta triste ou alegre, feliz ou chateada, tranquila 
ou nervosa, etc. 
Quando usamos os gestos para comunicar, dizemos que a comunicação é gestual. Esta comunicação 
é fácil de ser percebida. 
Quando usamos os símbolos para comunicar, dizemos que a comunicação é simbólica. O 
característico da comunicação simbólica é o fato de existir uma convenção entre o símbolo e seu significado. 
Essa convenção não é aleatória, é algo que se aprende. Ex.: está convencionado que a luz vermelha do 
semáforo significa passagem proibida. 
Também a escrita é uma forma de comunicação simbólica. Cada letra é um símbolo que, ligado a 
outros símbolos, adquire significados diferentes. 
 A rigor, deveríamos dizer que também a palavra é um símbolo. Os estudiosos de semiótica 
consideram-na assim, mas preferimos colocá-la como comunicação verbal. 
 
2. Comunicação verbal: 
 Quando usamos a voz para comunicar, dizemos que a comunicação é verbal. A comunicaçãoverbal 
pode se realizar diretamente, de pessoa a pessoa, como numa conversa, ou numa conferência, palestra, teatro, 
etc. pode-se utilizar instrumentos de ampliação da voz: microfone, televisão, rádio, telefone, vídeo, áudio, 
etc. 
 
3. Comunicação do ground: 
 É também chamada de comunicação cênica. Cênica vem de cena. Aqui chamamos a atenção para a 
comunicação do ambiente, do cenário. Normalmente não levamos muito a sério essa comunicação. Porém 
ela é importantíssima. O cenário, o ambiente (o ground) tem muito mais força do que qualquer outra forma 
de comunicação. Não são apenas os objetos de cena ou o pano de fundo (background). O ground (terreno, 
ambiente) é o todo que comunica. 
 Isso deve chamar nossa atenção para como preparamos o ambiente (que não é somente o ambiente 
físico) para as celebrações, festas, reuniões e outros encontros: a disposição das coisas, a arrumação do 
ambiente, a presença ou ausência de determinados objetos, a limpeza dos materiais a serem utilizados, a 
postura do presidente e das demais pessoas, o traje das pessoas, o tom de voz, as músicas, a ornamentação, a 
forma de acolhimento, a preparação e a forma de condução por parte do presidente, a pontualidade. São 
todos elementos do ground e que comunicam. O ground age, na maioria das vezes, em nível inconsciente, 
portanto, no profundo das consciências. 
 Então, os secretários e secretárias são os atendentes especiais. Estes profissionais são o “cartão de 
visita” da Emprese em que trabalham. Entram em contato, diariamente, com as mais diversas pessoas que 
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procuram informações e solução para seus problemas. São responsáveis pela apresentação da Empresa aos 
que a procuram. Se o atendimento for bom, sairão com a impressão de que a Empresa é acolhedora, 
cativante, agradável e sentirão vontade de voltar; se o atendimento for ruim, levarão a impressão de uma 
Empresa antipática e pouco acolhedora. Portanto, a (o) recepcionista (o) carrega em si uma grande 
responsabilidade: a de comunicar o objetivo da Empresa no seu trabalho cotidiano. Você acredita que seu 
trabalho é uma missão? Pois pode acreditar que sim. O seu trabalho é de fundamental importância. 
 Diante disso, enumero a seguir o que seria um perfil de uma recepcionista (o) sob o ponto de vista da 
comunicação: 
1. Receber bem: Todas as pessoas gostam de ser bem atendidas, bem recebidas, em qualquer lugar que 
chegam. Na secretaria também devem ser bem acolhidas. É bem provável que a maioria de nós que estamos 
aqui hoje já deixamos de comprar produtos bons, em determinados estabelecimentos onde fomos de uma 
forma ou de outra, mal recebidos. Mas compramos produtos de uma marca inferior, em outra loja, somente 
porque o atendimento foi melhor. 
Pensemos agora no nosso atendimento. As pessoas deste novo milênio vivem uma carência afetiva e 
espiritual muito grande, por isso, gostam quando nos interessamos por elas, quando as tratamos pelo nome, 
quando as convidamos para sentar e procuramos saber o que as trazem ao nosso posto de trabalho. Oferecer 
um copo d’água ou um cafezinho também faz muita diferença no acolhimento. Mostrar onde fica o toalete, 
etc. 
2. Escutar: Para quem trabalha com o público, escutar é mais importante do que falar. Para se sintonizar 
com a ideia do outro, para saber o que ele quer, suas necessidades, é preciso escutá-lo. Escutar pressupõe 
prestar atenção, ser paciente, praticar a tolerância. Muitas pessoas erram na vida porque emitem opinião 
antes de escutar. 
3. Informar: Ao escutar, a(o) recepcionista (o) vai identificando a informação que a pessoa quer receber, 
que interesse lhe motivou sair de casa para procurar o atendimento. Então, é hora de oferecer as informações 
necessárias para facilitar a resolução do problema, de providenciar aquilo que se pode resolver na hora e de 
indicar caminhos, quando o problema precisa de outras instâncias para ser resolvido. O atendente 
incompetente dificulta as informações, informa pela metade, cria dúvidas ao invés de tirá-las e acaba 
entrando em conflito com as pessoas. 
Informar corretamente e com clareza, ver se a pessoa entendeu. Comunicar a pessoa sobre 
documentos necessários para o atendimento a ser realizado. 
4. Pesquisar: Nasce da escuta, não é nada complicado e nem precisa de um questionário elaborado 
metologicamente. Nas conversas diárias com as pessoas, as(os) secretárias(os) podem, naturalmente, 
pesquisar a opinião deles sobre as retiradas de senhas, os horários dos atendimentos, e das reuniões, sobre o 
que gostariam que a Empresa fizesse e sobre as suas necessidades concretas. 
Agora, vejamos as cinco razões pelas quais o seu procedimento poderá estar afastando as pessoas, 
Unidade e da comunidade: 
1. A estrela em potencial: Algumas pessoas são ótimas de palco, monopolizando reuniões, assumindo os 
créditos de projetos de outras equipes, capazes de roubar o mérito de qualquer um, até mesmo dos 
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superiores. Outras pessoas são apenas mal orientadas. Não conseguem resolver problemas sem pressionar os 
outros; assumir riscos sem ficar alardeando sua coragem para meio mundo. Os dois tipos não percebem os 
problemas e a resistência que tais ações provocam: eis aí sua grande falha. 
 Estrelas em potencial costumam subir depressa e cair ainda mais rápido. Ganham má fama, muitos 
inimigos e afastam pessoas bem intencionadas. 
2. A rebelde: São aquelas pessoas que tentam driblar qualquer um que queira lhes dizer o que fazer. Ignoram 
todos os regulamentos e regras da Empresa. Acham que estão sempre com a razão. A maioria das 
pessoas não suporta por muito tempo este tipo de recepcionista(o). 
3. A “explorada”: Quer ver absolutamente delimitados todos os seus trabalhos na secretaria. Qualquer apelo 
para uma dedicação maior é motivo para reclamações. É a pessoa que se considera só uma profissional, 
esquecendo seu algo mais na Empresa. 
 Pessoas assim, indisponíveis, afastam os agentes que mais trabalham e que precisam de pessoas 
dedicadas. Até costumamos dizer que as pessoas mais ocupadas, são sempre as mais disponíveis e dispostas 
a colaborar. 
4. A “egocentrada”: É aquela que acha ser o centro do universo. O que conta são só suas opiniões. A sua 
maneira de fazer as coisas sempre deve prevalecer. E se os outros não enxergam essa evidência, fica furiosa. 
 O resultado desta atitude, quase sempre, é uma frieza, um distanciamento das outras pessoas da 
equipe. 
5. A “infantil”: São os “bebês profissionais”. Não tem iniciativa própria, sempre procurando aprovação, 
conselhos, assistência, incentivo. Desmontam quando criticados. Têm tanto medo de dar um passo em falso, 
que nada fazem sem consultar os superiores. 
 Os gestores e coordenadores querem recepcionistas (os) que os mantenham informados, mas que 
também sejam autossuficientes e sejam proativos. Que saibam tomar decisões com responsabilidade e 
competência. 
 
Se Você se vê em algum dos perfis acima, aí vão algumas sugestões de como mudar: 
1. Mude de atitude: Considere cada membro da sua equipe como um irmão e não como um freguês e queira 
tê-los todos ao seu lado. Observe o estilo de trabalho de cada coordenador e tente adaptar-se a ele. 
 
2. Peça a opinião de pessoas próximas: Repare na maneira como Você é tratada. Há impaciência, 
desinteresse, distância? Se esse for o caso, seu comportamento deve ter algo a ver com isso. Mas, como é 
difícil ser objetiva a respeito de nossos próprios hábitos, pergunte às pessoas de sua confiança o que elas 
acham que está provocando isso. 
 
3. Mude suas expectativas: Em vez de ficar apática esperando apoio e aprovação, pense no que tornaria a 
relação com os colegas mais fácil. Então, atinja esse objetivo. 
4. Veja o que pode fazerde forma diferente: Há inúmeras possibilidades - ouvir mais e reclamar menos, 
ser mais agradável, ter um “sorriso na voz”, demonstrar que é disponível. Então, faça essas coisas. Se “a 
14 
 
 
primeira impressão é a que fica”, apagar uma imagem formada não é fácil, mas esforços de mudança 
costumam ser notados. E a vontade de tentar é sempre uma qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÙDE 
 
 “Ser ACS é, antes de tudo, ser alguém que se identifica em todos os sentidos com a sua própria 
comunidade, principalmente na cultura, linguagem e costumes. Precisa gostar do trabalho. Gostar 
principalmente de aprender e repassar as informações, entender que ninguém nasce com o destino de 
morrer ainda criança...” Teresa Ramos – ACS, Recife. 
 
O agente comunitário de saúde – ACS é um personagem muito importante na implementação do 
Sistema Único de Saúde, fortalecendo a integração entre os serviços de saúde da Atenção Primária à Saúde e 
a comunidade. 
O ACS é um personagem fundamental, pois é quem está mais próximo dos problemas que afetam a 
comunidade, é alguém que se destaca pela capacidade de se comunicar com as pessoas e pela liderança 
natural que exerce. Sua ação favorece a transformação de situações-problema que afetam a qualidade de vida 
das famílias, como aquelas associadas ao saneamento básico, destinação do lixo, condições precárias de 
moradia, situações de exclusão social, desemprego, violência intrafamiliar, drogas lícitas e ilícitas, acidentes 
etc. Seu trabalho tem como principal objetivo contribuir para a qualidade de vida das pessoas e da 
comunidade. Para que isso aconteça, você tem que estar alerta. Tem que estar sempre “vigilante”. 
Para realizar um bom trabalho, você precisa: 
• Conhecer o território; 
• Conhecer não só os problemas da comunidade, mas também suas potencialidades de crescer e se 
desenvolver social e economicamente; 
• Ser ativo e ter iniciativa; 
• Gostar de aprender coisas novas; 
• Observar as pessoas, as coisas, os ambientes; 
• Agir com respeito e ética perante a comunidade e os demais profissionais. 
15 
 
 
Todas as famílias e pessoas do seu território devem ser acompanhadas por meio da visita domiciliar, 
na qual se desenvolvem ações de educação em saúde. Entretanto, sua atuação não está restrita ao domicílio, 
ocorrendo também nos diversos espaços comunitários. 
 
8. VISITA DOMICILIAR 
A visita domiciliar é a atividade mais importante do processo de trabalho do agente comunitário de 
saúde. Ao entrar na casa de uma família, você entra não somente no espaço físico, mas em tudo o que esse 
espaço representa. Nessa casa vive uma família, com seus códigos de sobrevivência, suas crenças, sua 
cultura e sua própria história. 
A sensibilidade/capacidade de compreender o momento certo e a maneira adequada de se aproximar 
e estabelecer uma relação de confiança é uma das habilidades mais importantes do ACS. Isso lhe ajudará a 
construir o vínculo necessário ao desenvolvimento das ações de promoção, prevenção, controle, cura e 
recuperação. 
O ACS pode orientar como trocar a fralda de um bebê e pode ser o amigo e conselheiro A permissão 
de entrada em uma casa representa algo muito significativo, que envolve confiança no ACS e merece todo o 
respeito. É o que poderia ser chamado de “procedimento de alta complexidade” ou pelo menos de “alta 
delicadeza”. Entende-se por microáreas de risco aqueles espaços dentro de um território que apresentam 
condições mais favoráveis ao aparecimento de doenças e acidentes. Por exemplo: área mais propensa à 
inundação, áreas próximas de barreiras ou encostas, áreas com esgoto a céu aberto e sem água tratada, áreas 
com maior incidência de crimes e acidentes. 
Nem sempre é fácil separar o lado pessoal do profissional e os limites da relação ACS/família. Isso 
pode determinar ou reorganizar seu processo de trabalho e a forma como se vincula à família. Recomenda-se 
que o ACS estabeleça um bom vínculo com a família, mas saiba dissociar a sua relação pessoal do seu papel 
como agente comunitário de saúde. 
Cada família tem uma dinâmica de vida própria e, com as modificações na estrutura familiar que 
vêm ocorrendo nos últimos tempos, fica cada vez mais difícil classificá-la num modelo único. Essas 
particularidades – ou características próprias – fazem com que determinada conduta ou ação por parte dos 
agentes e equipe de saúde tenha efeitos diferentes ou atinjam de modo distinto, com maior ou menor 
intensidade, as diversas famílias assistidas. Você, na sua função de orientar, monitorar, esclarecer e ouvir, 
passa a exercer também o papel de educador. Assim, é fundamental que sejam compreendidas as implicações 
que isso representa. 
Para ser bem feita, a visita domiciliar deve ser planejada. Ao planejar, utiliza-se melhor o tempo e 
respeita-se também o tempo das pessoas visitadas. Para auxiliar no dia a dia do seu trabalho, é importante 
que você tenha um roteiro de visita domiciliar, o que vai ajudar muito no acompanhamento das famílias da 
sua área de trabalho. Também é recomendável definir o tempo de duração da visita, devendo ser adaptada à 
realidade do momento. A pessoa a ser visitada deve ser informada do motivo e da importância da visita. 
Chamá-las sempre pelo nome demonstra respeito e interesse por elas. Visando um maior vínculo, é 
16 
 
 
interessante combinar com a família o melhor horário para realização da visita para não atrapalhar os 
afazeres da casa. 
Na primeira visita, é indispensável que você diga seu nome, fale do seu trabalho, o motivo da visita e 
sempre pergunte se pode ser recebido naquele momento. Para o desenvolvimento de um bom trabalho em 
equipe, é fundamental que tanto o ACS quanto os demais profissionais aprendam a interagir com a 
comunidade, sem fazer julgamentos quanto à cultura, crenças religiosas, situação socioeconômica, etnia, 
orientação sexual, deficiência física etc. Todos os membros da equipe devem respeitar as diferenças entre as 
pessoas, adotando uma postura de escuta, tolerância aos princípios e às distintas crenças e valores que não 
sejam os seus próprios, além de atitudes imparciais. Após a realização da visita, você deve verificar se o 
objetivo dela foi alcançado e se foram dadas e colhidas as informações necessárias. Enfim, você deve avaliar 
e corrigir possíveis falhas. Esse é um passo muito importante que possibilitará planejar as próximas visitas. 
Da mesma forma, você deve partilhar com o restante da equipe essa avaliação, expondo as eventuais 
dúvidas, os anseios, as dificuldades sentidas e os êxitos. Toda visita deve ser realizada tendo como base o 
planejamento da equipe, pautado na identificação das necessidades de cada família. Pode ser que seja 
identificada uma situação de risco e isso demandará a realização de outras visitas com maior frequência. É 
por meio da visita domiciliar e da sua inserção na comunidade que o agente vai compreendendo a forma de 
viver, os códigos, as crenças, enfim, a dinâmica de vida das famílias por ele acompanhadas. 
A visita domiciliar requer, contudo, um saber-fazer que se aprende no cotidiano, mas pode e deve se 
basear em algumas condutas que demonstrem respeito, atenção, valorização, compromisso e ética. 
Por meio da visita domiciliar, é possível: 
• Identificar os moradores, por faixa etária, sexo e raça, ressaltando situações como gravidez, 
desnutrição, pessoas com deficiência etc.; 
• Conhecer as condições de moradia e de seu entorno, de trabalho, os hábitos, as crenças e os 
costumes; 
• Conhecer os principais problemas de saúde dos moradores da comunidade; 
• Perceber quais as orientações que as pessoas mais precisam ter para cuidar melhor da sua saúde e 
melhorarsua qualidade de vida; 
• Ajudar as pessoas a refletir sobre os hábitos prejudiciais à saúde; 
• Identificar as famílias que necessitam de acompanhamento mais frequente ou especial; 
• Divulgar e explicar o funcionamento do serviço de saúde e quais as atividades disponíveis; 
• Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população do território de 
abrangência da unidade de saúde; 
• Ensinar medidas de prevenção de doenças e promoção à saúde, como os cuidados de higiene com o 
corpo, no preparo dos alimentos, com a água de beber e com a casa, incluindo o seu entorno; 
• Orientar a população quanto ao uso correto dos medicamentos e a verificação da validade deles; 
• Alertar quanto aos cuidados especiais com puérperas, recém-nascidos, idosos, acamados e pessoas 
portadoras de deficiências; ACS: quando você não souber responder a alguma pergunta, não se preocupe, 
pois ninguém sabe tudo. Diga que vai procurar a resposta e trazê-la na próxima visita. 
17 
 
 
• Registrar adequadamente as atividades realizadas, assim como outros dados relevantes, para os 
sistemas nacionais de informação disponíveis para o âmbito da Atenção Primária à Saúde. 
Agente Comunitário de Saúde (ACS) mora na comunidade e está vinculado à ESF que atende a 
comunidade. Ele faz parte do time da Saúde da Família! 
Quem é o agente comunitário? È alguém que se destaca na comunidade, pela capacidade de se 
comunicar com as pessoas, pela liderança natural que exerce. O ACS funciona como elo entre e a 
comunidade. Está em contato permanente com as famílias, o que facilita o trabalho de vigilância e promoção 
da saúde, realizado por toda a equipe. É também um elo cultural, que dá mais força ao trabalho educativo, ao 
unir dois universos culturais distintos: o do saber científico e o do saber popular. 
O seu trabalho é feito nos domicílios de sua área de abrangência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. AS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO ACS: 
- Realizar mapeamento de sua área; 
- Cadastrar as famílias e atualizar permanentemente esse cadastro; 
- Identificar indivíduos e famílias expostos a situações de risco; 
- Orientar as famílias para utilização adequada dos serviços de saúde, encaminhando-as e até agendando 
consultas, exames e atendimento odontológico, quando necessário; 
- Realizar ações e atividades, no nível de suas competências, nas áreas prioritárias da Atenção Básicas; 
- Realizar, por meio da visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas as famílias sob sua 
responsabilidade; 
- Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe, sobre a situação das famílias 
acompanhadas, particularmente aquelas em situações de risco; 
- Desenvolver ações de educação e vigilância à saúde, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção de 
doenças; 
18 
 
 
- Promover a educação e a mobilização comunitária, visando desenvolver ações coletivas de saneamento e 
melhoria do meio ambiente, entre outras; 
- Traduzir para a ESF a dinâmica social da comunidade, suas necessidades, potencialidades e limites; 
- Identificar parceiros e recursos existentes na comunidade que possa ser potencializados pela equipe. 
- Analisa juntamente com a equipe de saúde as necessidades de sua comunidade, participando do diagnóstico 
de saúde da comunidade; 
- Atua, junto com os serviços de saúde, nas ações de controle das doenças endêmicas (Cólera, Dengue, 
Doenças de Chagas, Esquistossomose, Febre Amarela e outras); 
- Atua, junto com o serviço de saúde, nas ações de promoção e proteção da saúde da criança, da mulher, do 
adolescente, do idoso e dos portadores de deficiência física e mental; 
- Participa das ações de saneamento básico e melhoria do meio ambiente; 
- Estimula a e a participação educação comunitária; 
- Identifica e cadastra todas as gestantes da sua área de trabalho, encaminha todas as gestantes para a área de 
Saúde, incentiva á fazer o pré-natal e faz o acompanhamento através do cartão de gestante; 
- Cadastra todas as crianças de 0 à 5 anos. No cadastramento que faz da família, o ACS registra o número de 
crianças por idade; 
- Acompanha o desenvolvimento físico e psicológico das crianças de 0 à 5 anos de idade e incentiva a 
vacinação através do cartão da criança; 
- Estimula o aleitamento materno; 
- Identifica as crianças com diarreia e promove o uso do soro (sais de reidratação oral); 
- Identifica, logo no início, as crianças com infecção respiratória; 
-Instruímos cuidados com a higiene pessoal, com a água de beber, com os alimentos e com a casa; 
- Identificar as áreas e situações de risco individual e coletivo; 
 
10. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM: 
- Realizar procedimento de enfermagem dentro das suas competências técnicas e legais; 
- Realizar procedimentos de enfermagem nos diferentes ambientes, ESF e nos domicílios, dentro do 
planejamento de ações traçado pela equipe; 
- Preparar o usuário para consultas médicas e de enfermagem, exames e tratamentos na ESF; 
- Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamento e de dependências da ESF, garantindo o 
controle de infecção; 
- Realizar busca ativa de casos, como tuberculose, hanseníase e demais doenças de cunho 
epidemiológico; 
- No nível de suas competências, executar assistência básica e ações de vigilância epidemiológica e 
sanitária; 
- Realizar ações de educação em saúde aos grupos de patologias específicas e às família de risco, 
conforme planejamento da ESF. 
19 
 
 
- Prestar atendimento à comunidade, na execução e avaliação dos programas de saúde pública, 
atuando nos atendimentos básicos a nível de prevenção e assistência. 
- Executar atividades de apoio, preparando os pacientes para consulta e organizando as chamadas ao 
consultório e o posicionamento adequado do mesmo; 
- Verificar os dados vitais, observando a pulsação e utilizando aparelhos de ausculta e pressão, a fim 
de registrar anomalias nos pacientes; 
- Realizar curativos, utilizando medicamentos específicos para cada caso, fornecendo 
esclarecimentos sobre os cuidados necessários, retorno, bem procede retirada de pontos, de cortes já 
cicatrizados; 
- Atender crianças e pacientes de dependem de ajuda, auxiliando na alimentação e higiene dos 
mesmos, para proporcionar-lhes conforto e recuperação mais rápida; 
- Prestar atendimentos de primeiros socorros, conforme a necessidade de cada caso; 
- Prestar atendimentos básicos a nível domiciliar; 
- Participar em campanhas de educação em saúde e prevenção de doenças; 
- Preencher carteiras de consultas, vacinas, aprazamento, formulários e relatórios; 
- Preparar e acondiciona materiais para a esterilização em autoclave e estufa; 
- Requisitar materiais necessários para o desempenho de suas funções; 
- Orientar o paciente no período pós-consulta; 
- Identificar os fatores que estão ocasionando, em determinado momento, epidemias e surtos de 
doenças infecto-contagiosas, para atuar de acordo com os recursos disponíveis, no bloqueio destas 
doenças notificadas; 
- Colaborar com a limpeza e organização do local de trabalho; 
- Executar outras atividades correlatas ao cargo e a critério do superior imediato. 
- Orientar a comunidade sobre a importância das mudanças nos hábitos de vida, ligadas à 
alimentação e à prática de atividade física rotineira. 
- Orientar as pessoas da comunidade sobre os fatores de risco cardiovascular, em especial aqueles 
ligados à hipertensão arterial e diabete. 
- Proceder as anotações devidas em ficha clínica. 
- Cuidar dos equipamentos e solicitar sua manutenção, quando necessária. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
11. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO ENFERMEIRO- Realizar cuidados diretos de enfermagem nas urgências e emergências clínicas, fazendo a 
indicação para a continuidade da assistência prestada; 
- Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares, prescrever/transcrever 
medicações, conforme protocolos estabelecidos nos Programas do Ministério da Saúde e as 
Disposições legais da profissão; 
- Planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a ESF; 
- Executar as ações de assistência integral em todas as fases do ciclo de vida: criança, adolescente, 
mulher, adulto, e idoso; 
- No nível de suas competências, executar assistência básica e ações de vigilância epidemiologica e 
sanitária; 
- Realizar ações de saúde em diferentes ambientes, na ESF e, quando necessário, no domicílio; 
- Realizar as atividades corretamente às áreas prioritárias de intervenção na Atenção Básica; 
- Aliar a atuação clínica à prática da saúde coletiva; 
- Organizar e coordenar a criação de grupos de patologias específicas, como de hipertensos, de 
diabéticos, de saúde mental, etc; 
- Supervisionar e coordenar ações para capacitação dos Agentes Comunitário de Saúde e de 
auxiliares de enfermagem, com vistas ao desempenho de sua funções. 
- Planejar, organizar, supervisionar e executar serviços de enfermagem empregando processos de 
rotina e ou específicos que possibilitem a proteção e a recuperação da saúde individual e coletiva. 
- Participar da equipe multidisciplinar, nas diversas atividades que visam o aprimoramento e 
desenvolvimento das atividades de interesse da instituição; 
- Identificar as necessidades de enfermagem, programando e coordenando as atividades da equipe 
de enfermagem, visando a preservação e recuperação da saúde; 
- Elaborar plano de enfermagem, baseando-se nas necessidades identificadas, para determinar a 
assistência a ser prestada pela equipe; 
- Planejar, coordenar e organizar campanhas de saúde, como campanhas de vacinação e outras; - 
Supervisionar a equipe de trabalho da enfermagem em todos os segmentos para manter uma 
adequada assistência aos clientes com eficiência, qualidade e segurança; 
- Executar diversas tarefas de enfermagem de maior complexidade, valendo-se de seus 
conhecimentos técnicos, para proporcionar o maior grau possível de bem estar físico, mental e 
social aos seus pacientes; 
- Efetuar testes de sensibilidade, aplicando substâncias alergênicas e fazendo a leitura das reações 
para obter subsídios diagnósticos; 
21 
 
 
- Participar na elaboração, execução e avaliação dos planos, de saúde, visando a melhoria da 
qualidade da assistência; 
- Elaborar escalas de serviço e atividades diárias da equipe de enfermagem sob sua 
responsabilidade; 
- Fazer medicação intramuscular e endovenosa, curativos, retirada de pontos, etc; 
- Manter uma previsão a fim de requisitar materiais necessários, para assegurar o desempenho 
adequado dos trabalhos de enfermagem; 
- Realizar reuniões de orientação e avaliação, visando o aprimoramento da equipe de trabalho; 
- Fazer a triagem nos casos de ausência do médico e presta atendimento nos casos de emergência; 
- Providenciar o recolhimento dos relatórios das unidades da Prefeitura Municipal, bem como 
realiza uma análise dos mesmos; 
- Colaborar com a limpeza e organização do local de trabalho; 
- Encaminhar para consultas mensais, com o médico da equipe, os indivíduos não aderentes, de difícil 
controle e portadores de lesões em órgãos-alvo (cérebro, coração, rins, olhos, vasos, pé diabético, 
etc.) ou com co-morbidades; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO MÉDICO 
- Aplicar os conhecimentos de medicina na prevenção e diagnóstico das doenças do corpo humano. 
Suas funções consistem em: efetuar exames médicos, avaliando o estado geral em que o paciente se 
encontra e emitindo diagnóstico com a respectiva prescrição de medicamentos e/ou solicitação de 
exames, visando a promoção da saúde e bem estar da população; 
- Receber e examinar os pacientes de sua especialidade, auscultando, apalpando ou utilizando 
instrumentos especiais, para determinar o diagnóstico ou conforme necessidades requisitarexames 
complementares ou encaminhar o paciente para outra especialidade médica; 
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- Analisar e interpretar resultados de exames diversos, tais como de laboratório, Raio X e outros 
para informar ou confirmar diagnóstico; 
- Prescrever medicamentos, indicando a dosagem e respectiva via de administração dos mesmos; 
- Prestar orientações aos pacientes sobre meios e atitudes para restabelecer ou conservar a saúde; 
- Anotar e registra em fichas específicas, o devido registro sobre os pacientes examinados, anotando 
conclusões diagnósticas, evolução da enfermidade e meios de tratamento, para dar a orientação 
terapêutica adequada a cada caso; 
- Atender determinações legais, emitindo atestados conforme a necessidade de cada caso; 
- Participar de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças profissionais, lesões traumáticas e 
estudos epidemiológicos, elaborando e/ou preenchendo formulários próprios e estudando os dados 
estatísticos, para estabelecer medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de 
acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não-ocupacionais; 
- Participar de programas de vacinação, orientando a seleção da população e o tipo e vacina a ser 
aplicada, para prevenir moléstias transmissíveis; 
- Atender urgências clínicas, cirúrgicas ou traumatológicas; 
- Emitir atestados e laudos para admissão ou nomeação de empregados, concessão de licenças, 
abono de faltas e outros; 
- Colaborar na limpeza e organização do local de trabalho; 
- Efetuar outras atividades correlatas ao cargo e/ou determinadas pelo superior imediato. 
 
13. O TRABALHO EM EQUIPE 
A equipe de saúde é formada por pessoas com histórias, formações, saberes e práticas diferentes. É 
um conjunto de pessoas que se encontram para produzir o cuidado de uma população. Nessa equipe há 
sempre movimentos permanentes de articulação/desarticulação, ânimo/desânimo, invenção/resistência à 
mudança, crença/descrença no seu trabalho, pois a equipe é viva, está sempre em processo de mudança. No 
entanto, somente o fato de as pessoas trabalharem juntas não constitui uma equipe: as pessoas precisam 
aprender a “ser equipe”. Ou seja: a equipe precisa ser construída. Agora pense no seu processo de trabalho. 
Qual é o seu papel na unidade e na equipe de saúde? Você é um membro da equipe e essencial para o 
desenvolvimento das ações da Atenção Primária à Saúde. Você já refletiu sobre como você tem 
desenvolvido o seu processo de trabalho? Em qual das duas situações você se vê? Como você utiliza seus 
conhecimentos, instrumentos e sua habilidade de se relacionar com o usuário para promover o cuidado? Para 
essa construção acontecer, os trabalhadores precisam aprender um “modo-equipe” de trabalhar, 
reorganizando-se em torno de projetos terapêuticos para assistir os usuários em sua integralidade. 
É importante que toda a equipe assuma a tarefa de cuidar do usuário, reconhecendo que, para abordar 
a complexidade do trabalho em saúde, são necessários diferentes olhares, saberes e fazeres. O seu lugar na 
equipe de saúde para cuidar da saúde da população de um determinado território, a unidade de saúde deve 
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estar organizada de um modo que seus trabalhadores estejam divididos em funções e assumam 
responsabilidades diferentes e complementares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. PÉROLAS NO AMBIENTE DE TRABALHO 
- Cumprimentar os/as Colegas. 
- Deixar o mau humor na rua, antes de adentrar seu ambiente de trabalho. 
- Chamar as Pessoas pelo Nome. 
- Apresentar-sebem vestida/o. Simplicidade e bom gosto trazem bem-estar. 
- Pronunciar corretamente a língua portuguesa. 
- Escrever corretamente mesmo que seja no App de Wat Zap. 
- Dar atenção aos Colegas. 
- Manter seu ambiente de trabalho limpo, em ordem e arejado. 
- Evitar conversas pelos corredores. 
- Falar bem das/os Colegas. 
 
15. AS VIRTUDES NA COMUNICAÇÃO PESSOAL E GRUPAL 
 
* Pontualidade 
* Organização 
* Planejamento 
* Desafio 
* Limite 
* A Valorização do Outro 
* Reflexão 
* Participação 
* Motivação 
* A Sensibilidade e a linguagem 
 
24 
 
 
16. DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS 
 
FALE com as pessoas: Nada há nada tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, 
particularmente hoje, que tanto precisamos de sorrisos amáveis. 
 
SORRIA para as pessoas: Um sorriso não custa nada para quem o dá e faz um grande bem a quem o recebe. 
O sorriso dura um instante, mas suas consequências podem durar uma eternidade. 
 
CHAME as pessoas pelo nome: A música mais suave para muitos ainda é ouvir o próprio nome. 
 
SEJA AMIGO e prestativo: Quem não o é, não faz nem conserva amigos. Se Você quiser ter amigos, seja 
amigo. 
 
SEJA CORDIAL E SIMPLES Coloque o coração em primeiro lugar. Fale e aja com toda sinceridade: 
tudo o que Você fizer, faça-o com todo o prazer. 
 
INTERESSE-SE sinceramente pelos outros: Lembre-se que Você sabe o que sabe, porém não sabe o que os 
outros sabem. Seja, sinceramente, interessado pelos outros. 
 
Seja GENEROSO em elogiar, cauteloso em critica: Saiba encorajar, dar confiança, elevar os outros. Cale-se 
quando Você notar que alguém errou. 
 
Saiba CONSIDERAR OS SENTIMENTOS dos outros: Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do 
outro, e o lado de quem está certo. 
 
RESPEITE A OPINIÃO DOS OUTROS: Ouça, aprenda. Não procure impor suas ideias. Respeite também 
a religião dos outros. 
 
 SEJA DISPONÍVEL: Ajude com alegria que precisa de seus préstimos. O que vale na vida é aquilo que 
fazemos pelos outros. Depois da morte, só levaremos as boas obras. 
 
FAÇA TUDO DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL! 
Servir bem é o verdadeiro sentido da vida! 
 
 
 
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17. DICAS DO PAPA FRANCISCO PARA SERMOS FELIZES: 
Em entrevista a uma revista argentina, o Papa Francisco nos propõe 10 ideias como fórmula 
da felicidade: 
Viver e deixar os outros viverem. Compartilhar o Domingo em família e brincar com as crianças. Esquecer 
o negativo e doar-se aos outros. Estes são alguns dos conselhos que o Papa Francisco nos dá em seu 
“decálogo” para sermos felizes, publicado pelo repórter Pablo Calvo, em sua entrevista para a revista 
argentina “Viva”. 
“Qual é a fórmula da felicidade?”, pergunta o jornalista, que depois conta aos leitores: “O Papa não foge 
da pergunta e, nesta resposta pontual e durante o resto da conversa, ensaia uma receita para sermos felizes. 
Seguem 10 elementos dessa poção que parece inalcançável, mas que Francisco nos convida a tentar”, 
apresenta Pablo Calvo. 
1. Viva e deixe viver: “Os romanos têm um ditado que poderíamos tomar como ponto de partida: ‘Vá em 
frente e deixe os outros irem em frente’. Viva e deixe viver, é o primeiro passo da paz e da felicidade”. 
2. Doar-se aos outros: “Se Você estancar, vai correr o risco de ser egoísta. E a água estancada fica logo 
estragada”. 
3. Mover-se “remansadamente”: “Em ‘Dom Segundo Sombra’ há uma coisa muito bonita, de alguém que 
relê a sua vida. O protagonista. Diz que, quando era jovem, era um arroio pedregoso que arrastava tudo pela 
frente; quando adulto, era um rio que corria em frente; e na velhice ele se sentia em movimento, mas 
lentamente, ‘remansado’. Eu utilizaria esta imagem do poeta e novelista Ricardo Güiraldes, esse último 
adjetivo, ‘remansado’. A capacidade de mover-se com benevolência e humildade, o remanso da vida. Os 
idosos têm essa sabedoria, são a memória de um povo. E um povo que não cuida dos seus idosos não tem 
futuro”. 
4. Brincar com as crianças: “O consumismo nos levou a essa ansiedade de perder a cultura sadia do ócio, 
de ler, de desfrutar da arte. Agora eu atendo pouco em confissão, mas, em Buenos Aires, eu ouvia muitas 
confissões e quando vinha uma jovem mãe eu perguntava: ‘Quantos filhos Você tem? Você brinca com 
eles?’. E era uma pergunta que elas não esperavam, mas eu dizia que brincar com as crianças é fundamental, 
é uma cultura sadia. É difícil, os pais vão trabalhar cedo e voltam muitas vezes quando os filhos já estão 
dormindo. É difícil, mas eles têm que brincar”. 
5. Compartilhar os Domingos com a família: “Outro dia, em Campobasso, fui a uma reunião entre o 
mundo da universidade e o mundo operário. Todos pediam o Domingo livre. O Domingo é para a família”. 
6. Ajudar os jovens a conseguir emprego: “Temos que ser criativos com essa faixa etária. Se faltam 
oportunidades, eles caem na droga. E está muito alto o índice de suicídios entre os jovens sem trabalho. 
Outro dia eu li, mas não confio porque não é um dado científico, que havia 75 milhões de jovens de até 25 
anos desempregados. Não basta dar comida para eles: tem que inventar cursos de um ano de encanador, 
eletricista, costureiro. É a dignidade que dá o pão para casa”. 
7. Cuidar da natureza: “Temos que cuidar da criação e não estamos fazendo isso. É um dos maiores 
desafios que nós temos”. 
26 
 
 
8. Esquecer rápido o que é negativo: “A necessidade de falar mal do outro indica uma baixa autoestima: eu 
me sinto tão abaixo que, em vez de subir, rebaixo o outro. Esquecer rápido o que é negativo é sadio”. 
9. Respeitar quem pensa diferente: “Podemos influenciar o outro com o testemunho, para que os dois 
progridam nessa comunicação, mas o pior que pode acontecer é o proselitismo religioso, que paralisa: ‘Eu 
dialogo contigo para te convencer’. Não. Cada um dialoga a partir da sua identidade. A Igreja cresce por 
atração, não por proselitismo”. 
10. Procurar ativamente a paz: “Estamos vivendo uma época de muita guerra. Na África parecem guerras 
tribais, mas são mais do que isso. A guerra destrói. E o clamor pela paz tem que ser gritado. A paz, às vezes, 
dá a ideia de quietude, mas nunca é quietude, é sempre uma paz ativa”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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18. Referências 
 
Almanaque do Agente Comunitário de Saúde. Ministério da Saúde.1999. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/almanaque_agente_comunitario_saude.pdf. 
 
BECKHÄUSER, A. Comunicação Litúrgica. Editora Vozes. 2003. 
 
Guia Prático do Programa Saúde da Família. Ministério da Saúde. 2002. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/partes/guia_psf1.pdf. 
 
MARQUES, J. R. Dicas para automotivação no trabalho. 2017. Disponível em: 
http://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/dicas-para-automotivacao-trabalho. 
 
PEREIRA, E. A. OFM ; SILVA, G. Z. Comunicação e Pastoral. Salesiana 2003.

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